quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
SABEDORIAS
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Noite feliz! Noite feliz!
Oh Senhor, Deus de Amor,
Pobrezinho nasceu em Belém.
Eis na lapa Jesus, nosso bem.
Dorme em paz, oh Jesus!
Dorme em paz, oh Jesus!
Noite feliz! Noite feliz!
Eis que no ar vêm cantar
Aos pastores os anjos do céu
Anunciando a chegada de Deus,
De Jesus Salvador!(BIS)
Noite feliz! Noite feliz!
Oh! Jesus, Deus da Luz,
Quão amável é teu coração
Que quiseste nascer
Nosso irmão
E a nós todos salvar.
E a nós todos salvar!
NÓS ESTAMOS NA LISTA DOS DESAPARECIDOS
> http://www.100places.com/en/the100places0/
> >
> > Recife é o 18 lugar.
> >
> > POSTADO ÀS 23:17 EM 17 DE Dezembro DE 2009
> > Por Raul Jungmann, de Copenhague, especial para o Blog de Jamildo
> > Foi um choque. Numa das principais praças de Copenhague, no centro de uma
> exposição dedicada a 100 lugares par a serem visitados antes que
> desapareçam, um painel com o Recife e uma foto da praia de Boa viagem!
> > Na praça, agora coberta de neve, as pessoas fazem fila e tiram foto dessa
> exposição realizada por uma ong dinamarquesa com base nos relatos do IPCC, o
> painel técnico da ONU sobre mudanças climáticas, que conta com mais de 2.500
> cientistas.
> > Pergunto a um dos organizadores o porquê da escolha do Recife como um dos
> 100 lugares no mundo a se visitar antes que desapareça, fruto das mudanças
> climáticas. Ele me responde singelamente que a escolha deriva de dois fatos.
> Os relatórios técnicos do IPCC sobre os riscos para cidades costeiras, e a
> situação particularmente crítica do Recife. E, em segundo lugar, a
> importância, história e população da nossa capital.
> > Converso mais um pouco com ele, compro o álbum de fotos para mostrar ai no
> Recife quando chegar e saio da tenda armada no meio da praça de volta à neve
> e ao frio intenso.
> > Incrédulo, volto ao painel no meio da neve e o fotografo. Acho um absurdo,
> mas está lá. Somos o número 18 entre 100 localidades que, dizem eles, devem
> desaparecer. Releio o texto em inglês abaixo da grande foto de Boa Viagem.
> Ele fala um pouco das nossas origens, história, cultura. E destaca que
> tivemos a primeira sinagoga das américas, durante o período nassoviano.
> > Sinceramente, não creio que iremos desaparecer. Me recuso a crer,
> acreditar. Mas, que aquilo ali no meio da praça é um sinal, um alerta, sem
> sombra de dúvida que sim. independentemente de qualquer coisa mais. Nós
> estamos na mira. Enquanto o mundo começa a nos encarar como uma espécie de
> Jurassic Park, não vemos o mundo. Melhor, nós estamos cegos para o mundo,
> para as mudanças que virão, que já não são uma possibilidade, mas uma
> realidade presente.
>
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
RELIGIÃO E CIÊNCIA
Dr. Antônio Ricardo Nahas
O diálogo entre a ciência e as tradições espirituais pode ser muito rico desde que cada uma se mantenha numa postura de humildade e respeito. A ciência tem suas metodologias e normas, assim com as tradições espirituais também têm as suas. Uma trabalha no nível da racionalidade e da lógica e a outra no nível da intuição e do amor. A ciência se preocupa com os fenômenos objetivos e materiais e as tradições místicas com a dimensão subjetiva e espiritual. Ambas são importantes. Uma não deve se tornar a outra. Mas o diálogo é fundamental porque o homem precisa das duas.
Há alguns anos venho estudando a mecânica quântica assim como diferentes tradições místicas. Não concordo quando muitos tentam reduzir uma coisa à outra. O reducionismo é perigoso, pois ele não aborda a complexidade dos fenômenos na sua totalidade.
Mas isso não me impede de fazer reflexões sobre os possíveis pontos de contato. Um exemplo disto é a não-localidade quântica, que nos diz que todas as partículas do universo estão conectadas por campos sutis de energias de elevada freqüência vibratória. Isso quer dizer que o que acontece no outro lado do universo pode interferir no que está acontecendo por aqui, em velocidades muito maiores do que a da luz. Para a maioria dos físicos, isso é pura metafísica. Mas um pouco de metafísica não faz mal a ninguém. O que a não-localidade tem a ver com as tradições espirituais?
A resposta não é tão complicada. Se nossos corpos são feitos de partículas e nosso cérebro funciona através de mensagens químicas e elétricas, e ainda, se os elétrons sentem o que acontece com os outros, mesmo que infinitamente distantes, é lógica a conclusão de que nosso sistema mente-corpo está conectado ao universo como um todo. Existe uma interdependência e uma conexão que transcendem os limites espaço-temporais. Não seria essa a mensagem que muitas tradições estão tentando nos passar a anos? O amor não seria o reconhecimento dessa interconectividade e dessa interdependência de tudo? É claro que cada um é um. Somos seres distintos, mas não separados. O reconhecimento disto pode nos levar a uma profunda mudança na maneira de ver as coisas. Se todos somos parte de uma imensa rede de conexões energéticas sutis, o que fazemos se repercute nas galáxias. A responsabilidade pelas nossas ações se torna ainda maior. A ética, a solidariedade e o amor nada mais são do que o reconhecimento dessa responsabilidade na consciência de que tudo é uma unidade.
Muitos poderiam dizer: “tudo isso não passa de um desejo narcísico de reestabelecer o vínculo simbiótico com a mãe nos primeiros meses de vida”. Eu concordo com esta possibilidade. Mas não podemos nos esquecer que a natureza também é nossa mãe. E reconhecer que tudo no universo se conecta e interage, numa grande teia de relações, é também reconhecer a importância da compaixão e do amor por tudo que nos cerca. O amor é a vivência desta unidade na multiplicidade, da união no meio das diferenças. Somos seres de natureza não-local. Somos o universo nas profundezas do nosso ser. Não precisamos de naves ou foguetes, mas sim, de mais humildade e mais amor, para iniciarmos a grande viagem em direção ao “Caribe” interior.
Psicoterapeuta
PAI DA FISICA QUÃNTICA
Felizmente para a ciência e a técnica, o senso prático o impediu de seguir o conselho de Jolly, e o jovem se matriculou em Matemática e Física na Universidade de Munique. Sem Planck, muitas realidades do dia-a-dia do século 21 não teriam se tornado realidade, da energia nuclear à nanotecnologia, do computador ao aparelho de tocar DVDs.
Física fora da lei
A termodinâmica ocupou o jovem cientista desde cedo. Sua tese de formatura, que publicou aos 21 anos, se intitulava Sobre a Segunda Lei da Teoria Mecânica do Calor. Em 1894, ano em que ingressou na Academia Prussiana de Ciências, voltou a atenção para uma questão aparentemente simples: por que, ao ser aquecido, um ferro primeiro irradia luz vermelha, depois amarela e finalmente branca?
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Planck procurou explicação para mudança de cor em ferro aquecidoDois obstáculos se interpunham à compreensão do fenômeno. Por um lado, a imagem do mundo físico vigente se baseava na certeza de que todas as mudanças de estado ocorrem de forma absolutamente gradativa. Uma noção sintetizada em 1751 na frase Natura non facit saltus – A natureza não dá saltos –, do botânico sueco Carl von Linné, porém já presente nas formulações de Aristóteles ou na Lei da Continuidade de Gottfried Leibniz (1646-1716), considerada inabalável.
Por outro lado, para descrever a distribuição de energia no exemplo do ferro em brasa, eram necessárias duas fórmulas, uma para as ondas longas, no extremo vermelho do espectro, outra para as ondas curtas, na região ultravioleta.
Salto quântico
Em outubro de 1900, Planck conseguiu superar este obstáculo. Através de interpolação matemática, ele derivou uma terceira equação, que explica perfeitamente os dados observados experimentalmente. Mais tarde, contrariado, atribuiria essa nova fórmula da radiação a um golpe de sorte, uma "suposição afortunada". Pior ainda, a conclusão lógica de suas descobertas foi a suspensão da Lei da Continuidade.
Durante uma sessão da Sociedade Alemã de Física, em 14 de dezembro do mesmo ano, Planck apresentou o resultado de suas pesquisas. A irradiação de calor não ocorreria na forma de um fluxo constante de energia, mas sim em pequenas porções, chamadas "quanta" (plural de quantum). Os espaços mínimos entre estas unidades são os "saltos quânticos" – termo em breve incorporado à linguagem do dia-a-dia.
Os colegas de Planck reconheceram com cortesia esta noção revolucionária, mas, na verdade, àquela altura ninguém o levou realmente a sério. Contudo, os anos seguintes mostrariam que a "teoria quântica" permitia explicar resultados experimentais até então enigmáticos.
A teoria na prática
Segundo Michael Bonitz, diretor do Instituto de Física Teórica da Universidade de Kiel, "sem as idéias de Planck, seriam impensáveis o desenvolvimento dos transistores, lasers e os avanços da moderna tecnologia informática".
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Raios laser: aplicação prática da física quânticaUm exemplo de como Planck inspirou a comunidade científica é o "efeito fotoelétrico". Sabia-se que uma superfície metálica emite um fluxo de energia (elétrons) sob a influência da luz, sem que se pudesse explicar por quê. Em 1905 Albert Einstein aplicou com sucesso a hipótese quântica ao fenômeno, atribuindo-o à ação dos "fótons" – quanta de luz.
Foi graças à intervenção de Max Planck que Einstein se mudou em 1914 de Zurique para Berlim. Pouco depois, irrompeu a Primeira Guerra Mundial. Assim como muitos de seus colegas, o conservador Planck assinou um nacionalista "Apelo ao mundo cultural", fato que mais tarde lamentaria.
Em 1919, recebeu retroativamente o Prêmio Nobel de Física de 1918 e atuou como um dos principais organizadores da ciência na República de Weimar. A partir de 1930, encabeçou o Instituto Kaiser Wilhelm.
Política, Einstein, Padre Nosso e um gato
Sua postura durante o regime nazista (1933-1945) foi ambivalente. Ao mesmo tempo em que lamentou a saída de Einstein da Academia Prussiana, Planck o acusou de, através de seu comportamento político, haver tornado impossível a própria permanência. O cientista judeu, refugiado desde 1933 nos Estados Unidos, perdoaria mais tarde o colega, que entenderia "tanto de política quanto um gato do Pai-Nosso".
Apesar das glórias e do reconhecimento profissional, a vida de Max Planck foi marcada por tragédias pessoais. Sua primeira esposa sucumbiu ainda jovem à tuberculose, o filho primogênito caiu em 1916 na batalha de Verdun; as gêmeas Emma e Grete morreram ao dar à luz em 1917 e 1919, respectivamente.
Apesar dos pedidos pessoais de misericórdia do conceituado cientista, seu filho mais novo, Erwin, foi executado em janeiro de 1945 por envolvimento na tentativa de atentado contra Adolf Hitler. O cientista morreu em 4 de outubro de 1947 em Göttingen, aos 89 anos, em conseqüência de uma queda e de diversos derrames. Sob pressão dos Aliados, o Instituto Kaiser Wilhelm – cujo nome estava comprometido com a ideologia nazista – foi rebatizado em fevereiro de 1948 como Instituto Max Planck.
AFETO E SABEDORIA
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
FELICIDADE REALISTA
A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade
E DEUS CRIOU A MULHER
Estrela perigosa - Clarice Lispector
Estrela perigosa
Rosto ao vento
Marulho e silêncio
leve porcelana
templo submerso
trigo e vinho
tristeza de coisa vivida
árvores já floresceram
o sal trazido pelo vento
conhecimento por encantação
esqueleto de idéias
ora pro nobis
Decompor a luz
mistério de estrelas
paixão pela exatidão
caça aos vagalumes.
Vagalume é como orvalho
Diálogos que disfarçam conflitos por explodir
Ela pode ser venenosa como às vezes o cogumelo é.
No obscuro erotismo de vida cheia
nodosas raízes.
Missa negra, feiticeiros.
Na proximidade de fontes,
lagos e cachoeiras
braços e pernas e olhos,
todos mortos se misturam e clamam por vida.
Sinto a falta dele
como se me faltasse um dente na frente:
excrucitante.
Que medo alegre,
o de te esperar
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
NÓS E NOSSAS MÁSCARAS.....
MEDITAÇÃO
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
MATRIX
GENESIS RELOADED
Retirado do livro O poder do Mito, de Joseph Campbell
Em alguns níveis, um sonho privado se insere em temas verdadeiramente míticos e não pode ser interpretado senão em analogia com o mito. Jung fala de duas ordens de sonho, o sonho pessoal e o sonho arquetípico, ou o sonho com dimensão mítica. Você pode interpretar um sonho pessoal por associação, deduzindo o que ele diz sobre sua própria vida, ou em relação a seus problemas pessoais. Mas a qualquer momento surge um sonho que é puro mito, que contém um tema mítico, ou, como se diz, que provém do Cristo interior.
Agora, existe um outro sentido, mais profundo, do tempo do sonho, o de um tempo que é não tempo, apenas um estado de ser que se prolonga. Existe um importante mito, da Indonésia, que fala dessa era mitológica e seu término. No início, de acordo com essa história, os ancestrais não se distinguiam, em termos de sexo. Não havia nascimentos, não havia mortes. Então uma imensa dança coletiva foi celebrada e no seu curso um dos participantes foi pisoteado até a morte, cortado em pedaços, e os pedaços foram enterrados. No momento daquela morte, os sexos se separaram, para que a morte pudesse ser, a partir de então, equilibrada pela procriação, procriação pela morte, pois das partes enterradas do corpo desmembrado nasceram plantas comestíveis. Tinha chegado o tempo de ser, morrer, nascer, e de matar e comer outros seres vivos, para a preservação da vida. O tempo sem tempo, do início, tinha terminado, por meio de um crime comunitário, um assassinato ou sacrifício deliberado.
Pois bem, um dos grandes problemas da mitologia é conciliar a mente com essa pré-condição brutal de toda vida, que sobrevive matando e comendo vidas. Você não consegue se ludibriar comendo apenas vegetais, tampouco, pois eles também são seres vivos. A essência da vida, pois, é esse comer a si mesma! A vida vive de vidas, e a conciliação da mente e da sensibilidade humanas com esse fato fundamental é uma das funções de alguns daqueles ritos brutais, cujo ritual consiste basicamente em matar por imitação daquele primeiro crime primordial, a partir do qual se gestou este mundo temporal, do qual todos participamos. A conciliação entre a mente humana e as condições da vida é fundamental em todas as histórias da criação. Quanto a isso, todas se parecem muito.
Considerando a história da Criação no Gênesis, por exemplo, vemos que ela é semelhante a outras histórias de Criação.
Gênesis: "No início Deus criou os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia, e a escuridão vagava sobre a face do abismo".
Canção do mundo: "No início havia apenas escuridão por toda parte escuridão e água. E a escuridão se reuniu e se tornou espessa em alguns lugares, acumulando se e então separando se, acumulando e separando..."
Gênesis: "E o espírito de Deus se moveu sobre a face das águas. E Deus disse: Faça se a luz, e a luz se fez".
Upanixades: "No início, havia apenas o grande Uno refletido na forma de uma pessoa. Ao refletir, não encontrou nada além de si mesmo. Então, sua primeira palavra foi: Este sou eu".
Gênesis: "Então Deus criou o homem à sua própria imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Sede férteis e multiplicai vos".
Lenda dos Bassari: "Unumbotte fez um ser humano. Seu nome era Homem. Em seguida, Unumbotte fez um antílope, chamado Antílope. Unumbotte fez uma serpente, chamada Serpente... E Unumbotte lhes disse: A terra ainda não foi preparada. Vocês precisam tornar macia a terra em que estão sentados. Unumbotte deu lhes sementes de todas as espécies e disse: Plantem-nas."
Gênesis: "Então os céus e a terra ficaram prontos, e todos os seus hóspedes. E no sétimo dia Deus terminou o trabalho que tinha realizado..."
Índios Pima: "Eu faço o mundo e eis que o mundo está terminado. Então eu faço o mundo, e eis! O mundo está terminado".
Gênesis: "E Deus viu tudo o que tinha feito e eis que tudo era bom".
Upanixades: "Então ele se deu conta, Eu verdadeiramente, Eu sou esta criação, pois Eu a retirei de mim mesmo. Desse modo, ele se tornou a sua criação. Em verdade, aquele que conhece isso se torna, nessa criação, um criador".
Aí está a chave. Quando você sabe isso se identifica com o princípio criativo, que é o poder de Deus no mundo, quer dizer, dentro de você. Isso é belo.
Mas o Gênesis continua: "Vós comestes da árvore da qual ordenei que não comêsseis? O homem disse: A mulher que me destes para estar comigo, essa mulher me deu o fruto da árvore e eu comi. Então o Senhor Deus disse à mulher: Que fizestes vós? E a mulher disse: A serpente me enganou e eu comi".
Isso de transferir responsabilidades começou muito cedo.
A lenda Bassari continua no mesmo caminho: "Um dia a Serpente disse: Nós também devíamos comer desses frutos. Por que devemos ficar com fome? O Antílope disse: Mas não sabemos nada desse fruto. Então o Homem e sua mulher colheram alguns frutos e o comeram. Unumbotte desceu do céu e perguntou: Quem comeu o fruto? Eles responderam: Nós comemos. Unumbotte perguntou: Quem lhes disse que podiam comer desse fruto? Eles responderam: A Serpente disse."
É praticamente a mesma história. Os protagonistas apontam um terceiro como o iniciador da Queda, e em ambas as histórias, a serpente é o símbolo da vida desfazendo-se do passado e continuando a viver. O poder da vida leva a serpente a se desfazer de sua pele, exatamente como a lua se desfaz da própria sombra, para renascer. São símbolos equivalentes. Às vezes a serpente é representada como um círculo, comendo a própria cauda. É uma imagem da vida. A vida se desfaz de uma geração após outra, para renascer. A serpente representa a energia e a consciência imortais, engajadas na esfera do tempo, constantemente atirando fora a morte e renascendo. Existe algo extremamente horrível na vida, quando você a encara desse modo. Com isso, a serpente carrega em si o sentido da fascinação e do terror da vida, simultaneamente.
Além disso, a serpente representa a função primária da vida, sobretudo comer. A vida consiste em comer outras criaturas. Você não pensa muito a respeito quando faz uma boa refeição, mas o que está fazendo é comer algo que há pouco estava vivo. E quando você olha para a bela natureza e vê os passarinhos saltitando daqui para ali... eles estão comendo coisas. Você vê as vacas pastando, elas estão comendo coisas. A serpente é um canal alimentar que se move, isso é tudo. Ela lhe dá aquela sensação primária de espanto, da vida em sua condição mais primitiva. Este é um dos mistérios que aquelas formas simbólicas, paradoxais, tentam representar. Agora, em muitas culturas é dada uma interpretação positiva à serpente. Na Índia, mesmo a mais venenosa das serpentes, a naja, é um animal sagrado, e a mitológica Serpente Rei é quem está ao lado do Buda. A serpente representa o poder da vida, engajado na esfera do tempo, e o da morte, não obstante eternamente viva. O mundo não é senão a sua sombra – a pele rejeitada.
A serpente também era reverenciada nas tradições dos índios americanos. Era concebida como um meio muito importante de se fazer amigos. Vá aos pueblos, por exemplo, e observe a dança da serpente, dos hopi, em que eles tomam as serpentes na boca, usam-nas para fazer amigos e depois as mandam de volta para as colinas. Elas são mandadas de volta para levar a mensagem humana às colinas, assim como tinham trazido a mensagem das colinas aos homens. A interação do homem com a natureza está representada nessa relação com a serpente. A serpente flui como a água e por isso é aquática, mas sua língua continuamente dispara fogo. Assim você tem aí o par de opostos, reunidos na serpente.
Já na história cristã a serpente é o sedutor. Isso representa a recusa em afirmar a vida. Na tradição bíblica que herdamos, a vida é corrupta e todo impulso natural é pecaminoso, a menos que tenha havido circuncisão ou batismo. A serpente é aquele ser que trouxe o pecado ao mundo. E a mulher é quem ofereceu a maçã ao homem. Essa identificação da mulher com o pecado, da serpente com o pecado, e portanto da vida com o pecado, é um desvio imposto à história da criação, no mito e na doutrina da Queda, segundo a Bíblia. A idéia é que a natureza, como a conhecemos, é corrupta, o sexo em si é corrupto, e a fêmea, como epítome do sexo, é um ser corruptor.
Por que o conhecimento do bem e do mal foi proibido a Adão e Eva? Sem esse conhecimento, seríamos todos um bando de bebês, ainda no Éden, sem nenhuma participação na vida. A mulher traz a vida ao mundo. Eva é a mãe deste mundo temporal. Anteriormente, você tinha um paraíso de sonho, ali no jardim do Éden – sem tempo, sem nascimento, sem morte, sem vida. A serpente, que morre e ressuscita, largando a pele para renovar a vida, é o senhor da árvore primordial, onde tempo e eternidade se reúnem. A serpente, na verdade, é o primeiro deus do jardim do Éden. Jeová, o que caminha por ali no frescor da tarde, é apenas um visitante. O Jardim é o lugar da serpente. Esta é uma velha, velha história. Existem sinetes sumerianos, que remontam a 3500 a.C., mostrando a serpente, a árvore e a deusa, e esta oferecendo o fruto da vida ao visitante masculino. A velha mitologia da deusa está toda aí.
Existe, na realidade, uma explicação histórica para essa imagem negativa da serpente na Bíblia, baseada na chegada dos hebreus a Canaã e na subjugação do povo de Canaã. A principal divindade desse povo era a Deusa, e, associada à Deusa, estava a serpente. Este é o símbolo do mistério da vida. Os hebreus, orientados na direção do deus masculino, rejeitaram isso. Em outras palavras, existe uma rejeição histórica da Deusa Mãe, implícita na história do jardim do Éden.
MOYERS: Que é que o mito de Adão e Eva nos diz sobre os pares de opostos? Que é que significa?
CAMPBELL: A coisa começou com o pecado – em outras palavras, com o abandono do mundo mitológico de sonhos do jardim do Paraíso, onde não há tempo e onde o homem e a mulher sequer sabem que são diferentes um do outro. Ambos são apenas criaturas. Deus e homem são praticamente o mesmo. Deus caminha no frescor da tarde no jardim onde eles estão. Aí eles comem a maçã, o conhecimento dos opostos. E quando descobrem que são diferentes, homem e mulher cobrem suas vergonhas. Como você vê, eles não pensaram em si mesmos como opostos. Macho e fêmea constituem uma oposição. Outra oposição é entre o homem e Deus. Deus e o mal é uma terceira oposição. As oposições primárias são a sexual e aquela entre seres humanos e Deus. Então surge a idéia de bem e mal no mundo. Assim, Adão e Eva se expulsaram a si mesmos do jardim da Unidade Atemporal, você pode dizer assim, pelo simples fato de haverem reconhecido a dualidade. Saindo para o mundo, você tem de agir em termos de pares de opostos. Existe uma imagem hindu (Yantra) que mostra um triângulo, que é a Deusa Mãe, e um ponto no centro do triângulo, que é a energia do transcendente ingressando na esfera do tempo. Então, a partir desse triângulo, formam se pares de triângulos em todas as direções. Do um provêm dois. Todas as coisas, na esfera do tempo, são pares de opostos. Assim, essa é a mudança de consciência, da consciência da identidade para a consciência de participação na dualidade. E então você se encontra na esfera do tempo.
MOYERS: Estará a história tentando dizer que, antes do que aconteceu nesse Jardim para nos destruir, havia a unidade da vida?
CAMPBELL: É uma questão de planos de consciência. Não tem nada a ver com o que tenha acontecido. Existe o plano de consciência em que você pode se identificar com o que transcende os pares de opostos.
MOYERS: Que vem a ser...?
CAMPBELL: Inominável. Inominável. Transcende todos os nomes.
MOYERS: Deus?
CAMPBELL: "Deus" é uma palavra ambígua, em nossa língua, pois parece referir alguma coisa conhecida. Mas o transcendente é desconhecido e incognoscível. Deus, em suma, transcende qualquer coisa, mesmo o nome "Deus". Deus está além de nomes e formas. Mestre Eckhart disse que a suprema e mais alta renúncia é abandonar Deus por Deus, abandonar a noção de Deus por uma experiência daquilo que transcende a todas as noções. O mistério da vida está além de toda concepção humana. Tudo o que conhecemos é limitado pela terminologia dos conceitos de ser e não ser, plural e singular, verdadeiro e falso. Sempre pensamos em termos de opostos. Mas Deus, o supremo, está além dos pares de opostos, já contém em si tudo.
MOYERS: Por que pensamos em termos de opostos?
CAMPBELL: Porque não podemos pensar de outro modo. Essa é a natureza de nossa experiência da realidade. Homem/mulher, vida/morte, bem/mal, eu/você, verdadeiro/falso – tudo tem o seu oposto. Mas a mitologia sugere que sob essa dualidade existe uma singularidade em relação à qual a dualidade desempenha um papel de jogo de sombras. "A eternidade está apaixonada pela produção do tempo", diz o poeta Blake. A fonte da vida temporal é a eternidade. A eternidade se derrama a si mesma no mundo. É a idéia mítica, básica, do deus que se torna múltiplo em nós. Na Índia, o deus que repousa em mim é chamado o "habitante" do corpo. Identificar se com esse aspecto divino, imortal, de você mesmo é identificar se com a divindade.
A suprema palavra, em nossa língua, para o transcendente é Deus. Mas aí você tem um conceito, percebe? Você pensa em Deus como o pai. Agora, nas religiões em que o deus ou o criador é a mãe, o mundo inteiro é o corpo dela. Fora daí não há nada. O deus masculino geralmente está em alguma outra parte. Mas masculino e feminino são dois aspectos de um só princípio. A divisão da vida em sexos foi uma divisão tardia. Biologicamente, a ameba não é macho nem fêmea. As células primitivas são apenas células. Elas se dividem e se tornam duas por reprodução assexual. Não sei em que estágio a sexualidade aparece, mas é um estágio tardio. Eis por que é absurdo falar em Deus como deste ou daquele sexo. O poder divino é anterior à separação sexual.
A polaridade (O "ele", ou "ela") é um trampolim para lançar você na direção do transcendente, e transcender é ir além da dualidade. Tudo na esfera de tempo e espaço é dual. A encarnação aparece ou como macho ou como fêmea, e cada um de nós é a encarnação de Deus. Você nasce com apenas um aspecto da sua verdadeira dualidade metafísica, pode se dizer.
MOYERS: O que diz o mito a respeito de termos tantas coisas em comum, muitas dessas histórias contendo elementos semelhantes – o fruto proibido, a mulher? Por exemplo, esses mitos, essas histórias da criação, contêm um "não farás".
CAMPBELL: Há um motivo padrão do conto folclórico chamado "A coisa proibida". Lembra se do Barba Azul, que diz à mulher: "Não abra aquele armário"? E aí sempre há alguém que desobedece. Na história do Velho Testamento, Deus aponta para a coisa proibida. Ora, Deus com certeza sabia muito bem que o homem ia comer o fruto proibido. Mas só procedendo assim é que o homem poderia se tornar o iniciador de sua própria vida. A vida, na realidade, começou com aquele ato de desobediência.
MOYERS: Como você explica essas similaridades?
CAMPBELL: Há duas explicações. Uma é que a psique humana é essencialmente a mesma, em todo o mundo. A psique é a experiência interior do corpo humano, que é essencialmente o mesmo para todos os seres humanos, com os mesmos órgãos, os mesmos instintos, os mesmos impulsos, os mesmos conflitos, os mesmos medos. A partir desse solo comum, constitui se o que Jung chama de arquétipos, que são as idéias em comum dos mitos.
Agora, existe também a contrateoria da difusão, que pretende dar conta da similaridade dos mitos. Por exemplo, a arte de lavrar o solo avança a partir da área em que se desenvolve primeiro, levando consigo uma mitologia que tem a ver com a fertilização da terra, com plantar e cultivar plantas alimentícias – mitos como aquele antes descrito, de matar uma divindade, cortá-la em pedaços, enterrar as partes, e daí o crescimento das plantas alimentícias. Um mito desse tipo acompanhará uma tradição agrária ou lavradora. Mas você não o encontrará numa cultura voltada para a caça. Assim, há aspectos tanto históricos como psicológicos nessa questão da similaridade dos mitos.
Quando você se dá conta de que Deus é a criação, e que você é uma criatura, percebe que Deus está dentro de você, assim como dentro do homem ou mulher com quem você conversa. Assim se dá a conscientização de dois aspectos de uma divindade. Existe o motivo mitológico básico de que, na origem, tudo era um, e então houve a separação – céu e terra, macho e fêmea, e assim por diante. Como foi que perdemos contato com a unidade? Você pode dizer que a separação foi culpa de alguém – eles comeram o fruto errado ou dirigiram a Deus as palavras erradas, que o deixaram furioso e ele se afastou. Por isso, agora, o eterno de algum modo está longe de nós e temos de encontrar um meio de restabelecer contato com ele.
Há duas ordens de mitos. Os grandes mitos, como o da Bíblia, por exemplo, são os mitos do templo ou dos grandes rituais sagrados. São explicativos dos ritos por meio dos quais as pessoas vivem em harmonia entre si e com o universo. É normal o entendimento dessas histórias como alegóricas.
Em quase todas as culturas, há duas ou três histórias da criação, e não apenas uma. Há duas na Bíblia, embora as pessoas as considerem somente uma. Você se lembra, no jardim do Éden, da história do capítulo 2: Deus pensa numa forma de entreter Adão, que ele tinha criado para ser seu jardineiro, para tomar conta do seu jardim. Esta é uma velha, velha história, tomada de empréstimo aos antigos Sumérios. Mas o jardineiro de Jeová está entediado. Então Deus tenta inventar brinquedos para ele. Cria os animais, mas tudo o que o homem pode fazer é nomeá-los. Aí Deus concebe essa magnífica idéia de extrair do próprio corpo do homem a alma da mulher – que é uma história de criação muito diferente daquela do capítulo 1 do Gênesis, em que Deus criou Adão e Eva, juntos, à sua imagem, como Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou
(Gen 1:27)');" onmouseout="nd();">macho e fêmea. Ali, Deus, ele próprio, é o andrógino primordial. A história do capítulo 2 é, de longe, mais antiga, tendo se originado, talvez, por volta do século VIII a.C., enquanto a do capítulo 1 provém de um assim chamado texto sacerdotal, de cerca do século IV a.C., ou mais tarde.
Na história hindu da Identidade que sentiu medo, depois desejo e então dividiu se em dois, temos a contraparte do Gênesis 2. No Gênesis, é o homem, e não Deus, que se divide em dois.
A lenda grega, contada por Aristófanes no Banquete de Platão, é outra história dessa espécie. Aristófanes diz que, no início, havia criaturas compostas de partes que correspondem, agora, a dois seres humanos. Essas criaturas eram de três tipos: macho/fêmea, macho/macho e fêmea/fêmea. Os deuses, então, dividiram a todos em dois. Uma vez separados, tudo o que pensaram fazer foi abraçar se uns aos outros, de novo, a fim de reconstituir as unidades originais. Por isso passamos nossas vidas tentando encontrar, para tornar a abraçar, nossas metades.
MOYERS: Você está sugerindo que a mitologia é o estudo de uma única grande história da espécie humana? Qual é essa grande história única?
CAMPBELL: Que nós procedemos de um só fundamento de ser, como manifestações na esfera do tempo. A esfera do tempo é uma espécie de jogo de sombras sobre um fundamento atemporal. Jogando o jogo na esfera da sombra, você empenha o seu lado da polaridade, com todo o funcional pra natureza? (afinal, o que os nossos genes querem é se perpetuar) Acho que apenas a idéia de reencarnação explica isso.');" onmouseout="nd();">vigor. Mas você sabe que o seu inimigo, por exemplo, é apenas o outro lado do que você poderia ver, enquanto você mesmo, caso pudesse situar se numa posição medial.
MOYERS: Então a grande história única é nosso esforço para encontrar nosso lugar em cena?
CAMPBELL: Para entrar em acordo com a grande sinfonia que é o mundo, para colocar a harmonia do nosso corpo em acordo com essa harmonia.
Eu E Eu .......................
Clarice por Clarice 8
“Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”quinta-feira, 8 de outubro de 2009
O BOM OLHAR ............
Sacudindo os Neurônios Para Ter Novas Idéias
Você sabe porque os automóveis para táxis na Inglaterra são obrigatoriamente altos? Para dar espaço para as cartolas dos passageiros. Sabe porque as moedas são circulares? Porque em algum momento da história da humanidade fabricava-se moedas com materiais quebradiços. A forma de círculo ajudava, portanto a evitar que os cantos quebrassem.
Acontece que os carros não precisam mais ser altos, nem as moedas circulares, mas eles simplesmente continuaram a ser como eram.
Não estamos habituados a questionar porque as coisas são como são. Segundo Edward de Bono, especialista em Criatividade, padecemos de uma espécie de continuísmo mental, o que dificulta nossa percepção de oportunidades para melhorias.
Uma boa forma de percebermos possibilidades de mudanças é justamente enfrentarmos as fontes de continuísmos e nos desafiarmos a pensar em alternativas.
Veja os tipos mais freqüentes de continuísmos:
Negligência
Nossa mente aprendeu a resolver problemas, e deixa de perceber o que não incomoda. Desta forma, tudo que ainda não virou problema tende a ser negligenciado. Pior ainda, a negligência é prima irmã da arrogância: sempre que estamos satisfeitos com nosso trabalho ou produto, deixamos de aprimorá-los.
Seqüência
Como as moedas e os automóveis ingleses, há inúmeros procedimentos, acessórios, cores e formatos que nunca foram modificados. Mas eles precisam mesmo ser assim?
Dependência
Acontece quando a evolução de certos produtos ou procedimentos depende de fatores ou instituições que são vistos como atravancadores. Podemos entretanto usar nossa criatividade também para contornar os fatores. Digamos que você teve uma idéia cuja implementação é cara. Mas...Precisa parar por aí? Que tal gerar idéias para reduzir os custos de implementação?
Complacência
É o famoso “deixa quieto”. Acontece quando nos submetemos a crenças para deixar de criar, ou de lutar para que inovações sejam feitas. Você já ouviu frases como "o mercado não está preparado", “é inviável”. Questione-as também.
Quer gerar idéias? Olhe ao seu redor e pergunte-se: Onde está a negligência? (e a seqüência, a dependência, a complacência?) Pergunte-se também “E se...?”, “Por que isso é como é?”, “Dá para fazer diferente?” Pergunte-se principalmente “Por que não?”
AMO OS FELINOS
Por Artur da Távola
Bichos polêmicos sem o querer, porque sábios, mas inquietantes, talvez por isso.
Nada é mais incômodo que o silencioso bastar-se dos gatos. O só pedir a quem amam. O só amar a quem os merece.
O homem quer o bicho espojado, submisso, cheio de súplica, temor, reverência, obediência. O gato não satisfaz as necessidades doentias do amor. Só as saudáveis.
Lembrei, então, de dizer, dos gatos, o que a observação de alguns anos me deu. Quem sabe, talvez, ocorra o milagre de iluminar um coração a eles fechado? Quem sabe, entendendo-os melhor, estabelece-se um grau de compreensão, uma possibilidade de luz e vida onde há ódio e temor? Quem sabe São Francisco de Assis não está por trás do Mago Merlin, soprando-me o artigo?
Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança a valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula. Gato não. Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele dependente, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso.
"Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser.
O gato devolve ao homem a exata medida da relação que dele parte. Sábio, é espelho. O gato é zen. O gato é Tao. Ele conhece o segredo da não-ação que não é inação. Nada pede a quem não o quer. Exigente com quem ama, mas só depois de muito certificar-se. Não pede amor, mas se lhe dá, então ele exige.
Sim, o gato não pede amor. Nem depende dele. Mas, quando o sente, é capaz de amar muito. Discretamente, porém sem derramar-se. O gato é um italiano educado na Inglaterra. Sente como um italiano mas se comporta como um lorde inglês.
Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não transa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento.
O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode (ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós). Se há pessoas agressivas em torno ou carregadas de maus fluidos, ele se afasta. Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele não está ali". Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir.
O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluidos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge portátil à disposição de quem o saiba perceber.
Monge, sim, refinado, silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas. O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação, quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato!
Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo.
O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo.
Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones.
Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências.
O gato é uma chance de interiorização e sabedoria posta pelo mistério à disposição do homem.
MATRIX ! O RESGATE - PNL
Entrevista - Arline Davis
O que é PNL? A PNL é um conjunto de premissas, modelos e processos, focado para apoiar as pessoas na expressão da excelência humana.
Qual o objetivo da PNL? O maior objetivo da PNL é de aumentar nossas escolhas para poder comunicar, agir e realizar projetos que significam realização em que eu, o outro e o sistema que nos cerca ganham.
O que a PNL entende por Comunicação? A comunicação é um processo que envolve a troca de mensagens e idéias. Para uma comunicação ser bem sucedida, além de se ter a capacidade de enviar e receber mensagens com uma percepção acurada, é importante ter a habilidade de compreender as pessoas. Quanto mais você consegue descobrir a respeito do modelo de mundo do outro, melhor vai compreende-lo. Quanto mais consegue lidar com as diferenças entre as pessoas, melhor vai comunicar com uma variedade de pessoas.
De acordo com a resposta da pergunta anterior, Como se dá esse processo comunicacional na PNL? Com a PNL, o comunicador aprende a criar metas adequadas para cada instância de comunicação, ter uma variedade de mensagens para contextos diferentes e adquirir uma flexibilidade no seu repertório de comunicação por estar monitorando respostas verbais e não verbais e ajustando sua abordagem de acordo com feedbacks recebidos.
Para alcançar esta comunicação, quais as técnicas utilizadas e como se aplicam? Penso que o principal é o uso das posições perceptuais, em que se sai do seu próprio modo de entender as coisas para conseguir entender o outro e seus motivos, especialmente a intenção positiva por trás dos seus comportamentos. Outros elementos importantes são os usos dos sistemas preferenciais de comunicação (visual, auditivo, cinestésico) segundo observação da linguagem, gestos e movimentos oculares do outro e também dos meta programas, que são filtros cognitivos que cada um usa para organizar a informação que entra do mundo lá fora. Muito conhecido da PNL é o rapport - uma qualidade na relação em que ambos experimentam um senso de confiança e compreensão mútua. Fazer um espelhamento de linguagem corporal, expressão facial e qualidades vocais e até a respiração do outro aumentam o rapport numa relação.
Como se dá o processo de relação entre programador (profissional de PNL) e o programado (aluno/cliente)? Quando um practitioner se encontra com um cliente, uma prioridade é estabelecer o rapport. Isso se dá junto ao processo de levantar uma expectativa para o encontro que está havendo no momento. O Practitioner de PNL vai entrar em um acordo com seu cliente sobre o objetivo da reunião ou sessão. O Practitioner procura criar enquadres para sua comunicação, introduzindo tópicos e conduzindo o processo com perguntas freqüentes e também dá e recebe feedback. Outro ponto de atenção é o estado mental ou emocional que ambos estão tendo durante a comunicação; e se o estado interno não está condizente, o Practitioner faz algo para mudar este estado para um melhor ou mais adequado. O Practitioner usa informação de alta qualidade para saber se está conseguindo ou não seus objetivos - ou seja, usa observação precisa em vez de interpretação e leitura mental.
Há possibilidade da não efetivação do processo da PNL? Qual o motivo? Não há interlocutores resistentes - somente há comunicadores pouco flexíveis. Conseguir se comunicar é uma questão de flexibilidade e disposição. Com um grande ponto a acrescentar: é importante saber fazer uma boa formulação de metas de comunicação.
Não existe fracasso, tudo é feedback. Desde que a comunicação seja considerada um processo em vez de um evento estanque, sempre há chance de tudo se acertar.
Segundo Gregory Bateson, antropólogo, biólogo, teórico de comunicação sistêmica e mentor intelectual para os criadores da PNL, o tempo que leva para um sistema mudar é o tempo que leva para todas as partes receberem as mensagens adequadas que necessitam receber.
Arline K. Davis é consultora, treinadora e coach especializada na aplicação da PNL para desenvolvimento pessoal e profissional e idealizadora da Oficina "Os Códigos da Genialidade".
CADA UM DE NÓS OFERTA AQUILO QUE TEM
A lenda do monge e do escorpião
"Monge e discípulos iam por um estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas.
O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido a dor, o homem deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou.
Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada.
Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.
- Mestre deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!
O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:
- "Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha."
ESCOLA DE ANJOS E PARA ANJOS
Era uma vez, há muitos e muitos anos, uma escola de anjos. Conta-se que naquele tempo, antes de se tornarem anjos de verdade, os aprendizes de anjos passavam por um estágio. Durante um certo período, eles saiam em duplas para fazer o bem e no final de cada dia, apresentavam ao anjo mestre um relatório das boas ações praticadas.
conteceu então, um dia, que dois anjos estagiários, depois de vagarem exaustivamente por todos os cantos, regressavam frustrados por não terem podido praticar nenhum tipo de salvamento sequer. Parece que naquele dia, o mal estava de folga. Enquanto voltavam tristes, os dois se depararam com dois lavradores que seguiam por uma trilha. Neste momento, um deles, dando um grito de alegria, disse para o outro:
- Tive uma idéia. Que tal darmos o poder a estes dois lavradores por quinze minutos para ver o que eles fariam?
O outro respondeu:
- Você ficou maluco? O anjo mestre não vai gostar nada disto!
Mas o primeiro retrucou:
- Que nada, acho que ele até vai gostar! Vamos fazer isto e depois contaremos para ele.
E assim o fizeram.
Tocaram suas mãos invisíveis na cabeça dos dois e se puseram a observá-los.
Poucos passos adiante eles se separaram e seguiram por caminhos diferentes.
Um deles, após alguns passos depois de terem se separado, viu um bando de pássaros voando em direção à sua lavoura, e passando a mão na testa suada disse:
- Por favor meus passarinhos, não comam toda a minha plantação! Eu preciso que esta lavoura cresça e produza, pois é daí que tiro o meu sustento.
Naquele momento, ele viu espantado a lavoura crescer e ficar prontinha para ser colhida em questão de segundos.
Assustado, ele esfregou os olhos e pensou: devo estar cansado e acelerou o passo.
Aconteceu que logo adiante ele caiu ao tropeçar em um pequeno porco que havia fugido do chiqueiro.
Mais uma vez, esfregando a testa ele disse: você fugiu de novo meu porquinho!
Mas, a culpa é minha, eu ainda vou construir um chiqueiro decente para você.
Mais uma vez espantado, ele viu o chiqueiro se transformar num local limpo e acolhedor, todo azulejado, com água corrente e o porquinho já instalado no seu compartimento.
Esfregou novamente os olhos e apressando ainda mais o passo disse mentalmente: estou muito cansado!
Neste momento ele chegou em casa e, ao abrir porta, a tranca que estava pendurada caiu sobre sua cabeça.
Ele então tirou o chapéu, e esfregando a cabeça disse: de novo, e o pior é que eu não aprendo. Também, não tem me sobrado tempo. Mas ainda hei de ter dinheiro para construir uma grande casa e dar um pouco mais de conforto para minha mulher. Naquele exato momento aconteceu o milagre.
Aquela humilde casinha foi se transformando numa verdadeira mansão diante dos seus olhos. Assustadíssimo, e sem nada entender, convicto de que era tudo decorrente do cansaço, ele se jogou numa enorme poltrona que estava na sua frente e, em segundos, estava dormindo profundamente.
Não houve tempo sequer para que ele tivesse algum sonho.
Minutos depois ele ouviu alguém pedir socorro: Compadre! Me ajude! Eu estou perdido!
Ainda atordoado, sem entender muito o que estava acontecendo, ele se levantou correndo.
Tinha na mente imagens muito fortes de algo que ele não entendia bem, mas parecia um sonho. Quando ele chegou na porta, encontrou o amigo em prantos.
Ele se lembrava que poucos minutos antes eles se despediram no caminho e estava tudo bem. Então perguntando o que havia se passado ele ouviu a seguinte estória:
- Compadre, nós nos despedimos no caminho e eu segui para minha casa, acontece que poucos passos adiante, eu vi um bando de pássaros voando e direção à minha lavoura.
Este fato me deixou revoltado e eu gritei: Vocês de novo, atacando a minha lavoura, tomara que seque tudo e vocês morram de fome! Naquele exato momento, eu vi a lavoura secar e todos os pássaros morrerem diante dos meus olhos! Pensei comigo, devo estar cansado, e apressei o passo.
Andei um pouco mais e cai depois de tropeçar no meu porco que havia fugido do chiqueiro.
Fiquei muito bravo e gritei mais uma vez: Você fugiu de novo? Por que não morre logo e pára de me dar trabalho? Compadre, não é que o porco morreu ali mesmo, na minha frente.
Acreditando estar vendo coisas, andei mais depressa, e ao entrar em casa, me caiu na cabeça a tranca da porta.
Naquele momento, como eu já estava mesmo era com raiva, gritei novamente:
- Esta casa... Caindo aos pedaços, por que não pega fogo logo e acaba com isto?...
Para surpresa minha, compadre, naquele exato momento a minha casa pegou fogo, e tudo foi tão rápido que eu nada pude fazer!
Mas, compadre... O que aconteceu com a sua casa? De onde veio esta mansão?
Depois de tudo observarem, os dois anjos foram, muito assustados, contar para o anjo mestre o que havia se passado.
Estavam muito apreensivos quanto ao tipo de reação que o anjo mestre teria.
Mas tiveram uma grande surpresa.
O anjo mestre ouviu com muita atenção o relato, parabenizou os dois pela idéia brilhante que haviam tido, e resolveu decretar que a partir daquele momento, todo ser humano teria 15 minutos de poder ao longo da vida.
Só que ninguém jamais saberia quando estes 15 minutos de poder estariam acontecendo.
Será que os 15 minutos próximos serão os seus?
Muito cuidado com tudo o que você diz, como age e aquilo que pensa!
Sua mente trabalhará para que tudo aconteça, seja bom ou ruim.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
PERFEITA HARMONIA
(Lao Tsé; Tao Te Ching - verso 55)
Quem possui a Grande Virtude é como uma pequena criança.
Os insetos venenosos não a picam.
Os animais selvagens não a atacam.
As aves de rapina não descem sobre ela.
Tem ossos frágeis e tendões flexíveis mas segura com firmeza.
Ignora seu sexo, mas possui a plenitude do estímulo e a perfeita vitalidade do seu esperma.
Pode chorar o dia todo e sua garganta não enrouquece porque está na Perfeita Harmonia.
Possuir esta Harmonia é conhecer o Eterno.
Conhecer o Eterno é ser iluminado.
Viver intensamente é abusar da vida e não traz felicidade.
Submeter com a mente o Sopro Vital leva à rigidez.
Quando as coisas chegam a seu extremo, começam a decair.
Isto é contrário ao Tao.
E o que é contrário ao Tao rapidamente encontra seu fim.
Tao Te King - Albe Pavese (Ed. Madras)
Comentários de Huberto Rohden:
Este capítulo é uma paráfrase antecipada das palavras do Cristo: "Quem não receber o Reino dos Céus como uma criança não entrará nele"; ou então da exclamação: "Graças te dou, meu Pai, porque revelastes estas coisas aos simples e pequeninos e as ocultastes aos eruditos".
A criança normal é 100% receptiva, como deve ser o homem que deseja ser iniciado no mundo divino.