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transcendendo.......

O silêncio fala mais que mil palavras. O silêncio enche o ar de vibrações que nenhum som é capaz de produzir. Quando nos quedamos diante de nós mesmos e deixamos que a nossa alma flua, não necessitamos de palavras. O silêncio, que a tudo imobiliza, inunda o coração e fala por nós. Por mais que as palavras sejam maravilhosas, as rimas por vezes se quebram e se transformam em soluços. Então, o silêncio pode ser a máxima expressão do nosso íntimo. (Lisieux)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

amo meu animais




HOJE VESPERA DE MEU ANIVERSÁRIO MAIS UMA VEZ , A GRANDE FORÇA COSMICA ME RESPONDE A FAVOR DA VIDA E DOS MEUS SENTIMENTOS COM RELAÇÃO A OUTRAS FORMAS DE VIDA,  O GRANDE COSMO EM SUA DIVINA PERFEIÇÃO NOVAMENTE SE REVELA A MIM DE UMA FORMA GRANDIOSA E INFINITA , O SENTIMENTO DE LIBERTAÇÃO QUE HOJE AS VESPERA DE MEU NASCIMENTO VIVENCIEI E A DEMONSTRAÇÃO DE COMO A VIDA SE INTREGA AO RESPEITO E A ÉTICA DO UNIVERSO , E NESSE MOMENTO SÓ ME RESTA AGRADECER A MÃE GAIA POR ESSE NOVO CAMINHO.
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 06:20 0 comentários

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O MARAVILHOSO MESTRE OSHO

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Primeiro termine seu trabalho sobre si mesma
Posted: 18 Feb 2011 07:24 PM PST
Pergunta a Osho:
Estou pensando em ter um filho. É uma boa ideia?
Se você puder evitar isso será muito bom. Quando pessoas me perguntam, elas criam problemas para mim. Se disser não, então parece que estou ferindo a maternidade delas. Se disser sim, então certamente vai haver problemas e responsabilidades e você pode ficar numa confusão.

A melhor coisa é ficar sozinha um pouco mais. Primeiro termine seu trabalho sobre si mesma. Quando você chegar num certo estado onde você souber que agora nada pode lhe perturbar, assim está perfeitamente bem ter filhos. Desse modo você também será capaz de ajudá-los: você realmente servirá de mãe para eles.

Agora você mesma precisa de uma mãe e você estará simplesmente passando para eles todas as doenças que está carregando. Um psicanalista chamou a doença que os pais passam para os filhos de “NDD” – neurose, doença, depressão.

Isso é o que as pessoas vão dar. Você não tem mais coisa alguma para dar! Espere, você pode esperar que será muito melhor. A neurose e toda a confusão da sua mente, esse é o problema. Você estará criando o filho e você irá derramar tudo que você tem na criança. Primeiro, torne-se um pouco mais feliz.
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 00:25 1 comentários

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

URIEL

URIEL – 19 de fevereiro de 2011

Mensagem publicada em 21 de fevereiro, pelo site AUTRES DIMENSIONS.
 
ÁUDIOS EM FRANCÊS:
(mesmo que você não fale o francês, ouça os áudios, para captar a Vibração).
http://www.dailymotion.com/video/xh4iwk_uriel-part1-19-02-2011_webcam
http://www.dailymotion.com/video/xh4iqc_uriel-part2-19-02-2011_webcam
  
Eu sou Uriel, Anjo da Presença e Arcanjo da Reversão.
Bem amados Filhos da Lei de Um, eu venho me estabelecer, pela minha Presença, em sua Presença.
Eu sou a Luz e o anúncio da Reversão.
Eu sou, em vocês, a Passagem e o estabelecimento.
Passagem da garganta, Reversão e Verdade.
Assim como anunciei, meu trabalho realiza-se sobre esta Terra, como em vocês.
Vocês participam, por seu trabalho, na grande obra.
Isso é agora.
Por sua capacidade para entrar em seu estado Interior, como acabam de vivê-lo e como o vivem, cada dia, às 19 horas [hora francesa] ou em outros momentos, focalizando sua consciência nas Chaves Metatrônicas, na Cruz de Redenção de sua cabeça, a boca aberta, pela respiração nasal, vocês estabelecem, assim, progressivamente, sua capacidade para estabelecerem-se na Unidade.
De sua capacidade de alinhamento e de Vibração decorrerá, no momento oportuno, sua capacidade, maior ou menor, mais ou menos fluida, de passar de um estado ao outro.
O que vocês vivem, em minha Presença, como em sua Presença, durante seu estado Vibratório de alinhamento à sua Unidade, permite-lhes efetivamente preparar a Passagem.
De sua capacidade para viver esta etapa específica da Redenção vocês manifestarão, então, no momento vindo, uma capacidade fácil e evidente, para vocês, de viver a passagem final.
Vocês criam, portanto, nesse momento mesmo, sua capacidade para estabelecerem-se, de maneira definitiva, em sua Unidade.
Essa Passagem final, como dissemos, depende, antes de tudo, da resposta da Terra à própria elevação.
De sua capacidade para se alinharem e para viverem esses estados de Presença a vocês mesmos, Unificados, decorre uma maior facilitação de sua vida, aqui, como sua vida em outros lugares.
Há, através desse processo preciso de alinhamento à sua própria Presença, uma capacidade cada vez maior de regeneração e de cura, uma capacidade cada vez maior para penetrar espaços de Paz, uma capacidade cada vez maior para bascular de um estado a outro.
Cada um de vocês o manifesta à sua maneira.
Alguns adormecem, outros vivem o que eu chamaria a dissolução na Presença e no Todo, chamado, em algumas de suas tradições, a dissolução brahmânica: o momento em que a Consciência, para além dos contatos possíveis, estabelece-se na Unidade a mais total, correspondente a um alinhamento, um ajustamento à Fonte.
Disso, vocês fazem a experiência e vocês farão a experiência de maneira cada vez mais aprofundada, cada vez mais segura e cada vez mais evidente.
Manifestando e estabelecendo sua própria Presença, ressoando com a minha marca (meu DNA, se preferem), como co-criador desse mundo, torna-se possível a vocês fazerem viver sua própria Unidade.
O objetivo, como sabem, é, obviamente, a facilitação da Merkabah interdimensional coletiva e também, para vocês, a título coletivo e individual, uma capacidade, como o constatam, cada vez maior, para passar de um estado a outro.
Essa passagem de um estado a outro ocorre mesmo, eu diria, independentemente de seus momentos de alinhamento, propiciando por momentos, por períodos, instantes em que vocês têm necessidade de extrair-se de suas atividades e ocupações comuns, a fim de penetrarem o santuário de seu Coração.
O chamado da Luz pede, de sua parte, uma resposta.
Esta resposta é um alinhamento ao chamado da Luz, estabelecendo em vocês, naquele momento, naqueles momentos, a passagem de uma Consciência à outra.
Esta aprendizagem, porque é uma, muitos de vocês a vivem de maneira cada vez mais agradável, cada vez mais consciente, cada vez mais Vibrante.
Isso é desejado.
Isso é necessário.
Recordem-se também que, pela sua capacidade de alinhamento à sua própria Presença depende também a qualidade da Vibração das partículas Adamantinas e a quantidade dessas partículas Adamantinas (presentes em sua atmosfera e em sua Dimensão) a precipitarem-se sobre os seres humanos prontos para recebê-las.
O que é uma não-ação nesse plano de manifestação que é o seu, é, de fato, uma manifestação maior no mundo a vir.
Há e haverá, para muitos de vocês, a partir do salto quântico efetuado, no final de seu mês de fevereiro, chamados cada vez mais urgentes da Luz, das partículas Adamantinas, mas também das presenças Arcangélicas e das diversas Presenças de Luz que os cercam, pedindo-lhes que se estabeleçam em sua Presença e em sua Unidade.
Há uma espécie de gradação e de amplificação da Presença da consciência coletiva na Unidade.
A Terra, como lhes foi dito, prepara-se para viver sua libertação.
O canto da Terra (também nomeado o grito da Fênix por No Eyes) vai logo retumbar.
Ele retumba já em vocês, pela modificação intensa dos sons existentes ao nível do Antakarana ou canal de Luz que os une à alma e ao Espírito.
O chamado da alma, o chamado do Espírito (o seu, como o Espírito Unitário, que é o mesmo), faz-se cada vez mais urgente.
Isso induz, bem evidentemente, a transformações profundas do conjunto de suas estruturas, do conjunto de seus Veículos, que vão se tornar cada vez mais perceptíveis e flagrantes, para vocês como para todos aqueles que estão ao redor de vocês e que vão ver.
A transparência, o brilho da Luz, a irradiação da Luz far-se-á independentemente de sua vontade, porque vocês manifestarão, cada vez mais facilmente, a Graça e a Presença de quem vocês são, mesmo nesse mundo.
Aí também, cada um vai ao seu ritmo e no seu relógio Interior, mas a resultante é um crescimento da capacidade de manifestação de sua Luz e da Luz, traduzindo também num processo de aceleração da eliminação das Sombras, em vocês como ao redor de vocês.
A matriz, assim nomeada, desagrega-se cada vez mais rapidamente, permitindo-lhes observar as modificações de seus Céus e de sua Terra, assim como de seus corpos e de suas estruturas, porque tudo o que faz a vida, nesta Dimensão, participa do mesmo processo de elevação, do mesmo processo de transformação.
Vocês serão chamados pela Luz, pelos Anjos e pelas Presenças presentes ao redor do Sol.
Vocês serão cada vez mais iluminados e informados, na condição de estarem à escuta, nos instantes de sua Presença Unitária, aos sinais e às manifestações daqueles que estão aí para assistir ao seu despertar.
Os Anjos do Senhor, intervindo já desde numerosos meses, reforçam doravante a presença deles em seus céus e também ao pé de suas camas, nos lugares onde vocês dormem a fim de facilitarem, para inúmeros de vocês, a preparação.
Tudo está em ordem.
Vocês não têm que se incomodar com nada além de se estabelecerem em sua própria Presença, na Verdade do instante, na Verdade de sua Vibração.
Todo o resto realiza-se sob seus olhos.
O aspecto prioritário e o mais importante é, eu repito, a qualidade com a qual vocês estabelecem sua própria Presença.
Em seguida, confiem tudo o que lhes pareça ainda não iluminado à Inteligência da Luz.
Peçam à Inteligência da Luz, nesses momentos de alinhamento, para que a Luz se faça e se estabeleça, em sua vida como ao redor de vocês.
Cada vez mais facilmente isso se produzirá.
O que deve ser transformado em suas vidas o será.
O que deve ser transformado em seus corpos e em suas estruturas o será.
O que deve se transformar sobre esta Terra o será.
E isso é agora.
A partir do salto quântico cruzado, as circunstâncias astronômicas, astrológicas, astrofísicas, heliosféricas, magnetosféricas, ionosféricas, e ao nível das placas continentais, ajustar-se-ão e permitirão à Terra alinhar-se com a nova Vibração.
Eu repito, e como isso lhes foi dito por numerosas vozes, não se incomodem com nada além de estabelecer a Luz, além de estabelecer sua Presença.
Todo o resto decorrerá daí.
Aceitem o que se desvenda e se revela.
Aceitem sempre mais Luz, mais Verdade, mais equidade.
É deste modo que, como Consciências em vias de realização, vocês facilitarão o despertar de seus Irmãos e de suas Irmãs, o despertar da Consciência Unitária e a transferência da Consciência desse Plano ao seu Plano de destino.
Para inúmeros de vocês podem reaparecer mecanismos memoriais, não de seus passados, mas bem mais de suas origens.
Vocês não têm que se atrasar.
Isso faz parte do processo.
Não deixem e não deem tomada ao seu mental para apreender-se disso.
Tenham confiança.
Tenham total confiança na Fonte Una, no Espírito de Verdade.
A Luz na qual vocês estabelecem sua Presença e sua Unidade tornar-se-á a realidade e a vivência de seu salvo-conduto nesta Vibração Unitária.
Absolutamente nada pode vir interferir com o plano e a realização do que vocês são.
Bem amados Filhos da Lei de Um, nesses tempos, a Terra e nós, Arcanjos, assim como o conjunto da Confederação Intergaláctica dos Mundos Livres e Unificados, insistem na confiança que colocamos em sua capacidade para penetrarem sua Unidade, para alinharem-se em sua Presença nos espaços de tempo, de seu tempo, cada vez maiores, cada vez mais intensos.
Porque é nesta Presença e nesses momentos que a Luz se estabelece, para vocês como para o mundo.
Vocês constatarão por vocês mesmos, a partir do salto quântico efetuado, que inúmeras manifestações qualificadas, ainda até hoje, de extraordinárias, tornar-se-ão seu quinhão quotidiano.
As manifestações ditas de Luz, dos mundos Unificados, tornar-se-ão, em suas expressões, moeda corrente.
Isso concorrerá grandemente para desenvolver em vocês a fé que eu qualificaria de final, na veracidade do que vocês vivem e do que vive esse mundo.
Esse trabalho, porque é um, é a coisa a mais importante a efetuar hoje.
Quanto melhor vocês o realizarem, o melhor possível vocês viverão a Alegria, o melhor possível viverão o reencontro com o Espírito de Verdade.
Porque é alinhando-se, nesses momentos privilegiados, com sua própria Presença, que o contato vai se tornar cada vez mais perceptível, cada vez mais evidente, cada vez mais seguro com a nova Dimensão.
Isso se estabelece nesse momento mesmo, explicando minha presença e, sobretudo, a Abertura da boca realizada nesse início de ano para a Consciência do Sol, a Consciência da Terra e a Consciência humana.
Da sua participação ativa, chamada alinhamento à sua Presença e trabalho em sua Merkabah individual, passando pela Cruz da Redenção, realizam-se a alquimia e a grande obra (ndr: vocês encontrarão os detalhes na rubrica “protocolos”/“protocolos prioritários”/ “conexão à Merkabah coletiva” - http://leiturasdaluz.blogspot.com/2011/02/protocolos-prioritarios.html. Em resumo: espaço de recepção, 19h às19h30 [hora francesa], boca entreaberta, respiração nasal, focalizando ao mesmo tempo a atenção sobre o caminho dos pontos: OD - ER - IM - ER - IS - ER - AL). 
Assim como o Arcanjo Jofiel disse, há alguns anos, vocês penetram efetivamente, agora, na última obra alquímica, aquela que vem permitir a Realização.
Inúmeros de vocês vão viver, ou começar a viver, a reminiscência de sua Dimensão de Sementes de Estrelas, Filhos da Lei de Um, sobretudo pelo aspecto Vibratório e de Consciência.
Tornar-se-á então cada vez mais fácil a vocês, como o dizia No Eyes, ver com o Coração, ver em Verdade, e assim ajustar sua vida, ajustar sua Consciência ao que lhes é mostrado, ao que vocês percebem, e à obra que vocês realizam.
Recorram também a nós, Arcanjos porque, mais que jamais, nossa Vibração e nossa Presença são-lhes adquiridas e abertas.
Nós somos, assim como a Fonte Una, uma parte de vocês mesmos, vinda de outro tempo e de outro espaço e de outra Dimensão.
Nós somos, portanto, chamados, uns e outros, a nos reunir e nos reunificar, abolindo as distâncias e a separação.
É isto que lhes é proposto, agora.
É isto que vocês têm a realizar, permitindo-lhes reencontrar todo seu lugar nos mundos da criação, nos mundos Unificados.
Nada há a temer.
Há apenas a manifestar o que vocês são.
Todo o resto realizar-se-á, sem qualquer dificuldade, com facilidade.
Bem amados Filhos da lei de Um, aí estão as algumas palavras, acompanhadas de sua Vibração, que eu tinha a transmitir ao seu Coração e à sua Presença.
Toda a força, toda a potência, tudo o que é necessário lhes é fornecido doravante em seus espaços de alinhamento à sua própria Presença.
O conjunto de suas necessidades, eu digo efetivamente o conjunto de suas necessidades (sejam fisiológicas, sejam psicológicas, que elas estejam nas circunstâncias de suas vidas), ser-lhes-ão trazidas, à profusão, nesses momentos.
Vocês encontrarão, nesses espaços de seu próprio alinhamento, tudo o que é necessário para levar a efeito a Realização que é a sua, bem como a Ascensão que é a sua e que é aquela da Terra.
Novos espaços de percepção e de Liberdade oferecem-se a vocês.
Cabe a vocês ali responder.
Cabe a vocês manifestá-lo.
Quando de minhas próximas intervenções, Vibratórias e em palavras, inteiramente, serei acompanhado pela Presença do Anjo Metatron, Senhor Metatron, maximizando, com isso, os efeitos Vibratórios e de Consciência.
Assim, ser-lhes-á possível experimentar, após o salto quântico, uma nova forma de manifestação de sua Consciência Unificada, que eu qualificaria de mais lúcida e mais conectada às outras Dimensões.
Bem amados Filhos da Lei de Um, toda minha gratidão lhes é oferecida por sua Presença, seu acolhimento.
Que a Paz, a Alegria, o Amor e a Verdade sejam sua Morada, na eternidade.
Eu lhes digo, quanto a mim, após o salto quântico, em companhia de Metatron, mas isso lhes será anunciado, de maneira mais precisa, pelo Arcanjo Miguel, em função dos imperativos cósmicos e galácticos.
Eu lhes digo Amor e gratidão.
Eu lhes digo até muito em breve.
Eu sou Uriel.
Presença.
… Efusão Vibratória…
_____________________
Compartilhamos essas informações em toda transparência. Agradecemos de fazer o mesmo, se a divulgarem, reproduzindo integralmente o texto e citando a fonte: www.autresdimensions.com.
Versão do francês: Célia G.
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 23:54 0 comentários

O EFEITO SOMBRA

Aldo Novak, porta-voz oficial do livro e do filme O Efeito Sombra no Brasil, é autor do livro O Segredo Para Realizar Seus Sonhos


 Sombras nunca são sentimentos. Sombras são sempre, comportamentos.
Mas quase a totalidade das pessoas acredita que sombras são sentimentos. Isso atrapalha a solução dos problemas, porque sentimentos são muito complexos, enquanto comportamentos são simples - ou pelo menos mais simples.

A frase "angústia desesperada da espera" já é, claramente, um sentimento. Por isso, não é uma sombra. Mas a própria pergunta tem, embutida, a solução. Se você tem problemas em "esperar", então só precisa aprender a esperar. Porque isso é um aprendizado.

Há centenas de modos de aprender a esperar. Os profundos incluem, por exemplo, meditação, autocinética ou ressignificação. Meditar é um ótimo remédio. Mas há métodos mais superficiais e emergenciais que são, em algumas situações, mais eficazes.

Entre os emergenciais, o mais garantido é substituir o foco de atenção da sua vida. Assim, como nossa mente não consegue manter muitos pensamentos ao mesmo tempo, podemos "esquecer" do problema simplesmente ficando soterrados com outras questões, ou problemas de outras pessoas. É por isso que ajudar pessoas sem teto, com fome ou com doenças pode ser um ótimo modo de esquecer dos nossos ridículos problemas. Sim, a maioria de nós tem problemas ridículos, comparados com algumas angústias reais de uma criança que dorme na rua, por exemplo.

A angústia é sempre interna. É um comportamento aprendido que se associa por emoções que tivemos no passado, onde a espera por algo nos deixou muito tristes.

Não é sombra. Olhar para dentro e trabalhar em outras coisas reduz muito qualquer angústia.
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 00:59 0 comentários

A ROSA RUBRA DO INCONSCIENTE

A busca inconsciente pelo sofrimento
Todos nós, conscientemente, dizemos querer uma vida melhor e mais feliz. No nível racional é o que surge nos nossos pensamentos. Desejamos melhores relacionamentos familiares, crescimento profissional e mais saude física e emocional. Entretanto, se pararmos para pensar um pouco sobre nossas atitudes, percebemos que fazemos ou deixamos de fazer várias coisas que acabam  nos trazendo sofrimento.
Muitas vezes é fácil detectar esses comportamentos. É só você observar seus hábitos. Você se alimenta da forma que sabe que é melhor? Pratica exercícios de forma regular como sabe que deveria? Tem algum vicio que sabe que é nocivo mas não consegue parar (cigarro, bebida, jogo, chocolate e etc...)? Procura estudar e fazer o possível para crescer profissionalmente e ter uma vida financeira cada vez mais confortável sem precisar morrer de trabalhar? Você consegue selecionar amizades e relacionamentos saudáveis ou se pega em relações que trazem muitas vezes prejuízos emocionais e simplesmente não consegue se afastar? Se você sabe racionalmente que poderia fazer muitas coisas (muitas delas simples, fáceis e gratuitas) para melhorar a sua vida, porque você simplesmente não faz?
De uma forma ou de outra, em maior ou menor grau, todos nós buscamos de forma inconsciente, situações que nos fazem sofrer. Seja trabalhar demais, seja um relacionamento que não é saudável, seja o não cuidar da saude física e da alimentação. Se não houvesse essa busca inconsciente pelo sofrimento faríamos tudo para melhorar nossas vidas de forma fácil, intuitiva e sem qualquer esforço. Mas não é isso que observamos na maioria das pessoas. Existe algo que nos leva numa direção a qual não queremos no nível consciente. Lutamos para ser diferente mas muitas vezes não conseguimos.
De onde será que vem essa força interior negativa que nos faz procrastinar, que nos leva para vícios e comportamentos nocivos, que nos faz perder oportunidades e criar sofrimento?  Tudo isso vem da negatividade acumulada, do nosso sofrimento interior já existente. São sentimentos negativos que temos guardados (conscientes e inconscientes). O nosso sofrimento interior deseja se alimentar de mais sofrimento. As emoções negativas que carregamos são viciadas em si mesmas, querem se perpetuar, crescer e tomar conta das nossas vidas.
Essa força negativa nos sabota de uma forma muitas vezes silenciosa. Sentimos preguiça de fazer certas coisas que sabemos que são boas e uma vontade irresistível de fazer outras que não são saudáveis.
Os sentimentos mal resolvidos que carregamos  (raivas, mágoas, perdas, medos, frustrações, tristeza e etc...) agem como se fossem  entidades individuais que querem sobreviver. Eles precisam se alimentar e fazem isso influenciando nosso pensamento e ações.
Cada sentimento individual busca criar situações ou interpretá-las  de forma distorcida para que mais daquele sentimento seja criado. Os sentimentos geram pensamentos negativos que influenciam nossas ações,  gerando resultados negativos que alimentam mais pensamentos e geram mais ações, em um circulo vicioso.
Observe quando você está com raiva. Ao lembrar da situação onde a raiva foi gerada surge mais raiva. Um diálogo interior é criado e intensifica o sentimento: ‘aquele palhaço, quem ele pensa que é...’; ‘é um absurdo o que aconteceu’; ‘um dia eu dou o troco’... É possivel até que a sua mente crie cenas e frase que nem foram ditas na situação real e que fazem você se sentir mal. É a própria raiva buscando se alimentar e crescer, o que certamente nos traz um sofrimento que dizemos não desejar para nossas vidas.
Em outras situações, aquela raiva guardada vai novamente emergir e tornar nossas reações cada vez mais intensas e improdutivas. Talvez um lado seu diga pra você deixar aquilo de lado e as vezes até você consegue. Mas a raiva pode ser bastante convincente e se perpetuar por muitos anos. É bastante comum tratar pessoas que guardam sentimentos negativos de coisas que ocorreram há anos, até mesmo na infância. Todos nós guardamos na verdade, varia apenas a intensidade.
Juntando vários sentimentos negativos guardados, eles se conectam e criam um time, uma força interior negativa extremamente sabotadora. Cada emoção, viciada em criar mais de si mesma, influencia de forma silenciosa e profunda nossos pensamentos e ações. Sem que a gente se dê conta, criamos conflitos, escolhemos mal os relacionamentos e nos causamos todo tipo de problema, embora o nosso desejo consciente seja o de criar uma vida mais feliz.
Algumas pessoas ao se darem conta dos sentimentos negativos e de como eles são sabotadores começam a brigar consigo mesmas. Certamente isso não ajuda e acaba criando mais sofrimento. O que devemos fazer então?
A coisa que considero como mais importante nessa vida, é reconhecer, aceitar,  limpar, e dissolver a negatividade que guardamos. Daí a importância de uma técnica como a EFT. Conseguimos varrer do nosso sistema energético, de forma consistente e profunda, as emoções guardadas. Imagine então o que aconteceria com você ao limpar negatividade acumulada ao longo de uma vida: raivas, mágoas, traumas, medos, rejeição, abandono, culpa e etc... Através da auto aplicação do método é possível conseguir grandes benefícios.
Ao fazer isso estamos dissolvendo o corpo emocional sabotador. Passamos a ser mais positivos e tomar atitudes melhores sem precisar de esforço pra isso. Tudo flui de uma forma mais tranqüila e natural. É como se você fosse soltando pesadas âncoras que antes você nem sabia que estavam travando a sua vida. Melhora-se a autoestima, diminui-se a ansiedade e tudo isso se refletirá de forma positiva em todos os aspectos.
Essa limpeza emocional deveria ser a meta primordial de qualquer pessoa. Não ter tempo pra isso é a maior perda de tempo e causa grandes prejuízos. Esse corpo emocional sabotador certamente irá influenciar para que você não tome atitudes para dissolvê-lo. É preciso ficar atento e ter uma dose de força de vontade para não cair nessa armadilha.  
Recomendo a todos que façam o procedimento para paz pessoal descrito no manual gratuito da EFT. É um processo profundo, que vai exigir uma certa dose de comprometimento consigo mesmo e de persistência, mas quem o fizer será certamente recompensado com enormes benefícios.
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 00:00 0 comentários

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Liberdade: fruto de uma conquista

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Em seu constante ir-e-vir por este mundo, o homem conquista muitos bens espirituais, morais e materiais, que depois perde se não sabe fazer deles o devido uso, ou abusa das perspectivas que tais bens lhe abrem no terreno de suas possibilidades. Entre esses bens, existe um que, indubitavelmente, é o que dá conteúdo à vida e permite a ela alcançar seu mais alto expoente no homem como ser racional e espiritual: a liberdade.
É este um bem que, justamente por dar à vida seu conteúdo essencial, pode qualificar-se como supremo, pois enquanto é desfrutado existe paz e alegria em todos os corações.
Deve ser cercada de garantias e mútuo respeito entre os homens
O que expõe ao perigo de perder essa liberdade, temporária ou definitivamente, é, repetimos, o abuso ou mau uso que dela se faz, o que ocorre por não se considerar, ou por se esquecer ou ignorar, que a liberdade deve ser cercada pelo máximo de garantias e pelo mútuo respeito entre os homens e os povos.
A liberdade, que é o fruto de uma conquista que o homem fez ao cultivar sua inteligência, elevar sua moral e estender a cultura por todos os pontos da Terra, contribui para manter o equilíbrio entre seus deveres e seus direitos. Por exemplo, se tomamos o caso de um homem que, no aspecto econômico, vive folgada e livremente graças a ganhos que cobrem seu orçamento e lhe permitem desfrutar um saldo positivo, temos que, a não ser por motivos de força maior, ele sempre estará em condições, nesse particular, de se desenvolver com liberdade. Mas se, em determinada circunstância, começa a exceder-se nos gastos – não porque se vê obrigado a isso, mas porque, desviado de sua realidade, confia em novos proventos ou numa capacidade que não tem para livrar-se de dificuldades –, chegará um momento em que seu superávit se terá esfumado, e se verá em sérios apertos para cobrir suas despesas.
As consequências estão neste caso bem à vista, porquanto à medida que se foi criando e ampliando o problema econômico, que antes não existia, a liberdade desfrutada até então foi-se limitando, ao estreitar-se cada vez mais dentro de um círculo em que a existência se tornou cada dia mais precária.
Pois bem; para reconquistar essa liberdade perdida, será necessário voltar aos caminhos da anterior conduta administrativa, empenhando-se com redobrados esforços, e até com sacrifícios, para alcançar a situação que foi perdida por culpa da imprevisão.
O que acabamos de expor pode ser aplicado a todos os aspectos da vida do homem e dos povos, e merece ser tido em conta, porquanto se sabe quanto custa voltar a desfrutar a liberdade quando ela foi perdida, por dela se ter abusado ou feito um uso indevido.
Os homens e os povos nasceram para ser livres, e, quando forças estranhas ou alheias a suas vontades ameaçam extinguir essa liberdade, a alma humana sobrepõe-se a todas as contingências e a todos os sacrifícios, para que ela seja como deve ser; como é: um bem supremo, que ninguém poderia renegar sem prejudicar seriamente sua natureza humana e seu destino.
Trechos extraídos do artigo da Coletânea da Revista Logosofia Tomo 1 p. 207
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 00:35 0 comentários

Artigos de Psicologia

Escritos por Marilena Henriques Teixeira

Fator Surpresa (Como se reage à surpresa)

Nem todos sabem lidar com o fator surpresa, cm o imprevisível, com o inesperado e com sua conseqüência, que é obviamente a frustração.
Desde as menores coisas como o carro que não funciona, a consulta que é desmarcada, a chave que quebra, o namoro desfeito, aumentando: o término do casamento, e… a morte. Acontecimentos difíceis de se “engolir”.


Melanie Klein dizia que viver é resignar-se. Ou seja, é entender e trabalhar bem a frustração e organizar-se a partir desse fator inesperado, dessa surpresa muitas vezes não tão bem vinda assim.
Isto começa na infância, por incrível que pareça. A criança que consegue o que quer, na hora que quer e como quer. É decepcionante muitas vezes, como os pais lidam com isso, facilitando ou não, cedendo aos caprichos ou não. Tudo será um somatório para um futuro reforço em relação a essa dificuldade, de aceitar aquilo que não pode ser conseguido, ou tornou-se impossível.
Essa criança a partir daí, poderá tornar-se um adulto incapaz de lidar com as surpresas e, com as decepções da vida. Mesmo sendo capaz de aceitá-las, precisará aprender a equilibrar-se novamente com esse novo acontecimento.
Isso é visto com freqüência diante de uma aposentadoria forçada ou de uma demissão, onde esse adulto terá de refazer suas expectativas e seus sonhos.
Muitas vezes, nesse intervalo de tempo conflitivo, entra a crise e a depressão, para alertar a falta de estrutura emocional e psíquica que leva à doença, à somatização e à angústia.
Entender que nem sempre o ideal é o real, não significa acomodar-se definitivamente ou deixar de sonhar. Significa adaptar-se da melhor maneira possível àquilo que não pode ser mudado e tentar transformar a perda em algo construtivo e alternativo.
É viver nesse espaço alternativo, de uma maneira madura, real e ao mesmo tempo com uma intensa focalização no “depois”; no como fazer “daqui em diante”. Isto trará uma adaptação mais rápida e saudável.
Essa construção do amadurecer, que começa na infância se faz necessária, principalmente, quando vemos a geração do “tenho tudo que quero” ou “meu pai me dá tudo que peço”.
Muitas vezes esse comportamento surge numa tentativa de não desagradar o filho, por não poder passar muito tempo com ele. A culpa sugere ganhos do lado material. O saber esperar, o saber resignar-se quando necessário, é imprescindível na construção de uma personalidade equilibrada e saudável. O adulto despreparado diante do sofrimento muitas vezes inevitável, desestrutura-se e padece profundamente, chega até perder o controle da própria vida.
Por isso o surgimento de grupos de apoio tão necessários, como os grupos dos alcoólatras, psicóticos, drogaditos, filhos com síndrome de Down, etc…numa tentativa de ajudar rapidamente à família a adaptar-se a essa nova realidade, quando atinge algum membro da família.
No fundo, nossa capacidade de viver a realidade, é defasada, pois acreditamos que nosso dia, uma vez começado, terminará como planejamos. Os contratempos estão excluídos, o inesperado está fora do nosso cotidiano e de certa maneira nos sentimos onipotentes em relação àquilo que queremos realizar.
Entender a própria finitude e limitação, já é um passo na construção dessa maturidade e na futura aceitação do “fator surpresa”.
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 00:31 0 comentários

Artigos de Psicologia

Escritos por Marilena Henriques Teixeira

Mente em Fuga

O livro “Mundo em Fuga” fala da dificuldade e das desculpas do homem em se aproximar de Deus. Mas existe a “Mente em Fuga” que ultimamente povoa a nossa existência e nem percebemos.
À medida que nos entupimos de afazeres para preenchermos o nosso tempo com inúmeras atividades, algumas fúteis, outras não, estamos vivendo esse processo.
Funciona como uma compulsão mascarada. É como se eu não pudesse perder alguns minutos ou momentos na quietude do meu Eu, dos meus pensamentos, das minhas indagações ou questionamentos. Como se nada disso fosse útil.
Na perseguição em preencher os meus momentos, busco não só o lazer, mas o acúmulo das atividades do dia a dia. Nisto, eu repasso automaticamente tal comportamento para os filhos. Estes, também se entopem de compromissos e aprendem, assim, o método mais eficaz de terminar o dia, terminar o mês, terminar o ano e… terminar a vida. Seria essa uma busca sôfrega para a morte?
A pergunta: “O que você faz?” já implica em: Que atividades você faz fora de casa? Parece importante dizer que passamos o dia inteiro na correria e que, chegamos em casa e nem vimos o dia passar.
Mas corremos para quê? Por que será tão difícil sentir o dia passar, observar esse dia passar ou no mínimo acompanhar o dia passar?
A verdade é que não suportamos mais ver esse dia trazer suas inconstâncias, suas tragédias, suas inseguranças, suas ameaças e suas agressões. Nosso dia é agressivo, é ameaçador, é traiçoeiro. Conviver com tamanha ameaça nos deixa incapaz de acompanharmos o correr do dia.
Segurança era algo que tínhamos no passado, a certeza de que podíamos sair e voltar para casa à noite. De ver um filho sair à rua e voltar, etc…etc… Coisas do nosso passado, coisas de um século saudoso que ficou em nossa lembrança ou em nosso arquétipo.
Nossa segurança e o nosso cotidiano são estarrecedores, angustiantes e nos levam à uma ansiedade asfixiante e interminável. Nossa saída é tentar “eliminar” essa angústia. Tentar amenizá-la, ocupando nossa vivência com saídas ou  “fugas” que possam nos ajudar nesse método de sobrevivência. Aliás, o único método desse século. Pois é uma tentativa de esconder nossa grande dificuldade de percebermos realmente, a nossa limitação, a nossa precária mortalidade e a nossa finitude.
Nossa fuga nos leva a não deixar espaços para pensarmos sobre a nossa alternativa de vida e a nossa situação pós-morte.
Aqui se forma o paradoxo onde, ao mesmo tempo em que eu preciso que esse dia passe rapidamente, eu na verdade persigo, também, a morte rapidamente. Por isso nos assustamos quando dizemos: Mas, o natal já chegou de novo? Parece que foi ontem! Precisamos saber que esse “susto” é provocado por nós mesmos.
A famosa qualidade de vida e as diversas modalidades de lazer também se incorporam ao nosso sistema de fuga. Elas são atividades na nossa tentativa de obscurecermos a insegurança e a frustração que nós vivemos. Frustração do descontrole da violência, da agressão, da pobreza e da nossa finitude.
Parar, para muitos, significa tomar consciência desse Eu, dos desejos da insatisfação que nos persegue há muito e que ainda não resolvemos “tomar controle”.
Este medo, do parar por algum tempo, com certeza é ameaçador. Pois, ele pode nos trazer alguma crise interna.
Mas crise, significa mudança.
E o que será que nos acontecerá se pararmos por alguns momentos?
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 00:18 0 comentários

Artigos de Psicologia

Escritos por Marilena Henriques Teixeira Netto…

Morbidez

A morbidez, anteriormente, “recatada”, encoberta, hoje escancarada, já faz parte do cotidiano, onde é vista de maneira corriqueira e natural.
Artigos escabrosos, restritos anteriormente a jornais de baixa repercussão, hoje despontam com uma variedade imensa e alardeiam nossa mente já propensa a ater-se à escândalos, miséria, terror, violência e sofrimento.


Assusta, mais ainda, o fato de todo esse teor ser mantido e alimentado principalmente pela mídia, que valoriza e promove a “fama” daquele que usurpa, violenta e ultraja toda e qualquer manifestação de civilidade e honradez. 
É o traficante que aparece em capa de revista e em outdoors, o que ganha sucesso e fama. São as entrevistas com assassinos, “maníacos do parque”, etc…que têm destaques na imprensa, que aumentam a curiosidade das pessoas, mas também produzindo horror, angústia, agonia, abatimento e depressão, naquele que, estarrecido, recebe o bombardeio dessas notícias alarmantes e intermináveis.

Imprensa essa, que nem sequer percebe o quanto ela é diretamente responsável por introduzir na mente o mau e o trágico.
Morbidez alimentada sim, a cada dia, onde a escória é enaltecida nas páginas e onde os campeões de audiência são os “cidadãos” longe de possuírem qualquer dignidade e amor pelo ser humano.
Atente para o fato de que aquele que se destaca em alguma grande causa, possivelmente não terá seu feito tão alardeado pela mídia como aquele que se evidencia no ato bárbaro e dantesco.
Males de um século acumulado de violência, desrespeito, desperdício, cujo mundo encontra-se virado, violentado, trocado em seus valores de certo e errado.
Atiçados por essa morbidez, o ser humano caminha freneticamente, sem dar-se conta de que o que chama sua atenção, tem de conter sua dose de atrocidade. A imprensa por sua vez também caminha fomentando e fortalecendo esse viés triste de nossa “doença”.
Quanto mais doente, maior o interesse, maior o destaque.
Adoecemos juntos, sem perceber a manipulação constante desse complô maligno abocanhando nossa mente frágil. Mente essa que já se tornou embrutecida, anestesiada, insensível e dentro dessa insensibilidade, busca então novos horrores, novas tragédias, novas “sensações”.
Um ciclo vicioso trazendo então… insensibilidades, novas tragédias,… novas buscas pelo desumano… mais insensibilidade… mais buscas… mais morbidez.
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 00:17 0 comentários

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

hipnose

Hipnose

Esquecida e desacreditada, redescoberta e reconhecida como técnica eficiente, a hipnose passou por diversas etapas desde o seu uso pelo médico suíço Franz Mesmer em 1776. Depois dele, veio Dr. James Braid, que deu o nome de Hipnose (Hipnos=deus do sono), pois achava que este estado parecia com o do sono.
Hoje já se sabe por mensurações neurológicas da pessoa hipnotizada, que a atividade cerebral, respiração, e ritmo cardíaco parecem ser típicas do estado de vigília normal (de uma pessoa acordada). Portanto, a hipnose parece ser uma variação do estado de vigília; um estado de atenção concentrada, um estado de atenção da consciência.

É necessária a vontade de colaboração do paciente, pois sem ela, não existe a menor possibilidade do estado hipnótico. Além disso, nada pode ser feito contra os princípios e moral do paciente.

Quando fechamos os olhos e pensamos em algum lugar por exemplo, somos capaz de visualizar as cores e detalhes desse lugar ou sentir o cheiro ou mesmo o gosto de determinada fruta. Nossa atenção nesse momento foi focalizada, e concentrada, permitindo assim que uma simples sugestão transportasse nossa mente para aquele objetivo.
Podemos dizer que quando estamos vendo um filme atentamente, por exemplo, estamos em um estado de hipnose. Não sentimos nossa cadeira, não percebemos as outras pessoas, não estamos atentos ao nosso corpo, etc…estamos assim numa atenção concentrada.
O estado de relaxamento, é um estado hipnoidal. Inicia-se o relaxamento e logo depois é introduzida a sugestão onde o paciente conscientemente acompanha a indução dirigida pelo terapeuta. A auto-hipnose é conseguida, quando a própria pessoa promove esse auto-relaxamento e auto-sugestão após desenvolver uma capacidade de atenção concentrada.
Atualmente o que vemos é a chamada “hipnose de palco” onde há aberrações sem sentido, uma vez que a hipnose somente é usada visando a melhora e cura do paciente. Portanto as demonstrações que se vê, distorcem e de certa forma, denigrem a atuação da hipnose.
Há graus de hipnose: estado hipnoidal, leve, médio, profundo e sonambúlico (para alguns autores).
Mas com que finalidade usamos essa técnica? Ela é usada como auxiliar no processo da terapia, como “atalhos” para a cura em fobias, por exemplo, já que se trata de um medo irracional, resultando no evitamento inconsciente do objeto, da atividade ou da situação temida. Lembrando que o medo é um sentimento que vai desde o normal, num movimento para nos defendermos, até à síndrome do pânico.
Ela é usada na dor crônica, com os pacientes terminais com câncer, na odontologia, no stress, no auxílio das doenças psicossomáticas, nas disfunções sexuais, etc…
Mas a hipnose não é mágica, o paciente não sai “curado” em uma única sessão, pois muitas vezes o tratamento é feito paralelamente ao processo terapêutico.
No stress por exemplo, é necessário investigar as adaptações da mente e corpo do indivíduo, já que o stress é uma exigência imposta sobre a capacidade de adaptação da mente e do corpo. O stress pode ser bom ou mau, e portanto, se nossa capacidade for suficientemente boa reagimos bem, senão recuaremos.
Nas demais situações, ela promove um encurtamento no tratamento o que alivia mais rapidamente os sintomas, ou os elimina na sua totalidade.
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 23:54 0 comentários

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SABEDORIA DA MATURIDADE INDEPENDENTE




Filme Socialismo é o mais godardiano dos filmes de Godard
By: Bruno Cava

“Filme Socialismo” não é um produto imediatamente consumível. O fato de Jean-Luc Godard assiná-lo não é acessório. Pelo contrário, constitui informação crucial e indispensável. A autoria desse filme condiciona a experiência de assistir. Por isso, não adianta o espectador ir ao cinema sem um pacto prévio com o autor, sem uma predisposição para refletir, mastigar, digerir, experimentar.

Se não fosse assinado por Godard? Ora, a questão é retórica e não cabe. Seria outro filme. De uma forma ou de outra, vai-se ao cinema preparado para assistir a um Godard. Não fosse para o veterano cineasta produzir um filme assim, um filme godardiano, não haveria o menor sentido a esta altura do campeonato. Jean-Luc conta 80 anos e não está para brincadeiras.


“Filme Socialismo” é arte na sua acepção mais “dura”. Embora, como estilo, remeta mais à filmografia dele dos anos 2000, como “Elogio do Amor” (2001) ou “Nossa Música” (2004), o longa reafirma um imperativo presente desde seu primeiro longa – “Acossado”, de 1960. Desde o princípio, Godard se propôs a firmar o cinema como arte moderna, tão rigorosa e polivalente quanto a pintura ou a literatura. E a identificar no diretor a figura autoral, ou seja, o artista propriamente dito, que imprime uma estética, assina a obra e por ela responde diante dos públicos.

Como se sabe, o ímpeto por autonomia artística/autoral inaugurou o modernismo da nouvelle vague, associada aos críticos-cineastas da geração clássica da revista Cahiers du Cinéma (Truffaut, Rivette, Rohmer, Chabrol et al), responsáveis por uma seqüência de obras plenas de estilo, ao longo dos anos 60.


Talvez por isso, haja a percepção mais ou menos generalizada que “Filme Socialismo” não facilite a vida do espectador. Não são poucos a sair aturdidos, desconsolados e mesmo irritados da sala de projeção. Outros, com expressão marota, podem contemporizar: “É assim mesmo com Godard, o que você esperava?”. O que só agrava o descontentamento, ao passar a impressão de tratar-se de um filme maçônico, só para os iniciados no hermetismo godardiano.

O caso é que o diretor parisiense sempre se guiou pelo desejo de inovar, de reinventar formas, de reconstruir-se na sua trajetória cinematográfica, ultrapassando a si mesmo. Por um lado, desde cedo, sua excentricidade por assim dizer deliberada produziu uma mitologia ao redor de sua figura. Por outro, nem por isso, por essa vaidade, fica descaracterizada a robustez e originalidade de sua obra, repleta de guinadas e reavaliações. “Filme Socialismo” ressalta um cinema de reinvenção, que efetivamente pensa o meio que o possibilita e produz – como suporte, dispositivo, metiê, linguagem, construção de sentidos etc. Modernismo oblige.


Com “Filme Socialismo”, atinge-se um patamar que, na literatura, foi alcançado pela obra de James Joyce. Por mais anacrônica e leviana a comparação, o filme causa uma sensação próxima a ler “Ulysses” ou “Finnegans Wake”. Ou seja, provoca um misto de desafio, espanto e intriga.

Entre Joyce e Godard traçam-se várias paralelas. Como nos romances joyceanos, em “Filme Socialismo” vislumbram-se o fluxo de consciência, a subjetividade transbordante, as múltiplas camadas narrativas de sentido – tudo isso numa colagem intrincada de signos e elementos do imaginário, da mitologia, da história, da política, do próprio cinema. Como em “Finnegans Wake”, o conjunto não admite síntese ou sinopse, numa lógica fragmentária, em que cada fragmento desestabiliza a narrativa como um todo e estilhaça o tempo-espaço. Sobram cacos de imagens e ruídos.


“Filme Socialismo” também é convergência e aperfeiçoamento de outros projetos de Godard. Os personagens questionam o seu estatuto como personagens, e têm consciência de participar de um filme, como em “Cármen de Godard” (1983) ou “Detetive” (1985). Aprofunda-se o ensaio com o digital de “Elogio do Amor” (2001), graças à filmagem em HD, formato 16:9, recheada de cores intensas (em especial o azul, o dourado, o azul-turquesa) e colossais planos das paisagens mediterrâneas. Como em “Nossa Música” (2004), a fábula estrutura-se em três movimentos, embora não siga mais a evolução da Divina Comédia.

Sobretudo, “Filme Socialismo” retoma a “História do Cinema” (1988-98), cujos 240 minutos são agora condensados para exprimir o sentimento do século, na sua irracionalidade, barbárie, incompreensão e tragicidade. Como na “História do Cinema”, a imagem não cessa de expor e expor-se, toma posição no fluxo da história e constitui uma memória. Realidade e ficção, história e cinema entretecem-se num mosaico incongruente.


No conjunto, a descontinuidade domina nas várias instâncias: a montagem conflitiva, o áudio dissonante, o enredo em tríptico, a dramaturgia anti-diegética e a encenação des-dramatizante. Há uma enxurrada de citações dos mais diversos pensadores do contemporâneo, na boca dos personagens e do narrador em off.

De tempos em tempos, letras garrafais sobre fundo negro pontuam os “capítulos”, até o derradeiro “No Comment”. Menos que pernosticismo ou intelectualismo (Godard merece um pouco mais de crédito), está em causa a investigação de traços, pistas e lampejos de acontecimentos, na sua precariedade. Nessa direção, as escadarias de Odessa (Eisenstein), o grande ditador (Chaplin), o velho oeste (Ford) e imagens documentais sobre guerras, fascismos, comoções.


Com o tour de force de montagem, Godard tenta tirar lascas de questões graníticas e ultimamente insolúveis: representar o irrepresentável, exprimir o inexprimível, aceitar o inaceitável. Desvela-se assim a afinidade entre “Filme Socialismo” e a filosofia da história de Walter Benjamin. O filósofo sondava fragmentos da revolução no continuum da história. E admitia, como faz o filme, a natureza contraditória e problemática da cultura. Daí a melancolia que permeia o longa, consciente de seu caráter inescapável como parte do sistema, como integrante da tradição dos vencedores. Godard sabe que seu manifesto ultramoderno deve ser diluído e neutralizado, na lógica de consumo cultural de hoje. Mas não se mostra pessimista. É romântico.

Como uma filmografia tão prenhe de realismo, inspirada por André Bazin nos anos 1950, pode convergir a tão confesso socialismo utópico? Ora, o realismo autêntico tem a utopia em seu núcleo. “Filme Socialismo” é uma quimera. Não pode existir um filme assim e é precisamente por causa disso que tanto precisamos dele. Godard ainda pulsa.


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Postado por Liliam Padilha Ferreira às 12:18 0 comentários

o imbecil, o cretino e o estúpido...

Parece ofensivo, mas achei muito produtivo...

Acabei de ler um livro que por puro acaso caiu nas minhas mãos: "Não Contem com o Fim do Livro", de Umberto Eco e Jean-Claude Carrière. Como ambos dispensam apresentações, vamos à parte que me chamou a atenção. Eles escreveram uma série de conversas onde fazem praticamente uma declaração de amor aos livros. São dois bibliófilos, que gastam muito dinheiro para conseguir raridades e falam de algumas delas ao longo do livro.

Em vários pontos do livro, Umberto Eco declara sua paixão pela burrice humana, e declara que se não fosse por ela, nossa história poderia ser muito diferente. Ele declarou ainda que muitos dos documentos (dentre os quais os livros) que chegaram ao nosso conhecimento, foram escritos por imbecis, cretinos e estúpidos. Esta mesma estupidez acabou filtrando o que foi escrito ao longo do tempo, através de atitudes cretinas ou mesmo de atos de vandalismo ou atos políticos de queima de livros (atos de estupidez, ou burrice?)

No trecho que vou transcrever aqui, Eco faz uma distinção entre o imbecil, o cretino e o estúpido...

"O cretino não nos interessa. É aquele que leva a colher à testa em vez de mirar na boca, é quem não compreende o que você lhe diz. Caso encerrado. A imbecilidade, por sua vez, é uma qualidade social, e você pode inclusive chamá-la de outra forma, uma vez que, para alguns "estúpido" e "imbecil" são a mesma coisa. O imbecil é aquele que vai dizer o que não deveria dizer num dado momento. É autor de gafes involuntárias. O estúpido é diferente, seu defeito não é social, mas lógico. À primeira vista, temos a impressão de que raciocina de forma correta.É difícil detectar à primeira vista o que não está batendo direito. Eis por que ele é perigoso."

Carrière completa:

"Pra mim, o estúpido não se contenta em enganar. Ele afirma seu erro em alto e bom som, proclama-o, quer que todos o ouçam. É inclusive surpreendente ver o quanto a estupidez é tonitruante: "Agora sabemos de fonte segura que..." e segue-se uma besteirada."..."Flaubert disse que a burrice é querer concluir. O imbecil pode chegar por si mesmo a soluções peremptórias, definitivas. Ele quer encerrar para sempre determinada questão. Mas essa burrice, frequentemente recebida como verdade por determinada sociedade, é para nós, como o recuo da história, extremamente instrutiva. A história da beleza e da inteligência à qual limitamos nosso ensino, ou melhor, à qual outros limitaram nosso ensino, não passa de uma parte ínfima da atividade humana..."


Depois de muita divagação sobre estúpidos e imbecis, Eco divaga sobre a burrice, que não seria "idêntica à estupidez. Seria antes uma maneira de administrar a estupidez",... "com orgulho e assiduidade".

É muito interessante ler como estes homens das letras tratam destes assuntos de forma despudorada e sem medo de ser politicamente incorretos.Fiquei pensando nas vezes em que me lembro (o cérebro é bastante seletivo neste quesito) de ter atitudes imbecis (nas milhares de manezadas que fiz na vida), e nas vezes que fui de fato estúpida. Esta definição de estupidez pode ser de grande ajuda para evitar novas atitudes estúpidas. A divagação sobre a burrice dói mais ainda, quantos atos estúpidos não foram bem administrados pela minha burrice?

A partir da definição comecei a pensar em todas as pessoas estúpidas que conheço (de fato não são poucas) e a confabular se seus atos estúpidos são pura ignorância ou se esta gente pretende manipular os outros com sua estupidez. É um caso a ser pensado e refletido...

Há quem pense que as definições são inúteis. Eu discordo. Nossa necessidade de nomear todas as coisas é parte da nossa essência. Conhecer determinadas definições pode encurtar minha tristeza em relação às outras pessoas. A definição da estupidez, por exemplo, é uma excelente maneira de me defender contra os estúpidos de plantão, que insistem em conviver comigo. É isso, criei uma nova categoria de pessoas. Antes eu tinha amigos, conhecidos, desconhecidos e inimigos. A partir de agora tenho amigos, conhecidos, desconhecidos, pessoas que considero estúpidas e inimigos. Isso é quase auto-ajuda, sobraram pouquíssimos (se é que soubrou algum) inimigos com quem eu tenha que me preocupar! (Será que isso foi uma estupidez???)
Posted by Karla Yotoko
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 11:30 0 comentários

FRASES PARA REFLETIR

Eu jamais poderia sentar à minha mesa com seriedade para escrever alguma linha sequer por qualquer outro motivo que não fosse salvar a minha vida.

Jane Austen
Então teve início o tempo do exílio, a busca infindável de justificativas, a nostalgia difusa, as questões mais dolorosas, mais devastadoras, as questões do coração que pergunta a si próprio: “onde poderei sentir-me em casa?”
Albert Camus
Porque de barro e palha tem sido esta viagem que faço a sós comigo.
Hilda Hilst
Sempre tive a impressão de haver dentro de mim um ser assassinado. Assassinado antes mesmo do meu nascimento. Era preciso que eu o reencontrasse. Procurasse ressuscitá-lo.
Samuel Beckett
Descobrimos a criação das formas e, desde então falta sempre remate final àquilo que as nossas mãos lassas e desencorajadas abandonam.
Georg Lukács
Não estou dizendo que todas as pessoas que conheço sejam fracassadas, incompletas, não realizadas. Somos, como um todo, até bastante corajosos. O que parece incompleto é a própria vida.
E. L. Doctorow
Quero incomodar, inquietar, destruir as ideias feitas, atacar os poderes. Mas detesto enviar “mensagens”.
Friedrich Dürrenmatt
Se eu não posso tudo, posso ao menos nutrir-me do que não sou, da riqueza, da alteridade do real.
Kalina e Kovadloff
Se eu mesmo sou um ser acabado e se o acontecimento é algo acabado, não posso nem viver nem agir; para viver, devo estar inacabado, aberto para mim mesmo – pelo menos no que constitui o essencial da minha vida -, devo ser para mim mesmo um valor ainda por-vir, devo não coincidir com minha própria atualidade.
Mikhail Bakhtin
Hoje, se me pergunto por que amo a literatura, a resposta que me vem espontaneamente à cabeça é: porque ela me ajuda a viver. Não é mais o caso de pedir a ela, como ocorria na adolescência, que me preservasse das feridas que eu poderia sofrer nos encontros com pessoas reais; em lugar de excluir as experiências vividas, ela me faz descobrir mundos que se colocam em continuidade com essas experiências e me permite melhor compreendê-las. Não creio ser o único a vê-la assim. Mais densa e mais eloquente que a vida cotidiana, mas não radicalmente diferente, a literatura amplia o nosso universo, incita-nos a imaginar outras maneiras de concebê-lo e organizá-lo. Somos todos feitos do que os outros seres humanos nos dão: primeiro nossos pais, depois aqueles que nos cercam; a literatura abre ao infinito essa possibilidade de interação com os outros e, por isso, nos enriquece infinitamente. Ela nos proporciona sensações insusbstituíveis que fazem o mundo real se tornar mais pleno de sentido e mais belo. Longe de ser um simples entretenimento, uma distração reservada às pessoas educadas, ela permite que cada um responda melhor à sua vocação de ser humano.
Tzvetan Todorov
A literatura corresponde a uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar forma aos sentimentos e à visão do mundo, ela nos organiza, nos liberta do caos e portanto, nos humaniza.
Antonio Candido
Eu sinto que havia uma promessa na infância. Não sei bem de quê, mas de uma coisa melhor. Aí você chega à idade adulta e vê que essa promessa não se cumpriu, e parece que não vai se cumprir jamais. Escrever é uma forma de aliviar essa frustração.
João Gilberto Noll
É a literatura que me interessa; o resto é, para mim, confusão.
Philippe Sollers
Os livros apagavam o desagradável da vida. Os livros eram meu quarto aquecido.
Ben Okri
Não estou lutando pelo sucesso, estou lutando apenas para tirar mais beleza de mim mesmo e compartilhá-la com mais pessoas.
Ben Okri
Estou condenado a transformar minha vida em palavras. Traduzir, melhor dizendo.
Paulo Leminski
Os escritores são animais estranhos. A questão é seriedade, obsessão, audácia. A pergunta é: você é suficientemente obcecado para ir mais além?
Susan Sontag
O que é uma grande vida senão um pensamento de juventude executado pela idade madura?
Alfred de Vigny
Preservar a angústia é fundamental para continuarmos fazendo arte.
Cacá Diegues.
Ah! A literatura ou me mata ou me dá o que peço dela.
Lima Barreto.
Todo ser é uma arqueologia viva, recamado de referências.
Nélida Piñon
Escrever…é um sono mais profundo do que a morte, e assim como não se deve e não se quer arrancar os mortos dos túmulos, assim mesmo não devo e não posso ser arrancado de minha escrivaninha à noite.
Franz Kafka
Assim como o corpo se forma originalmente dentro do seio (do corpo) materno, a consciência do homem desperta envolta na consciência do outro.
Mikhail Bakhtin
Tudo aquilo que perdi já foi esquecido, o que me fez sobrer se dissolveu, o que eu deixei escapar, escapou, e o que restou é bem suficiente.
Amós Oz
Os únicos leitores verdadeiros são os que releem.
Vladimir Nabokov
A literatura faz cidadãos. É um forma de a gente se civilizar. Não conheço nada mais importante, que nos melhore como seres humanos, do que ler livros.
Lívia Garcia-Roza
Ler não é só adquirir conhecimento ou experiência de vida. É também a possibilidade de ter outra vida, de viver o imaginário.
Sérgio Sant’Anna
Na literatura, é importante fazer isso, cutucar feridas, colocar interrogações. Só assim ela fará sentido para quem a lê. Só assim a sua sensibilidade conseguirá se combinar com a sensibilidade de outros.
Bernardo Ajzenberg
Quem não lê tem uma vida menor, em todos os sentidos, porque não consegue apreendê-la, compreendê-la, senti-la no seu dia a dia.
Raimundo Carrero
No interrogatório que Wilde sofreu, ele diz: Tudo o que incita a pensar é adequado, qualquer que seja a idade do leitor”.
Georg Steiner
Um intelectual, em vez e ceder à tentação oferecida pelas religiões, deve conservar uma posição laica, expressa na mistura inabalável de ceticismo e contestação.
Edward Said
Tenho uma memória muito fraca, razão pela qual preciso duma biblioteca muito grande. Minha memória repousa nas folhas impressas.
Mário de Andrade
A melhor página não é só a que se relê, é também a que a gente completa de si para si.
Machado de Assis
Num certo momento, os homens inventaram a escrita. Podemos considerar a escrita como o prolongamento da mão e, nesse sentido, ela é quase biológica. Ela é a tecnologia da comunicação imediatamente ligada ao corpo. Quando você inventa uma coisas dessas, não pode mais dar para trás. Repito, é como ter inventado a roda. Nossas rodas de hoje são iguais às da pré-história. Ao passo que nossas invenções modernas, cinema, rádio, Internet, não são biológicas.
Umberto Eco
Uma obra-prima não nasce obra-prima, torna-se uma.
Jean-Claude Carrière.
A partir de certo ponto não há qualquer possibilidade de retorno. É exatamente esse o ponto que devemos alcançar.
Franz Kafka
Diante de uma falta inexorável, a saída via escrita: preencher a falta com o próprio texto. Inscrever o que não cessa de não se escrever.
Ana Maria Clark Peres
Quando você leva a primeira porrada, é de um jeito. Quando leva a porrada número mil, você é de outro jeito, é um outro cara, ou a metade.
Eduardo Galeano
Quase tudo o que de grande existia, existia como um  apesar , realizado apesar de aflição e tormento, pobreza, abandono, fraqueza corporal, vício, paixão e mil obstáculos.
Thomas Mann
Ser jovem é ter uma causa a que dedicar a vida. É acreditar na possibilidade de mudar o mundo…
Dom Hélder Câmera
As contradições do homem. Do homem que o escritor faz questão de ser e se esforça por ser: com seu destino ligado ao dos outros, pois não se fecha nem se tranca, porque não sabe viver sem comunhão.
Mário da Silva Brito
A experiência tem-me demonstrado que o que me parece claro e evidente quase nunca o é para o resto dos meus semelhantes.
Ernesto Sábato
A ter de me arrepender um dia, prefiro me arrepender daquilo que fiz e não daquilo que não fiz.
Fernando Sabino
Minhas forças, meu valor, meu destino, estou convencido disso, é ser transitório.
Mário de Andrade
Sou a unidade e a dispersão./ Sou o nada, sou o esquecimento./ Sou o cinismo e a amargura,/ a alegria, o crime e a inocência./ Sou a verdade, a mentira e o/ que há entre ambas.
Andityas Soares de Moura
Viver tem dessas coisas: de vez em quando se fica a zero. E tudo isso é por enquanto. Enquanto se vive.
Clarice Lispector
Por que sempre escrever neste mesmo estado de espírito? Um Diário assim com o risco de se tornar um simples anotado de sensações mesquinhas e melancólicas? Mas eu próprio serei muito diferente disso?
Lúcio Cardoso
Enquanto você estiver vivo e fizer parte do mundo, diga o que tem a dizer e depois feche a tramela para sempre! Mas não capitule, não se renda!
Henry Miller
O Prometeu do futuro necessita de uma nova voz – em outras palavras, de uma nova linguagem. Em tal concepção cada criador tem aí sua própria linguagem que deve no que é mais importante, superar a dos predecessores.
Arthur Rimbaud
Todo escritor é mais ainda leitor e sempre será: lemos mais obras que as que jamais poderemos escrever, e sabemos que este interesse, esta paixão, é possível porque a experimentamos centenas de vezes; e que algumas vezes compreendemos melhor o mundo e a nós mesmos por meio destas figuras fantasmais que percorrem os romances ou destas reflexões feitas por uma voz que não parece pertencer inteiramente ao autor nem ao narrador, ou seja, não inteiramente a alguém.
Javier Marías
Nenhum artista é uma espécie particular de homem, mas todo homem é uma espécie particular de artista.
Anônimo
Genialidade, sei… Eu diria: trabalho, trabalho e trabalho.
Guimarães Rosa
A história da literatura é a história das repetições, do já-escrito. A ilusão de quem escreve não consiste em dizer a si mesmo que se é o primeiro a quem isso acontece, esse sofrimento, essa calma, esse êxtase, essa insuportável fragrância de amor, que se é o único a poder falar disso, e de se aperceber, caçador desembriagado pelo olhar pousado sobre o bicho morto, que tudo o que fez foi levantar uma lebre que muitos outros já tinham matado?
Michel Schneider
Não há nenhuma invenção absoluta. A mais marcada pela ousadia e pela originalidade das invenções nada mais é que um feixe de imitações escolhidas. O homem não compõe nada de nada.
Charles Nodier
Não inventamos nada, na verdade. Pedimos emprestado e recriamos.
Henry Miller
O artista não tem importância. Só o que ele cria é importante, já que não há nada de novo a ser dito. Shakespeare, Balzac, Homero, todos escreveram a respeito das mesmas coisas, e, se tivessem vivido mais mil ou dois mil anos, os editores não teriam precisado de mais ninguém desde então.
William Faulkner
Lá no fundo, eu não acredito que seja preciso qualquer talento especial para uma pessoa se erguer do chão e planar no céu. Com bastante trabalho e concentração, todo ser humano é capaz de repetir os feitos que realizei como Walt, o Menino Maravilha. Precisamos aprender a parar de sermos nós mesmos. É aí que começa, e tudo mais continua deste ponto. Devemos evaporar, deixar nossos músculos entorpecerem, respirar até sentir a alma sair de nosso corpo. E depois fechar os olhos. É assim que se faz. O vazio dentro de nosso corpo se torna mais leve que o ar ao redor. Aos poucos, começamos a pesar menos do que nada. Fechamos os olhos. Abrimos os braços. Evaporamos. E então, aos poucos, subimos no ar.
Paul Auster
Qualquer texto literário, enquanto desempenho verbal impresso, constitui uma forma de ação verbal, calculada para leitura ativa e respostas internas, e para reação impressa por parte de críticos, e pastiche ou paródia por outros escritores.
Robert Stam
O conhecimento não resulta de um simples contemplar nem apenas de um refletir, mas de um agir e do analisar o que é criado. Assim, cada grau de conhecimento humano, sensível e racional, é uma atividade da qual participam o saber do homem e suas experiências. Como, no entanto, o real imediatamente acessível ao homem é caótico e obscuro, para conhecê-lo é necessário o desvio da teoria, uma détour: a compreensão da realidade coincide com o caminho percorrido entre a caótica representação do todo e a rica totalidade de múltiplas determinações e relações.
Sônia Kramer
Antes navegar, livre, nos mares da incerteza, na esperança de horizontes, que habitar, seguro, nos charcos onde o naufrágio é impossível…
Rubem Alves
O grande escritor é sempre um grande leitor. Sem Homero não haveria Virgílio, sem Virgílio não haveria Dante, sem Dante…etc. Apesar dessa evidência, persiste um certo senso comum de origem romântica pretendendo conectar a palavra à coisa, e a literatura à vida, sem mediações; e que é coisa? e vida?  words,words, words, diria aquele inglês, também grande leitor, como sua personagem Hamlet que andava com um livro na mão. Ou aquele espanhol que pretendeu ter lido num livro a história do triste fidalgo que lera ele mesmo demasiadas novelas de cavalaria.
Leyla Perrone-Moisés
Qualquer um pode ser escritor. Como? Ora, gaste os fundilhos das calças na cadeira.
Leon Uris
A literatura se alimenta de si mesma e nem na mais remota antiguidade da palavra, em textos, papiros ou gravações em pedra, tinha a realidade como suporte. Algum escriba egípcio ou burocrata romano, na faina administrativa de endeusar seus faraós ou imperadores, vivia mais das fantasias oficiais dos seus senhores do que dos inescrutáveis fatos que compunham seus feitos. Aquelas fontes primárias do alvorecer da escrita não são a honesta transcrição da vida como ela era, mas o registro escrito autocomplacente das versões orais dos senhores da ocasião. Homero era a organização do imaginário dos aedos anônimos que iam de praça em praça cantar os feitos heróicos que todos já conheciam, dispersos, no rio oral de uma tradição preservada como um tesouro. O naturalismo de Zola ou o realismo de Gorki, que buscavam escrever sobre a realidade sem subterfúgios e engalamentos do romantismo, estavam totalmente mediados pelas ilusões das ciências naturais e pelo alvorecer do marxismo visto pelos seus comentaristas russos. A literatura não é a realidade, mas seu sonho. Quanto menos minimalista e subserviente aos fatos da vida diária, quanto mais ficção e invenção, mais ela estará perto deste turbilhão de beleza e terror que é o real.
José Onofre
Toda descoberta é uma citação. (Talvez até isto seja uma citação, que eu não soube identificar.)
Antônio Fernando Borges
Artistas imaturos imitam; os maduros roubam.
Lionel Trilling
Em literatura nunca há limites nítidos; tudo se apóia em algo, as coisas se superpõem uma às outras, e acabam sendo um complicado jogo intertextual com base em espelhos e bonecas russas, no qual estabelecer um fato preciso, uma paternidade concreta implica riscos que apenas certos colegas muito bobos ou muito seguros de si mesmos se atrevem a correr.
Arturo Pérez-Reverte
Os únicos paraísos que existem são os perdidos.
Jorge Luis Borges
A literatura é só uma confissão de que a vida não basta.
Fernando Pessoa
Livros e literatura servem para dar aos homens a possibilidade de viver outra vida, sair da prisão a que estão confinados pela condição humana.
Mario Varga Llosa
Por que escrevo? Ah, que difícil responder a essa pergunta. Tentarei dar alguma resposta e sei que já estou entrando assim numa zona imprecisa. Vaga. O escritor escreve porque tenta recompor, quem sabe? um mundo perdido. Os amores perdidos. Não será uma tentativa de recuperar a família que ficou lá longe, assim despedaçada? ou não será o próprio eu despedaçado que ele está querendo resgatar? E se nessas personagens que procura desembrulhar ele não estiver tentando, na realidade, desembrulhar a si mesmo?
Lygia Fagundes Telles
Se em outros aspectos as coisas falham (tantas falham) que pelo menos fique a alegria de criar.
Lygia Fagundes Telles
Escrevo por não ter nada a fazer no mundo; sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ver ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias. Experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o desespero. E agora só quereria ter  o que eu tivesse sido e não fui.
Clarice Lispector
Tsypkin é desses escritores que crêem não na linguagem como uma lente transparente que faz ver o mundo mas, ao contrário, na linguagem como uma rede que, jogada sobre o mundo invisível, só o torna visível , em seus contornos, pois também se deixa ver. Assim como Dostoiévski, na época ainda à espera do reconhecimento literário, se humilha diante de escritores consagrados como Turguêniev e precisa escrever às pressas para pagar as contas e não cair nas armadilhas dos contratos draconianos dos editores, Tsypkin depende de um exercício diário de autodeterminação para não desanimar quando tudo em volta o impede de ver um sentido no seu projeto literário.
Bernardo Carvalho
Literatura supõe tradição. Seu legado é transmitido de forma pacífica ou confituosa, de modo crítico ou inconsciente, de bom grado ou à revelia do beneficiário. Quanto mais enfáticos se mostram os entusiastas da originalidade, tanto mais desconfiamos de que a crença na novidade depende em larga medida da nossa desinformação a respeito do passado e de nossa arrogância em relação aos mortos. Os escritores mais lúcidos, quando iniciam sua carreira, sabem que, de alguma forma, precisam dar uma resposta às estantes de livros do seu quarto. Por trás das lombadas, os autores que ele ama ou despreza o espreitam.
Rubens Figueiredo
O processo de viver é feito de erros – a maioria essenciais – de coragem e preguiça, desespero e esperança de vegetativa atenção, de sentimento constante (não pensamento) que não conduz a nada, não conduz a nada, e de repente aquilo que se pensou que era nada – era o próprio assustador contato com a tessitura do viver – e esse instante de reconhecimento (igual a uma revelação) precisa ser recebido com a maior inocência, com a inocência de que se é feito.
Clarice Lispector
No fundo, todos os homens têm uma enorme reserva de palavras que, se fossem pronunciadas, poderiam não mudar o destino do mundo, mas certamente contribuiriam para mudar o próprio. Da mesma forma, tantas palavras soltas, no impulso de um efeito brilhante, poderiam, se silenciadas, poupar ao interlocutor a humilhação e o despeito que o acompanha pelo resto da vida como um arsenal de ressentimento.
Jorge da Cunha Lima
Eu tomava vinho absorto em pensamentos obscuros, via o mundo por uma ótica terrível de procuras insanas e achados frágeis, temporários. A solidão em que nos achávamos. A solidão que nos espreitava. A solidão que nos levava a enlouquecer, a aceitar o inaceitável. O medo. Andávamos todos tão assustados por baixo de nossos óculos Ray Ban, de nossos ternos Armani, de nossas gravatas de seda. Assustados em nossos carros e apartamentos. Querendo um colo que não existe, que buscamos em igrejas, saunas e livros e todavia não achamos, porque não há. Medo de nosso abismo solitário.
Márcio El-Jaick
Na vida, somos sempre terrivelmente amadores.
Márcio El-Jaick
Bakhtin rejeita uma noção burguesa, proprietária, do pensamento. Para ele, a ideia não é uma formulação individual, direitos permanentes de residência no interior da cabeça de uma pessoa. Ideias são, na realidade, eventos intersubjetivos elaborados no ponto de encontro dialógico entre as consciências.
Robert Stam
O que quer que possa fazer ou sonhe fazer, comece-o. Há algo de genialidade, de poder e de magia na coragem.
Johann Wolfang von Goethe
Escrevo para criar um mundo em que a utilidade não seja uma exigência. Um mundo em que eu caiba.
Bernardo Carvalho
A literatura é a busca por uma espécie de espaço alternativo à vida, algo que nos ofereça outras visões, outras janelas, opções distintas daquilo que a gente experimenta em nossa vida prática.
Adriana Lisboa
O ato de escrever me inspira.
E. M Forster
O escritor tem que estar consciente da vida à sua volta.
Dorothy Parker
Se vai escrever, não faça de conta que está escrevendo mal de propósito. Vai ser o melhor que você pode fazer, e é o fato de ser o melhor que você pode fazer que acaba com você. Quero muito escrever bem, apesar de saber que não escrevo bem e que nunca o consegui. Porém, até o fim de minha vida, continuarei adorando aqueles que conseguiram.
Dorothy Parker
Todos nós fracassamos em realizar nosso sonho de perfeição. De modo que estimo a nós todos com base no nosso esplêndido fracasso em realizar o impossível. Na minha opinião, se eu pudesse escrever toda a minha obra de novo, tenho certeza de que faria melhor, o que é a condição mais saudável para um artista. É por isso que ele continua trabalhando, tentando de novo: ele acredita sempre que dessa vez irá conseguir, irá realizar o que quer. É claro que não conseguirá, é por isso que essa condição é saudável.
William Faulkner
Acho que qualquer pessoa que não tem necessidade de ser escritora, que pensa que pode fazer alguma outra coisa, deve fazer outra coisa. Escrever não é uma profissão, mas uma vocação de infelicidade. Não penso que um artista possa jamais ser feliz.
Georges Simenon
Em primeiro lugar, acho que, se um homem tem o ímpeto de se tornar artista, é porque ele necessita encontrar a si mesmo. Todo escritor tenta encontrar a si mesmo através de suas personagens, em todos os seus escritos.
Georges Simenon
É difícil escrever um paradiso quando todas as indicações superficiais são de que você deveria escrever um apocalipse. É obviamente muito mais fácil encontrar habitantes para um inferno ou até mesmo um purgatório.
Ezra Pound
Não há nada a fazer senão dar conta do recado e calar-se.
Louis-Ferdinand Céline
Afinal de contas, acho que um poeta tem talvez cinco ou seis poemas para escrever, e não mais do que isso. Ele fica tentando reescrevê-los de diversos ângulos, e talvez com enredos diferentes e em idades diferentes, mas os poemas são essencial e interiormente os mesmos.
Jorge Luis Borges
À literatura compete o resgate de quem somos, para além do bem e do mal.
Lênia M. Mongelli
Quando atinge o equilíbrio, a psique do artista faz isso em tal registro que qualquer distração, qualquer perturbação proveniente da realidade bruta, a destrói num instante: para produzir arte é preciso dar as costas à vida.
Patrick McGrath
Mesmo quando parece inconsciente acho que o núcleo da inspiração é uma vivência qualquer – imagem, som, dor, angústia – antes arquivada e de repente, por qualquer motivo, também exterior, ressuscitada.
Clarice Lispector
O mundo da ficção pode corrigir e superar a estreiteza do mundo real.
Manuel da Costa Pinto
Nem tudo o que escrevo resulta numa realização, resulta mais numa tentativa. O que também é um prazer. Pois nem em tudo eu quero pegar. Às vezes quero apenas tocar. Depois o que toco às vezes floresce e os outros podem pegar com as duas mãos.
Clarice Lispector
Deixe-me colocar-lhe uma questão, senhor Breton. Todos conhecemos a noite e os dois lados que todas as noites têm: a noite dentro de casa e a noite fora de casa. Ou seja: há a tranquilidade e o esperado e há, ainda, o medo e a estranheza. Claro que se poderá sempre dizer que a poesia não se encontra nem em um lado nem no outro: a noite tem dois lados e a poesia é a porta da casa no momento em que é aberta e o escuro cobre a relva e o céu. Mas quando alguém tem medo, deve correr para casa: e quando sente tédio, deve correr para a parte de fora da noite. E a poesia, que parece uma coisa parada, resolve, ao mesmo tempo, o tédio e o medo; o que é bom e dois, sendo única, a poesia.
Gonçalo M. Tavares
Com a escrita é a mesma coisa: muitas vezes você intui que o segredo do universo está do outro lado da ponta dos seus dedos, uma catarata de palavras perfeitas, a obra essencial que dá sentido a tudo. Você está no próprio limiar da criação, e em sua cabeça eclodem tramas admiráveis, romances imensos, baleias grandiosas que só revelam o relâmpago do seu dorso molhado, ou melhor, fragmentos desse dorso, pedaços dessa baleia, migalhas de beleza que permitem intuir a beleza insuportável do animal inteiro; mas em seguida, antes de você ter tempo de fazer alguma coisa, antes de poder calcular seu volume e sua forma, antes de entender o sentido do seu olhar perfurante, a prodigiosa besta submerge e o mundo fica quieto e surdo e tão vazio.
Rosa Moreno
O ofício literário é extremamente paradoxal: é verdade que você escreve em primeiro lugar para si mesmo, para o leitor que tem dentro de si, ou então porque não pode evitar, porque não consegue suportar a vida sem entretê-la com fantasias; mas, ao mesmo tempo, você precisa peremptoriamente ser lido;e não por um único leitor, por mais refinado e inteligente que ele seja, por mais que você confie em seu critério, e sim por um número maior de pessoas, muito maior, na verdade muitíssimo mais gente, uma horda populosa, porque nossa fome de leitores é uma avidez profunda que nunca se sacia, uma exigência sem limites que beira a loucura e que sempre considerei muito curiosa. Resta saber de onde vem essa necessidade absoluta que transforma todos os escritores em eternos indigentes do olhar alheio.
Rosa Moreno
Escrever para passar uma mensagem trai a função primordial da narrativa, seu sentido essencial, que é o da busca do sentido. Escreve-se, então, para aprender, para saber; e não é possível empreender esta viagem de conhecimento levando previamente as respostas.
Rosa Moreno
Não há diferença entre cultura e crise. Cultura é crise, é desassossego, é conflito, é tensão, é troca, é risco, é desorientação, é esperança, é eleição, é princípio de algo. Se não ocorre esta sucessão de acidentes, de contradições, de buscas, de afirmações e negações, não há cultura, não há ciência, não há arte. E por conseguinte, não há razão, nem há liberdade. Há outra coisa: isolamento, talvez genial, há erudição, por acaso fabulosa, há obras, talvez brilhantes, mas não há comunicação, não há realidade, não há sociedade.
Jorge Glusberg
É sempre necessária uma separação da pessoa que escreve livros em relação às pessoas que a rodeiam. É uma solidão. É a solidão do autor, a solidão da escrita.
Marguerite Duras
Escrever, essa foi a única coisa que habitou minha vida e que a encantou. Eu o fiz. A escrita não me abandonou nunca.
Marguerite Duras
Escrever é correr riscos, e somente correndo-os sabemos que estamos vivos.
Margaret Atwood
O verso debaixo da pele não é o mesmo que uma dor ou que a inflamação de um órgão. Não se elimina com medicamentos. O verso que um homem saiba de cor só é eliminado por uma brutal amnésia. Ou, então, com o excesso de informação que o mundo imbecil o obriga a guardar.
Gonçalo M. Tavares
Afinal de contas, nunca encontrara seu lugar permanente. Tinha se encaixado onde quer que estivesse, sempre fora o favorito em toda parte pelo fato de fazer mais do que seu quinhão, no trabalho e no divertimento, e por sua vontade e habilidade de lutar por seus direitos e inspirar respeito. Mas nunca lançara raízes. Ele se adaptara o suficiente para satisfazer seus pares, mas não para satisfazer a si mesmo. Sempre ouvira o chamado de algo mais além, e tinha vagado pela vida buscando isso até encontrar os livros e a arte.
Jack London
A biblioteca compreendia uma maioria de romances, mas muitos eram proibidos aos menores de quinze anos e guardados à parte. E o método puramente intuitivo dos dois meninos não era na verdade uma escolha entre os que sobravam. Mas o acaso não é a pior coisa em matéria de cultura, e, devorando aqui e ali, os dois glutões engoliam o melhor ao mesmo tempo que o pior, sem aliás se preocuparem em guardar nada, e não guardando realmente quase nada, a não ser uma estranha e poderosa emoção que, através das semanas, dos meses e dos anos, fazia nascer e crescer neles todo um universo de imagens e lembranças irredutíveis à realidade em que viviam no dia a dia, mas certamente não menos presentes para esses meninos ardentes que viviam seus sonhos tão violentamente quanto suas vidas. O que esses livros continham, no fundo, pouco contava. O que importava era aquilo que sentiam primeiro ao entrar na biblioteca, onde não viam as paredes de livros pretos, mas um espaço e horizontes múltiplos que, assim que transpunham a porta, os tiravam da vida restrita do bairro.
Albert Camus
A literatura é extraordinária porque é pluridisciplinar. Desde que seja um leitor motivado, que consiga dar sentido aos livros lidos, você passa a ter uma visão e um conhecimento de mundo extremamente ricos.
Silviano Santiago
Busco dizer o que for de modo sucinto e inesperado, para que assim também surpreenda o leitor e o faça viajar comigo nesse mundo poético.
Ferreira Gullar
Um texto é uma intervenção em nosso movimento vital.
Cida Sepúlveda
Numa sociedade altamente letrada, é importante para a saúde intelectual de sua gente que a crítica seja atuante e que, ela mesma, seja alvo de estudos e investimentos. E quem escreve com desejo e senso crítico, sabe, ou pressente, que seu trabalho é potente e suportará o frio do mundo real, não solitariamente, claro mas amparado em algumas mãos benditas, que não querem só para si a luzes da ribalta e comparvilham do prazer de escrever e ler por desejo, por compulsão vital.
Cida Sepúlveda
Nem tudo que se propõe diferente e inovador o é, porque para escrever com arte não basta dominar fluentemente a língua escrita e fazer malabarismos visuais, rompimentos linguísticos artificiais. É necessário muito mais do que isso, é preciso chegar ao limiar de si, de onde se pode enxergar, ainda que confusamente, o caos que nos habita, que nos força ao recorte do tempo e à fixação de formas visíveis, ligíveis, audíveis etc. – espelhos vivos.
Cida Sepúlveda
A literatura se alimenta do silencio. Dizendo talvez melhor: ela é a face visível do silêncio. Todos carregamos um ruído imcompreensível no peito. Não chegamos a ouvi-lo, e nem temos certeza de onde exatamente ele vem. Não passa de um murmúrio. É o vestígio do silêncio, de que a literatura se alimenta.
José Castello
Não escreva assim, escreva assado; se vai escrever, então escreve desse jeito; sua mãe ficará furiosa, seu pai ficará furioso, o Estado ficará furioso, os editores ficarão furiosas, os jornais ficarão furiosos, todo mundo ficará furioso; vão estalar a língua e sacudir o dedo; faça o que fizer, eles sempre interferem. Você poderá dizer `Deus me ajude´, porém, ao mesmo tempo pensará: vou escrever de tal maneir que todos ficarão furiosos, mas será tão lindo que terão de abaixar a cabeça.
Ohran Pamuk
O leitor sensível, inteligente, sempre conseguirá ver as relações estreitas entre aquilo que está lendo e a possibilidade de transformação, seja da realidade imediata, a realidade do mundo, seja ainda e , sobretudo, a de si próprio.
Silviano Santiago.
A história da ciência e a da filosofia é a história da busca da essência do mundo: o Ser, o Uno, a Verdade, o Eterno, Deus. Mas a existência de uma essência do mundo é uma ficção, porque tudo é transitório. Não há unidade, permanência ou verdade que não seja provisória. O universo é arte, é vontade dialética. Ação e reação: nos aproximamos dele e ele se aproxima de nós Manipulamos sua pele e ele manipula a nossa.
Luiz Bras (Nelson de Oliveira)
Quando Borges compara o universo a uma vasta biblioteca, sua intenção é denunciar a força físicamente transformadora dos livros. Inventamos a literatura. E a literatura, reagindo com igual intensidade, na mesma direção e em sentido contrário, está nos reiventando. Quanto mais lemos mais nos transformamos no que lemos. Encaramos o abismo e ele nos encara de volta. Combatemos os monstros e os anjos, e vagarosamente vamos nos transformando no que combatemos.
Luiz Bras (Nelson de Oliveira)
Se vamos ao estádio de futebol, não estamos simplesmente indo ao estádio de futebol, estamos indo ao Coliseu. Somos gladiadores. Somos todos Maximus Decimus Meridius, comandante dos exércitos do norte. E há o céu estrelado dentro de nós e a lei moral acima de nós. E o oceano profundo. E as avalanches e os terremotos. E fantasmas e replicantes. As nuvens são imensos artefatos de outro lugar, de outro tempo, deslizando acima da superfície da Terra como amebas num espelho líqudio.
Luiz Bras (Nelon de Oliveira).
Andei pelas nostalgias de casas/esquecidas
A tarde fugia em vermelha anunciação/ havia rubros nos pátios e míticas figuras/ no ar.
Os pássaros tinham as asas azuladadas./ Cresciam espelhos com luas de outros/ tempos e ruídos de porta/ em um terreno baldio.
Na solidão das uvas/ andei pela nostalgia de casas /esquecidas.
María Del Rosário Andrada
Ninguém descreve, muito menos com força e dedicação extrema, um momento de vida inteiramente satisfatório; quem encontra uma função adequada não carece de autorreflexão. Um mundo que não causa dor não incita à autodefesa. Palavras e frases também são autodefesa; uma era de felicidade plena não teria literatura.
Heinrich Mann
Se a dada altura você perceber que o mundo está cheio de pessoas que não lhe dão a mínima, que ignoram por completo a sua existência, e você conseguir suportar o fato, significa que você está preparado.
Roberto Cotroneo
Não se deixe enrolar, Francesco, tentarão contar-lhe que a vida é mais complexa do que a literatura. Não é verdade: o mundo literário de Proust é infinitamente mais complexo do que o mundo real. O dia de Leopold Bloom nada tem a ver com aquele de qualquer outro dublinense, por mais culto que seja. A literatura é um mundo análogo, onde os livros falam uns com os outros: é preciso dar um pulo para entrar nele, pegar impulso para chegar do outro lado. E a volta, mais tarde, não é nada fácil, pois aqueles personagens continuarão a falar com você, a aconselhá-lo, a levá-lo a tomar decisões.
Roberto Cotroneo
E é justamente aí que está a grandeza dos livros: precisam de leituras diferentes, abrem-se com chaves que você tem de encontrar, ou que a sorte entrega em suas mãos quando você menos espera.
Roberto Cotroneo
No fim das contas, penso que devemos ler somente livros que nos mordam e piquem. Se o livro que estamos lendo não nos sacode e acorda como um golpe no crânio, por que nos darmos ao trabalho de lê-lo? Para que nos faça feliz, como diz você? Meu Deus, seríamos felizes da mesma forma se não tivéssemos livros. Livros que nos façam felizes, em caso de necessidade, poderíamos escrevê-los nós mesmos. Precisamos é de livros que nos atinjam como o pior dos infortúnios, como a morte de alguém que amamos mais do que a nós mesmos, que nos façam sentir como se tivéssemos sido banidos para a floresta, longe de qualquer presença humana, como um suicídio. Um livro tem de ser um machado para o mar gelado dentro de nós. É nisso que acredito.
Franz Kafka
A relação primordial entre escritor e leitor apresenta um paradoxo maravilhoso: ao criar o papel de leitor, o escritor decreta também a morte do escritor, pois, para que um texto fique pronto, o escritor deve se retirar, deve deixar de existir. Enquanto o escritor está presente, o texto continua incompleto. Somente quando o escritor abandona o texto é que este ganha existência. Nesse ponto, a existência do texto é silenciosa, silenciosa até o momento em que um leitor o lê. Toda escrita depende da generosidade do leitor.
Alberto Manguel
O significado de um texto é ampliado pelas capacidades e desejos do leitor. Diante de um texto, o leitor pode transformar as palavras numa mensagem que decifra para ele alguma questão historicamente não relacionada ao próprio texto ou a seu autor. Essa transmigração de significado pode enriquecer ou empobrecer o texto; invariavelmente o impregna com as circunstâncias do leitor. Por meio da ignorância, fé, inteligência, trapaça, astúcia, iluminação, o leitor reescreve o texto com as mesmas palavras do original, mas sob outro título, recriando-o, por assim dizer, no próprio ato de trazê-lo à existência.
Alberto Manguel
A escrita não desaparecerá; não se tornará, como o sânscrito ou o latim, assunto de alguns eruditos ou estetas. Continuará sendo um meio sempre mais eficaz e disponível para conhecer, compreender, emocionar-se, sonhar, aprofundar, comparar… Não um meio imperialista, que isola o leitor do mundo, mas, ao contrário, uma via flexível de acesso e abertura. Para quem sabe ler, a escrita oferece a permanência e a rapidez, a totalidade e o detalhe mostrados ao mesmo tempo, a liberdade de caminhar e traçar seus próprios itinerários. É, sem dúvida nenhuma, a mídia mais respeitosa; não aquela que expressa mais verdade, mas a que dá aos leitores condições de chegar às suas próprias verdades.
Jean Foucambert
É importante lembrar que a passagem da civilização  oral  para a civilização escrita demandou grande espaço de tempo. A disseminação da escrita se fez de modo bastante lento. Por quê? Justamente pela significação política da escrita. Durante muito tempo a vida das comunidades esteve regulada pela  memória  dos anciãos, que, acumulando o conhecimento herdado das gerações anteriores, tornavam-se naturalmente detentores do  poder. Com a escrita, essa mediação tornou-se dispensável. O registro do passado assumiu configuração objetiva, oferecendo-se à decifração de qualquer contemporâneo e eliminando o controle dos mais velhos. Deslocando-se o centro de poder da memória oral para a memória escrita, é evidente que os detentores do poder cuidaram de exercer rigoroso controle sobre o novo instrumento de comunicação, conservando a estrutura de mando intocável. Quanto menor fosse o número de pessoas habilitadas ao manejo da escrita maiores seriam as possibilidades de manutenção da ordem vigente.
José Marques de Melo
Tem sido a possibilidade de compreensão do mundo, seguida do desejo de transformá-lo, que a prática da leitura provoca em qualquer cidadão, o motivo pelo qual a sua democratização prossegue lentamente, sobretudo nas regiões pobres que integram o Terceiro Mundo.
José Marques de Melo
Que saberíamos do amor e do ódio, dos sentimentos éticos, e em geral de tudo o que chamamos de  si mesmo, se isso tudo não tivesse passado à linguagem, articulado pela literatura?
Paul Ricoer
O alcance ético das obras literárias: o saber de nós mesmos e dos outros, dos sentimentos primários, como amor e ódio, quanto da estima, do respeito de si próprio, do reconhecimento do sujeito humano, de sua liberdade ou de sua existência alienada, da compaixão e do sentimento. É um saber que passa à linguagem na forma ficcional dos textos literários.
Benedito Nunes
Acredito ter chegado a hora de posicionamentos mais radicais por aqueles que estão diretamente envolvidos com a questão da dinamização da leitura. Basta de fingimento e de inocência! Temos de parar de ser conduzidos pelos incompetentes, como autômatos impensantes, nos processos de formação de leitores. Temos de parar para refletir mais a fundo nos porquês e nos paraquês de nossas práticas sociais, assumindo compromissadamente as nossas decisões e os nossos atos e, dessa forma, gerando consequências positivas para nós mesmos e para aqueles a quem voltamos o nosso trabalho. E isso, é bom que se diga, não ocorre do dia para a noite, dentro da pressa/produtividade que permeia a sociedade, mas sim através de reflexões constantes, fundamentadas nos dados oriundos de nossas práticas, de nossas dificuldades reais, de nossas inquietações e de nossa imaginação criadora. Por outro lado, essas reflexões dependem de muito estudo – muito estudo mesmo – que proporcione a saída de si, a aventura do conhecimento e do diálogo. Sem isso, os professores e os bibliotecários continuarão a viver no seu isolamento forçado,  deseducando a si mesmos e a possíveis leitores que pretendem formar (o que é bem pior).
Ezequiel Theodoro da Silva
A cultura não é um patrimônio, mas uma prática totalmente relacionada ao grupo que a cria. Logo, não há herança a ser transmitida, mas, sim, novas relações a serem permanentemente inventadas. Cada ser vivo, ao interagir com o conjunto de práticas do meio do qual participa, já contribui para criar no grupo uma nova cultura que transforma tais práticas.
Jean Foucambert
Ser leitor é querer saber o que se passa na cabeça de outro, para compreender melhor o que se passa na nossa. Essa atitude, no entanto, implica a possibilidade de distanciar-se do fato, para ter dele uma visão de cima, evidenciando um aumento do poder sobre o mundo e sobre si por meio desse esforço teórico. Ao mesmo tempo, implica o sentimento de pertencer a uma comunidade de preocupações que, mais que um destinatário, nos faz interlocutor daquilo que o autor produziu. Isso vale para todos os tipos de textos, seja um manual de instruções, seja um romance, um texto teórico ou um poema.
Jean Foucambert
Tenho sonhado às vezes que, quando chegar o Dia do Juízo e os grandes conquistadores, advogados e estadistas forem receber suas recompensas – suas coroas, lauréis, nomes gravados indelevelmente no mármore imperecível -, o Todo-Poderoso irá se voltar para Pedro e dirá, não sem uma certa inveja quando nos vir chegando com nossos livros embaixo do braço: “Veja, esses não precisam de recompensa. Não temos nada para lhes dar. Eles amaram a leitura.”
Virginia Woolf
Rilke foi um desses poetas que, em suas leituras, estava constantemente relembrando a própria biografia: a infância miserável, o pai dominador que o forçou a entrar na escola militar, a mãe esnobe que lamentava não ter tido uma filha e o vestia com roupas de menina, a incapacidade de manter relações amorosas, dividido como estava entre as seduções da sociedade chique e a vida de eremita.
Alberto Manguel
A lógica do capitalismo, fundada na obsolescência programada, sugere que o livro não vai desaparecer, porque encontrará seu nicho no sistema. Talvez se torne ainda mais elitizado; ou, pelo contrário, ameaçado de desaparecimento, providencie no barateamento do custo e à renovação de popularidade.
Regina Zilberman
Por paradoxal que pareça, o resultado final, quando redunda em hipertexto ou multimídia, coincide com uma criação coletiva e socializada, envolvendo vários parceiros, técnicos e produtores. Seu efeito autoriza suplantar a perspectiva narcisista com que algumas obras artísticas, incluindo a literária, vinham sendo entendidas até recentemente.
Regina Zilberman
Como a realidade linguístico-social é heterogênea, nenhum sujeito absorve uma só voz social, mas sempre muitas  vozes.  Assim, ele não é entendido como um ente verbalmente uno, mas como um agitado balaio de vozes sociais e seus inúmeros encontros e entrechoques. O mundo interior é, então, uma espécie de microcosmo heteroglótico, constituído a partir da internalização dinâmica e ininterrupta da heteroglossia social. Em outros termos, o mundo interior é uma arena povoada de vozes sociais em suas múltiplas relações de consonâncias e dissonâncias; e em permanente movimento, já que a interação socioideológica é um contínuo devir.
Carlos Alberto Faraco
NÃO TENHO INTENÇÃO ALGUMA DE IMPOR “HISTÓRIA”, “ENREDO”, “CONTINUIDADE”… NÃO ESTOU AQUI PARA FORNECER ENTRETENIMENTO.
William Burroughs
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 11:00 0 comentários
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