Será mesmo? Eu acho que na prática (na observação de crianças no dia-a-dia ou baseando-se na própria experiência pessoal) não é bem assim…
Há controvérsias…
Mas fica o estudo registrado aqui como uma curiosidade.
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Até enquanto se sonha, se aprende. As tramas cheias de ação e emoção não são exercício das crianças, nós as construimos crescendo. Apesar do que se imagina observando as caretas e movimento do corpo durante a noite, as crianças dormem calmas e tranquilas. Para os pais que acordam com choros ou gritos, os neurocientistas explicam que eles não são resultados de pesadelos, mas sim do estado de vigília incompleto onde os pequenos se encontram confusos e desorientados. As informações são do site La Repubblica.
Giulio Tononi e Yuval Nir, do departamento de psiquiatria da universidade de Wisconsin-Madison, dedicam um capítulo de um estudo sobre a natureza dos sonhos publicado na revista Trends ao avanço da atividade onirica nas crianças. Segundo os pesquisadores, antes de elaborar cenas ricas em movimento, cores e interação de emoções, uma criança deve ter desenvolvido a própria capacidade cognitiva e enriquecer a imaginação. Isso seria em torno de 7 anos de idade.
O pioneiro dos estudos sobre o sonho na infância foi o psicólogo americano David Foulkes, que com uma paciência infinita passou os anos 80 e 90 acordando crianças em plena noite de sono em seu laboratório para falar o que eles estavam sonhando. Foi ele o primeiro a se dar conta do seguinte fato: enquanto os adultos tem quase sempre uma cena bizarra para lembrar se acordados durante a fase Rem (aquela em que se concentra a atividade onírica), somente 20% dos pequenos relataram ter um sonho em curso, até um instante antes.
“A natureza estática dos sonhos antes da idade escolar – que escreveram Tononi e Nir – é coerente com a dificuldade de pensar nos objetos durante a rotação ou as transformações em geral” e com “o avanço incompleto da faculdade da imaginação, em particular a visual e espacial”. A falta de um vocabulário adaptado para descrever as estranhezas dos sonhos ou a falta de vontade de trabalhar com o senhor vestido de branco que o acordou não são suficientes para explicar, segundo os pesquisadores de Madison, o motivo pelo qual as crianças quase nunca tem sonhos para contar.
Os sonhos crescem com as crianças. Até os 5 anos de idade as cenas são fixas e os protagonistas imóveis. Nos sonhos aparecem as vezes um animal ou o desejo de comer. É a partir dos 5 anos que os sonhos começam a ter uma trama, ainda muito trivial. Os atores se movimentam e trocam qualquer palavra. Mas a frequência dos episódios oníricos é ainda baixa, longe daqueles 80-90% registrada nos adultos acordados durante o sono.
Pequenos sonhadores começam a ter histórias interessantes para contar a partir dos 7 anos. Nos sonhos eles experimentam alegrias e medos, revivem episódios vividos durante o dia ou reset da memória autobiográfica. Assim se transformam finalmente em protagonistas das tramas mais coloridas e complicadas, tendo sonhos cada vez mais estranhos e divertidos para lembrar e relatar.
Fonte: Terra
Há controvérsias…
Mas fica o estudo registrado aqui como uma curiosidade.
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Até enquanto se sonha, se aprende. As tramas cheias de ação e emoção não são exercício das crianças, nós as construimos crescendo. Apesar do que se imagina observando as caretas e movimento do corpo durante a noite, as crianças dormem calmas e tranquilas. Para os pais que acordam com choros ou gritos, os neurocientistas explicam que eles não são resultados de pesadelos, mas sim do estado de vigília incompleto onde os pequenos se encontram confusos e desorientados. As informações são do site La Repubblica.
Giulio Tononi e Yuval Nir, do departamento de psiquiatria da universidade de Wisconsin-Madison, dedicam um capítulo de um estudo sobre a natureza dos sonhos publicado na revista Trends ao avanço da atividade onirica nas crianças. Segundo os pesquisadores, antes de elaborar cenas ricas em movimento, cores e interação de emoções, uma criança deve ter desenvolvido a própria capacidade cognitiva e enriquecer a imaginação. Isso seria em torno de 7 anos de idade.
O pioneiro dos estudos sobre o sonho na infância foi o psicólogo americano David Foulkes, que com uma paciência infinita passou os anos 80 e 90 acordando crianças em plena noite de sono em seu laboratório para falar o que eles estavam sonhando. Foi ele o primeiro a se dar conta do seguinte fato: enquanto os adultos tem quase sempre uma cena bizarra para lembrar se acordados durante a fase Rem (aquela em que se concentra a atividade onírica), somente 20% dos pequenos relataram ter um sonho em curso, até um instante antes.
“A natureza estática dos sonhos antes da idade escolar – que escreveram Tononi e Nir – é coerente com a dificuldade de pensar nos objetos durante a rotação ou as transformações em geral” e com “o avanço incompleto da faculdade da imaginação, em particular a visual e espacial”. A falta de um vocabulário adaptado para descrever as estranhezas dos sonhos ou a falta de vontade de trabalhar com o senhor vestido de branco que o acordou não são suficientes para explicar, segundo os pesquisadores de Madison, o motivo pelo qual as crianças quase nunca tem sonhos para contar.
Os sonhos crescem com as crianças. Até os 5 anos de idade as cenas são fixas e os protagonistas imóveis. Nos sonhos aparecem as vezes um animal ou o desejo de comer. É a partir dos 5 anos que os sonhos começam a ter uma trama, ainda muito trivial. Os atores se movimentam e trocam qualquer palavra. Mas a frequência dos episódios oníricos é ainda baixa, longe daqueles 80-90% registrada nos adultos acordados durante o sono.
Pequenos sonhadores começam a ter histórias interessantes para contar a partir dos 7 anos. Nos sonhos eles experimentam alegrias e medos, revivem episódios vividos durante o dia ou reset da memória autobiográfica. Assim se transformam finalmente em protagonistas das tramas mais coloridas e complicadas, tendo sonhos cada vez mais estranhos e divertidos para lembrar e relatar.
Fonte: Terra
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