O Segredo da Felicidade
Posted by Karina em 5, February, 2010 em Documentários, Espiritualidade, Lei da Atração, Livros & Literatura
“(…) O que os outros dizem é verdade só para eles. É como eles expressam a experiência de vida deles. Mas se você aprender a escutar, verá que entre essas mentiras a verdade aparece. E você conseguirá perceber essa verdade. Se você não acreditar em si mesmo, se não acreditar em mais ninguém – nem em mim – todas essas mentiras não irão sobreviver, mas a verdade irá sobreviver. Acreditando ou não, o sol estará no céu todo dia. Não é preciso acreditar na verdade para que ela exista. Mas para as mentiras existirem é preciso que se acredite nelas.”
Don Miguel Ruiz (autor de “Os Quatro Compromissos“)
“Se você quiser ser feliz um dia inteiro, vá fazer compras. É ótimo, mas não dura e depois chega a conta do cartão. Se quiser ser feliz um fim de semana todo faça um programa gostoso, vá pescar, vá jogar golfe. Se quiser ser feliz um mês inteiro, tire férias. Vá para a Austrália, você vai se divertir. Se quiser ser feliz um ano inteiro, herde uma fortuna. Mas se quiser ser feliz a vida toda, precisa fazer diferença na vida das pessoas. Precisa dar a sua contribuição. A maioria das pessoas se preocupa tanto em ter sucesso, que se esquece do significado. E essa é a grande conquista, ter significado, não ter sucesso.
Matthew Kelly (autor de “O Ritmo da Vida” e “O Administrador de Sonhos“)
O documentário/filme que trago hoje se chama “O Segredo da Felicidade“. Quem assistiu e gostou de “Somos Todos Um”, certamente irá gostar do Segredo da Felicidade, pois é muito parecido com o primeiro. Basicamente, um rapaz – um jovem ator - parte em busca de uma resposta, um método, uma explicação, enfim, uma luz, sobre como ser feliz. Para isso ele entrevista todo tipo de pessoa, desde um morador de rua e um ex-preso político, passando por um mecânico guru, um rabi surfista, uma sacerdotisa Vodu, professores acadêmicos, até autores famosos de espiritualidade e auto-ajuda como Eckhart Tolle e o Rev. Michael Beckwith (mais conhecido por sua participação no filme “O Segredo”). O resultado é um filme repleto de grandes insights, alguns vindo de pessoas que você jamais imaginaria. As citações que introduzem o post eu extrai de duas entrevistas que foram feitas, para dar uma ideia do que é tratado no filme e da qualidade da mensagem que é passada ali.
Inclusive, antes de partir para o vídeo quero deixar como recomendação o livro “Os Quatro Compromissos” de Don Miguel Ruiz. É um livro fininho, objetivo e prático que traz um pouco da filosofia e sabedoria tolteca e, sinceramente, está entre as melhores leituras que já tive. Os quatro compromissos do título se referem às quatro atitudes que você deve se comprometer a tomar, para sair do “sonho do mundo” (os tais condicionamentos, pensamentos padronizados, crenças limitadoras etc) e passar a viver uma vida verdadeiramente autêntica. Não quero entregar muito a ideia do livro, mas cito resumidamente quais seriam esses quatro compromissos, que, apesar de tão simples e acessíveis (você pode começar a colocá-los em prática neste exato instante, não requer nenhum conhecimento e/ou treinamento/iniciação/etc prévios) tem realmente o poder de nos fazer “acordar”. Os quatro compromissos são:
- Seja impecável com a sua palavra: fale com integridade. Diga somente o que quer dizer. Evite utilizar a palavra para falar contra si mesmo (coisas como “Estou gordo (a)”, “Sou burro (a) mesmo”, “Ninguém me entende”, “Nada dá certo para mim”, etc) ou para fazer fofoca dos outros (o que acontece ou deixa de acontecer aos outros não é problema seu, e sua vida não tem como ficar melhor ou mais feliz se você investe seu tempo e energia especulando ou comentando sobre a vida de terceiros…).
- Não leve nada para o lado pessoal: nada que os outros façam é por sua causa. O que os outros dizem e fazem é projeção de suas próprias realidades, do sonho deles. Quando você é imune à opinião e a ação dos outros, você não será vítima de sofrimentos desnecessários. E aqui o autor tem a grande sacada de não limitar o compromisso de não levar nada para o lado pessoal apenas às opiniões e ações negativas. Quando alguém te elogia ou te agrada você também não deve levar para o lado pessoal. Afinal, tudo é projeção. Tanto as coisas ruins que te dizem, como as boas.
- Não tire conclusões: encontre a coragem de fazer perguntas e de expressar o que você realmente quer. Comunique-se com os outros o mais claramente possível, de modo a evitar desentendimentos, tristeza e drama. Com somente esse compromisso, você pode transformar completamente a sua vida.
- Sempre faça o seu melhor: o seu melhor irá mudar de momento a momento; será diferente quando você está saudável e oposto quando estiver doente. Sob qualquer circunstância, simplesmente faça o seu melhor e você irá evitar o auto-julgamento, a culpa e o arrependimento.
“Uma vida religiosa implica ser uma luz para si próprio, o que significa a não existência de autoridades exteriores, a ausência de autoridades espirituais, incluindo eu.”
Jiddu Krishnamurti
“Nisso não há professor, não há aluno, não há líder, não há guru, não há mestre, não há salvador. Você mesmo é o professor, o aluno, você é o mestre, você é o guru, você é o líder, você é tudo.”
Jiddu Krishnamurti
“Ainda há tempo – saia dessa prisão em que você viveu até agora! Só é preciso um pouco de coragem, só um pouco da coragem do jogador. Não há nada a perder,o lembre-se disso. Você só vai perder seus grilhões – só vai perder o tédio, esse sentimento constante de que está perdendo algo. O que há mais a perder? Saia do rebanho e se aceite – mesmo que fique contra Moisés, Jesus, Buda, Mahavira, Krishna, aceite-se. Sua responsabilidade não é para com Buda ou Zaratustra ou Kabir ou Nanak; sua responsabilidade é para consigo mesmo.“
Osho
“Não acredite no que você ouviu;
Não acredite em tradições porque elas existem há muitas gerações;
Não acredite em algo porque é dito por muitos;
Não acredite meramente em afirmações escritas de sábios antigos;
Não acredite em conjecturas;
Não acredite em algo como verdade por força do hábito;
Não acredite meramente na autoridade de seus mestres e anciãos.
Somente após a observação e análise, e quando for de acordo com a razão
e condutivo para o bem e benefício de todos, somente então aceite e viva para isso.”
Siddharta Gautama – Buda
A verdade é uma terra sem caminhos…
Escrevo e dedico esse post a todos aqueles que sabem que “verdades espirituais” não podem ser realmente ensinadas, verdades desse tipo são “descobertas” próprias. Iluminação não pode ser aprendida. Na verdade, é até perigoso ensinar “métodos” de se atingir iluminação. Cada pessoa tem o seu próprio e único caminho, que somente ela mesma pode encontrar. A partir do momento que institucionalizamos caminhos (as tais “religiões”, por exemplo), a verdade se torna algo morto, uma mera repetição de palavras e comportamentos, uma adoração de mensageiros, uma padronização e limitação de pensamento, um cerceamento da criatividade.
A verdade é uma experiência, não uma crença.
Esse post, é para aqueles que, se vissem Buda pelo caminho, não hesitariam em cortar a cabeça dele. Todo esse blog foi criado e é voltado para pessoas assim. O que importa é a mensagem, não importa o mensageiro. Se a mensagem é boa, se essas (e outras) palavras encontram algum eco dentro de você, é por que isso também é seu – nesse momento você está apenas sendo lembrado disso. Então, não existe o menor sentido em ficar adorando ou venerando “mestres”. Ouça e aprenda a sabedoria deles (isso pode te ajudar a encontrar mais rápido o seu próprio caminho – são “atalhos” – um “norte” que os mestres nos dão) – mas desenvolva a sua própria. É para isso que você está aqui.
A única pessoa com poder para te “salvar” é você mesmo.
A partir do momento que alguém crê que a “salvação” vem de fora – de um messias, de uma religião, de um ritual, de um guru etc – ela já se perdeu. O máximo que os mestres podem fazer por nós é nos mostrar que a “salvação”, a “iluminação”, é possível – que se nos dedicarmos a buscar a nossa Essência, nós podemos encontrá-la. Mas enquanto insistirmos em utilizar os mesmos caminhos que deram certo para esses mestres, sem criar o nosso próprio, poderemos até avançar um pouco, mas jamais chegaremos onde eles chegaram. É por isso que encontramos pessoas que meditam há 20 anos, por exemplo, mas que se comportam de modo tão mundano quanto qualquer outro mortal. Ou de outros que fazem tudo que tal mestre fez ou disse – muitas vezes imitam mesmo – e que são visivelmente infelizes.
“O sábio budista Hui Neng viu um monge meditando. Imediatamente apanhou duas pedras e começou a friccioná-las com força. De início, o monge tentou ignorar o som. Mas, depois de algum tempo, desistiu, abriu os olhos e perguntou:
‘Por que você está fazendo esse barulho?’
Hui Neng respondeu:
‘Estou fazendo um espelho polido’.
O monge retorquiu, incrédulo:
‘Você nunca vai fazer um espelho com essas pedras!’
Hui Neng disse, gravemente:
‘Você nunca vai atingir a iluminação meditando.‘”
Todos nascemos com um propósito/missão de vida que devemos descobrir e vivê-lo. Não adianta ficar seguindo os planos dos outros, ou pior, esperar que os outros criem um plano para você – eles nunca criam um plano muito interessante… Da mesma forma, não adianta meditar por que te disseram que é assim que se chega à iluminação. Enquanto você meditar com esse tipo de intenção, continua ancorado no seu ego. Enquanto meditar por que alguém disse alguma coisa ou você leu que era assim ou assado que devia ser feito, a meditação de nada irá lhe servir. Você precisa descobrir.
O vídeo que trago hoje conta um pouco da vida do filósofo e místico indiano Jiddu Krishnamurti. Ele é uma das grandes influências do blog, e até me admirei (assim como aconteceu com Deepak Chopra) quando descobri que nunca havia falado sobre ele por aqui. Ele está entre os meus indianos favoritos ( Osho, Gautama, Chopra, Goswami) e que possui a linha de pensamento que mais me identifico: Pense por si próprio (a)! Krishnamurti sabia muito bem do que estava falando quando exortava às pessoas a pensarem por conta própria – durante boa parte de sua vida ele foi monitorado e controlado pela Sociedade Teosófica, pois era considerado por eles um Messias (algo que sempre o constrangeu muito). Quando finalmente se libertou de todas as teorias, conceitos, rituais e títulos dessa sociedade, encontrou a própria voz, e se tornou um dos oradores e místicos mais respeitados das últimas décadas.
“Nenhum homem é rico o bastante para comprar de volta o seu passado.”
(Oscar Wilde)
“Não permita que o seu passado roube o seu presente.”
(Cherralea Morgen)
“Parece que nós estamos passando por um período de nostalgia, e todo mundo parece pensar que ontem era melhor do que hoje. Eu não acho que foi, e eu aconselharia você a não esperar dez anos para admitir que hoje é ótimo. Se você está preso à nostalgia, finja que hoje é ontem, saia e divirta-se a valer.”
(Art Buchwald)
“Depois de desperdiçar boa parte de minha vida ou tentando reviver o passado ou experimentando o futuro antes que ele chegue, eu cheguei à compreensão de que entre esses dois extremos está a paz.”
(Autor desconhecido)
“Quando uma porta se fecha outra porta se abre; mas nós muito frequentemente olhamos tanto e tão pesarosamente para a porta fechada, que nós não vemos aquela que se abriu para nós.”
(Alexander Graham Bell)
“Nada é mais valioso do que o dia de hoje.”
(Johann Wolfgang von Goethe)
“Nada nunca leva a lugar algum. A terra continua a girar e não chega a nenhum lugar. O momento é a única coisa que importa.”
(Jean Cocteau)
“A eternidade não é algo que começa depois que você morre. Ela está acontecendo aí o tempo todo.”
(Charlotte Perkins Gilman)
“Uma das coisas mais trágicas que eu conheço sobre a natureza humana é que todos nós tendemos a adiar a vida. Estamos todos sonhando com algum jardim de rosas mágico no horizonte – ao invés de aproveitar as rosas que estão florescendo no lado de fora de nossas janelas hoje.”
(Dale Carnegie)
“A eternidade é composta de agoras.”
(Emily Dickinson)
Nada melhor para começar um novo ano do que desapegar-se do passado e parar de se preocupar com o que futuro reserva ou não para nós. Se você se sente deprimido é porque está revivendo demasiadamente o passado, se sente-se ansioso, é porque está ocupado demais com o futuro. Ambos estão fora do seu controle imediato. O que vale é o momento presente, que é o único momento que realmente existe e que realmente pode mudar a sua vida, seja pra pior ou pra melhor. É você quem decide.
No post de hoje trago um pequeno texto – traduzido por mim – do médico e autor indiano Deepak Chopra em que ele fala sobre viver no Agora. Para complementar, coloquei uma entrevista relativamente antiga que a atriz Bruna Lombardi havia feito com Chopra, a respeito das 7 Leis espirituais do sucesso. São 10 vídeos, curtinhos porém recheados de insights.
Um excelente 2010, vivido momento a momento, para todos nós! ;-)
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O eterno Agora
Toda a felicidade e realização que os seres humanos anseiam existe no momento presente. No agora, o tempo pára de existir e nós experimentamos uma presença que é toda absorvente, completamente em paz, e totalmente satisfatória.
Nada pode estar mais próximo do que o presente, no entanto, nada nos escapa mais rápido. Em um instante a nossa mente nos leva para longe em memórias do passado ou fantasias sobre o futuro. Ou nós podemos nos perceber em uma corrida contra o relógio, sentindo como se nunca existisse tempo suficiente. Nós dizemos coisas como “O tempo está voando”, “O tempo está se acabando”, ou “Nunca existem horas suficientes em um dia.”
De algum modo nós nos esquecemos que escolhemos se queremos que o tempo seja nosso inimigo ou um aliado. Nós podemos mudar de uma percepção presa ao tempo para uma percepção atemporal… para o êxtase que somente pode ser encontrado no momento presente. Se você quer ter todo o tempo do mundo, você pode treinar a si mesmo através das seguintes práticas simples:
Mergulhe na fonte da consciência. O modo mais efetivo de viver no fluxo da atemporalidade é a meditação. Conforme você medita, a sua consciência desperta dentro de si mesma. Com a prática regular da meditação, a testemunha silenciosa interior se satura e ilumina a mente, de modo que esta não olhe mais para o passado ou para o futuro em busca de realização. Ela experimenta paz e liberdade no interior de si mesma, a todo momento.
Pratique o prestar atenção. Durante o seu dia, quando notar que seus pensamentos se dispersaram, volte para onde você está. Instantaneamente você verá porque se distraiu, seja porque estava entediado, ansioso, vivendo no passado, ou antecipando o futuro. Não julge a si mesmo; simplesmente retorne sua atenção para o que está na sua frente nesse momento.
Sinta as sensações do seu corpo. Enquanto que a mente vive no passado e no futuro, o corpo vive no agora. Conectar-se aos sentimentos do seu corpo faz com que você retorne à consciência do momento presente.
Os nossos pensamentos estão sempre nos puxando para o futuro ou para o passado, para longe do presente. Porém é no momento presente que nós encontramos o Espírito, o nosso ser essencial e a força que anima toda a vida. Ao se conectar com o presente nós voltamos a nossa atenção para dentro, para longe de todo o caos e atividade, e experimentamos a nossa eterna e ilimitada natureza.
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“O sucesso é uma jornada, não um destino.”
Deepak Chopra
Hoje trago um documentário baseado no livro clássico e best-seller “As Sete Leis Espirituais do Sucesso“, de autoria do médico indiano Deepak Chopra. O filme em questão não é aquele recentemente lançado – com a participação da atriz e cantora Olívia Newton-John – é uma palestra, mais antiga (o livro foi publicado em 1994) em que o dr. Chopra nos explica cada lei espiritual do sucesso. Mas, primeiramente, é preciso entender o tipo de “sucesso” a que Chopra se refere: não é aquele sucesso como estamos acostumados a imaginar, que está relacionado, principalmente, ao reconhecimento, fama, dinheiro etc, derivados de muito trabalho árduo, conquista e ambição. Mas, como o autor explica, esse tipo de “sucesso”, quando analisado com mais atenção, não é tão desejável quanto aparenta já que existem pessoas ricas infelizes, famosas porém frustradas, bonitas mas doentes… O sucesso como proposto por Chopra é aquele não se limita somente ao material, mas abrange o espiritual e que advém da compreensão profunda de que a nossa natureza vai muito além da matéria – a nossa essência divina, espírito puro -, e que conhecendo as leis universais, podemos aplicá-las a nosso favor, e assim criar a vida que desejamos. Dessa forma, seremos verdadeiramente bem-sucedidos.
Para quem leu o livro, é um reforço. Para quem ainda não leu, é um estímulo a conhecer…
Sucesso é uma jornada...
Resumidamente, as 7 leis são as seguintes:
1. Lei da Potencialidade Pura – A fonte de toda criação é a consciência pura ou pura potencialidade buscando a expressão do não-manifesto para o manifesto. Com a prática diária do silêncio, da meditação, e do não-julgamento, e com a percepção de que nosso verdadeiro Eu é de pura potencialidade, nós nos alinhamos com o poder que tudo manifesta no Universo e obtemos o que desejamos.
2. Lei da Doação – O universo opera através de trocas dinâmicas. Dar e receber são diferentes aspectos do fluxo de energia. Com a nossa disposição de dar o que buscamos, mantemos a abundância do Universo em nossas vidas. A força motriz por trás da doação deve ser a felicidade – se quiser amor, alegria ou coisas boas, dê o mesmo aos outros.
3. Lei do Carma ou Causa e Efeito – Colhemos o que plantamos. Toda ação gera uma força de energia que retorna de modo análogo. Quando nossas ações e escolhas conscientes trazem felicidade e sucesso para os outros, o fruto de nosso carma será alegria e sucesso.
4. Lei do Mínimo Esforço – A inteligência da natureza funciona sem esforço – as flores não tentam desabrochar, elas desabrocham; os pássaros não tentam voar, eles voam. Se buscamos poder, dinheiro ou felicidade para a satisfação do ego, desperdiçamos energia; mas se nossas ações são motivadas por amor, harmonia e alegria, nossa energia se multiplica e podemos usar o excedente para criar o que quisermos.
5. Lei da Intenção e do Desejo – “Inerente a toda intenção e desejo, está a mecânica para a sua realização. E quando colocamos uma intenção no campo da pura potencialidade, colocamos este poder organizador infinito para trabalhar para nós”. No nível da mecânica quântica, o universo é uma extensão de nosso corpo, e nossa intenção detona transformações de energia e informação, e organiza sua própria realização.
6. Lei do Distanciamento – No distanciamento está a sabedoria da incerteza, e nesta sabedoria está a liberdade em relação ao nosso passado, ao conhecido, que é a prisão do condicionamento passado. Quando nos abrimos ao desconhecido, ao campo de todas as possibilidades, nos entregamos à mente criativa que orquestra a dança do universo. O apego é baseado no medo e na insegurança, e cria ansiedade. O apego excessivo aos bens materiais – símbolos transitórios do Eu – traz a sensação de inutilidade e vazio.
7. Lei do Darma ou do Propósito de Vida – “Todos têm um propósito na vida… algo único para dar aos outros. E quando misturamos este talento com o serviço aos outros, experimentamos o êxtase de nosso próprio espírito, o que é objetivo último de todos os objetivos”. Primeiro, devemos descobrir nosso verdadeiro eu; depois, expressar nossos talentos especiais; e finalmente, usar este nosso dom para servir a humanidade.
1. Lei da Potencialidade Pura – A fonte de toda criação é a consciência pura ou pura potencialidade buscando a expressão do não-manifesto para o manifesto. Com a prática diária do silêncio, da meditação, e do não-julgamento, e com a percepção de que nosso verdadeiro Eu é de pura potencialidade, nós nos alinhamos com o poder que tudo manifesta no Universo e obtemos o que desejamos.
2. Lei da Doação – O universo opera através de trocas dinâmicas. Dar e receber são diferentes aspectos do fluxo de energia. Com a nossa disposição de dar o que buscamos, mantemos a abundância do Universo em nossas vidas. A força motriz por trás da doação deve ser a felicidade – se quiser amor, alegria ou coisas boas, dê o mesmo aos outros.
3. Lei do Carma ou Causa e Efeito – Colhemos o que plantamos. Toda ação gera uma força de energia que retorna de modo análogo. Quando nossas ações e escolhas conscientes trazem felicidade e sucesso para os outros, o fruto de nosso carma será alegria e sucesso.
4. Lei do Mínimo Esforço – A inteligência da natureza funciona sem esforço – as flores não tentam desabrochar, elas desabrocham; os pássaros não tentam voar, eles voam. Se buscamos poder, dinheiro ou felicidade para a satisfação do ego, desperdiçamos energia; mas se nossas ações são motivadas por amor, harmonia e alegria, nossa energia se multiplica e podemos usar o excedente para criar o que quisermos.
5. Lei da Intenção e do Desejo – “Inerente a toda intenção e desejo, está a mecânica para a sua realização. E quando colocamos uma intenção no campo da pura potencialidade, colocamos este poder organizador infinito para trabalhar para nós”. No nível da mecânica quântica, o universo é uma extensão de nosso corpo, e nossa intenção detona transformações de energia e informação, e organiza sua própria realização.
6. Lei do Distanciamento – No distanciamento está a sabedoria da incerteza, e nesta sabedoria está a liberdade em relação ao nosso passado, ao conhecido, que é a prisão do condicionamento passado. Quando nos abrimos ao desconhecido, ao campo de todas as possibilidades, nos entregamos à mente criativa que orquestra a dança do universo. O apego é baseado no medo e na insegurança, e cria ansiedade. O apego excessivo aos bens materiais – símbolos transitórios do Eu – traz a sensação de inutilidade e vazio.
7. Lei do Darma ou do Propósito de Vida – “Todos têm um propósito na vida… algo único para dar aos outros. E quando misturamos este talento com o serviço aos outros, experimentamos o êxtase de nosso próprio espírito, o que é objetivo último de todos os objetivos”. Primeiro, devemos descobrir nosso verdadeiro eu; depois, expressar nossos talentos especiais; e finalmente, usar este nosso dom para servir a humanidade.
“Não deseje o que não está dentro de você.”
Osho
Recebi essa semana mais um excelente texto de Deepak Chopra, em que ele fala sobre o “segredo da abundância ilimitada”. É um texto pequeno, objetivo, porém profundo. Basicamente o que ele nos diz é: busque a consciência de si, expanda a sua auto-consciência, e todo o resto (amizades, criatividade, dinheiro etc) virá até você, de maneira espontânea.
Existe uma antiga história Védica sobre um jovem que saiu em busca do segredo da abundância. Por muitos meses ele viajou pelo campo, até que um dia, quando estava dentro de uma floresta, conheceu um mestre espiritual e perguntou a ele se esse conhecia a chave para se ter prosperidade e riquezas ilimitadas.
O mestre espiritual respondeu:
“No coração de cada ser humano há duas deusas: Lakshmi, deusa da Prosperidade, é bonita e generosa. Se você a venerar, ela poderá lhe conceder tesouros e riquezas, mas ela é inconstante e poderá também retirar seu apoio sem lhe avisar.
Lakshmi
A outra deusa é Saraswati, a deusa da Sabedoria. Se você venerar Saraswati, e se dedicar a conquistar sabedoria, Lakshmi ficará com ciúmes e prestará mais atenção a você. Quanto mais você busca à sabedoria, mais fervorosamente Lakshmi irá persegui-lo e derramar sobre você abundância e prosperidade.”
Saraswati
Enquanto muitas pessoas passam suas vidas perseguindo Lakshmi – dinheiro, mansões, carros de luxo e outros símbolos de prosperidade – a verdadeira abundância não diz respeito a conseguir cumprir a lista de desejos do seu ego o quanto antes; é saber que o seu verdadeiro ser é pura consciência, pura potencialidade. O seu senso de si-mesmo (self) se expande além da sua identificação com a mente egóica e o corpo físico, e você desperta para sua natureza espiritual essencial. Nesse estado de consciência expandida, você se liberta das crenças e medos limitantes, permitindo que o infinito campo de inteligência satisfaça seus desejos e necessidades de maneira fácil e sem esforço.
Em nosso atual ambiente econômico, a hipnose coletiva de medo e escassez pode ser quase irresistível. Mas ao invés de esvaziar as suas energias mentais com preocupação, foque-se em cultivar abundância espiritual, entusiasmo e no desejo de satisfazer o seu potencial. Como você faz isso? Pela meditação, conectando-se com a sua verdadeira natureza, buscando sabedoria, e praticando aquilo a que me refiro como “As sete leis espirituais do sucesso”. Essas são as leis universais da consciência que governam cada processo criativo – do nascimento de um bebê ao nascimento de uma galáxia. Quando você se alinha em harmonia com essas leis cósmicas, você se torna a abundância que é inerente a vida.
A abundância pode surgir na forma de amizades, sabedoria, dinheiro, expressão criativa, boa saúde, relacionamentos amorosos, energia mental e entusiasmo, paz interior, e de infinitas outras formas. Mas independente de como a abundância se manifeste, a ideia aqui é que esses efeitos são resultados espontâneos do despertar espiritual interior; eles não precisam ser procurados ou perseguidos. Dinheiro, conquistas, louvores – todos esses são subprodutos do verdadeiro presente da vida: a revelação da sua divindade interior.
Deepak Chopra e a Relação Mente-Corpo
Posted by Karina em 29, October, 2009 em Ciência Alternativa, Deepak Chopra, Espiritualidade, Lei da Atração
“Toda Criação existe dentro de você, e tudo o que existe em você existe na Criação. Não há fronteiras entre você e um objeto que esteja bem perto, assim como não há distância entre você e os objetos que estão muito longe. Todas as coisas, as menores e as maiores, as inferiores e as superiores, estão à sua disposição dentro de você, uma vez que são inatas. Um único átomo contém todos os elementos da Terra. Um único movimento do espírito contém todas as leis da vida. Numa única gota de água encontramos o segredo do oceano sem fim. Acima de tudo, uma única manifestação sua contém todas as formas de manifestação da própria vida.”
(Kahlil Gibran)
“Quem olha para fora sonha; Quem olha para dentro acorda.”
(Carl G. Jung)
“Só não existe o que não pode ser imaginado.”
(Murilo Mendes, poeta brasileiro)
“Há um sonho nos sonhando…”
(Um camponês Kalahari)
O texto de hoje é de autoria do médico endocrinologista indiano Deepak Chopra. Acho que ele dispensa maiores apresentações, mas para quem não o conhece, um resumo: Deepak é autor de mais de 45 livros, nos temas Espiritualidade e Medicina Mente-Corpo, que já foram traduzidos para 35 idiomas e que já venderam mais de 20 milhões de cópias pelo mundo. Em 1999 a revista norte-americana Time o incluiu na sua lista dos 100 maiores heróis ou ícones do século, chamando-o de “poeta-profeta da medicina alternativa”.
Deepak Chopra
Para quem se interessa pelos temas de psicossomática, medicina oriental/medicina alternativa, terapias holísticas, relação mente-corpo, lei da atração (bem fundamentada), nova ciência, e afins, Deepak é leitura obrigatória. Particularmente, recomendo tudo que ele escreve…
O texto que selecionei para esse post foi traduzido por mim, e faz parte da newsletter disponibilizada pelo Chopra Center. O texto trata exatamente da especialidade do dr. Chopra, a relação mente-corpo; como os seus pensamentos, sentimentos e intenções tem o poder de influenciar e alterar a bioquímica do seu corpo, tanto para o bem – saúde, como para o mal – doença.
Certamente esse é o primeiro de vários outros textos de Deepak que pretendo traduzir e postar aqui. Na verdade, até me admirei ao perceber que nunca tinha colocado nada especificamente dele no Inconsciente Coletivo. Falta grave, mas antes tarde do que mais tarde ainda, não é mesmo? ;-)
Espero que gostem:
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Nós somos as únicas criaturas do planeta que podem modificar a própria biologia através dos pensamentos, sentimentos e intenções. As nossas células estão constantemente espionando os nossos pensamentos e sendo modificadas por eles. Quando nos apaixonamos, pensamentos positivos percorrem o nosso corpo e fortalecem nosso sistema imunológico. Por outro lado, pensamentos sombrios e sentimentos depressivos podem nos deixar vulneráveis a doenças.
Ao longo das últimas três décadas, centenas de estudos mostraram que nada possui mais poder no corpo do que as crenças da mente. Esta é a visão de mundo quântica, que nos ensina que todos somos parte de um campo infinito de inteligência – a fonte dos nossos pensamentos, mente, corpo e tudo o mais no universo. Este paradigma, que tem conquistado aceitação crescente no mundo da medicina Ocidental moderna, se baseia nas dez concepções seguintes:
1 – O mundo físico, incluindo o nosso corpo, é um reflexo das nossas percepções, pensamentos e sentimentos. Não há nenhuma realidade objetiva “lá fora” que é independente do observador. Ao contrário, nós criamos nossos corpos conforme criamos nossa experiência do mundo.
2 – Apesar do corpo físico parecer matéria sólida, na verdade ele é composto de energia e informação. Os físicos quânticos nos dizem que todo átomo é 99.9999 por cento espaço vazio, e as partículas subatômicas se movendo à velocidade da luz neste espaço são pacotes de energia vibrante. Essas vibrações não são aleatórias ou caóticas, elas transportam informações ao longo de padrões específicos.
3 – A mente e o corpo são inseparáveis. Existe somente uma única inteligência criativa que expressa a si própria como nossos pensamentos – assim como às moléculas das nossas células, tecidos e órgãos.
CloudsMind
4 – A nossa consciência cria a bioquímica do nosso corpo. As nossas crenças, pensamentos e emoções direcionam as reações químicas que ocorrem em cada célula do corpo.
5 – Percepção é um fenômeno aprendido. A maneira como experimentamos o mundo e o nosso corpo é um comportamento aprendido. Mudando as nossas percepções, nós podemos mudar a experiência do nosso corpo e mundo.
6 – A todo momento, impulsos de inteligência estão criando nosso corpo. Modificando os padrões desses impulsos, nós podemos nos modificar.
7 – Apesar que, para a nossa mente-ego, nós parecemos separados e independentes, nós todos somos parte de uma inteligência universal que governa o cosmos.
8 – O tempo não é absoluto. O que chamamos de tempo linear é simplesmente um reflexo de como percebemos as mudanças. Na verdade, o tempo é eterno e imutável. Se começarmos a perceber a imutabilidade, o tempo como conhecemos deixará de existir e iremos experienciar a imortalidade.
9 – A nossa natureza essencial é puro ser. Embora estejamos acostumados a nos ver como personalidade, ego e corpo, o nosso verdadeiro Self (”si-mesmo”) é eterno e ilimitado.
10 – Já que nossa essência é imortal e imutável, nós não precisamos ser vítimas do envelhecimento, doença e morte. Isso é causado pelas lacunas em nosso autoconhecimento e pela ilusão antiga de que nossos corpos são materiais. Como a Ayurveda ensina, qualquer desordem pode ser prevenida se mantermos o equilíbrio em nosso corpo, mente e espírito.
Estas podem parecer grandes concepções, mas elas estão fundamentadas nas descobertas da moderna física quântica. Eu quero encorajá-lo (a) a ver que você é muito mais do que seu limitado corpo, ego e personalidade. Em um nível mais profundo, o seu corpo é eterno e a sua mente é atemporal. Uma vez que você se identifique com esta realidade, você tem liberdade ilimitada para criar uma melhor saúde, alegria e qualquer outra coisa que você deseje em seu mundo.
Descreva “Deus”
Posted by Karina em 31, August, 2009 em Documentários, Espiritualidade, Religião
“O homem que apenas crê e não procura refletir esquece-se de que é alguém constantemente exposto à dúvida, seu mais íntimo inimigo, pois onde a fé domina, ali também a dúvida está sempre à espreita. Para o homem que pensa, porém, a dúvida é sempre bem recebida, pois ela lhe serve de preciosíssimo degrau para um conhecimento mais perfeito e mais seguro”.
Carl Gustav Jung (psiquiatra suíço)
“Tudo o que aprendi levou-me, passo a passo, a uma inabalável convicção sobre a existência de Deus. Eu só acredito naquilo que sei. E isso elimina a crença. Portanto, não baseio a Sua existência na crença … eu sei que Ele existe.”
(idem)
Já falei do excelente documentário independente chamado “One” (traduzido para o Brasil como “Somos todos Um“) em outro post. Hoje, trago um trecho dessa produção em que é pedido a vários místicos que descrevam “Deus”.
Para quem não conhece, “One” foi um projeto independente que pretendeu buscar respostas para algumas das perguntas (espirituais e filosóficas) que mais preocupam os seres humanos. O mais legal desse documentário, a grande sacada mesmo, é que os autores do projeto não se limitaram a mostrar apenas um tipo de opinião ou pensamento. Eles entrevistaram desde grandes “gurus” e autores, como Deepak Chopra, à ateus e pessoas comuns, na rua. Para conhecer as perguntas que eles fizeram, clique aqui.
Então. O vídeo em questão extraí do próprio documentário, e penso ser um dos pontos altos de todo o filme. Aqui, vários mestres e místicos espirituais, de diversas religiões e filosofias, tentam nos explicar o que seria “Deus”. O mais interessante dessas respostas, é que por mais que todos eles sejam diferentes em suas crenças, todos possuem a mesma resposta para “Deus”.
É como Gandhi dizia:
“As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguirmos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?”
Neste trecho, podemos perceber que existe uma diferença enorme entre “saber” e “acreditar”. Tem essa anedota, contada por Robert Thurman durante o filme, em que ele diz algo como:
“O padre pergunta ao Joãzinho se ele sabe o que é fé. Joãzinho responde que sim: Fé é acreditar em algo mesmo sabendo que não é verdade.”
Taí a grande diferença entre o Místico (ou Iluminado) e a pessoa religiosa (ou que tem fé): o místico é aquele que experimenta a realidade divina. É aquele que sabe, portanto, não crê. Por isso, não existe religião, filosofia ou caminho mais “certo”. O que existe são pessoas que sabem não só escolher, mas percorrer o caminho… E como diria o sábio brujo Don Juan,
“(…) você deve sempre manter em mente que um caminho não é mais do que um caminho; se achar que não deve seguí-lo, não deve permanecer nele, sob nenhuma circunstância. Para ter uma clareza dessas, é preciso levar uma vida disciplinada. Só então você saberá que qualquer caminho não passa de um caminho, e não há afronta, para si nem para os outros, em largá-lo se é isso que o seu coração lhe manda fazer.”
Antes de passarmos ao vídeo, coloco aqui uma pequena descrição de cada um dos “mestres” entrevistados neste trecho, por ordem de aparição:
Sadhguru Jaggi Vasudev:
Um dos entrevistados mais carismáticos do projeto One, Sadhguru é um reconhecido Mestre indiano, Místico e Yogi. É considerado um visionário e humanista cujo trabalho transcende todas as fronteiras. Desenvolveu a Isha Yoga, uma série de programas cientificamente estruturados que visam promover uma profunda experiência do Self (”si-mesmo”). Sadhguru é um místico incomum. Da mesma forma que Osho, ele não possui apego a nenhuma tradição em particular, e utiliza apenas o que há de mais válido para a vida atual dentro das ciências iogues. Partindo do princípio de que não pode haver transformação universal sem a transformação individual, este místico tem dedicado a sua vida a apresentar poderosos métodos de autotransformação para pessoas de todos os credos e filosofias. A sua visão e entendimento dos problemas sociais e econômicos modernos já o levaram a ser entrevistado por diversos canais de televisão, como BBC, Bloomberg, CNBC, CNNfn, e Newsweek International. As palestras e meditações de Sadhguru normalmente reúnem multidões de mais de 300.000 pessoas. Ele possui centros de Isha Yoga na Índia, nos EUA e no Líbano.
Site oficial: http://www.ishafoundation.org/
Thich Nhat Hanh:
Thich Nhat Hanh é um monge budista vietnamita, poeta, erudito e ativista pela paz que fundou a Igreja Budista Unificada na França, durante a guerra do Vietnã, em 1969. Já escreveu mais de setenta e cinco livros de prosa, poesia e preces. Sua filosofia não está limitada a estruturas religiosas pré-existentes, mas fala ao desejo do indíviduo por totalidade e paz interior. Exatamente por isso, as palestras de Thây (”professor”, como é mais conhecido pelos seus seguidores) atraem não somente budistas, mas cristãos, judeus e até mesmo ateus. Martin Luther King Jr. nomeou-o ao Prêmio Nobel da Paz em 1967.
Site oficial: http://www.plumvillage.org/
Padre Thomas Keating:
O Padre Thomas Keating é a figura central de um movimento entre classes religiosas cristãs para a revitalização da prática cristã contemplativa conhecida como “centering prayer” (um método de prece contemplativa que dá grande ênfase ao silêncio interior). Passou vinte anos como abade da abadia de St. Joseph, um monastério trapista localizado em Spencer, Massachusetts. Ele é o co-fundador do Contemplative Outreach (uma organização dedicada a introduzir as práticas contemplativas cristãs à pessoas de todos os credos e filosofias) e autor de vários livros, entre eles: “Open Mind, Open Heart” (tradução livre minha: “Mente Aberta, Coração Aberto”) e “Intimacy with God” (tradução minha: “Intimidade com Deus”). Ele já conheceu e estudou com líderes espirituais de várias linhagens Hindu e Budistas, e ajudou a criar, há 15 anos atrás, a “Snowmass Interreligious Conference“, que reúne regularmente professores de diferentes tradições para comparar visões e ideias e para avaliar objetivamente os benefícios ou defeitos da práticas de cada um deles.
Site oficial: http://www.snowmass.org/keating.htm
Barbara Brodsky:
Barbara pratica meditação desde 1960. Possui duas raízes religiosas, uma Budista e outra Quaker, e seus ensinamentos refletem essas duas tradições. Ensina a meditação vipassana, ou insight, e práticas derivadas das tradições dzogchen, para pessoas de todos os credos e filosofias. Em Ann Arbor, Michigan, em 1989, Barbara fundou o “Deep Spring Center” e tem sido a professora principal dessa organização. Ela é surda há mais de 30 anos e o silêncio tem grande influência em seus ensinamentos. Barbara é também uma médium, canal de uma entidade chamada “Aaron”.
Site oficial: http://www.deepspring.org/
Llewellyn Vaughn-Lee:
Vaughn-Lee é um Xeque da Ordem Sufi Naqshbandi. Nascido em Londres, em 1953, segue a tradição sufi Naqshbandi desde os 19 anos, depois de ter conhecido Irina Tweedie, autor de “Chasm of Fire and Daughter of Fire: a Diary of a Spiritual Training with a Sufi Master“. Ele tem se especializado na área de trabalho com sonhos, integrando a antiga abordagem Sufi sobre sonhos aos insights da psicologia moderna. Ele é autor de vários livros, incluindo “Love is a Fire: The Sufi’s Mystical Journey Home” e “The Face Before I Was Born: A Spiritual Autobiography”. Llewellyn tem lecionado extensivamente nos EUA, Canadá e Europa.
Atualmente, o foco de seus ensinamentos e escritos está na responsabilidade espiritual em nosso atual período de transição e a conscientização global emergente em relação à Unicidade.
Site oficial: http://www.goldensufi.org/
Espiritualidade e Vida Material
A distinção entre vida material e espiritual advém de um certo nível de ignorância. O que é material? O que é espiritual? Poderemos separar seja lá o que você se refere como espírito do corpo? Como você pode separar o material e o espiritual? Esta separação em si mesma é ignorância. Ser materialista ou espiritual é somente uma ideia. Não há espírito sem a matéria, não há matéria sem o espírito.
Os seus lares, relacionamentos, dinheiro, são todos arranjos externos que você cria para conveniência, conforto e alegria. Similarmente, você cria arranjos para o seu bem-estar espiritual interior. Você consegue viver com arranjos externos fantásticos quando internamente você está uma confusão? Isso resolve o seu problema? E se internamente você estiver feliz, mas não tem alimento para comer, isso resolve o seu problema? Ambos precisam ser organizados, mas você precisa decidir como equilibrar.
A soma de prioridade que você dá ao sem bem-estar exterior e seu bem-estar interior é escolha sua. Fazer uma distinção entre os dois provém de ignorância.
A vida surge como uma unidade. Não faça divisão da vida em material e espiritual. A própria distinção causa um conflito desnecessário. Se você fizer essa distinção entre o materialismo e o espiritual, irá sofrer. Já de princípio eles não são divididos. Então a questão de que se o material e o espiritual são compatíveis não aparece. Quando você existe como uma vida, dividí-la e tentar encontrar compatibilidade entre os dois lados é algo muito tolo de se fazer.
“Há muitas coisas que um guerreiro pode fazer, em determinado momento, que não poderia ter feito anos antes. Essas coisas não mudaram; o que mudou foi a idéia do guerreiro sobre si mesmo.”
(Carlos Castañeda, em “Porta para o Infinito“)
“Existe dois meios de enfrentar o fato de estarmos vivos. Um é render-se a ele, seja concordando com suas exigências, seja lutando contra elas. Outra é moldando nossa situação particular de vida para que ela se adapte a nossas próprias configurações.”
(idem, em “A Arte do Sonhar“)
Muitos já devem ter notado que criei um novo widget aqui no Inconsciente chamado “Influências do Blog”. Pois bem, a ideia de acrescentar essa coluninha é a de não só promover, mas de identificar os autores e pensadores que mais me influenciam ou influenciaram. Um deles é o antropólogo e escritor Carlos Castañeda. Para os interessados na Nova Ciência (aqui no blog coloco como “Ciência Alternativa”) e Misticismo, os livros desse autor são praticamente leitura obrigatória. Porém, para as ideias de Castañeda serem devidamente compreendidas, os livros precisam ser lidos na seguinte ordem:
* A Erva-do-Diabo (Os ensinamentos de Don Juan)
* Uma estranha realidade
* Viagem a Ixtlan
* Relatos de Poder
* O segundo círculo do Poder
* O presente da Águia
* O fogo interior
* O poder do Silêncio
* A Arte do sonhar
Basicamente, os livros tratam dos ensinamentos do sábio índio brujo Don Juan, aprendidos por Castañeda quando este ainda era um estudante de Antropologia. O autor certamente aprendeu muito mais sobre a vida e o Universo com os índios mexicanos “semi-analfabetos” do que nos bancos da faculdade. Uma prova de que sabedoria não está necessariamente ligada a intelectualidade ou “cultura”.
donjuan
Neste post, deixo como inspiração um trecho retirado do livro “A Erva-do-Diabo” em que Don Juan explica a Castañeda da importância de encontrar um caminho de vida que seja o verdadeiro para você. Somente para você. Independente de quantas vezes seja preciso experimentá-lo ou mudar de ideia. Esqueça o que os outros acham que você deveria de fazer ou ser. É para você que sua vida deve ter significado. Nas palavras do sábio índio:
“… Tudo é um entre um milhão de caminhos. Portanto, você deve sempre manter em mente que um caminho não é mais do que um caminho; se achar que não deve seguí-lo, não deve permanecer nele, sob nenhuma circunstância. Para ter uma clareza dessas, é preciso levar uma vida disciplinada. Só então você saberá que qualquer caminho não passa de um caminho, e não há afronta, para si nem para os outros, em largá-lo se é isso que o seu coração lhe manda fazer.
Mas sua decisão de continuar no caminho ou largá-lo deve ser isenta de medo e de ambição. Eu lhe aviso. Olhe bem para cada caminho, e com propósito. Experimente-o tantas vezes quanto achar necessário. Depois, pergunte-se, e só a si, uma coisa. Essa pergunta é uma que só os muito velhos fazem. Dir-lhe-ei qual é: esse caminho tem coração?
Todos os caminhos são os mesmos; não conduzem a lugar algum. São caminhos que atravessam o mato, ou que entram no mato. Em minha vida posso dizer que já passei por caminhos compridos, mas não estou em lugar algum. A pergunta de meu benfeitor agora tem um significado. Esse caminho tem um coração? Se tiver, o caminho é bom; se não tiver, não presta. Ambos os caminhos não conduzem a parte alguma; mas um tem coração e o outro não. Um torna a viagem alegre; enquanto você o seguir, será um com ele. O outro o fará maldizer a sua vida. Um o torna forte, o outro o enfraquece.”
Então. O caminho que você escolheu para sua vida, tem um coração? O seu coração?
“Nós não nos damos conta de que podemos cortar qualquer coisa de nossas vidas, a qualquer momento, num piscar de olhos”.
(Carlos Castañeda em “Viagem a Ixtlan“)
O Filósofo e o Diabo
Posted by Karina em 19, August, 2009 em Espiritualidade, Filosofia, Religião
Perdido em meio a alguns gigabytes de textos e arquivos, encontrei uma historinha, no estilo anedota, que me marcou desde o primeiro momento que a li: apesar de simples, é profundamente sábia. Desconheço a autoria (se alguém souber, entre em contato).
Para reflexão:
Um dia, um Filósofo estava conversando com o Diabo quando passou um sábio com um saco cheio de verdades. Distraído, como os sábios em geral o são, não percebeu que caíra uma verdade. Um homem comum vinha passando e vendo aquela verdade alí caída, aproximou-se cautelosamente, examinou-a como quem teme ser mordido por ela e, após convencer-se de que não havia perigo, tomou-a em suas mãos, fitou-a longamente, extasiado, e então saiu correndo e gritando:
“Encontrei a verdade! Encontrei a verdade!”
Diante disso, o filósofo virou-se para o Diabo e disse:
“Agora você se deu mal. Aquele homem achou a verdade e todos vão saber que você não existe …”.
Mas, seguro de si, o Diabo retrucou:
“Muito pelo contrário. Ele encontrou UM PEDAÇO da verdade … Com ela, vai fundar mais uma religião e eu vou ficar mais forte!”
"“Os livros não têm o poder de mudar o mundo. Somente as pessoas têm este poder. Mas os livros mudam as pessoas…”" — Desconhecido
segunda-feira, 26 de abril de 2010
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