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domingo, 24 de julho de 2011
sábado, 16 de julho de 2011
O Inconsciente
"Para diferenciar o eu do não-eu é indispensável que o homem - na função de eu - se conserve em terra firme, isto é, cumpra seu dever em relação à vida e, em todos os sentidos, manifeste sua vitalidade como membro ativo da sociedade humana" - Jung.
Sob uma forma simples, poderíamos dizer que inconsciente é tudo aquilo que está fora da percepção captada direta e racionalmente. O processo terapêutico, em sua evolução, tende a abrir caminho para que a pessoa possa integrar a manifestação de seu inconsciente, tanto a nível pessoal quanto coletivo. Como parte do sistema de equilíbrio psíquico, a manifestação do nosso inconsciente é simplesmente um fato, uma característica do nosso estado de ser. Quanto mais reprimida estiver sua integração ao eu, mais o inconsciente se manifestará sob formas cada vez mais "densas", aparecendo evolutivamente como: pensamentos dominantes, fixos; incômodos emocionais e/ou físicos; atos falhos; padrões de comportamento e ação auto-destrutivos; doenças físicas; encontros e acontecimentos não desejáveis; acidentes; morte prematura (não necessariamente nessa ordem ou se limitando apenas a esses itens).
Aceitar que a vida é composta não somente de racionalidade é um bom passo para abrir-se para o processo de integração do inconsciente. Conhecer, assimilar, aceitar e respeitar as mensagens do corpo e seus inúmeros mapas reflexológicos bem como dos nossos sistemas energéticos é forte instrumento para busca e ancoragem de cura. Uma parte mais prazerosa é sua integração pela interação com os sonhos, o despertar da intuição, uma vida atenta ao sutil sem perder o foco do equilíbrio, o caminho do meio.
ONDE FICA ATLANTIDA
Lembranças da Atlântida
Antes de passar a essa poesia de texto, acrescenta-se previamente, por atração irresistível:
1) Um trecho de "O Fator Maia", de José Argüelles:
"...mito hopi referente a Palat-Kwapi, a Misteriosa Cidade Vermelha do Sul. A história conta as migrações para as terras quentes do sul e a construção da cidade-templo de Palat-Kwapi, com seus quatro planos. Porém, o objetivo da construção é apenas o de obter e consolidar um sistema de conhecimento. A ordem é de os construtores abandonarem a cidade, deixando-a como um memorial desse conhecimento, depois de terminada a obra. Esquecendo a ordem, os habitantes começam a entrar em decadência, mas uma rivalidade entre clãs faz com que despertem. Recordando-se de sua missão, as pessoas finalmente abandonam PalatKwapi, a Misteriosa Cidade Vermelha do Sul."
Para saber mais sobre o conhecimento maia, comece pesquisando porhttp://www.calendariodapaz.com.br.
Esse mito está intimamente associado a um outro mito universal, que esteve de uma forma ou de outra presente em todas as civilizações, o mito da existência e manifestação de uma dita “Idade do Ouro”. Esse é um tempo dentro do qual reinam a abundância, a sabedoria, a paz e a harmonia entre os seres humanos e o meio. É especificado como “eterno retorno” por sustentar que esse tempo sempre volta à humanidade e sustenta por um determinado período (em muitas referências, por 500 anos), voltando posteriormente para uma polarização de uma fase de expiação coletiva.
A ligação entre esses dois mitos se faz entender pelo pressuposto que apenas uma civilização que se encontra dentro da idade do ouro pode se dar à tarefa de partir para uma obra do porte de erguer toda uma cidade planejada ou qualquer outra grande obra ligada a aspectos místicos e/ou de mapeamento e registro do tempo e coordenadas galácticas do planeta Terra (como as pirâmides, Stonehenge e tantas outras), uma vez que suas energias não estão desviadas para necessidades básicas anteriores como por exemplo manutenção da vida e da espécie, adequação e abrigo em relação ao meio ambiente, convívio humano pacífico e gratificante, dentre outras necessidades básicas. Construir uma obra como as citadas é uma necessidade ligada a anseios espirituais profundos, envolvendo a busca, consolidação e codificação de conhecimento, a qual só pode ser satisfeita em meio a abundância, paz e harmonia energética, material e espiritual.
Esse mito hopi está intimamente associado ao ciclo de deslocamento da história das pirâmides dentro do planeta Terra, seguindo uma rota pela África, rumo à Europa e tendo suas manifestações mais recentes nas Américas, especialmente central. A história de Brasília está intimamente ligada a esse tipo de questão (há muitos livros sobre os aspectos místicos de Brasília, citando o sonho de Dom Bosco ligando Brasília à idade do ouro. A forma de vida na capital brasileira traz em si claramente essa questão de busca e aquisição de um conhecimento, servido de exemplo como modelo de convívio urbano em uma área onde podem ser otimizados aspectos como segurança pública, densidade adequada de habitantes em relação à qualidade de vida e ainda tantos outros aspectos).
Entretanto, para construir uma cidade do porte de Brasília ou uma obra do porte de uma grande pirâmide é necessária a confluência não apenas de algumas pessoas, mas de toda uma civilização, incluindo aí ciclos e ciclos de gerações. Esse tipo de exigência denota a aceitação e o entendimento de uma inteligência astral superior, da qual todos somos participantes, definindo ciclos de gerações de pessoas nascendo em determinado local, numa determinada época e com determinados propósitos ligados a conclusão dessas obras.
Esse tipo de exigência sempre passa por pontos muito delicados. A saber:
a) o nascimento de seres humanos demanda um processo total de esquecimento das ligações do astral e do carma. Esta condição faz com que durante a jornada as pessoas duvidem e questionem em relação ao propósito das obras que elas próprias estão realizando (fato este bem demonstrado no mito hopi citado, desdobrando-se na descrença daqueles que permanecem em Palat-Kwapi por cobiça pelo poder e domínio sobre a monumental cidade erguida durante a idade do ouro e se vêem, então, brigando pelo poder, quando acordam de seu transe e resolvem seguir os que já partiram para um novo degrau dentro da linha de evolução cósmica);
b) a definição prévia de um povo para uma manifestação de uma obra desse porte pode gerar desconfiança, desentendimento, dúvidas e descrenças em outros povos, alimentando dissonância e até mesmo rivalidades;
c) o propósito desse tipo de obra é um assunto intimamente ligado a uma outra questão que atualmente vem ganhando peso dentro dos círculos esotéricos e espirituais: a transição planetária, um conceito segundo o qual os planetas, enquanto seres cósmicos, também passam por processos de expansão e evolução que vão além do que hoje a astronomia aceita, os identificando como antigas estrelas que tinham seus próprios sistemas de influência e foram esfriando até perderem magnetismo, entraram em colapso, navegaram pelo espaço até orbitar estrelas ainda ativas. No conceito de transição planetária, esses astros são passíveis de abrigar seres mais ou menos densos em seus processos de encarnação e evolução, atraindo magneticamente apenas aqueles que têm uma freqüência ressonante com as suas. Isso implica que os corpos astrais representados pelos planetas passam por evolução de consciência e de freqüência, o que se desdobra na possibilidade de grandes direcionamentos de encarne e desencarne coletivos de diversas espécies diferentes, além de influenciar sobremaneira a saga dos espíritos humanos pelo cosmos de uma forma em geral e ainda internamente dentro de cada planeta onde há vida humana.
2) Uma imagem da placa da Ermida Dom Bosco, com a descrição do sonho visão desse iluminado em 1883 sobre, com certeza..., a cidade de Brasília:
3) Uma foto via satélite mostrando o anoitecer na América do Sul. Brasília realmente é muito especial: é a única cidade do mundo cujas luzes formam não apenas um ponto ou um aglomerado disforme, mas sim uma figura distinguível: a de um pássaro...
4) Um convite para a leitura do texto “O Poder do Festival Trance”, dentro do qual pode-se perceber esse tipo de evento como sendo uma manifestação positiva de construção de uma cidade e uma proposta de convivência coletiva por tempo determinado dentre desses moldes de aquisição e codificação de conhecimento coletivo.
Conteúdo abaixo recebido pela Internet com crédito de autoria inespecífico.
Referências disponíveis citadas ao final desta página.
Referências disponíveis citadas ao final desta página.
Lembranças da Atlântida
Este é um relato de uma lembrança de Alred Aknaton, num tempo de decadência e destruição num lugar conhecido como ATLÂNTIDA mais precisamente como POSEIDONIS.
Aknaton vivia numa pobre aldeia ...no interior do continente... Desde de que nasceu, Aknaton conheceu a grandeza da Atlantida apenas pelos relatos das pessoas da aldeia e nos últimos dias de espera - para embarque nos Navios de Fuga.
Como ele nunca tinha ido à Cidade de Ouro, não podia imaginar a grandeza das construções daquela época nem a cultura dos povos antigos.
Toda esta região cinza era todo o território conhecido dos atlantes.
Nas páginas posteriores, comentaremos como foi a queda da GRANDE ATLANTIDA e seu desmembramento em pequenas ilhas no oceano atlântico.
Há 700.000 anos mais ou menos, houve o afundamento da Grande Atlântida - onde todo o continente submergiu. A Segunda Catástrofe ocorreu mais ou menos há 200.000 anos onde restaram as ilhas de Ruta e Daitia. As Américas estavam separadas e o Egito submerso.
No ano 72.025 a.C Daitia desapareceu e Ruta se reduziu à ilha que se tornou conhecida como POSEIDONIS pequena ilha entre os estado unidos e a Europa. O ultimo poderoso império atlante - descrito por PLATÃO, que afundou no ano de 9.564 a.C e se encontra adormecida e incrivelmente preservada.
Lembranças Da Atlântida
AQUELA ERA uma manhã, como todas as manhãs de primavera na Atlântida. O perfume das flores amarelas e o barulho das águas que desciam a montanha, acompanhavam uma canção de uma menina.(vamos chama-la de Brisa)
Como era bom ouvir suas músicas cantaroladas e poder sentir doce da flor amarela na trança do seu cabelo.
Mas era um dia especial.
Um sábio do Alto Conselho viria falar ao povo das profecias que todos comentavam. Muitos ansiavam por ouvi-lo, pois era sabido, mesmo por nós mais jovens, que o tempo da profecia estava próximo, mas ninguém esperava nada tão próximo.
A Reunião surpreendera a todos.
Segundo as palavras do Sacerdote, o povo deveria deixar a Atlântida, nos próximos 10 anos e até lá todos os preparativos poderiam ser feitos com calma. O CONSELHO DOS DOZE estava dividido. A maioria concordava em comunicar aos seus distritos a mensagem das profecias e o entendimento dos Anciões; todavia, não estavam convencidos da sua eminência ou da veracidade dos fatos. Apenas o Grande Comandante, sua Família e pessoas mais sábias do Norte e do Sul, acreditavam nas palavras do Sacerdote.
Para que se compreenda melhor aquela época, a Atlântida estava em plena decadência de poder, cultura, e de construções.
Não existia mais aquele contato expresso com a Grande Irmandade de Seres Iluminados.
Os anos se passavam....e poucos se prepararam para partir.
O velho sacerdote vendo a lentidão do povo resolveu ele mesmo pregar em todos os distritos - o que era uma tarefa gigante.
O fato é que depois de longas viagens pelo país, ninguém mais ouviu falar dele.
Alred se lembra daquela manhã...
No cais havia um intenso movimento de naus - grandes barcos de suprimentos -
Aknaton estava com outros jovens num pequeno barco de remo, trazendo provisões do Norte para os que partiriam - o primeiro grupo.
Tão logo entrou na baía, Aknaton avistou as fortalezas de pedra, castelos residenciais cercadas por muralhas , feitas por gigantes e por alta tecnologia extraterrestre.
Aknaton observava as construções fantásticas e sua imaginação crescia por tentar entender como tudo aquilo havia sido construído.
Como era bonito !... Os imensos telhados cercados de flores amarelas perfumadas e os imensos mosaicos nas paredes eram espetaculares.
A arquitetura era fascinante por causa dos edifícios maciços e de proporções gigantescas. Construiam-se as casas separadas uma das outras, havendo um pátio central, no meio do qual havia uma fonte.
Os Templos com suas salas imensas (maiores do que as do Egito), tinham neste período de decadência, o culto cerimonial das imagens que ficava a cargos dos sacerdotes. Também havia o culto do Sol e os grandes terraços que serviam como observatórios.
(Culto do Sol e do Fogo onde se usava um Grande Emblema chamado de DISCO SOLAR - Informações dos Mestres Ascensionados falam que no Lago Titicaca se encontra um desses Discos Solares sob a proteção de Meru)
Ao lado cruzou um outro pequeno barco de suprimentos dirigido por um homem do Sul, que acenava alegremente para nosso grupo pela hora da partida, falando a língua tolteca (que permaneceu quase pura, muito tempo depois e foi usada no México e no Peru, levada pelos sobreviventes).
Possivelmente, este homem de pele vermelha iria com sua família neste grupo. Seus cabelos pretos e olhos verdes diferiam do povo do Norte que era ruivo e geralmente de olhos azuis.
"Como havia mudado nosso povo!"- pensava Aknaton.
As crianças não eram mais sadias...eram menores. Já haviam muitos mestiços. Muitos estrangeiros tinham tido filhos ou tinham trazidos mulheres para a Atlântida.
Aknaton pensava como teria sido sua vida ali...: Teria feito cursos de transmutação alquímica que era muito freqüentado ou participar dos cursos de desenvolvimento das faculdades psíquicas e aprender a usar a energia .
Por outro lado, tantas coisas já tinha aprendido naqueles dias. Sobre o cruzamento das plantas , como no caso do trigo - que cruzado com as ervas produzia aveia e outros cereais. Também vira tantos animais estranhos como grandes gatos e outros como estranhos camelos.
O TEMPO PASSAVA RÁPIDO.
OS PREPARATIVOS DA PARTIDA estavam na sua conclusão para os que se colocaram a serviço do Grande Comandante.
Numa noite de Lua Cheia, ao redor de uma fogueira, comentava-se as visões e os sonhos do futuro para aquela terra imensa.
Nesta noite, uma jovem comentou uma visão que tivera no bosque das borboletas amarelas.:
"Um jovem muito alto, cabelos ondulados, com um manto azul e um símbolo dourado lhe apareceu apontando para o Norte.
Atrás dele, ela viu gnomos e animais daquela floresta "
Ao ouvirem a narrativa da moça, todos concordaram que o tempo das mudanças estava próximo, já que a descrição da moça sobre o rapaz trazia aos anciões a lembrança do convívio com os Mestres da Irmandade Estelar que eram todos eternamente muito jovens. Assim, o primeiro grupo se dirigiu para o Norte. O segundo grupo, meses depois, para um local desconhecido - assim disseram a Aknaton.
E , dessa forma, grupos familiares abandonavam a Terra da Atlântida por todos os lados, em meio a diversos impedimentos e obstáculos de toda ordem - o que dificultava muito a rápida saída .
Entre estes problemas estavam a confusão gerada por aqueles que não queriam sair - por não acreditarem ou porque queriam se apossar das terras abandonadas e das riquezas materiais que seriam deixadas.
O POVO SE DIVIDIRA à medida que se aproximava a possível data das transformações e muito ódio surgiu de todos os lados entre grupos de seitas diversas que surgiram no país. Havia um medo assustador no ar - uma sensação de desastre iminente ou como se algo ruim fosse realmente acontecer. O Grande Comandante visitou todas as grandes cidades próximas e aldeias mais distantes. Nestas últimas até os animais tinham já abandonado as florestas.
A inquietude entre as pessoas já havia chegado nos reinos animais e vegetais.
No último ano, como que uma praga e doenças estranhas tinham atacado as plantações e destruído grandes colheitas. Terras férteis tinham se tornado pântanos e gases fétidos saiam por debaixo de pedras.
Não se viam mais as abelhas, os cervos, os antílopes. Nos velhos caminhos que conduziam à Antiga Pirâmide, que havia caído, fendas enormes impediam a caminhada dos iniciados. No decorrer de mais um ano, houve sinais, agitação dos elementais, terremotos, invasões de água em vários lugares.
Animais estranhos surgiam das cavernas e mesmo nos animais e pássaros da região, comportamentos estranhos eram observados como invadirem a cidade e fazerem ninhos em lugares diferentes dos normais. Pequenas pragas começavam a aparecer na Atlântida. Naquele mês iria sair o ULTIMO BARCO dos que resolveram abandonar o país.
O Povo que resolveu ficar estava um tanto apavorado ,mas estava gostando de tomar o poder tão logo o Grande Comandante saísse, já que poderiam se apropriar de toda tecnologia - que todos sabiam que existia dentro do castelo que foi usada pelos antigos quando havia intercâmbio com os extraterrestres.
Esta tecnologia , depois que os Extraterrestres se foram, ficou sob a guarda dos Comandantes ou Imperadores que velavam pela segurança daqueles objetos de defesa e de transporte.
Alred estaria neste último Barco.
A vida na Atlântida continuava. Os vendavais, as erupções vulcânicas e toda uma série de avisos confirmavam a PROFECIA e a sua realidade.
Os frutos - que eram a alimentação básica - estava perdida na última colheita, por causa de pragas; mas mesmo assim, uma grande parte da população resolveu ficar.
NO ÚLTIMO BARCO DE PESSOAS MAIS SIMPLES, PARTIU ALRED COM SUA FAMILIA.
A CAMINHO DO DESCONHECIDO VIA-SE QUE A TRAVESSIA AO SUL SERIA MUITO DIFÍCIL.
PEQUENOS TREMORES JÁ SE SENTIA E GIGANTESCAS ONDAS AMEAÇAVAM A EMBARCAÇÃO.
DIAS SE PASSARAM E OS COMENTÁRIOS NOS BARCOS MAIS ÁGEIS QUE OS ULTRAPASSAVAM JÁ FALAVAM DO AFUNDAMENTO DAS TERRAS DO LESTE QUE LIGAVA A ATLÂNTIDA AO CONTINENTE EUROPEU.
NA MENTE DE ALRED UMA CIVILIZAÇÃO QUE ELE MAL CONHECEU FICARA PARA TRÁS. A PROFECIA SE CUMPRIA UM POUCO MAIS QUE OS 10 ANOS FALADOS.
O QUE TERIA ACONTECIDO COM AQUELA MENINA DAS FLORES AMARELAS! - PENSAVA ALRED. POSSIVELMENTE, OS QUE FICARAM TERIAM TOMADO O PODER E CHEGADO AO TESOURO DOS ANCESTRAIS.
ALRED DESDE CRIANÇA OUVIA FALAR DESSES TESOUROS.
SERIAM IMENSAS MÁQUINAS DE VOAR E LEVANTAR E DERRETER GRANDES PEDRAS E OUTRAS MARAVIILHAS EM OBRAS DE ARTE E CULTURA - REGISTROS SOBRE A FUNDAÇÃO DA CIDADE PELOS HOMENS CELESTES.
TUDO O QUE ALRED VIU NAQUELES ÚLTIMOS DIAS NA CIDADE ERA REALMENTE MARAVILHOSO. PORÉM, TUDO FICARA PARA TRÁS.
NAQUELA ÉPOCA, MUITOS DOS ATLANTES NO BARCO AINDA POSSUIAM DONS EXTRAORDINÁRIOS DE VIDÊNCIA.
ELES DIZIAM QUE A TORMENTA JÁ SE ABATIA SOBRE A GRANDE CIDADE E QUE TODAS AS TERRAS DO LESTE E DO OESTE JÁ TINHAM AFUNDADO.
PASSARAM-SE OS DIAS E CERTA MANHÃ, QUANDO OS ALIMENTOS JÁ ESTAVAM ESCASSOS , UMA VISÃO DE UM ANCIÃO INFORMAVA A TODOS QUE UMA AÇÃO MACIÇA DAS FORÇAS DA NATUREZA DESABOU SOBRE TODA A ATLÂNTIDA.
DIZIAM OS VIDENTES QUE POUCOS ANTES DA CATÁSTROFES FORAM VISTOS EM VÁRIOS LUGARES A PRESENÇAS DOS SERES CELESTES, DE LUZES E MÁQUINAS VOADORES RECOLHENDO PESSOAS, CRIANÇAS E ANIMAIS EM VÁRIOS PONTOS.
DIZIAM OS VIDENTES QUE UMA GRANDE ESTRELA TINHA VINDO BUSCAR O GRANDE COMANDANTE, SUA FAMILIA E OUTRO GRANDE NÚMERO DE INICIADOS QUE TINHAM TRABALHADO PELA FUGA DOS ATLANTES . TAMBÉM - O QUE SURPREENDEU A TODOS FOI O RELATO DE QUE UMA GRANDE PEDRA TERIA CAÍDO NA REGIÃO SUL, DESTRUINDO GRANDE PARTE DE PEQUENAS CIDADES
AO NORTE, ONDE MORAVA Aknaton, AINDA POUCO SE SABIA, POIS OS VIDENTES ESTAVAM EXTREMAMENTE CHOCADOS COM TUDO AQUILO.
PASSARAM DIAS E PARTE DAQUELE GRUPO MORREU DURANTE A VIAGEM POR FALTA DE ALIMENTOS E POR NÃO ESTAREM PREPARADOS POR TAMANHO ESFORÇO DE UMA VIAGEM PELO MAR.
Aknaton , NOS ÚLTIMOS DIAS NO MAR, FICOU GRAVEMENTE FEBRIL. NA SUA MENTE, ENTRE LEMBRANÇAS CONFUSAS E O BRAMIDO DAS ONDAS NOS CASCOS DA FRÁGIL EMBARCAÇÃO, VINHA A LEMBRANÇA DA VOZ E DO ROSTO DAQUELA MENINA DE CABELOS COMPRIDOS... E DAS PEQUENAS FLORES AMARELAS PRESAS NOS CABELOS PARTIDOS AO MEIO. O BARCO DE ALRED ENFIM APORTOU ONDE SÃO HOJE TERRAS DA ÁMERICA DO SUL.
A CHEGADA NA NOVA TERRA, É UMA LEMBRANÇA MUITO VAGA NA MENTE DE ALRED. A FRAQUEZA DEBILITOU O RAPAZ QUE LEVOU MUITO TEMPO PARA SE RECUPERAR. NA SUA LEMBRANÇA ESTÃO AS CAVERNAS, SUA PRIMEIRAS HABITAÇÕES NA CHEGADA, E OS DESENHOS QUE FAZIAM NAS PEDRAS - LEMBRANÇAS E BRINCADEIRAS.
VAGAROSAMENTE, UMA NOVA COLONIA SE FORMOU.
ERA UMA NOVA CHANCE DE VIDA EM OUTRO LUGAR - MAS SERIA UM COMEÇO RUDE E DIFÍCIL. OS MAIS VELHOS AINDA TRAZIAM OS CONHECIMENTOS DAS CONSTRUÇÕES EM PEDRA. PORÉM, NO GRUPO DE ALRED, QUASE TODOS ERAM ALDEÕES E DE POUCO CONHECIMENTO CULTURAL
AS ESTÓRIAS DA CIDADE PERDIDA FOI SENDO CONTADA PARA OS NOVOS FILHOS E FILHAS DAS NOVAS GERAÇÕES PELOS MAIS VELHOS COM A INTERPRETAÇÃO E O CONHECIMENTO DE CADA UM.
AS CAVERNAS DOS ANTIGOS ATLANTES NA ÁMERICA DO SUL E NOS ANDES, PRINCIPALMENTE NA FLORESTA AMAZÔNICA, FORAM POSTERIORMENTE REFORMADAS E HABITADAS POR VIKINGS - MAS ISSO É OUTRO ASSUNTO. A ÉPOCA DA NARRATIVA, A ATLÂNTIDA ESTAVA EM PLENA DECADÊNCIA. OS HABITANTES NAQUELA ÉPOCA TINHAM SE EMBRUTECIDO COMPLETAMENTE E ESQUECIDO DA CULTURA E DOS CONHECIMENTOS DA IDADE DE OURO E DO CONTATO COM OS EXTRATERRESTES.
MUITA LUZ PARA VOCÊS!
PAZ E AMOR COM MUITA COUVE-FLOR
ALFRITZ
O SILENCIO NESCESSARIO
Frase de Gandhi
Gandhi
"O silêncio já se tornou para mim uma necessidade física espiritual. Inicialmente escolhi-o para aliviar-me da depressão. A seguir precisei de tempo para escrever. Após havê-lo praticado por certo tempo descobri, todavia, seu valor espiritual. E de repente dei conta de que eram esses momentos em que melhor podia comunicar-me com Deus. Agora sinto-me como se tivesse sido feito para o silêncio.”
SOLIDAO AMIGA= RUBENS ALVES
A solidão amiga
A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...
Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida.
Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.
Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.
Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!"
Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não vêem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que "o inferno é o outro." Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia... Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele escreveu sobre a sua solidão:
"Ó solidão! Solidão, meu lar!... Tua voz - ela me fala com ternura e felicidade!
Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas.
Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham com pés saltitantes.
Ali as palavras e os tempos/poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar."
E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas aconteceu que, "certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela casa - garrafa, prato, facão - era ele que os fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção (...) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que fosse mais bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu também o operário. (...) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia."
Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: "As obras de arte são de uma solidão infinita." É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta.
E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente descrita por Drummond:
"...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por onde erraria a verdadeira Cecília..."
Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações gregárias que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde ela estava irremediavelmente sozinha.
O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...
A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada ) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.
Mas essa conversa não acabou: vou falar depois sobre os companheiros que fazem minha solidão feliz.
Rubem Alves
A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...
Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida.
Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.
Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.
Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!"
Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não vêem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que "o inferno é o outro." Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia... Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele escreveu sobre a sua solidão:
"Ó solidão! Solidão, meu lar!... Tua voz - ela me fala com ternura e felicidade!
Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas.
Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham com pés saltitantes.
Ali as palavras e os tempos/poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar."
E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas aconteceu que, "certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela casa - garrafa, prato, facão - era ele que os fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção (...) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que fosse mais bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu também o operário. (...) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia."
Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: "As obras de arte são de uma solidão infinita." É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta.
E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente descrita por Drummond:
"...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por onde erraria a verdadeira Cecília..."
Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações gregárias que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde ela estava irremediavelmente sozinha.
O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...
A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada ) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.
Mas essa conversa não acabou: vou falar depois sobre os companheiros que fazem minha solidão feliz.
terça-feira, 12 de julho de 2011
NOSSA MISSÃO NO MUNDO
Qual é a sua missão no mundo?Em Destaque!
Jeronimo Mendesjm@jeronimos.com.br
www.jeronimomendes.com.br É impossível acreditar que o ser humano seja fruto do acaso ou que alguns nasceram para sofrer e outros para ser felizes. Esse pensamento é típico da Idade Média, mais ou menos até o século XIV, quando algumas seitas rebeldes e contrárias à posição da Igreja Católica, começaram a quebrar a premissa bíblica do castigo associado ao trabalho e, embora entendessem o trabalho como uma tarefa “penosa e humilhante”, o mesmo devia ser procurado como penitência para o “orgulho da carne”.
Durante o período do Renascimento, quando o homem deixou de ser um animal teórico para se tornar um sujeito ativo, constituinte e criador do mundo, as razões para trabalhar passaram a estar no próprio trabalho e não fora dele, por gosto pessoal e afinidade. Dessa forma, o trabalho já não recaía somente sobre os escravos e, portanto, era uma questão de opção ou aceitação, ou até mesmo de predestinação, também para os homens livres.
Martinho Lutero, líder da Reforma Protestante, foi quem desassociou esse conceito equivocado do trabalho ligado ao castigo, à tortura e à predestinação do ser humano. Ele entendeu o trabalho como a base e a chave da vida, portanto, a profissão passou a resultar de uma vocação, sendo o trabalho o caminho religioso para a salvação. Assim, o trabalho passou a ser entendido como uma virtude. Aliás, segundo Max Weber, foi Lutero quem desenvolveu o conceito de vocação - no sentido de uma tarefa de vida, de um campo definido a trabalhar - ao longo da primeira década de sua atividade como reformador.
E o que tudo isso tem a ver com você? Há um bocado de gente que se diz feliz fazendo coisas muito distantes da sua real natureza. Pessoas que sorriem durante o dia e choram durante a noite ao lembrar que, no dia seguinte, devem voltar a fazer algo detestável e sem sentido, pessoas cuja segunda-feira é um martírio e sexta-feira é pura alegria.
Durante minhas palestras costumo brincar que se alguém levanta na segunda-feira pela manhã, indignado e já pensando na sexta, possivelmente está no lugar errado. Alguns me olham desconfiados, outros indignados, porém a maioria começa a refletir sobre a sua real situação e volta para casa cabisbaixa, pensativa e disposta a mudar essa realidade. O problema é que no dia seguinte você estará no mesmo lugar, convivendo com as mesmas caras, o mesmo chefe e os mesmos objetivos, a menos que você comece a reavaliar profundamente suas habilidades, características e virtudes que o levarão a produzir mudanças significativas no modo de pensar e agir. E isso poderá ocorrer no mesmo local onde você se encontra, sem necessariamente ter que mudar de emprego ou de profissão.
Gosto muito do Emerson, pensador americano e profundo conhecedor da alma humana, quando diz: “Todo homem tem sua própria vocação. O talento é a vocação. Há uma direção em que todo o espaço está aberto para ele. Ele tem faculdades que silenciosamente o atraem naquela direção em um esforço sem fim. Ele é como um navio em um rio; obstáculos vêm em sua direção de todos os lados, exceto um; daquele lado todos os obstáculos são retirados e ele desliza serenamente sobre um canal que se aprofunda, até um mar sem limites.”
Talvez você esteja se perguntando, todos os dias, quando chega ao local de trabalho ou depois de uma discussão acalorada com o chefe: o que eu estou fazendo aqui? Se isto for verdade, comece a traçar um plano definitivo para sair do marasmo e dar uma guinada importante na vida, aquela que vai lhe proporcionar uma existência digna, rica e em consonância com os seus valores e virtudes.
Qual é o meu lugar no mundo? Faço essa pergunta todos os dias, quando levanto e quando me deito, para não perder de vista a minha missão de “semear conhecimento e gerar prosperidade para o maior número de pessoas possível, por meio de bons exemplos, disciplina, otimismo e consideração pelo próximo.”
Se você ainda não encontrou a verdadeira vocação, não se desespere, continue perseguindo a felicidade nas pequenas coisas e lute o tempo todo contra aquela voz interior pessimista que tenta dizimar suas esperanças de encontrar a profissão ideal e fazer do mundo um ambiente melhor.
As palavras de Robert Wong, autor de O Sucesso está no Equilíbrio, são muito apropriadas nesse sentido: todas as pessoas começam com um emprego, depois adotam uma profissão, em seguida perseguem uma carreira, com o tempo encontram a verdadeira vocação e, por fim, assumem uma missão definitiva que os levará a uma vida plena de realizações. Encontrar a missão é uma seqüência de perdas e ganhos, erros e acertos, um processo de aprendizado constante.
Você possui características singulares e virtudes que outras pessoas nem imaginam, cada qual com seu talento ou uma habilidade inconfundível. E, além do mais, existe um mundo aberto a qualquer iniciativa que agregue valor à vida das pessoas, não importa se você é médico, professor, advogado, enfermeiro ou gari. O importante é que você acrescente amor, paixão e determinação em todas as suas ações.
Como lembra Joseph Campbell, autor de O Poder do Mito: “A vida é uma grande escada corporativa. Depressão é quando você chega ao final e descobre que ela está encostada na parede errada.” Depois de 70 ou 80 anos mal vividos, sobra pouco tempo para o arrependimento e não é fácil dar a volta por cima. O que você vai fazer com essa idade, ao olhar para trás e pensar que a vida poderia ter sido diferente? Suicidar-se? Portanto, sempre é tempo de retomar o caminho e cultivar exemplos que deixarão seus filhos orgulhosos e comprometidos com o bem-estar da humanidade. O que você vai ser quando você crescer? Como você gostaria de ser lembrado daqui a 30 ou 40 anos?
Seja íntegro, disciplinado, cultive o dom do relacionamento saudável, comprometa-se a crescer e aprender todos os dias da sua vida e, mais importante ainda, não perca de vista seus objetivos. Pense nisso e seja feliz! Sobre o Autor
Administrador, Professor Universitário e Palestrante
Especialista em Desenvolvimento Pessoal e Profissional, apaixonado por Empreendedorismo
Livros Publicados:
- Manual do Empreendedor (Atlas)
- Oh, Mundo Cãoporativo! (Qualitymark)
- O Encontro das Estrelas (Canção Nova)
- Benditas Muletas (Vozes)
Visite http://www.liderancablog.com
LINGUAGEM DO CORPO
REVISITANDO A LINGUAGEM CORPORAL
Alessandro Loiolaalessandroloiola@yahoo.com.br
www.dralessandroloiola.blogspot.com REVISITANDO A LINGUAGEM CORPORAL
© Dr. Alessandro Loiola
http://www.dralessandroloiola.blogspot.com/
Pesquisas realizadas nas últimas décadas mostraram que, quando você está falando, apenas 7% da mensagem está sendo transmitida para os outros através das palavras. Outros 38% estão relacionados à entonação do que é dito.
Um bom exemplo da importância da entonação está no treinamento de cães de guarda: eles não interpretam a gramática das frases, mas o seu tom de voz. Um comando de conteúdo imperativo, emitido em um timbre de voz baixou ou trêmulo, transparece insegurança e dificilmente será obedecido. Porém, se emitido em tom mais alto e firme, transmite o sentimento adequado de liderança e resulta na ação esperada. O mesmo principio pode ser aplicado às crianças em casa e em salas de aula cheias de adolescentes.
Bom, mas 7% de um, somados a 38% de outro, são iguais a 45%. Onde se meteram os outros 55% do que você queria dizer? Fácil: eles estão espalhados pelo seu corpo todo. É a famigerada Linguagem Corporal.
A Linguagem Corporal é um instrumento de comunicação tão antigo e bem sucedido que se incrustou em nossos genes: crianças que nasceram cegas sorriem, ainda que elas jamais tenham visto um sorriso para reconhecer seu significado. Somos todos geneticamente programados para emitir e interpretar esta comunicação silenciosa. E dominar seus sinais pode fazer toda a diferença.
As estatísticas mostram que pessoas que sabem como controlar voluntariamente o tom de voz e a linguagem corporal são consideradas mais atraentes que aquelas que deixam tudo por conta do instinto. Isso ocorre porque a primeira impressão que os outros fazem de você não começa no momento em que você começa a falar. Esta impressão começou a ser construída muito antes, a partir da sua postura, padrão respiratório, aparência e movimentos.
Não existe um conselho universal sobre como utilizar a linguagem corporal, mas algumas recomendações básicas devem ser conhecidas. Procure estar sempre ciente do que seu corpo está dizendo enquanto você se senta, anda, permanece em pé ou gesticula.
Uma boa dica é vencer a timidez e praticar um pouco na frente do espelho. Eu sei, parece tolice, mas quem estará olhando afinal de contas? O espelho lhe dará uma boa idéia de como analisar a linguagem corporal dos outros e o que seu corpo pode estar dizendo enquanto você permanece em silêncio.
Observe seus amigos, artistas, políticos, e qualquer pessoa que você considere possuir uma boa linguagem corporal. Estude como estas pessoas agem e copie um ou outro padrão de linguagem. É provável que você exagere no começo e pareça artificial, mas a prática leva à perfeição – se você não começar um dia, então quando?
Para facilitar seu treinamento, eu selecionei algumas situações rotineiras onde você pode empregar o conhecimento da Linguagem Corporal a seu favor. Veja só:
INSPIRANDO CONFIANÇA
Para transmitir uma imagem de confiança (p.ex.: durante uma reunião de trabalho), mantenha braços e pernas descruzados, e relaxe os ombros. Se estiver sentado, procure uma posição relaxada e confortável, mas não escorregue pela cadeira até o fundo da mesa.
Nada de ficar contemplando o chão ou a tampa da sua esferográfica: faça contato visual com as pessoas. Olhe seus interlocutores nos olhos. Se possível, vire um pouco seu corpo, incline-se na direção da pessoa e balance a cabeça discretamente, de modo afirmativo. Isso irá mostrar que você está prestando total atenção ao que está sendo dito. Quando for sua vez de falar, seja firme porém mantenha a calma.
E cuidado com alguns sinais que podem detonar sua imagem. Tocar seu rosto significa irritabilidade, nervosismo ou indecisão. Dedos tamborilando denotam distração, falta de sintonia com o grupo ou com as idéias outro. Braços cruzados sobre o peito podem indicar defesa, tédio ou reprovação.
DETECTANDO MENTIRAS
Obviamente, o simples fato de alguém exibir alguns dos comportamentos descritos a seguir não significa que está mentido descaradamente. Estes padrões devem ser comparados com o jeito de ser da pessoa e jamais considerados de modo isolado. Certo até aqui? Então vamos lá:
De um modo geral, o primeiro sinal emitido pelo mentiroso é a falta de contato visual – nada de “olhos nos olhos”. Se você observar melhor, verá que antes de responder às suas perguntas, o mentiroso desvia o olhar para a sua esquerda. Isso significa o uso de áreas do cérebro envolvidas com imaginação – ele está “criando” uma lembrança, ao invés de relatar o que realmente aconteceu e está guardado em sua memória. O olhar desviado para a sua direita significa a ativação de áreas cerebrais responsáveis pela memória, e tende a significar que ele está relatando uma lembrança verídica.
Ao contar uma mentira, movimentamos pouco os braços e pernas. Os movimentos são pouco expansivos, evitando chamar ainda mais a atenção. Toques sutis no nariz e na região atrás das orelhas são comuns, assim como colocar inconscientemente objetos (p.ex.: um livro, uma xícara de café) entre você e a outra pessoa.
Os mentirosos costumam repetir o que você disse quando respondem algo. Por exemplo, ao perguntar ao seu filho “você já fez o dever de casa?”, ao mentir ele tende a responder “Já, mãe, eu já fiz o dever de casa”. Uma resposta mais honesta consistiria em um simples “Já”.
Finalmente, pessoas culpadas costumam agir na defensiva, enquanto que os inocentes quase sempre assumem um comportamento agressivo quando acusados. Um modo prático de verificar este comportamento consiste em mudar repentinamente de assunto. O mentiroso irá seguir a mudança, agradecido e relaxado por se ver livre a saia justa. O inocente acusado insistirá no tópico anterior, buscando esclarecer e mostrar sua ausência de culpa.
FLERTANDO
Na arte da conquista, a linguagem corporal pesa mais que as palavras. Quando gostamos de algo que estamos vendo, nossas pupilas se dilatam e piscamos os olhos mais que o habitual. Mas existem outros sinais típicos e de fácil detecção.
Quando estão flertando, os homens tendem a posicionar as mãos sobre a fivela do cinto ou pendurada com os polegares nos bolsos da frente (é a “postura de moldura”, chamando atenção para a região genital). Eles também se esticam, espreguiçam, respiram profundamente e tencionam os músculos – tudo para parecerem maiores e mais fortes do que realmente são.
As mulheres emitem sinais semelhantes: para assumir um flerte, elas mexem nos cabelos, jogando-os de um lado para o outro e expondo o pescoço. Outro gesto bastante utilizado é a posição de pernas cruzadas com uma mão sobre a coxa. Esta atitude dá às pernas uma aparência torneada e é considerada uma indicação clara de interesse.
Alguns sinais funcionam para ambos os sexos. Por exemplo, a Triangulação do olhar. Primeiro, fazemos contato visual com um dos olhos da pessoa que temos interesse, então com o outro olho, e em seguida observamos sua boca enquanto fala. A alternância do olhar entre estes 3 pontos denota admiração e interesse sexual.
A Imagem em Espelho é outro padrão freqüente. Duas pessoas em sintonia costumam manter seus corpos em posições semelhantes enquanto conversam. Se você deseja despertar interesse em alguém, este é um recurso bastante útil, podendo ser utilizado em quase todas as situações. Espelhar o posicionamento do corpo do outro durante um bate-papo cria um sentimento instantâneo de empatia, passando a mensagem de que você compreende e respeita o ponto de vista daquela pessoa.
Se você está em uma festa ou reunião informal e se aproximou de alguém interessante, não segure nada na frente do seu coração. Se estiver com um drinque, coloque-o sobre um apoio ou simplesmente segure-o do seu lado e mantenha uma distância um pouco maior que 1 passo daquela pessoa. Respeitar o espaço individual do outro é sinal de sofisticação e autoconfiança. Se houve receptividade, você pode ir se aproximando, mas sempre aos poucos.
Por último e não menos importante: esqueça aquele olhar sexy entediado que treinou por horas no espelho do banheiro. Pessoas sorridentes são sempre mais atraentes e sedutoras. Sobre o Autor
Dr. Alessandro Loiola é médico, palestrante e escritor, autor de PARA ALÉM DA JUVENTUDE – GUIA PARA UMA MATURIDADE SAUDÁVEL (Ed. Leitura, 496 pág.) e VIDA E SAÚDE DA CRIANÇA (Ed. Natureza, 430 pág.). Atualmente reside e clinica em Belo Horizonte, Minas Gerais.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São Cirilo de Jerusalém : «Ditosos os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem»
Leituras
Is. 55,10-11.
Eis o que diz o Senhor: «Assim como a chuva e a neve descem do céu não voltam para lá, sem terem regado a terra, sem a terem fecundado e feito produzir, para que dê semente ao semeador e pão para comer,
o mesmo sucede à palavra que sai da minha boca: não voltará para mim vazia, sem ter realizado a minha vontade e sem cumprir a sua missão.
Romanos 8,18-23.
Irmãos: Estou convencido de que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que há-de revelar-se em nós.
Pois até a criação se encontra em expectativa ansiosa, aguardando a revelação dos filhos de Deus.
De facto, a criação foi sujeita à destruição não voluntariamente, mas por disposição daquele que a sujeitou na esperança
de que também ela será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus.
Bem sabemos como toda a criação geme e sofre as dores de parto até ao presente.
Não só ela. Também nós, que possuímos as primícias do Espírito, nós próprios gememos no nosso íntimo, aguardando a adopção filial, a libertação do nosso corpo.
domingo, 10 de julho de 2011
PLATÕNICO AMOR.......
Autora: Catarina Mexia
Psicóloga Clínica
Psicóloga Clínica
O amor platónico ou o amor idealizado deve o seu nome a Platão (350 a.C.), filósofo grego que acreditava na existência de dois mundos: o das ideias, onde tudo era perfeito e eterno, e o mundo real, finito e imperfeito, cópia mal acabada do mundo ideal.
Nesse sentido, viver um amor platónico é viver em dois mundos simultaneamente: um onde estamos sozinhos e outro onde namoramos, somos felizes e realizados com a pessoa perfeita que é objecto do nosso amor.
Amor impossível. Este tipo de amor baseado no impossível envolve a mistificação do ser amado, que é geralmente colocado numa posição inatingível. Ocorre muito frequentemente durante a adolescência e em jovens adultos, principalmente em pessoas mais tímidas, introvertidas e que sentem mais dificuldade em aproximar-se de quem amam. A insegurança, imaturidade e inibição emocional estão muitas vezes na origem deste comportamento. A forte idealização do objecto amado gera o medo de não atender aos seus anseios, o que contribui para amar à distância e impede viver a experiência não só de amar mas também de nos sentirmos amados, não só de cuidarmos e nos preocuparmos mas também de nos sentirmos acolhidos e amparados. Esta troca de experiências emocionais é que permite o sentimento de que amar vale a pena, com a vantagem acrescida de poder ainda ajudar a superar conflitos e dificuldades do quotidiano.
Amar por medo. Muitas vezes as pessoas têm um amor platónico por medo de sofrer. Isto porque preferem viver um amor que nunca irá realizar-se do que lidar com os eventuais desapontamentos e tristezas inerentes à relação. Nada disto é necessariamente mau ou errado, desde que saibamos racionalmente que aquilo que julgamos ter não existe, até porque o outro desconhece totalmente os sentimentos que alguém nutre por ele.
A maioria das pessoas fantasia acerca das relações amorosas: "Um dia encontrarei o par ideal, que será capaz de me compreender, sem discussões, onde a compatibilidade será perfeita. A magia do amor estará sempre presente e a paixão será eterna." A realidade das relações amorosas, no entanto, é muito diferente. Todo o processo de namoro é uma situação tremendamente arriscada. Somos e sentimo-nos postos à prova, principalmente se aceitarmos darmo-nos a conhecer tal como somos, o que significa arriscar sermos amados, mas também rejeitados. E a rejeição não é fácil de aceitar.
Uma relação amorosa é uma das melhores oportunidades de crescimento pessoal. E não há crescimento que não implique sofrimento. Todavia, também inclui uma felicidade enorme. Tal como noutras situações da nossa vida, aquilo que obtemos depende da vontade de lutar por essa relação, arriscando-nos a deixar o nosso "lugar seguro". Geralmente, antes do fim do primeiro ano de relacionamento, os elementos do casal começam a experimentar as primeiras discussões, desentendimentos e dificuldades. É normal. Resulta da necessidade de estabelecer regras de conduta na relação. A cultura familiar de cada elemento do casal permite-lhe crescer com regras, que são forçosamente diferentes do outro. Mas estas funcionam a um nível inconsciente, e muitas vezes não nos damos conta que estamos a tentar impô-las ao outro.
Herança cultural. Recordo a este propósito um casal constituído por um português e uma alemã, onde o trabalho inicial da terapia consistiu em perceber como a "importância de dormir com a roupa da cama entalada ou solta" não resultava da má vontade do outro, mas de uma herança cultural (para uma alemã, que geralmente dorme com um edredão não fazia sentido dormir presa pela roupa. Mas muitos de nós recorda como a mãe, na hora de irmos dormir, nos vinha aconchegar na cama, entalando a roupa debaixo do colchão).
Sem nos darmos conta, mantemo-nos fortemente leais à cultura e crenças da nossa família de origem e, geralmente, cada um acredita firmemente que a sua abordagem é a mais correcta.
Este é um período importante na construção de uma relação. É frustrante e doloroso. Obriga-nos a fazer cedências, a olhar para o outro, não como o ser perfeito que imaginámos, mas alguém que "não nasceu ontem à espera de ser moldado pelo outro" e que tem uma história.
Arriscar e crescer. Todas as relações começam por ser platónicas. Todos os namorados começam por ser idealizados, imaculados. Mas tal como não podemos permanecer eternos adolescentes, necessitamos de nos envolver com o outro para podermos crescer.
Crescer também é arriscar. Se estivermos dispostos a arriscar, podemos crescer e tirar o prazer de desfrutar de uma relação amorosa dinâmica e partilhada.
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