Raciocínio X Contra-Raciocínio
2010-09-09 12:37Raciocínio X Contra-Raciocínio
Depois de 15 anos trabalhando com a Psicoterapia Reencarnacionista, escutando as histórias de vida e as infâncias de milhares de pessoas, histórias permeadas de mágoa, sentimento de rejeição, raiva, crítica, medo, insegurança, etc., posso hoje afirmar que todas elas não são reais. Todas elas são, apenas, as histórias que a nossa persona criou, a história como nós a lemos quando éramos crianças, a história que continuamos a ler quando já adolescentes, adultos ou velhos, mas não são reais, são apenas interpretações do nosso Ego, da maneira limitada como nos vemos e como vemos os outros, incluindo a nossa família e as demais pessoas que entram ou passam pela nossa vida.
Explicando melhor: cada um de nós, desde criança, aprende que é uma certa pessoa, de uma certa família, de um certo gênero sexual, uma certa cor de pele, de uma lugar, em um país, etc., e passa a vida inteira acreditando nisso, principalmente porque todas as demais pessoas acreditam nisso também em relação a si, e em todos os terapeutas que vamos, eles mesmos acreditam nisso a seu respeito e então não têm dúvidas disso em relação a seus pacientes.
Mas o que a quase totalidade das pessoas não percebe, ou melhor, não recorda, mesmo as pessoas que acreditam na Reencarnação, é que, se pensarem no tempo anterior a sua fecundação, a sua vida gestacional, onde estavam, quem eram, lá em cima, no Plano Astral, quando não eram uma pessoa, não eram de nenhuma família, nenhum gênero sexual, não tinham cor de pele (aliás nem tinham pele...), não eram de um certo lugar, um certo país, etc., ou seja, se todos nós pensarmos onde estávamos há 1 ano antes da nossa fecundação, recordaremos que éramos um Espírito, no Mundo Espiritual, no chamado período inter-vidas, vindo da nossa encarnação anterior a essa, nos preparando para retornarmos para a Terra, encarnarmos novamente, para continuar o nosso caminho kármico de retorno à Luz, à Perfeição, ao Um, ao Todo.
E se não éramos nada do que pensamos que somos, como nos conhecemos e vemos, e como conhecemos e vemos os outros, o raciocínio conseqüente é de que estamos imersos no que os orientais chamam de Maya, a Ilusão. O que é isso? Significa que tudo é real, mas é temporário, é verdadeiro, mas é passageiro, parece permanente mas é impermanente. Ora, se é temporário, se é passageiro, se é impermanente, então não pode ser realmente real e verdadeiro e então é, podemos dizer, uma realidade ilusória ou uma ilusão aparentemente verdadeira.
Exemplificando: no meu livro “Como Aproveitar a Sua Encarnação” digo assim lá no início:
“O meu nome é Mauro Kwitko, sempre afirmei isso, seria até capaz de jurar que sou o Mauro Kwitko, fui registrado assim, está em todas as minhas identidades, sempre que me inscrevo em algo, coloco esse nome, todos me chamam assim. Não há dúvidas, eu sou o Mauro Kwitko! Certo? Errado. Na realidade eu estou o Mauro Kwitko. Não percebem? Essa é a grande diferença entre saber-se o que é a Vida e o não saber-se. Quando eu acreditava que era o Mauro Kwitko, não sabia o que era a Vida, quando descobri que estava o Mauro Kwitko, descobri o que é a Vida. Complicado? Nem tanto, vamos lá. Antes de eu nascer, o que havia? O meu Espírito (ou Consciência). Qual era o seu nome? Eu era o Mauro Kwitko ou viria a ser o Mauro Kwitko? Obviamente, a segunda opção. Em regressões a algumas encarnações passadas me vi como um negro, como um oficial romano, como um mendigo, como um escritor russo, e eu era o Mauro Kwitko? Certamente não, mas era Eu, com certeza. A minha Consciência habitava “cascas” diferentes, de nomes diferentes, em épocas diferentes, e o que havia de comum em todas elas? Apenas a minha verdadeira identidade, a minha Essência, a minha Consciência, que as religiões chamam de Espírito. Mas eu não estou falando de Religião e sim de Psicologia. Então eu sou o Mauro Kwitko? Claro que não, eu sou anterior ao Mauro Kwitko, e posterior também. Eu sou eterno, a “casca” Mauro Kwitko é temporária. Eu sou real, o Mauro Kwitko é ilusório. E isso muda tudo, pois se o Mauro Kwitko é temporário, tudo nessa atual passagem terrena, que diz respeito a ele, é então o quê? Os meus filhos Hanna, Rafael, Maurício e Igor não são, eles são Espíritos que estão a Hanna, o Rafael, o Maurício e o Igor; minha mãe não era a Paulina, ela estava a Paulina, meu pai não era o Rafael, meu irmão não é o Airton, e assim por diante. E então eu estou o pai da Hanna, do Rafael, do Maurício e do Igor, a que estava Paulina, estava minha mãe, o que estava Rafael, estava meu pai, o que está Airton, está meu irmão, etc. Somos todos personalidades passageiras, com rótulos passageiros, mas com uma missão única e em comum: a auto-evolução, ou seja, a evolução da nossa Essência (ou Consciência ou Espírito), que é feita através de nós, que estamos. E vocês, são? Não, vocês estão.”
Todas as pessoas que acreditam na Reencarnação sabem disso mas não lembram com a intensidade e a freqüência que o assunto merece. E por que esse assunto merece um estudo mais aprofundado e uma atenção mais redobrada do que comumente se dá a ele? Porque aí está o que chamamos em Psicoterapia Reencarnacionista de Raciocínio X Contra-Raciocínio, ou seja, o raciocínio não-reencarnacionista a seu respeito, da nossa vida, da nossa infância, e das demais pessoas que fazem parte disso, incluindo a nossa família de origem e as demais pessoas que entram na história, e o raciocínio reencarnacionista disso tudo, totalmente oposto em sua visão e abordagem, em sua interpretação e resultado.
Vamos, então, explicar direitinho: uma pessoa vem à 1ª consulta para iniciar um tratamento de Psicoterapia Reencarnacionista, que consta de consultas e sessões de regressão, que tem a finalidade de ajudar as pessoas a saberem para o que reencarnaram, qual a sua proposta de Reforma Íntima, e como realmente aproveitarmos essa encarnação nesse sentido, que nos trará mais evolução espiritual, e a agradabilíssima sensação de dever cumprido após desencarnarmos e retornarmos para Casa. Essa pessoa nos fala de si, da sua vida, vai nos contando o que lhe incomoda, os seus conflitos, frequentemente relata a sua infância, e nós vamos escutando a sua história que é, em 100% dos casos, o que chamamos de “A história ilusória de uma persona”. Ela não está nos contando a história verdadeira, está relatando o que sabe de si e de tudo o mais, como leu a sua infância, como lê a sua vida atual, como vê as pessoas, como sente e interpreta tudo isso, e geralmente o relato vem impregnado de mágoa, de sentimentos de rejeição, de raiva, etc.
Com bastante freqüência, essa pessoa já consultou outros profissionais, já contou essa história muitas vezes tanto para eles como para pessoas amigas, para familiares, e todos escutam e analisam a sua história exatamente da mesma maneira que ela: como algo real e verdadeiro.
Mas é ilusório... Como ilusório? Basta ir para 1 ano antes da sua fecundação, da sua vida gestacional, e lembrar quem era, onde estava, por que o seu Espírito precisou dessa infância, necessitou dessa família, desse pai, dessa mãe, desses irmãos, ou ser filho(a) único(a), porque veio o(a) mais velho(a), ou 2º(ª), ou 3º(ª), ou caçula, porque precisou vir homem ou mulher, bonito(a) ou feio(a), branco(a) ou negro(a), rico(a) ou pobre, etc.
Se todos nós fizermos esse exercício de imaginação, no mínimo, começaremos a nos questionar a esse respeito, a nos perguntar “Por quê?”, e a partir daí o nosso raciocínio, até agora vigente, começará a estremecer, a desmanchar-se, e todas aquelas convicções tipo “Meu pai não gostava de mim!” ou “Eu sou assim porque vim numa família muito pobre, muitos filhos, passamos fome...”, permeadas de mágoa e rejeição, dor e sofrimento, começarão a transformar-se no que chamamos de contra-raciocínio. Ou seja, o raciocínio anterior, não-reencarnacionista, criado pela persona em conjunto com as demais personas, numa sociedade de personas, começará a dar lugar a um novo raciocínio, reencarnacionista, baseado nos questionamentos de por que o nosso Espírito “pediu” por isso?
Essa questão Raciocínio X Contra-Raciocínio é uma das bases fundamentais da Psicoterapia Reencarnacionista, a Terapia da Reforma Íntima, pois baseando-se na Reencarnação, ela lida com as Leis Divinas que regem a nossa encarnação e das demais pessoas que estão em nossa vida: A Lei da Finalidade, a Lei da Necessidade e a Lei do Merecimento. A finalidade é para que o nosso Espírito tem de passar por situações desde a nossa vida gestacional, a necessidade é por que precisa passar por isso e o merecimento é o que merece receber do Amor Universal, que sempre está certo e justo, mesmo quando parece errado e injusto.
A principal tarefa do psicoterapeuta reencarnacionista é ajudar as pessoas que vêm realizar um tratamento, e acreditam na Reencarnação, a libertarem-se da história ilusória de sua persona e iniciarem uma busca da história verdadeira, a do seu Espírito. A primeira, que chamamos de “Raciocínio”, mantém as pessoas firmemente atreladas aos seus sentimentos negativos, de uma maneira tão forte e estreita, que torna-se praticamente impossível uma cura verdadeira desses sentimentos. A segunda, que chamamos de “Contra-Raciocínio”, vai fazendo com que, pela mudança da visão da nossa infância, dos fatos lá ocorridos, da interpretação que demos a ela quando éramos crianças, e que ainda mantemos em nossa criança interior, vão desmanchando-se os sentimentos negativos, vão enfraquecendo-os de uma maneira tão segura e gentil, de um modo tão profundo e regenerador, que, aos poucos, pela mudança do pensamento, os sentimentos vão desaparecendo por si só.
Um exemplo prático: uma moça vem a tratamento e me diz que sente uma imensa mágoa de seu pai, um rico fazendeiro, de seu irmão mais velho (ela é a 2ª filha), por que seu pai é muito machista e prioriza o seu irmão e esse, de alguma maneira, também lhe despreza por ser mulher, com o que ela sente-se muito mal, entra em depressão, magoa-se profundamente, e aflora nela momentos de raiva e irritação enormes, com agressões verbais e atitudes radicais de quebrar coisas, sair dali em seu carro em alta velocidade, etc. Enquanto ela me contava essa sua história e ficava vermelha, e sentia raiva, e chorava, eu me perguntava: “Por que será que esse Espírito veio mulher, com um pai assim?”, “Por que será que veio como 2ª filha quando podia ter vindo como filho homem e o mais velho?”, “Por que será que precisou vir em uma família rica?”, e assim por diante.
Escutei-a durante uns 20 minutos e em um certo momento perguntei-lhe se ela acreditava em Reencarnação. Respondeu-me que sim, inclusive estudava em uma Escola de Médiuns em Centro Espírita, havia lido os livros de Allan Kardec, de André Luiz, etc.
Pensei comigo: “Ela acredita em Reencarnação mas não é reencarnacionista, pois não coloca a Reencarnação em sua história, em sua vida.” Vejam só: ela, mesmo acreditando em Reencarnação, realmente afirmava que era filha daquele pai, que era a 2ª filha, que era irmã mais nova do seu irmão, acreditava que era branca, brasileira, e outros rótulos de sua “casca” atual. Essa era a história ilusória de sua persona atual, toda ela repleta de mágoa, de rejeição, de raiva, de crítica, e provavelmente exatamente o que aquele Espírito viera melhorar ou curar nessa atual encarnação, ou seja, a sua proposta de Reforma Íntima. Como eu poderia fazer com que ela mudasse o seu raciocínio não-reencarnacionista para um raciocínio reencarnacionista?
Não é difícil... Num momento em que ela parou para respirar, perguntei-lhe se poderíamos fazer um exercício de imaginação, e ela concordando, pedi-lhe que me dissesse sua idade? Em seguida, pedi-lhe que me dissesse onde estava há 1 ano antes de sua fecundação, de sua vida gestacional? Ela me respondeu algo como “No Mundo Espiritual, no Plano Astral, no céu...”. Perguntei-lhe se ela lembrava que lá em cima o nosso Espírito “pede” para o Grande Espírito (Deus) a infância que precisa, o pai/mãe que necessita, a circunstância familiar que merece, etc. Ela me respondeu que sim (o seu castelo de ilusões começava a ruir...), e então utilizei o golpe final: “Por que será que o seu Espírito, que está aí dentro de sua “casca”, pediu para vir 2 anos após a descida de outro Espírito, que seria o seu irmão mais velho, sabendo que seu pai era um homem machista, que desprezava as mulheres, para vir como a 2ª filha, mulher, e que quase certamente passaria por tudo isso que estás passando?”. E nesse momento, seu castelo ruiu de vez! Falei mais: “Se teu Espírito tivesse vindo antes do seu irmão e como homem, quem estaria aqui na terapia seria ele(a) e tu estarias em casa, feliz e contente, por ser o favorito do pai...”
E depois dessa aparente “maldade” minha, sentei a seu lado e pegando sua mão, lhe disse: “Essa história que me contaste antes, e que já contaste para tantas pessoas e tantos terapeutas, não é sua história verdadeira, é a história ilusória de sua persona, a história que seu Ego apreendeu desde sua infância, e até hoje ainda acreditavas nela. Se quiseres, podemos fazer um tratamento de alguns meses com a Psicoterapia Reencarnaconista, para que, nas nossas conversas e nas sessões de regressão, que são totalmente comandadas pelos Mentores Espirituais, em que nos colocamos como seus auxiliares, não dirigindo, comandando, direcionando o processo, e nunca incentivando o reconhecimento de pessoas no passado para não infringir a Lei do Esquecimento, como se fosse o Telão aqui na Terra, quem sabe podes encontrar a história verdadeira, a do teu Espírito, e nela saber para o que reencarnaste, qual a sua proposta de Reforma Íntima e realmente aproveitar essa encarnação para realizá-la com competência, e que provavelmente é melhorar a mágoa, o sentimento de rejeição e a raiva?”.
Ela concordou e hoje, após alguns meses, algumas consultas e algumas olhadas no Telão (regressões), ela já começa a conhecer a sua história verdadeira, já sabe para o que reencarnou e por que, e um dia me disse: “Como é que eu podia me magoar com uma infância que eu pedi, com um pai que eu precisei, com tudo o que meu Espírito necessitava e Deus me deu?” E eu lhe dei a mão, e lhe disse: “Parabéns, agora sim, és uma reencarnacionista de verdade, começaste a realizar a Reforma Íntima, começaste a aproveitar a encarnação.”
Isso é a Psicoterapia Reencarnacionista e nesse exemplo podemos entender o que é a abordagem “Raciocínio X Contra-Raciocínio”, em que, em alguns meses de tratamento, podemos ajudar as pessoas que acreditam na Reencarnação a colocarem-na verdadeiramente em sua vida, em sua história, a fazer uma releitura de sua infância sob a ótica reencarnacionista, a entender a sua vida atual sob esse prisma e começar a domesticar o seu Ego e ir passando, gradativamente, o comando para o seu Eu Superior, que sabe tudo a nosso respeito, conhece as histórias das nossas encarnações, já nos viu errar tantas vezes...
No Curso de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista, os alunos aprendem, primeiramente, a realizar isso em si mesmos, para capacitarem-se a ajudar as pessoas nessa missão fundamental, a de colocar o Ego sob comando superior, retirar-lhe a supremacia, tirar seus distintivos e medalhas e, em seu lugar, colocar curativos e poções para curar as dores e as tristezas que lhes mantinham no lugar, sentimentos esses que, na verdade, criaram esses artifícios. A Psicoterapia Reencarnacionista é a Terapia da libertação das ilusões, da libertação do domínio do Ego, da libertação de nós mesmos, como viemos sempre e sempre, vida após vida, nos vendo e entendendo, para que o nosso Espírito possa, finalmente, assumir o comando de nossa vida. Mas para isso é necessário que o Contra-Raciocínio sobrepuje e elimine o raciocínio, senão não conseguiremos nos libertar verdadeiramente do comando egóico, que nos aprisiona e onde está a mágoa, o sentimento de rejeição, a raiva, o medo, a sensação de inferioridade, a timidez, ou os seus contrapontos, igualmente ilusórios, a vaidade, o orgulho, o autoritarismo, a prepotência, a soberba.
Existem 2 Caminhos, existem 2 Terapias que podem ser realizadas:
1. A tradicional, a Terapia do Ego e suas coisas, que é fadada ao fracasso pois é impossível curar as ilusões de uma estrutura ilusória.
2. A Terapia da libertação do Ego, e essa é a Psicoterapia Reencarnacionista, que visa passar o comando para o nosso Eu Superior, para o nosso Espírito, para os nossos Mentores Espirituais, e através da qual é possível, e até bem fácil, curar nossas inferioridades: é só nos libertarmos do Ego e a sua história ilusória.
Para saber mais:Mauro Kwitko
Consultório em Porto Alegre/RS - Telefones: (51) 3264.3046 - 9965.8935
Visite - www.portalmaurokwitko.com.br - www.portalabpr.org
Em 2010 - Curso de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica em Porto Alegre (em andamento) , São Paulo (em formação) e Rio de Janeiro (em andamento).
Informações: maurokwitko@yahoo.com.br
Grupo de Psicoterapia Reencarnacionista para usuários de cigarro, álcool, cannabis, cocaína, crack, etc - em Porto Alegre - encontros semanais (R$ 10,00)
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