terça-feira, 17 de julho de 2012
O Louco
Como me tornei um louco
perguntas-me como me tornei louco. Aconteceu assim: Um dia,muito antes de muitos deuses terem nascido, acordei de umprofundo sono e descobri que todas as minhas máscaras tinhamsido roubadas - as sete máscaras que moldei usei em sete vidas -corri sem máscara pelas ruas apinhadas de gente gritando “Ladrões,ladrões, malditos ladrões.”
Homens e mulheres riram-se de mim e alguns correram para suascasas com medo de mim.E quando cheguei ao mercado, um jovem que estava num telhadogritou, “É um louco.” Olhei para cima para o ver; o sol beijou o meurosto despido pela primeira vez. Pela primeira vez o sol beijou o meurosto despido e a minha alma ficou inflamada de amor pelo sol, e nãoquis mais as minhas máscaras. E como se num transe gritei,“Benditos, benditos são os ladrões que roubaram as minhas máscaras.
.”Assim me tornei um louco.E na minha loucura encontrei tanto liberdade como segurança; a libertação da solidão e a segurança de não ser compreendido, porqueaqueles que nos compreendem escravizam algo em nós.Mas deixa-me não ficar demasiado orgulhoso da minha segurança.Até um Ladrão numa prisão está a salvo de outro ladrão GIBRAN
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