quinta-feira, 17 de junho de 2010
ARISTÓTELES
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Da ética a Nicômaco
Por: Neiva da Silva Martinelli
Aristóteles faz uma análise do agir humano. Constatou que todo o conhecimento e todo o trabalho do homem visam algum bem. O bem é a finalidade de toda a nossa ação. E essa busca do bem é o que diferencia a ação humana de todos os outros animais.
O homem busca ser feliz. A felicidade é o maior de todos os bens, e esse é o pensamento de todos os seres humanos, independente de ser um homem comum ou de um grande pensador. Desse modo, o bem viver e o bem agir é identificado com o ser feliz, ou seja, é uma ação conforme a virtude, visando o melhor. E a virtude está no meio termo entre os extremos, ou seja, evitar os excessos. É a justa medida que a razão nos impõe para controlar os excessos, sendo que a justiça é para Aristóteles, a virtude mais importante
Aristóteles verifica que o conceito de felicidade difere de homem para homem, e que identificamos o ser feliz com os valores que sustentam nossas ações. Ele menciona três tipos principais de vida: a vida dos prazeres, em que o homem se torna praticamente um escravo; a vida política aos que buscam a honra pelo convencimento, caindo na superficialidade; e a vida contemplativa, que parte da nossa alma.
A essência da felicidade é a vida contemplativa, isto é, a vida guiada pelo pensamento. Essa é a melhor vida que se pode levar, pois o pensamento pensa a si mesmo. A verdadeira felicidade está em buscar as coisas dentro e não fora de si mesmo. Por isso, a felicidade brota da alma dando luz às virtudes. A vida contemplativa (teorética ou filosófica) é fim em si mesmo, pois não se visa os seus resultados, assemelhando-nos ao próprio Deus, pois Deus é pensamento que pensa a si mesmo, consistindo em conhecer-se a si mesmo. Essa é a vida considerada mais que humana, a suprema felicidade. Assim, o prazer intelectual é o bem maior que podemos alcançar.
Aristóteles admite que haja luta na alma, um elemento irracional que pode causar-lhe desequilíbrio. Mas, ainda assim, a parte racional se sobrepõe, pois tem poder persuasivo sobre a irracionalidade, constituindo-se a razão uma atividade virtuosa. E o homem, pode ser bom de duas maneiras: vivenciando as virtudes morais, como a bondade, a justiça, etc., ou na atividade das virtudes intelectuais no conhecimento e na inteligência que elas podem alcançar para o seu discernimento.
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