sexta-feira, 30 de março de 2012
Todos nós alimentamos no mais íntimo do nosso ser um animal selvagem, apenas superficialmente estamos cobertos por uma tênue camada de civilização.
Temos, portanto, duas naturezas aparentemente contraditórias, um Lobo e um Cordeiro, uma aparente dualidade, dois extremos, tal é o nosso destino como seres humanos.
Nutrimos no mais íntimo do nosso ser duas entidades, que possuem laços consangüíneos reais e dividem a hospitalidade da nossa alma. Em virtude dessa divisão nossa vida passou a ser a arena de uma eterna contenda, um inferno.
Em nossa alma habita o espírito de um Lobo e de um Cordeiro, e para nossa infelicidade “não somos conscientes” disso. E quando nos alertam, viramos para o lado e continuamos “adormecidos”.
Quando em nós o Cordeiro torna-se senhor, o Lobo advém com ironia, pois em seu coração convém caminhar só, beber uma boa taça de vinho e saciar-se perseguindo alguma loba no cio.
Mas quando em nós o Lobo torna-se senhor, exalando ódio aos seres humanos e a toda a sua espécie, à sua hipocrisia e aos seus degenerados hábitos e costumes, o Cordeiro se põe a espreitar, então passamos a chamar o Lobo de besta, amargurando-lhe toda a satisfação de sua saudável e simples alma lupina.
Aquele que acredita ter exorcisado de si mesmo o Lobo nem por isso pode se considerar mais feliz, encontra paz aparente e momentânea apenas fugindo da sua real natureza, mantendo à “sombra” a sua “persona”.
Todos os “verdadeiros mestres” que pisaram este chão nos legaram este ensinamento, mas as religiões perderam contato com ele. O que temos hoje são pseudo ensinamentos, uma caricatura da verdade.
Atenção para os seguintes detalhes:
1 – Buda chamou a atenção de todos nós para o perigo dos extremos, deixando claro nos seus ensinamentos que o verdadeiro caminho é “O Caminho do Meio”.
2 – Jesus foi crucificado entre dois extremos e em nenhum momento condenou nenhum deles. Ele age positivamente a um lado, mas não condena o outro.
3 – Jesus é o NAGUAL e ao ser crucificado o madeiro divide o seu corpo em quatro partes e ele nos convida a entrar pela porta que ocupa exatamente O Meio, dizendo:
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.
Alcançar o equilíbrio nas relações sociais e humanas passa necessariamente pela união dos opostos. Estamos habitando um universo onde todas as forças tendem a equilibrar-se, mas a sua existência exige uma constante tensão entre os opostos. É fundamental à nossa sobrevivência e bem estar manter INDENES essas forças para que ambas possam nutrir nossa alma com virilidade e inspiração.
Que assim seja!
A Arte de Orar
Em Artigos, 21 21America/Sao_Paulo fevereiro 21America/Sao_Paulo 2011 às 17:24
Quando orar não se prenda exclusivamente às palavras. Você pode ter imaginado durante longos anos que está orando, quando na verdade está apenas repetindo palavras anos e anos. Embora as palavras contenham grande significado, elas não são a coisa mais importante. Os sacerdotes, em sua grande maioria, não vislumbram o verdadeiro sentido da oração por estarem presos exclusivamente à literalidade do texto, à Tinta Fogo Negra, esquecendo-se do contexto, a Tinta Fogo Branca.
Quando orar não procure objetivos na oração. Não lance na oração suas projeções, suas escolhas pessoais. Orar é uma arte e na verdadeira arte o objetivo final está além da expressão caracterizada pelo artista. Você pode estar orando na esperança de ser ouvido ou ter os seus desejos concedidos, mas a verdadeira oração tem um significado inteiramente oposto: abrir o nosso ser às influências superiores, permitir-se ouvir, abrir-se para ouvir. È Deus quem fala ao nosso coração, apenas ouça.
A oração é uma viagem, mas lembre-se de que aquilo que apanhamos à beira do caminho é freqüentemente tão valioso quanto o que almejamos alcançar no final. Quando estiver orando, OBSERVA A SI MESMO. Isto vai lhe trazer a percepção de EU ESTOU AQUI. Caso contrário, a imaginação pode acabar nos levando pra longe do verdadeiro objetivo.
Qual o significado quando pronuncia SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME? Em sua vida religiosa talvez nunca tenha refletido sobre isso. Qual é o nome de Deus? No princípio era o Verbo, traduzido por Logos, palavra. Mas não havia nenhuma espécie de linguagem, então, que palavra? As palavras não existiam no sentido ordinário. Então o que è Logos?
“LOGOS é um som. A primeira vibração. O som mais profundo. Um som que não se podia ouvir, apenas sentir. O som mais penetrante é inaudível da mesma forma que a luz mais penetrante é invisível”.
Quando orar OBSERVA A SI MESMO. Deixe todo o seu corpo orar por você. Deixe o seu sangue orar por você. Sinta simplesmente o fluir do sangue nas veias e artérias do seu corpo, levando o espírito de Deus ao seu coração. Não diga nada, apenas ouça. Recolha-se ao seu silêncio interior. Deixa o Cordeiro orar por você. Deixa o Lobo uivar por você. Esteja presente, e nada mais.Talvez, possa ouvir a voz que nasce dos recantos mais profundos do SER dizendo, simplesmente: Pai! Pai! Obrigado!
A verdadeira oração é a gratidão, não porque Deus aprecie isto, mas porque esta atitude nos faz compreender melhor a nós mesmos e aos nossos companheiros de jornada. E lembre-se que, por mais que tentemos, não podemos expressar a nossa gratidão em palavras. Somente através das nossas ações podemos expressar verdadeira gratidão.
Que assim seja!
domingo, 18 de março de 2012
Omraam Mikhaël Aïvanhov: www.prosveta.com.
Reconciliação...Osho em A Semente de Mostarda
Postado por Maria Afonso em 18 março 2012 às 8:09
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"Jesus era um homem de amor, de imenso amor. Amava esta terra, amava o cheiro desta terra. Amava as árvores, amava as pessoas. Amava as criaturas, porque só assim se ama o criador. Ao elogiar o quadro, você está elogiando o pintor.
Quando elogia a poesia, esse elogio se estende ao poeta.
Jesus é afirmativo, positivo. E ele sabe de um fato muito significativo, quase sempre presente em seus dizeres: Deus é uma abstração; você não pode se colocar face a face com Deus. "Deus" é uma abstração, assim como a "humanidade". Você depara com seres humanos, mas nunca com a humanidade. Você sempre depara com o concreto. Nunca encontrará o Deus abstrato, porque ele não tem rosto algum. Ele não tem rosto. Você não poderia reconhecê-lo. Então, onde o encontraria?
Olhe cada olho com que deparar; olhe cada ser com quem deparar. Eles são Deus na forma concreta; Deus materializado. Todas as pessoas são encarnações de Deus - as rochas, as pedras, as pessoas, e tudo o mais.
Ame essas pessoas, ame essas árvores, ame essas estrelas, e através desse amor, você começará a sentir a imensidão de ser. Mas terá de passar pela pequena porta de um ser particular.
Jesus tinha imensa paixão por este terra, por esta vida.
Se você nega a existência, intrinsecamente está negando Deus.
Se disser não à vida, terá dito não à Deus, porque é a vida de Deus.
E lembre-se sempre que Deus não tem lábios próprios, ele beija você através dos lábios da outra pessoa. Ele não tem mãos próprias; abraça você através das mãos de outra pessoa. Ele não
tem olhos próprios, olha para você através dos olhos de outra pessoa. Ele vê você pelos olhos do outro e é visto por seus olhos, e assim Ele vê através dos seus olhos também.
Os quakers dizem, e com razão, que Deus nada mais tem além de você; só você - é isso o que ele tem. Essa visão tem de penetrar fundo, só assim você poderá compreender os dizeres de Jesus; do contrário passarão batido - como tem ocorrido usualmente há séculos. Que isto seja a própria pedra fundamental: a vida é Deus. E as coisas, então, se tornarão muito, muito simples.
Você terá a perspectiva certa. Diga "sim", e de repente sentirá uma espécie de poder despertando em você.
Jesus diz: "Se você vai ao templo com flores, oferendas, para rezar, se entregar a Deus, e se lembrar de que há alguém zangado com você, então a primeira necessidade é voltar e se reconciliar com o seu irmão".
Todos são irmãos aqui, lembre-se, porque o Pai é UM. As árvores são suas irmãs; São Francisco costumava conversar com as árvores - "Irmãs, Irmãos". Os peixes, as gaivotas, as rochas, as montanhas - todos são seus irmãos e irmãs porque todos vêm da mesma fonte.
Jesus está dizendo que se você não se reconciliar com o mundo, não pode rezar para Deus. Como pode chegar ao Pai, se não estiver em paz com o irmão? E o irmão é concreto; e o Pai é abstrato. O irmão existe; o Pai está oculto. O irmão é manifesto, e o Pai é não manifesto. Como você pode se reconciliar com o não-manifesto? Você nem conseguiu se reconciliar com o seu irmão... Essa é uma frase significativa. Não se refere apenas ao seu irmão; não se refere apenas aos seres
humanos. Refere-se a toda a existência - a tudo o que você tem insultado. Se você foi cruel com alguém, ou mesmo com algo...
Um grande mestre zen, Rinzai, estava sentado. Chegou um homem, empurrou a porta com força - devia estar muito zangado - e a bateu. Não estava de bom humor. Jogou os sapatos e entrou. Rinzai disse:- Espere. Não entre. Primeiro, peça desculpas à porta e aos seus sapatos.
O homem disse:- Do que você está falando? Ouvi dizer que os mestres zen são loucos, e deve ser verdade. Pensei que fosse apenas boato. De que absurdo você está falando? Por que devo pedir desculpas à porta? Seria muito embaraçoso... e aqueles sapatos são meus!
Rinzai disse:- Saia! Nunca mais volte aqui! Se você está bravo com os sapatos, por que não pode pedir perdão a eles?
Quando você estava zangado, não achava tolice ficar irritado com os sapatos. Se consegue sentir raiva, por que não sente amor? Relação é relação. Raiva é uma relação. Quando você bateu a porta com raiva, foi uma relação com a porta; comportou-se de maneira errada, imoral. E a porta nada lhe fez de mal. Vá, do contrário não poderá entrar.
Sob o impacto do silêncio de Rinzai, e das pessoas sentadas ali, e daquela presença... como um flash, o homem compreendeu. Entendeu a lógica da coisa; tudo ficou muito claro. "Se você pode ficar com raiva, por que não pode amar? Saia." E ele saiu. Talvez em toda a sua vida, aquela tivesse sido sua primeira vez. Ele tocou a porta, e seus olhos se encheram de lágrimas. Não podia contê-las. E quando se curvou diante dos próprios sapatos, uma grande mudança aconteceu a ele - sobreveio-lhe o estado de prece. Quando se virou e voltou a Rinzai, este o recebeu e o abraçou.
Isso é reconciliação. Como você pode rezar se não se reconciliar?
É preciso ganhar a prece. Quando você se reconcilia com a existência, ganha a prece. A prece não se limita a você entrar no templo e rezar. Não é uma espécie de atividade; é um despertar da consciência para novos picos. Mas isso só é possível se você estiver reconciliado, relaxado com a existência.
A prece é uma fórmula mágica, um mantra, um encantamento. Mas tem de ser provocada no momento certo. Você não pode rezar a qualquer momento, em qualquer lugar; tem de estar na sintonia certa. É a gratidão e a reconciliação que lhe proporcionarão essa sintonia. A prece só pode ser feita quando você está sintonizado.
Você briga todos os dias. Lembre-se, seja com quem for que você briga, está brigando com Deus, porque nada mais existe. Sua vida muitas vezes é uma briga contínua. E essas brigas vão se acumulando; elas envenenam o seu organismo, o seu ser. Um dia, enfim, você quer rezar, e a sua prece falha; não se forma, não se cumpre, parece falsa em seus lábios; não lhe é possível rezar de repente - você terá de se preparar para isso.
A primeira preparação mencionada por Jesus é: "Reconcilia-te com o teu irmão"."Com o teu irmão" significa com todos os seres humanos, os animais, os pássaros. Toda a existência é sua irmã, porque vimos todos de uma fonte, de um pai e uma mãe. Toda essa simplicidade vem da unidade.
Lembre-se, então, de que Deus só pode ser amado através do homem. Você nunca se encontrará com Deus, sempre se encontrará com o homem. Quando você começar a amar a Deus através do homem, pode ir mais fundo ainda - pode amar a Deus através dos animais. E mais fundo ainda -pode amar a Deus através das árvores. E mais fundo - pode amar a Deus através das montanhas e rochas. E quando tiver aprendido a amar a Deus através de todas as formas dele - você se reconciliou; é aí que Deus se revela -, só então o seu amor se transformará em prece."
Felicidade : a Condição Básica! de OSHO
Postado por Maria Afonso em 18 março 2012 às 7:55
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“Sigmund Freud, depois de 40 anos de pesquisas a respeito da mente humana … observando milhares de distúrbios mentais … chegou à conclusão de que o homem não pode ser feliz.
Isso parece ser muito pessimista, mas se olharmos para o homem moderno, veremos que é exatamente assim; parece que isso é um fato.
Buda diz que o homem pode ser feliz, tremendamente feliz. Krishna canta canções sobre a felicidade suprema … Jesus fala a respeito do Reino de Deus. Mas como você pode acreditar em tão poucas pessoas, as quais podemos contar nos dedos, contra toda a massa, milhões e milhões de pessoas ao longo dos séculos, que permanecem infelizes, caminhando mais e mais em direção à infelicidade? … Toda a vida dessas pessoas é uma história de miséria e nada mais. E depois vem a morte! Como acreditar naquelas poucas pessoas? … Como aconteceu dessas poucas pessoas se tornarem felizes?
Se você deixar o homem de lado, se você não prestar muita atenção ao homem, então Buda, Krishna e Cristo irão parecer mais verdadeiros. Se você olhar para as árvores, se você olhar para os pássaros, se você olhar para as estrelas, então verá que tudo está vibrando em tremenda felicidade. Parece que a felicidade é a matéria-prima com a qual a existência é feita. E somente o homem é infeliz … alguma coisa está errada.
Buda não está enganado, nem está mentindo. O homem pode ser feliz, mais feliz que os pássaros, mais feliz que as árvores, mais feliz que as estrelas, porque o homem tem algo que nenhuma árvore, nenhum pássaro, nenhuma estrela tem … O homem tem consciência.
Mas quando você tem consciência, então duas alternativas são possíveis: ou você pode tornar-se tremendamente infeliz, ou você pode tornar-setremendamente feliz. A escolha é sua!
… A meditação é necessária somente porque você não escolheu ser feliz. Se você tivesse escolhido ser feliz, não haveria nenhuma necessidade de meditação.
Os Budas não precisam de meditação. Uma vez que você começou a escolher a felicidade, uma vez que você decidiu que você tem que ser feliz, então nenhuma meditação é necessária. A meditação começará a acontecer naturalmente, por ela mesma.
A meditação é uma função do estar feliz. A meditação segue o homem felizcomo uma sombra: em qualquer lugar que ele for, qualquer coisa que ele estiver fazendo, ele estará meditativo.
As pessoas que se tornam religiosas quando estão infelizes; então a religião delas é falsa. Tente entender porque você está infeliz.
Uma pessoa feliz não precisa de religião. Uma pessoa feliz não precisa de templo, nem de igreja, porque para uma pessoa feliz, todo o universo é um tempo, toda a existência é uma igreja … toda a sua vida já é religiosa.
Qualquer coisa que você fizer com felicidade será uma prece; seu trabalho se tornará um culto, a sua própria respiração terá um esplendor, uma graça. Não que você repita constantemente o nome de Deus – somente as pessoas tolas fazem isso – porque Deus não tem nome algum, e por repetir algum suposto nome você simplesmente tornará estúpida a sua mente. Por repetir o Seu nome você não irá a lugar algum. Um homem feliz simplesmente vê Deus em todo lugar. E você precisa de olhos felizes para ver Deus.
Se você quer ser feliz, então comece a fazer escolhas naturais. Há muitas ocasiões em que você terá que ser desobediente – seja! Haverá muitas ocasiões em que você terá que ser rebelde – seja! Não há nenhum desrespeito implícito nisso. Seja respeitoso com seus pais. Mas lembre-se de que a sua mais profunda responsabilidade é com o seu próprio ser.
Todo mundo está sendo empurrado e manipulado. Ninguém sabe qual é o seu destino. O que você realmente sempre quis fazer, foi deixado de lado. E como você pode ser feliz? Alguém que poderia ter sido um poeta, um pintor, um dançarino, e tornou-se simplesmente um homem de negócios. Todo mundo está fora do lugar. Todo mundo está fazendo alguma coisa que nunca quis fazer; daí a infelicidade.
A felicidade acontece quando a sua vida se encaixa com o que você é, quando se encaixa tão harmoniosamente que qualquer coisa que você fizer será pura alegria. Então, de repente, você descobrirá que a meditação segue você.
Se você ama o trabalho que está fazendo, se você ama a maneira como está vivendo, então você está meditativo. Então nada irá desviar você. Quando você se desvia de certas coisas, isso simplesmente demonstra que você não está realmente interessado naquelas coisas.
E se você não puder curtir o seu trabalho, mude! Não espere! A pessoa simplesmente espera, e desperdiça sua própria vida. Por quem e por que você está esperando?
Nós temos nos desviado por motivos não naturais: dinheiro, prestígio, poder … Ouvir 1 pássaro cantar não vai lhe dar dinheiro, poder e prestígio. Observar uma borboleta não irá ajudá-lo economicamente, politicamente, socialmente. Essa coisas não lhe trarão remuneração, mas essas coisas irão fazê-lo feliz.
Uma pessoa verdadeira tem coragem de se voltar para as coisas que a fazem feliz. Se com isso ela permanecer pobre, ela permanecerá pobre; ela não reclamará disso, ela não guardará nenhum rancor.
Quando você escolhe algo do lado de fora, você barganha com algo do lado de dentro. Você perde o interior e ganha o lado de fora. Mas o que você vai fazer com isso? Mesmo se você tiver todo o mundo aos seus pés, mas se você tiver perdido a si mesmo; mesmo se você tiver conquistado todas as riquezas do mundo, mas se você tiver perdido seu próprio tesouro interior, o que você fará com tudo aquilo? Essa é a miséria.
O que mais você tem para apostar? Só a miséria. E o único prazer que você tem é falar a respeito dela. Observe as pessoas falando a respeito de suas misérias … As pessoas vão aos psicanalistas para falar a respeito de suas misérias – e elas pagam por isso! Alguém as escuta atentamente, e elas se sentem felizes.
Por que? Você nada tem para apostar. Mas as pessoas se apegam ao conhecido, ao que é familiar. A miséria é tudo o que elas têm conhecido; isso tem sido a vida delas. Nada têm a perder, mas com tanto medo de perder…
… Esteja alerta, consciente a respeito de seus próprios motivos mais internos, a respeito de seu próprio destino mais interno. Nunca perca você mesmo de vista, de outra maneira você será infeliz. E quando você estiver infeliz, as pessoas irão dizer: ‘medite e você se tornará feliz!’ Elas dirão: ‘Esteja centrado e você se tornará feliz; ore e você se tornará feliz; vá ao templo, seja religioso, seja um cristão ou um hindu, e você será feliz’ … Tudo isso é tolice!
Seja feliz ! … e a meditação virá. Seja feliz, e a religião virá!
Felicidade é a condição básica … A felicidade vem primeiro, a alegria vem primeiro … A atitude celebrativa vem primeiro … Uma filosofia afirmativa de vida vem primeiro.
Curta!
Se você puder ver o ponto … se você está miserável … É só o seu padrão, a maneira de viver que você aprendeu é que está errada. As motivações que você aprendeu e aceitou como suas, não são suas. Elas não irão realizar o seu destino. Elas vão contra a sua essência, elas vão contra o que lhe é elementar.
Lembre-se disso: ninguém mais pode decidir por você! Todos os mandamentos, todas as ordens, todas as moralidades, são simplesmente para matar você. Você tem que decidir ser você mesmo. Você tem que tomar sua vida em suas próprias mãos. De outra maneira a vida vai seguir batendo em sua porta e você nunca estará lá; você estará sempre em algum outro lugar.
Se você tinha que ser um dançarino, a vida virá por aquela porta, porque ela pensa que você é um dançarino. Ela bate na porta, mas você não está lá; você é um bancário. E como a vida vai saber que você se tornou um bancário? Deus vem a você da maneira que ele quer você seja; ele conhece apenas aquele endereço. Mas você nunca é encontrado lá, você está sempre em algum outro lugar, escondendo-se atrás da máscara de alguém que não é você, com os trajes de alguém que não é você e usando o nome de alguém que não é você.
Você tem que deixar de lado todos os padrões que foram impostos a você, e você tem que encontrar a sua própria chama interior.
Não se preocupe muito com o dinheiro, porque ele é o maior desvio da felicidade. E a ironia das ironias é que as pessoas pensam que elas serão felizes quando elas tiverem dinheiro. Dinheiro nada tem a ver com felicidade. Se você é feliz e você tem dinheiro, você pode usá-lo para a felicidade. Se você é infeliz e tem dinheiro, você usará aquele dinheiro para mais infelicidades. Porque o dinheiro é simplesmente uma força neutra.
Dinheiro é um meio. Se você for feliz e você tiver dinheiro, você se tornará mais feliz. Se você for infeliz e tiver dinheiro, você se tornará mais infeliz, por que o que você fará com o seu dinheiro? O dinheiro vai realçar o seu padrão, seja qual ele for. Se você for miserável e tiver poder, o que você fará com o seu poder? Você irá envenenar a si próprio ainda mais com o seu poder, você se tornará mais miserável.
A vida não materialista é aquela em que o dinheiro é simplesmente um meio; a felicidade predomina, a alegria predomina, a sua própria individualidade predomina. Você sabe quem você é, e para onde está indo, e você não está se desviando. Então, de repente, você vê que a sua vida adquiriu uma qualidade meditativa.
A meditação ocorre naturalmente a uma pessoa feliz. A meditação ocorre naturalmente a uma pessoa alegre. A meditação é muito simples para uma pessoa que pode celebrar, que pode curtir a vida.”
… “A felicidade acontece quando a sua vida se encaixa com o que você é, quando se encaixa tão harmoniosamente que qualquer coisa que você fizer será pura alegria.”
OSHO
segunda-feira, 12 de março de 2012
JONATHAN SAFRAN FOER
LIVROS
SAUDE
VEGETARIANISMO
Canção de Milarepa: “Acostumado a contemplar o Amor e a Piedade, Esqueci-me das diferenças entre mim e os outros”
“Isso foi o que entendeu muito bem aquele profundo fisiólogo, Buda”: Nietzsche sobre o ressentimento
Os 33 Nomes de Deus (e outros mais), por Rubem Alves: “Ás vezes me perguntam se acredito em Deus”…
“Quase sempre, quando eu dizia a alguém que estava escrevendo um livro sobre “comer animais”, todos presumiam, mesmo sem saber coisa alguma sobre minhas opiniões, que eu defendia o vegetarianismo. É uma suposição reveladora, uma suposição que implica não apenas que uma pesquisa extensa sobre a pecuária afastaria o pesquisador do consumo de carne, mas que a maioria das pessoas já sabe que é esse o caso. (Que suposições você fez ao ler o título deste livro?)
~ Jonathan Safran Foer, em “Comer Animais” (Rocco, 2011)
O escritor americano Jonathan Safran Foer, autor de “Extremamente Alto e Incrivelmente Perto” (Extremely Loud and Incredibly Close, que foi traduzido em português por “Tão Forte, Tão Perto” e é indicado ao Oscar de Melhor Filme este ano), já foi vegetariano, depois deixou de ser, depois virou onívoro, depois deixou de ser, e agora é vegetariano de novo – agora com uma vasta pesquisa que resultou em um livro, “Comer Animais“. Formado em Filosofia e atualmente professor de Creative Writing na New York University (NYU), Foer deixou de comer animais, mas a conclusão que ele chegou é que, independente de deixar ou não de comê-los, o que devemos mudar mais radical e urgentemente é a indústria da carne.
Numa entrevista recente, Foer foi perguntado se pedir para o mundo parar de comer carne não seria algo um tanto radical? A resposta: “Sim, concordo. Acho que a resposta mais correta seria: deve-se comer menos carne. Não há chance alguma de que metade do mundo vire vegetariana em dez anos. Mas eu realmente acredito que existe uma chance de que metade das refeições consumidas seja vegetariana e, claro, isso teria o mesmo efeito”.
Abaixo, alguns trechos selecionados do livro de Foer, “Comer Animais”, de 320 páginas. A Folha publicou um trecho inicial do livro, em pdf, aqui.
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COMER ANIMAIS [TRECHOS]
Por Jonathan Safran Foer
» “Meu vegetarianismo, tão bombástico e rigoroso no começo, durou uns poucos anos, engasgou e depois morreu sem fazer alarde. Nunca pensei numa resposta ao código da nossa babá, mas encontrei maneiras de maculá-lo, diminuí-lo e esquecê-lo. De um modo geral, eu não machucava nada. De um modo geral, eu lutava para fazer a coisa certa. De um modo geral, minha consciência estava bastante limpa. Passe a galinha, estou morrendo de fome.”
» “Nossa situação é estranha. Praticamente todos concordamos que o modo como tratamos os animais e o meio ambiente importa, mas, no entanto, poucos entre nós param para pensar na nossa mais significativa relação com os animais e o meio ambiente. E o que é mais estranho ainda, aqueles que de fato optam por agir de acordo com esses valores nada controversos, recusando-se a comer animais (o que todos concordam que pode reduzir tanto o número de animais maltratados quanto a nossa pegada ecológica), com frequência são considerados marginais ou até mesmo radicais.”
» “Nossa situação é tão extrema, que pesquisadores do Centro de Atividades de Pesca, da Universidade da Colúmbia Britânica, argumentam que ‘nossa interação com os recursos da pesca (também conhecido como peixes) passaram a lembrar… as guerras de extermínio’.”
» “Temos travado uma guerra, ou melhor, deixado uma guerra ser travada contra todos os animais que comemos. Essa guerra é nova e tem nome: criação industrial.”
» Menos de 1% dos animais mortos para obtenção de carne nos Estados Unidos vem de criações familiares.
» “No mundo das criações industriais, as expectativas são viradas de cabeça para baixo. Os veterinários não trabalham buscando a melhor saúde possível, mas o maior lucro possível. As drogas não são usadas para curar doenças, mas como substitutos para sistemas imunológicos destruídos. As criações não visam produzir animais saudáveis.”
» “Quer estejamos falando de espécies de peixes, porcos ou algum outro animal que comemos, será que esse sofrimento é a coisa mais importante do mundo? Claro que não. Mas essa não é a questão. Será que ele é mais importante do que sushi, do que bacon ou do que nuggets de frango? Essa é a questão.”
» “Depois de fugir da Polônia ocupada pelos nazistas, o prêmio Nobel Isaac Bashevis Singer comparou os preconceitos com as outras espécies às ‘mais extremas teorias racistas.’ Singer argumentou que os direitos animais eram a forma mais pura de defesa da justiça social, porque os animais são os mais vulneráveis de todos os oprimidos. Ele sentia que tratar mal os animais era a epítome do paradigma moral do ‘poder faz a força.’ Trocamos seus mais básicos e importantes interesses por interesses humanos efêmeros só porque podemos. É claro, o animal humano é diferente de todos os outros animais. Os humanos são únicos, só não de um modo que torna a dor animal irrelevante.”
» O quão destrutiva uma preferência culinária precisa ser antes que decidamos comer outra coisa? Se contribuir para o sofrimento de bilhões de animais que levam vidas miseráveis (e com muita frequência) morrem de formas horrendas não é motivo suficiente, o que mais seria? Se ser o contribuinte número um à mais séria ameaça ao planeta (o aquecimento global) não é suficiente, o que mais é? E se você se sente tentado a protelar essas questões de consciência, a dizer agora não, então quando?
A morte é criatividade quântica em seu nível mais fundamental. E é criatividade em todos os níveis. É impossível morrer para a morte.
A digestão significa morrer para o passado. O passado não esta aqui, se foi. O futuro ainda não chegou. Neste momento você é o suspiro entre nascimento e morte.
Essa é sua janela, seu vortex de transformação para a mente infinita, que é imortal. Essa mente infinita não é local.
O Bhagavad Gita diz que “as armas não podem rachá-la, o fogo não pode queimá-la, a água não pode molhá-la, nem o vento secá-la. É não-nascida e nunca morre”.
Identifique-se com essa mente. É o você não-local.”
sábado, 10 de março de 2012
Síndrome da Inveja
Uma das causas mais influentes de nossa infelicidade é a inveja. Falar de inveja é falar de comparação. Quando uma pessoa se compara a outra e se sente inferior, em algum aspecto está com inveja.
Eu não estou dizendo que toda vez que você se compara a alguém está com inveja, estou dizendo que nunca poderá haver o sentimento de inveja se não houver a comparação.
A inveja é a vivência de um sentimento interior sob a forma de frustração, de tristeza, de mal-estar, por nos sentirmos menos do que outros, por não sermos o que os outros são. É o desequilibro íntimo oriundo de um sentimento de inferioridade, fruto da comparação que se faz em relação à outra pessoa em algum aspecto específico.
Quando impedimos que alguém se desenvolva estamos tentando esconder todas as nossas frustrações pessoais e, principalmente, o prestar contas com nosso próprio potencial não efetuado. Aferir nosso potencial perante outrem sempre será doloroso e quanto maior for o sentimento de estarmos aquém de alguma expectativa ou de determinada pessoa, maior será a possibilidade de se deflagrar um sentimento de inveja.
Em algumas ocasiões perdemos o controle, então, surge a vingança. Infelizmente isto se dissemina muito mais rapidamente no mundo corporativo e quanto maior for o complexo de inferioridade de uma pessoa mais combustível é liberado para aumentar a chama da inveja, naturalmente, para àquelas pessoas que são fracas.
O efeito colateral disso, é que a cada dia fica mais difícil criar um clima psicológico saudável, e acabamos sendo vítimas da sabotagem social e pessoal. A verdade é que muitas pessoas não estão preparadas para administrar suas próprias frustrações e ficam absortas pela fúria quando as coisas não saem como planejaram.
O motivo é que estas pessoas não possuem nenhum treino para a contrariedade ou crítica, seja construtiva ou não, é muito difícil para elas admitir o sucesso de uma outra pessoa e o sentimento resultante é a inveja.
O invejoso não inveja o que é de uma outra pessoa, mas o que esta pessoa é.
As pessoas sempre procuram se identificar com o vencedor e muitas sofrem de um terrível medo de a cada dia estar mais distante desse ideal internalizado. Na verdade, a compaixão não é tanto pelo fracasso de não conseguir os mesmos resultados de uma pessoa de sucesso, mas, principalmente, autopiedade por toda a sua insegurança.
A inveja é um dos sentimentos mais difíceis de ser aceito pelo ser humano, embora em nossos tempos e nos meios corporativos talvez seja o mais vivenciado, quando deveria ser o contrário onde a amizade, o companheirismo, a ajuda mútua deveriam caminhar paralelamente.
Se desde cedo o ser humano não aprender que existirá sempre um muro para o desenvolvimento pleno, com certeza cedo ou tarde as coisas se complicarão. No fundo, no fundo, em cada sentimento de inveja existe o sentimento de admiração.
O invejoso quando vê alguém que deveria admirar, tende a diminuir esta pessoa. Por isso é preciso perdoar. Perdoar sempre é e será um ato que implica o extremo peso do passado, mas, a pessoa tem que estar ciente e consciente de que haverá sempre uma energia extra e por respeito ao seu íntimo deve prosseguir, e afinal, eu não dizendo que devemos esquecer, pois, perdoar não é esquecer. É viver em paz.
Por Simão Horácio
Eu não estou dizendo que toda vez que você se compara a alguém está com inveja, estou dizendo que nunca poderá haver o sentimento de inveja se não houver a comparação.
A inveja é a vivência de um sentimento interior sob a forma de frustração, de tristeza, de mal-estar, por nos sentirmos menos do que outros, por não sermos o que os outros são. É o desequilibro íntimo oriundo de um sentimento de inferioridade, fruto da comparação que se faz em relação à outra pessoa em algum aspecto específico.
Quando impedimos que alguém se desenvolva estamos tentando esconder todas as nossas frustrações pessoais e, principalmente, o prestar contas com nosso próprio potencial não efetuado. Aferir nosso potencial perante outrem sempre será doloroso e quanto maior for o sentimento de estarmos aquém de alguma expectativa ou de determinada pessoa, maior será a possibilidade de se deflagrar um sentimento de inveja.
Em algumas ocasiões perdemos o controle, então, surge a vingança. Infelizmente isto se dissemina muito mais rapidamente no mundo corporativo e quanto maior for o complexo de inferioridade de uma pessoa mais combustível é liberado para aumentar a chama da inveja, naturalmente, para àquelas pessoas que são fracas.
O efeito colateral disso, é que a cada dia fica mais difícil criar um clima psicológico saudável, e acabamos sendo vítimas da sabotagem social e pessoal. A verdade é que muitas pessoas não estão preparadas para administrar suas próprias frustrações e ficam absortas pela fúria quando as coisas não saem como planejaram.
O motivo é que estas pessoas não possuem nenhum treino para a contrariedade ou crítica, seja construtiva ou não, é muito difícil para elas admitir o sucesso de uma outra pessoa e o sentimento resultante é a inveja.
O invejoso não inveja o que é de uma outra pessoa, mas o que esta pessoa é.
As pessoas sempre procuram se identificar com o vencedor e muitas sofrem de um terrível medo de a cada dia estar mais distante desse ideal internalizado. Na verdade, a compaixão não é tanto pelo fracasso de não conseguir os mesmos resultados de uma pessoa de sucesso, mas, principalmente, autopiedade por toda a sua insegurança.
A inveja é um dos sentimentos mais difíceis de ser aceito pelo ser humano, embora em nossos tempos e nos meios corporativos talvez seja o mais vivenciado, quando deveria ser o contrário onde a amizade, o companheirismo, a ajuda mútua deveriam caminhar paralelamente.
Se desde cedo o ser humano não aprender que existirá sempre um muro para o desenvolvimento pleno, com certeza cedo ou tarde as coisas se complicarão. No fundo, no fundo, em cada sentimento de inveja existe o sentimento de admiração.
O invejoso quando vê alguém que deveria admirar, tende a diminuir esta pessoa. Por isso é preciso perdoar. Perdoar sempre é e será um ato que implica o extremo peso do passado, mas, a pessoa tem que estar ciente e consciente de que haverá sempre uma energia extra e por respeito ao seu íntimo deve prosseguir, e afinal, eu não dizendo que devemos esquecer, pois, perdoar não é esquecer. É viver em paz.
Por Simão Horácio
Selecionei este texto porque o considero riquíssimo para reflexões sobre um tema extremamente atual em que pese o tempo que nos separa de Adão e Caim.
Infelizmente, a inveja nos dias de hoje, ainda existe em todos os segmentos da sociedade. Quantos de nós somos vítimas de invejosos?
Se as pessoas invejosas procurassem saber mais, como aquelas pessoas de sucesso atingiram seus objetivos, e procurassem se aconselhar e se espelhar no modelo delas, aos invés de quererem denegri-las, inventar mentiras sem fazer comparações etc, certamente, viveríamos num mundo melhor.
Bjs nos corações Unificados!
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quarta-feira, 7 de março de 2012
Todas as nossas misérias e sofrimentos não são nada mais do que apego. Toda a nossa ignorância e escuridão é uma estranha combinação de mil e um apegos. Nós estamos apegados a coisas que serão levadas no momento da morte, ou mesmo, talvez, antes. Você pode estar muito apegado a dinheiro, mas você pode ir à bancarrota amanhã. Você pode estar muito apegado a seu poder e posição, mas eles são como bolhas de sabão. Hoje eles estão aqui; amanhã eles não deixarão nem um traço. (…)
Todas as nossas posições, todos os nossos poderes, nosso dinheiro, nosso prestígio, respeitabilidade são todos bolhas de sabão. Não fique apegado a bolhas de sabão; senão, você estará em contínua miséria e agonia. Essas bolhas de sabão não se importam por você estar apegado a elas. Elas continuam estourando e desaparecendo no ar e deixando-o para trás com o coração ferido, com um fracasso, com uma profunda destruição de seu ego. Elas o deixam triste, amargo, irritado, frustrado. Elas transformam sua vida num inferno.
Compreender que a vida é feita da mesma matéria que os sonhos é a essência do caminho. Desapegue-se: viva no mundo, mas não seja do mundo. Viva no mundo, mas não permita que o mundo viva dentro de você. Lembre-se que ele é um belo sonho, porque tudo está mudando e desaparecendo. Não se agarre a nada. Agarrar-se é a causa de sermos inconscientes.
Se você começar a se desprender, uma tremenda liberação de energia acontecerá dentro de você. A energia que estava envolvida no apego às coisas trará um novo amanhecer ao seu ser, uma nova luz, uma nova compreensão, um tremendo descarregar – nenhuma possibilidade para a miséria, a agonia, a angústia. Ao contrário, quando todas essas coisas desaparecem, você se encontra sereno, calmo e tranquilo, numa alegria sutil. Haverá um riso no seu ser. (…)
Se você se tornar desapegado, você será capaz de ver como as pessoas estão apegadas a coisas triviais, e quanto elas estão sofrendo por isso. E você rirá de si mesmo, porque você também estava no mesmo barco antes. O desapego é certamente a essência do caminho.
Por: Osho
Netuno entra em Peixes
Nasci em 25 de fevereiro de 1955 as 18-30h , pela carta astrológica sou de peixes , 2012 entrou para mim como um Tsunami , arrastando tudo, revirando tudo , colocando tudo a amostra ....deverei eu interpretar que tudo em mim vai passar por uma metamorfose ........ AQUILO QUE A LAGARTA CHAMA DE MORTE A BORBOLETA CHAMA DE VIDA EM LIBERDADE .......... DEVO LER OS SINAIS DOS TEMPOS.
Por Haroldo Barros*
haroldobarros77@gmail.com
publicado originalmente no blog: http://haroldobarros.wordpress.com
Assinalando um dos mais importantes eventos astrológicos deste nosso período histórico, o planeta Netuno,
no dia 04 de Fevereiro, entrou no signo de Peixes.
Décimo-segundo e último signo do Zodíaco, Peixes representa a contemplação, a nossa capacidade de admirar e se encantar com a Obra do criador.
Mitologicamente, está associado aos dois peixes ou golfinhos que ajudaram Netuno, o senhor dos mares, a conquistar a sua esposa Anfitrite. Em agradecimento, Netuno os catasterizou (catasterizar = “transformar em constelação”), assim surgindo a constelação dos Peixes. Trata-se de uma das mais belas constelações dos céus, representando dois peixes amarrados pela cauda. Aliás, a estrela que representa esse ponto se chama Al Risha (= “o nó” em árabe).
Astrologicamente, Peixes representa o momento em que retornamos à casa do Pai, reencontramo-nos com a Essência da qual saímos, brotamos. Por isso, normalmente quando se fala de Peixes, fala-se de religião, de mística, de transcendência.
Regido por Netuno, do elemento água, Peixes está associado à paz, à contemplatividade, à serenidade.
Sob as vibrações piscianas, tendemos à iniciativa do perdão, da não ação, da contemplação, da pacificação.
Já o planeta Netuno representa a nossa mística, fé e espiritualidade, a nossa capacidade de conexão com os planos superiores da existência. Leva 150 a 165 anos para completar uma volta ao redor do Zodíaco. Por isso, os eventos associados a Netuno são impactantes e significativos, pois são raros. E, em Astrologia, quanto mais raro, mais impactante.
Representa ainda os estados alterados de consciência. Está associado à nossa busca por êxtase. Netuno nos diz que não podemos viver sem êxtase. E se não o tivermos podemos acabar por buscá-lo nas drogas ou nos vícios. Está também associado à fantasia e à nossa capacidade de redenção e aceitação.
Assim, entrando em Peixes, Netuno retorna à sua morada, seu lar e, portanto, intensificará o seu poder de impacto sobre a Humanidade.
Podemos contar com um aprofundamento e expansão, portanto, dessa espiritualidade, durante o período em que Netuno estiver transitando por Peixes, o que se estenderá até o ano de 2026. O período poderá trazer um maior sentido de unidade (afinal, somos todos um!), questionamentos a dogmas e alavancagem de valores humanos.
Netuno em Peixes através da História
Para termos uma ideia, eis o que ocorreu em dois momentos da História em que Netuno transitou pelo signo de Peixes.
Ente 1520 e 1534
- Reforma Protestante e a tradução da Bíblia para a língua popular.
- Aparição da Virgem em Guadalupe (México), a primeira das Américas.
- Viagem de circunavegação, realizada por Fernão de Magalhães (sim, pois o signo de Peixes está associado ao oceano).
Entre 1847 e 1862
- Surgimento do Movimento Teosófico, liderado por Helena Petrovna Blavatsky.
- Surgimento do Impressionismo (que se caracteriza por ausência de contornos definidos, mesmo na figura humana, algo bem pisciano).
- Invenção da anestesia, por Thomas Green Morton, dentista inglês (a anestesia é uma estado não usual de consciência, típico de Netuno).
- O fim do tráfico negreiro.
- Publicação do manifesto comunista.
- O surgimento do Espiritismo, com a publicação dos códex kardecistas.
O que podemos esperar no período 2012-2026
Pelo que vimos acima, os ciclos de passagem de Netuno pelo signo de Peixes representaram momentos históricos de significativo impacto sobre a Humanidade, especialmente sob a ótica da espiritualidade. Uma vez que Netuno rege Peixes, ao transitar por esse signo, potencializa os atributos do mesmo, tanto quanto os seus próprios.
No período que ora se inicia, o que podemos esperar?
Netuno, como todo planeta, em Astrologia, tem um lado brilhante, cintilado e outro obscuro, densificado.
Portanto, nesses próximos 14 anos, podemos esperar (do ponto de vista denso):
- Aumento dos delírios coletivos.
- Ainda mais falsos profetas e aproveitadores da fé das pessoas mais crédulas.
- Recrudescimento do fanatismo religioso.
- Intensificação do uso de drogas e alucinógenos.
Do ponto de vista cintilado:
- Resgate da dimensão religiosa e contemplativa do homem
- Busca do silêncio interior
- Silêncio como estratégia de conexão ao Sagrado
- Criação de novos espaços e fórmulas de transcendência
- Fim da tolerância e início da apreciação religiosa
Como contribuir?
Meus amigos, nós estamos falando do início de uma Nova Era da Humanidade, um momento de semeadura cujos resultados serão vividos por nossos descendentes. Uma Era em que os valores humanos serão colocados acima dos interesses do capital. Uma Era em que, parafraseando Chaplin, mais do que máquinas, valorizaremos as pessoas. Uma Era em que o progresso e a Ciência estarão a serviço de todos e não de uns poucos.
Mas tudo isso depende do que plantarmos agora, nesse momento fértil em que Netuno transita por Peixes.
E o que podemos fazer, cada um de nós sendo um soldado nesta guerra, um soldado da Paz, para fazer o lado cintilado de Netuno prevalecer sobre o lado denso?
Algumas sugestões:
- Encarar os desafios da vida, apesar dos medos, das culpas e limitações, porém com compaixão;
- Buscar a Unidade na diversidade e na adversidade. Lembre-se sempre: Somos todos um!!!!
- Agir com foco nessa unidade.
- Reconhecer o outro como irmão. Essa condição básica da Humanidade se perdeu ao longo dos últimos dois mil anos, desde que aquele rapaz barbudo lá da Galiléia nos ensinou bem direitinho como fazer isso. Hora de resgatá-la.
E não podemos esquecer: o exemplo não é a melhor maneira de educar. É a ÚNICA!
Nesses tempos de resgate de espiritualidade, trago, a título de reflexão, um trecho do livro “O Profeta”, de Khalil Gibran, quando um velho sacerdote pede ao Profeta:
“Fala-nos da religião!”
E o Profeta responde.
"Terei falado de outra coisa até agora?
Não será a religião senão todos os atos e toda a reflexão, e tudo aquilo que não é ato nem reflexão, mas encantamento e surpresa sempre emergentes da alma, mesmo quando as mãos talham a pedra ou trabalham no tear?
Quem poderá separar a sua fé das suas ações, ou as suas crenças das suas ocupações?
Quem pode estender as suas horas perante ele dizendo, "Isto é para Deus e isto é para mim, isto é para a minha alma e isto para o meu corpo?" Todas as vossas horas são asas que voam no espaço de um eu para o outro eu. Aquele que usa a sua moral como a sua melhor indumentária faria melhor se andasse nu. O vento e o sol não abrirão buracos na sua pele. E aquele que rege a sua conduta pela ética está a aprisionar numa gaiola o pássaro que canta. Os cânticos mais livres não saem através de grades nem grilhetas.
E aquele para quem a devoção é uma janela, para abrir mas também para fechar, ainda não visitou a morada da sua alma, cujas janelas vão de aurora a aurora. A vossa vida diária é o vosso templo e a vossa religião. Cada vez que entrais nela, entrai por inteiro. Levai a charrua e a forja, o maço e a lira.
As coisas de que precisais por necessidade ou prazer. Pois em sonhos não podereis erguer-vos acima dos vossos feitos, nem cair mais baixo do que as vossas falhas. E levai convosco todos os homens, pois na adoração não podereis voar mais alto do que as suas esperanças, nem humilhar-vos mais baixo do que o seu desespero.
E se quereis conhecer Deus, não pretendais resolver enigmas. Olhai antes à vossa volta e vê-Lo-eis a brincar com os vossos filhos. E olhai para o espaço; Vê-Lo-eis a caminhar sobre as nuvens, de braços estendidos para a luz, descendo sobre a chuva.
Vê-Lo-eis sorrindo no meio das flores, e depois erguer-se e agitar as árvores com as Suas mãos."
* Haroldo Barros é astrólogo
haroldobarros77@gmail.com
publicado originalmente no blog: http://haroldobarros.wordpress.com
Assinalando um dos mais importantes eventos astrológicos deste nosso período histórico, o planeta Netuno,
no dia 04 de Fevereiro, entrou no signo de Peixes.
Décimo-segundo e último signo do Zodíaco, Peixes representa a contemplação, a nossa capacidade de admirar e se encantar com a Obra do criador.
Mitologicamente, está associado aos dois peixes ou golfinhos que ajudaram Netuno, o senhor dos mares, a conquistar a sua esposa Anfitrite. Em agradecimento, Netuno os catasterizou (catasterizar = “transformar em constelação”), assim surgindo a constelação dos Peixes. Trata-se de uma das mais belas constelações dos céus, representando dois peixes amarrados pela cauda. Aliás, a estrela que representa esse ponto se chama Al Risha (= “o nó” em árabe).
Astrologicamente, Peixes representa o momento em que retornamos à casa do Pai, reencontramo-nos com a Essência da qual saímos, brotamos. Por isso, normalmente quando se fala de Peixes, fala-se de religião, de mística, de transcendência.
Regido por Netuno, do elemento água, Peixes está associado à paz, à contemplatividade, à serenidade.
Sob as vibrações piscianas, tendemos à iniciativa do perdão, da não ação, da contemplação, da pacificação.
Já o planeta Netuno representa a nossa mística, fé e espiritualidade, a nossa capacidade de conexão com os planos superiores da existência. Leva 150 a 165 anos para completar uma volta ao redor do Zodíaco. Por isso, os eventos associados a Netuno são impactantes e significativos, pois são raros. E, em Astrologia, quanto mais raro, mais impactante.
Representa ainda os estados alterados de consciência. Está associado à nossa busca por êxtase. Netuno nos diz que não podemos viver sem êxtase. E se não o tivermos podemos acabar por buscá-lo nas drogas ou nos vícios. Está também associado à fantasia e à nossa capacidade de redenção e aceitação.
Assim, entrando em Peixes, Netuno retorna à sua morada, seu lar e, portanto, intensificará o seu poder de impacto sobre a Humanidade.
Podemos contar com um aprofundamento e expansão, portanto, dessa espiritualidade, durante o período em que Netuno estiver transitando por Peixes, o que se estenderá até o ano de 2026. O período poderá trazer um maior sentido de unidade (afinal, somos todos um!), questionamentos a dogmas e alavancagem de valores humanos.
Netuno em Peixes através da História
Para termos uma ideia, eis o que ocorreu em dois momentos da História em que Netuno transitou pelo signo de Peixes.
Ente 1520 e 1534
- Reforma Protestante e a tradução da Bíblia para a língua popular.
- Aparição da Virgem em Guadalupe (México), a primeira das Américas.
- Viagem de circunavegação, realizada por Fernão de Magalhães (sim, pois o signo de Peixes está associado ao oceano).
Entre 1847 e 1862
- Surgimento do Movimento Teosófico, liderado por Helena Petrovna Blavatsky.
- Surgimento do Impressionismo (que se caracteriza por ausência de contornos definidos, mesmo na figura humana, algo bem pisciano).
- Invenção da anestesia, por Thomas Green Morton, dentista inglês (a anestesia é uma estado não usual de consciência, típico de Netuno).
- O fim do tráfico negreiro.
- Publicação do manifesto comunista.
- O surgimento do Espiritismo, com a publicação dos códex kardecistas.
O que podemos esperar no período 2012-2026
Pelo que vimos acima, os ciclos de passagem de Netuno pelo signo de Peixes representaram momentos históricos de significativo impacto sobre a Humanidade, especialmente sob a ótica da espiritualidade. Uma vez que Netuno rege Peixes, ao transitar por esse signo, potencializa os atributos do mesmo, tanto quanto os seus próprios.
No período que ora se inicia, o que podemos esperar?
Netuno, como todo planeta, em Astrologia, tem um lado brilhante, cintilado e outro obscuro, densificado.
Portanto, nesses próximos 14 anos, podemos esperar (do ponto de vista denso):
- Aumento dos delírios coletivos.
- Ainda mais falsos profetas e aproveitadores da fé das pessoas mais crédulas.
- Recrudescimento do fanatismo religioso.
- Intensificação do uso de drogas e alucinógenos.
Do ponto de vista cintilado:
- Resgate da dimensão religiosa e contemplativa do homem
- Busca do silêncio interior
- Silêncio como estratégia de conexão ao Sagrado
- Criação de novos espaços e fórmulas de transcendência
- Fim da tolerância e início da apreciação religiosa
Como contribuir?
Meus amigos, nós estamos falando do início de uma Nova Era da Humanidade, um momento de semeadura cujos resultados serão vividos por nossos descendentes. Uma Era em que os valores humanos serão colocados acima dos interesses do capital. Uma Era em que, parafraseando Chaplin, mais do que máquinas, valorizaremos as pessoas. Uma Era em que o progresso e a Ciência estarão a serviço de todos e não de uns poucos.
Mas tudo isso depende do que plantarmos agora, nesse momento fértil em que Netuno transita por Peixes.
E o que podemos fazer, cada um de nós sendo um soldado nesta guerra, um soldado da Paz, para fazer o lado cintilado de Netuno prevalecer sobre o lado denso?
Algumas sugestões:
- Encarar os desafios da vida, apesar dos medos, das culpas e limitações, porém com compaixão;
- Buscar a Unidade na diversidade e na adversidade. Lembre-se sempre: Somos todos um!!!!
- Agir com foco nessa unidade.
- Reconhecer o outro como irmão. Essa condição básica da Humanidade se perdeu ao longo dos últimos dois mil anos, desde que aquele rapaz barbudo lá da Galiléia nos ensinou bem direitinho como fazer isso. Hora de resgatá-la.
E não podemos esquecer: o exemplo não é a melhor maneira de educar. É a ÚNICA!
Nesses tempos de resgate de espiritualidade, trago, a título de reflexão, um trecho do livro “O Profeta”, de Khalil Gibran, quando um velho sacerdote pede ao Profeta:
“Fala-nos da religião!”
E o Profeta responde.
"Terei falado de outra coisa até agora?
Não será a religião senão todos os atos e toda a reflexão, e tudo aquilo que não é ato nem reflexão, mas encantamento e surpresa sempre emergentes da alma, mesmo quando as mãos talham a pedra ou trabalham no tear?
Quem poderá separar a sua fé das suas ações, ou as suas crenças das suas ocupações?
Quem pode estender as suas horas perante ele dizendo, "Isto é para Deus e isto é para mim, isto é para a minha alma e isto para o meu corpo?" Todas as vossas horas são asas que voam no espaço de um eu para o outro eu. Aquele que usa a sua moral como a sua melhor indumentária faria melhor se andasse nu. O vento e o sol não abrirão buracos na sua pele. E aquele que rege a sua conduta pela ética está a aprisionar numa gaiola o pássaro que canta. Os cânticos mais livres não saem através de grades nem grilhetas.
E aquele para quem a devoção é uma janela, para abrir mas também para fechar, ainda não visitou a morada da sua alma, cujas janelas vão de aurora a aurora. A vossa vida diária é o vosso templo e a vossa religião. Cada vez que entrais nela, entrai por inteiro. Levai a charrua e a forja, o maço e a lira.
As coisas de que precisais por necessidade ou prazer. Pois em sonhos não podereis erguer-vos acima dos vossos feitos, nem cair mais baixo do que as vossas falhas. E levai convosco todos os homens, pois na adoração não podereis voar mais alto do que as suas esperanças, nem humilhar-vos mais baixo do que o seu desespero.
E se quereis conhecer Deus, não pretendais resolver enigmas. Olhai antes à vossa volta e vê-Lo-eis a brincar com os vossos filhos. E olhai para o espaço; Vê-Lo-eis a caminhar sobre as nuvens, de braços estendidos para a luz, descendo sobre a chuva.
Vê-Lo-eis sorrindo no meio das flores, e depois erguer-se e agitar as árvores com as Suas mãos."
* Haroldo Barros é astrólogo
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