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A Personalidade Agradável – Napoleon Hill
Posted: 19 Jul 2010 01:51 PM PDT
“É mais lucrativo ser um bom ouvinte do que ser um bom falante, porque a pessoa sempre poderá aprender algo quando ouve os outros, mas nunca aprende nada ouvindo a si mesma falando.”
(Napoleon Hill)
Nessa quinta visita de Napoleon Hill, ele nos fala do princípio da Personalidade Agradável.
A personalidade agradável nada mais é do que um modo de se comportar e de se expressar que é tão verdadeiro, tão próprio e tão respeitoso que as outras pessoas se sentem irresistivelmente atraídas para si. Como o próprio Hill frisa, não é natural para alguém desgostar de outra pessoa sem motivo algum. Sempre há um porquê. E, verdade seja dita, é impossível agradar todo mundo. Por mais que você se esforce, que você pense estar sempre se comportando da melhor maneira ou falando as coisas “certas”, eventualmente alguém não irá gostar de você. Mas isso não é um problema. Na verdade, é um ótimo “sintoma”. Quando você é autêntico com os seus valores, com a sua essência, é mais do que previsível que nem todo mundo irá se identificar com a sua “causa”. Mesmo quando todo mundo gosta de você, apesar de aparentemente isso parecer algo desejável, há que se perguntar até que ponto você está sendo verdadeiro consigo e consequentemente com os outros. Normalmente a pessoa “boazinha” demais é aquela que esconde quem realmente é dos outros, e vive uma vida norteada pela opinião de qualquer outra pessoa, menos dela própria. Aquele que mais agrada todo mundo frequentemente desagrada a si mesmo boa parte do tempo.
Agora quando o caso é o contrário… todo mundo evita você… Bem, por mais que você queira dizer para si mesmo que o problema está com os outros, que é inveja, etc etc etc., a atitude mais sábia é parar e fazer um exame de consciência. Todo mundo tem defeitos, mas ninguém é só defeito! Então se a maioria das pessoas “cisma” em não ir com a sua cara, algo está errado.
“Se uma pessoa lhe diz que você é um cavalo, ela é louca. Se três pessoas lhe dizem que você é um cavalo, é uma conspiração. Se dez pessoas lhe dizem que você é um cavalo, compre uma ferradura.”
(Jack Rosenblum)
A ideia aqui também não é fazer com que você se torne o que os outros gostariam que você fosse, de modo algum! Mas sim de prestar atenção ao tipo de crítica (tanto as boas quanto as ruins) espontânea (não aquela que você pergunta a opinião e a pessoa se sente pressionada a te dar uma resposta que acredita que você queira ouvir…) que você recebe, e principalmente a frequência com que você recebe uma crítica específica, e a partir daí fazer uma auto-análise. Isso está mais para um exercício de autoconhecimento, em que ao observar o modo como os outros reagem a você, você descobre o valor que dá para o mundo pelo valor que o mundo lhe devolve… Lembra da lei do retorno crescente? A maneira como as pessoas lhe tratam tem tudo a ver com a maneira como você se trata, e por tabela, trata os outros.
Para lhe ajudar a identificar possíveis características negativas (que repelem mais do que atraem) no seu jeito de ser e de se expressar, Hill cita algumas das mais irritantes para a maioria das pessoas. Das que ele enumera, quero comentar duas, muito parecidas mas que considero as de convivência mais complicada:
- O hábito de lutar contra o mundo e contra as pessoas em geral: nunca nada está bom, na verdade nunca esteve tão ruim… e arrepie-se, a tendência é continuar piorando! Ninguém presta, o mundo é uma droga, todo mundo é safado, e tudo sempre dá errado. Quando algo dá certo é sorte, “felicidade são momentos” (poucos e passam bem rápido), e final feliz é coisa de filme. Eu podia escrever um evangelho de bobagens similares a essas que tem gente que insiste em acreditar e “caotizar” por aí a respeito. É um hábito nefasto, um defeito dos mais repelentes (repelente de companhias construtivas e positivas, é claro… só outros urubus se sentem atraídos por tal hábito), viver reclamando de “como o mundo é” ou “como as pessoas são”. Ficar apontando o problema não resolve o problema. É muito mais interessante e saudável falar do que está bom ou dá certo, discutir ideias, e no caso de problemas, debater soluções do que ficar estimulando conversas deprimentes que não contribuem em nada para melhorar qualquer coisa.
- O hábito de falar de suas dores físicas: tem gente que adoooora falar de suas doenças e dos seus problemas físicos. Mas uma coisa é quando você fala isso para o médico ou outro terapeuta, num contexto de intervenção terapêutica, outra bem diferente é quando você tenta puxar esse tipo de assunto com alguém numa festa ou num curso… Algumas pessoas até têm um pouco mais de paciência em ficar ouvindo as lamentações de “doentinhos”, mas qualquer pessoa com uma atitude mental positiva ou preocupada com as possíveis influências negativas de ouvir tais lamentações, vai fugir de um “sofridinho” da mesma forma que o diabo foge da cruz. O hábito de falar dos males físicos normalmente é uma forma da pessoa não apenas conseguir atenção, mas afeto (ganho secundário). São pessoas extremamente carentes (emocionalmente falando) que escolhem a forma errada, porém mais fácil e conveniente, de conseguir um pouco de atenção. Muitas são assim também para parecerem “humildes” (afinal, “não se pode ter tudo”!), “espirituais”, e para serem poupadas da realidade. Sabe? Quando você pega uma gripe e fica de cama e todo mundo evita falar de problemas com você, ou quando você adoece para ganhar tempo e não ter que encarar uma decisão ou situação que exija uma certa coragem de você? Pois é. É até normal uma vez ou outra (de preferência “de vez em nunca”) você reclamar de uma dor, ou usar uma doença para se dar um tempo. O problema é quando isso vira um hábito ou o tema principal das suas conversas. É um problema quando você prefere se manter doente do que se manter saudável. É um problema quando você acha que essa é uma forma válida de fazer as pessoas olharem para ou gostarem de você. É um hábito horrível, que diz muito sobre uma pessoa. E nada do que diz é positivo.
Enfim. Assim como os outros princípios, a Personalidade Agradável pode ser aprendida. Qualquer traço da sua personalidade, da mesma forma que “entrou” em você, pode sair ou ser trocado por outro que você considerar melhor. E é isso que Hill nos explica nessa quinta visita:
(Linguagem pode fazer “ver o invisível”, diz estudo)
Posted: 19 Jul 2010 05:42 AM PDT
O seu mundo é do tamanho do seu vocabulário…
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Um estudo da Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, indica que a linguagem pode fazer coisas “invisíveis” ficarem mais fáceis de serem vistas. Segundo a pesquisa, dizer o nome de algo pode ajudar a ver aquela coisa mais facilmente. As informações são do Live Science.
A pesquisa reuniu estudantes da universidade aos quais foram mostradas várias letras, uma de cada vez, por apenas 53 milésimos de segundo – que pode ser muito pouco tempo para o cérebro decifrar o que vê. Contudo, quando os voluntários ouviam qual letra iria ser mostrada antes, a chance de vê-la aumentava 10%.
A melhora parece óbvia, mas o resultado foi testado: no meio das imagens regulares, eram mostradas imagens de outra letra, e não aquela anunciada – e a melhora não ocorreu. Além disso, em alguns momentos não era mostrada letra nenhuma, para testar se os participantes não iriam “ver” a letra anunciada, mesmo ela não tendo sido mostrada.
Segundo os pesquisadores, o resultado positivo curiosamente acontecia somente quando a letra era anunciada oralmente. Quando os pesquisadores mostravam a imagem da letra antes de mostrar a “invisível”, o efeito não era o mesmo. Os cientistas chegaram à conclusão de que sugestões verbais ajudam mais que as visuais porque estimulam uma área maior do cérebro para quando a imagem “invisível” for exibida.
Os resultados indicam que a linguagem pode literalmente mudar o que vemos. Além disso, diferentes línguas podem fazer com que as pessoas vejam o mundo de maneira diferente. “Um exemplo simples é quando alguém está procurando por algo – por exemplo, frutos em uma folhagem. Uma pessoa que fala uma língua que tem um nome para esse fruto terá uma vantagem em encontrá-lo do que uma pessoa que fala uma língua que não tem nome para o fruto”, diz o pesquisador Gary Lupyan, cientista cognitivo da universidade, à reportagem. “Aquela indicação verbal pode ativar a representação visual do fruto mais efetivamente do que sem usar o nome.”
Fonte: Terra
quarta-feira, 21 de julho de 2010
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