terça-feira, 22 de junho de 2010
SARAMAGO, O POETA DAS EMOÇÕES
"Acho que na sociedade actual nos falta filosofia. Filosofia como espaço, lugar, método de refexão, que pode não ter um objectivo determinado, como a ciência, que avança para satisfazer objectivos. Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, nao vamos a parte nenhuma"
José Saramago
Ensaio sobre a Cegueira – Fernando Meirelles – 2008. Uma Co-produção Brasil/Canadá/Japão/Inglaterra, com roteiro do ator canadense Don McKellar, responsável pelo roteiro de O Violino Vermelho (1998), com Samuel L. Jackson, e baseado no best-seller mundial do prêmio Nobel de literatura, o escritor português, José Saramago.
Um motorista para num sinal fechado, e subitamente fica cego. Rapidamente, a epidemia se espalha. Uma mulher, esposa de um médico, passa a ser a única pessoa numa cidade a enxergar, onde inexplicavelmente toda a população fica cega, vendo coisas lindíssimas como o banho de chuva de algumas mulheres numa varanda, ou coisas horrorosas como um bando de cachorros devorando o corpo de um homem morto. O velho da venda preta, que antes da epidemia só enxergava com um olho, ouve no rádio noticias da epidemia, e passa a narrar o caos.
Será rodado parcialmente em São Paulo. O livro narra o colapso do mundo quando passamos a não enxergar. O livro é atemporal, as personagens não tem nomes, são identificadas ou pela profissão ou por características, o cineasta Fernando Meirelles tentou adquirir os direitos do livro há algum tempo, mas não conseguiu, porém o destino fez com que fosse escolhido diretor.
“Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso”, disse o escritor José Saramago.
posted by Museu do Cinema
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Um comentário:
Assisti ao filme, gostei muito
A linguagem do cinema me encanta mais que da literatura.
beijo
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