SIMULACRO , SIMULAÇÃO - BOAS DICAS DE LEITURA
No livro "Symbolic Exchange and Death" Jean Baudrillard argumenta que as sociedades ocidentais foram submetidas a uma "precessão dos simulacros", onde temos o original e as três ordens de simulacros:
A imitação;
A produção, a cópia mecânica;
E, por fim, a terceira fase do simulacro: a simulação, onde interagimos com representações/símbolos/imagens/ícones, achando que é o original.
O LIVRO-Simulacro e poder:
Uma análise da mídia
Dados técnicos
Editora: Fundação Perseu Abramo
ISBN: 8576430274
Páginas: 144
Ano: 2006
Edição: 1ª
Lingua: Português
Peso: 180 gramas
Autora: CHAUI, Marilena
Sinopse
Marilena Chaui fala sobre a abolição da diferença entre os espaços público e privado e como os códigos da vida pública passam a ser determinados e definidos pelos códigos da vida privada. Para a professora, enquanto o pensamento e o discurso de direita reiteram o senso comum que permeia a sociedade, no caso da esquerda é preciso ultrapassar obstáculos, o que representa desmontar esse senso comum e a aparência de realidade e verdade que as condições sociais e as práticas existentes parecem possuir.
ApresentaçãoPara a classe dominante de uma sociedade, pensar e expressar-se é coisa fácil: basta repetir idéias e valores que formam as representações dominantes da sociedade (afinal, como dizia Marx, as idéias dominantes de uma sociedade são as da sua classe dominante).
O pensamento e o discurso da direita, apenas variando, alterando e atualizando o estoque de imagens, reiteram o senso comum que permeia toda a sociedade e que constitui o código imediato de explicação e interpretação da realidade, tido como válido para todos. Eis por que lhe é fácil falar, persuadir e convencer, pois os interlocutores já estão identificados com os conteúdos dessa fala, que é também a sua na vida cotidiana.
Para a esquerda, porém, a dificuldade é imensa porque o pensamento e o discurso são forçados a realizar quatro trabalhos sucessivos ou até mesmo simultâneos: precisam, primeiro, desmontar o senso comum social; em seguida, precisam desmontar a aparência de realidade e verdade que as condições sociais e as práticas existentes parecem possuir, aparência sobre a qual se funda tanto a fala da direita como a compreensão dos demais agentes sociais; precisam, a seguir, reinterpretar a realidade, revelar seus fundamentos secretos e suas operações invisíveis para que se possa compreender e explicar o surgimento, as formas e mudanças da sociedade e da política; e, finalmente, precisam criar uma fala nova, capaz de exprimir a crítica das idéias e práticas existentes, capaz de mostrar aos interlocutores as ilusões do senso comum e, sobretudo, de transformar o interlocutor em parceiro e companheiro para a mudança daquilo que foi criticado.
Assim, enquanto para a direita basta repetir o senso comum produzido por ela mesma, para a esquerda cabe o trabalho da prática e do pensamento críticos, da reflexão sobre o sentido das ações sociais e a abertura do campo histórico das transformações do existente.
Marilena Chaui
quarta-feira, 17 de março de 2010
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