quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
SABEDORIAS
Há dois tipos de sabedoria:a inferior e a superior a sabedoria inferior julga, a superior tolera.
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Noite Feliz
Noite feliz! Noite feliz!
Oh Senhor, Deus de Amor,
Pobrezinho nasceu em Belém.
Eis na lapa Jesus, nosso bem.
Dorme em paz, oh Jesus!
Dorme em paz, oh Jesus!
Noite feliz! Noite feliz!
Eis que no ar vêm cantar
Aos pastores os anjos do céu
Anunciando a chegada de Deus,
De Jesus Salvador!(BIS)
Noite feliz! Noite feliz!
Oh! Jesus, Deus da Luz,
Quão amável é teu coração
Que quiseste nascer
Nosso irmão
E a nós todos salvar.
E a nós todos salvar!
Noite feliz! Noite feliz!
Oh Senhor, Deus de Amor,
Pobrezinho nasceu em Belém.
Eis na lapa Jesus, nosso bem.
Dorme em paz, oh Jesus!
Dorme em paz, oh Jesus!
Noite feliz! Noite feliz!
Eis que no ar vêm cantar
Aos pastores os anjos do céu
Anunciando a chegada de Deus,
De Jesus Salvador!(BIS)
Noite feliz! Noite feliz!
Oh! Jesus, Deus da Luz,
Quão amável é teu coração
Que quiseste nascer
Nosso irmão
E a nós todos salvar.
E a nós todos salvar!
NÓS ESTAMOS NA LISTA DOS DESAPARECIDOS
_o_recife_antes_que_desapareca__60003.php
> http://www.100places.com/en/the100places0/
> >
> > Recife é o 18 lugar.
> >
> > POSTADO ÀS 23:17 EM 17 DE Dezembro DE 2009
> > Por Raul Jungmann, de Copenhague, especial para o Blog de Jamildo
> > Foi um choque. Numa das principais praças de Copenhague, no centro de uma
> exposição dedicada a 100 lugares par a serem visitados antes que
> desapareçam, um painel com o Recife e uma foto da praia de Boa viagem!
> > Na praça, agora coberta de neve, as pessoas fazem fila e tiram foto dessa
> exposição realizada por uma ong dinamarquesa com base nos relatos do IPCC, o
> painel técnico da ONU sobre mudanças climáticas, que conta com mais de 2.500
> cientistas.
> > Pergunto a um dos organizadores o porquê da escolha do Recife como um dos
> 100 lugares no mundo a se visitar antes que desapareça, fruto das mudanças
> climáticas. Ele me responde singelamente que a escolha deriva de dois fatos.
> Os relatórios técnicos do IPCC sobre os riscos para cidades costeiras, e a
> situação particularmente crítica do Recife. E, em segundo lugar, a
> importância, história e população da nossa capital.
> > Converso mais um pouco com ele, compro o álbum de fotos para mostrar ai no
> Recife quando chegar e saio da tenda armada no meio da praça de volta à neve
> e ao frio intenso.
> > Incrédulo, volto ao painel no meio da neve e o fotografo. Acho um absurdo,
> mas está lá. Somos o número 18 entre 100 localidades que, dizem eles, devem
> desaparecer. Releio o texto em inglês abaixo da grande foto de Boa Viagem.
> Ele fala um pouco das nossas origens, história, cultura. E destaca que
> tivemos a primeira sinagoga das américas, durante o período nassoviano.
> > Sinceramente, não creio que iremos desaparecer. Me recuso a crer,
> acreditar. Mas, que aquilo ali no meio da praça é um sinal, um alerta, sem
> sombra de dúvida que sim. independentemente de qualquer coisa mais. Nós
> estamos na mira. Enquanto o mundo começa a nos encarar como uma espécie de
> Jurassic Park, não vemos o mundo. Melhor, nós estamos cegos para o mundo,
> para as mudanças que virão, que já não são uma possibilidade, mas uma
> realidade presente.
>
> http://www.100places.com/en/the100places0/
> >
> > Recife é o 18 lugar.
> >
> > POSTADO ÀS 23:17 EM 17 DE Dezembro DE 2009
> > Por Raul Jungmann, de Copenhague, especial para o Blog de Jamildo
> > Foi um choque. Numa das principais praças de Copenhague, no centro de uma
> exposição dedicada a 100 lugares par a serem visitados antes que
> desapareçam, um painel com o Recife e uma foto da praia de Boa viagem!
> > Na praça, agora coberta de neve, as pessoas fazem fila e tiram foto dessa
> exposição realizada por uma ong dinamarquesa com base nos relatos do IPCC, o
> painel técnico da ONU sobre mudanças climáticas, que conta com mais de 2.500
> cientistas.
> > Pergunto a um dos organizadores o porquê da escolha do Recife como um dos
> 100 lugares no mundo a se visitar antes que desapareça, fruto das mudanças
> climáticas. Ele me responde singelamente que a escolha deriva de dois fatos.
> Os relatórios técnicos do IPCC sobre os riscos para cidades costeiras, e a
> situação particularmente crítica do Recife. E, em segundo lugar, a
> importância, história e população da nossa capital.
> > Converso mais um pouco com ele, compro o álbum de fotos para mostrar ai no
> Recife quando chegar e saio da tenda armada no meio da praça de volta à neve
> e ao frio intenso.
> > Incrédulo, volto ao painel no meio da neve e o fotografo. Acho um absurdo,
> mas está lá. Somos o número 18 entre 100 localidades que, dizem eles, devem
> desaparecer. Releio o texto em inglês abaixo da grande foto de Boa Viagem.
> Ele fala um pouco das nossas origens, história, cultura. E destaca que
> tivemos a primeira sinagoga das américas, durante o período nassoviano.
> > Sinceramente, não creio que iremos desaparecer. Me recuso a crer,
> acreditar. Mas, que aquilo ali no meio da praça é um sinal, um alerta, sem
> sombra de dúvida que sim. independentemente de qualquer coisa mais. Nós
> estamos na mira. Enquanto o mundo começa a nos encarar como uma espécie de
> Jurassic Park, não vemos o mundo. Melhor, nós estamos cegos para o mundo,
> para as mudanças que virão, que já não são uma possibilidade, mas uma
> realidade presente.
>
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
RELIGIÃO E CIÊNCIA
A física quântica e as tradições espirituais
Dr. Antônio Ricardo Nahas
O diálogo entre a ciência e as tradições espirituais pode ser muito rico desde que cada uma se mantenha numa postura de humildade e respeito. A ciência tem suas metodologias e normas, assim com as tradições espirituais também têm as suas. Uma trabalha no nível da racionalidade e da lógica e a outra no nível da intuição e do amor. A ciência se preocupa com os fenômenos objetivos e materiais e as tradições místicas com a dimensão subjetiva e espiritual. Ambas são importantes. Uma não deve se tornar a outra. Mas o diálogo é fundamental porque o homem precisa das duas.
Há alguns anos venho estudando a mecânica quântica assim como diferentes tradições místicas. Não concordo quando muitos tentam reduzir uma coisa à outra. O reducionismo é perigoso, pois ele não aborda a complexidade dos fenômenos na sua totalidade.
Mas isso não me impede de fazer reflexões sobre os possíveis pontos de contato. Um exemplo disto é a não-localidade quântica, que nos diz que todas as partículas do universo estão conectadas por campos sutis de energias de elevada freqüência vibratória. Isso quer dizer que o que acontece no outro lado do universo pode interferir no que está acontecendo por aqui, em velocidades muito maiores do que a da luz. Para a maioria dos físicos, isso é pura metafísica. Mas um pouco de metafísica não faz mal a ninguém. O que a não-localidade tem a ver com as tradições espirituais?
A resposta não é tão complicada. Se nossos corpos são feitos de partículas e nosso cérebro funciona através de mensagens químicas e elétricas, e ainda, se os elétrons sentem o que acontece com os outros, mesmo que infinitamente distantes, é lógica a conclusão de que nosso sistema mente-corpo está conectado ao universo como um todo. Existe uma interdependência e uma conexão que transcendem os limites espaço-temporais. Não seria essa a mensagem que muitas tradições estão tentando nos passar a anos? O amor não seria o reconhecimento dessa interconectividade e dessa interdependência de tudo? É claro que cada um é um. Somos seres distintos, mas não separados. O reconhecimento disto pode nos levar a uma profunda mudança na maneira de ver as coisas. Se todos somos parte de uma imensa rede de conexões energéticas sutis, o que fazemos se repercute nas galáxias. A responsabilidade pelas nossas ações se torna ainda maior. A ética, a solidariedade e o amor nada mais são do que o reconhecimento dessa responsabilidade na consciência de que tudo é uma unidade.
Muitos poderiam dizer: “tudo isso não passa de um desejo narcísico de reestabelecer o vínculo simbiótico com a mãe nos primeiros meses de vida”. Eu concordo com esta possibilidade. Mas não podemos nos esquecer que a natureza também é nossa mãe. E reconhecer que tudo no universo se conecta e interage, numa grande teia de relações, é também reconhecer a importância da compaixão e do amor por tudo que nos cerca. O amor é a vivência desta unidade na multiplicidade, da união no meio das diferenças. Somos seres de natureza não-local. Somos o universo nas profundezas do nosso ser. Não precisamos de naves ou foguetes, mas sim, de mais humildade e mais amor, para iniciarmos a grande viagem em direção ao “Caribe” interior.
Psicoterapeuta
Dr. Antônio Ricardo Nahas
O diálogo entre a ciência e as tradições espirituais pode ser muito rico desde que cada uma se mantenha numa postura de humildade e respeito. A ciência tem suas metodologias e normas, assim com as tradições espirituais também têm as suas. Uma trabalha no nível da racionalidade e da lógica e a outra no nível da intuição e do amor. A ciência se preocupa com os fenômenos objetivos e materiais e as tradições místicas com a dimensão subjetiva e espiritual. Ambas são importantes. Uma não deve se tornar a outra. Mas o diálogo é fundamental porque o homem precisa das duas.
Há alguns anos venho estudando a mecânica quântica assim como diferentes tradições místicas. Não concordo quando muitos tentam reduzir uma coisa à outra. O reducionismo é perigoso, pois ele não aborda a complexidade dos fenômenos na sua totalidade.
Mas isso não me impede de fazer reflexões sobre os possíveis pontos de contato. Um exemplo disto é a não-localidade quântica, que nos diz que todas as partículas do universo estão conectadas por campos sutis de energias de elevada freqüência vibratória. Isso quer dizer que o que acontece no outro lado do universo pode interferir no que está acontecendo por aqui, em velocidades muito maiores do que a da luz. Para a maioria dos físicos, isso é pura metafísica. Mas um pouco de metafísica não faz mal a ninguém. O que a não-localidade tem a ver com as tradições espirituais?
A resposta não é tão complicada. Se nossos corpos são feitos de partículas e nosso cérebro funciona através de mensagens químicas e elétricas, e ainda, se os elétrons sentem o que acontece com os outros, mesmo que infinitamente distantes, é lógica a conclusão de que nosso sistema mente-corpo está conectado ao universo como um todo. Existe uma interdependência e uma conexão que transcendem os limites espaço-temporais. Não seria essa a mensagem que muitas tradições estão tentando nos passar a anos? O amor não seria o reconhecimento dessa interconectividade e dessa interdependência de tudo? É claro que cada um é um. Somos seres distintos, mas não separados. O reconhecimento disto pode nos levar a uma profunda mudança na maneira de ver as coisas. Se todos somos parte de uma imensa rede de conexões energéticas sutis, o que fazemos se repercute nas galáxias. A responsabilidade pelas nossas ações se torna ainda maior. A ética, a solidariedade e o amor nada mais são do que o reconhecimento dessa responsabilidade na consciência de que tudo é uma unidade.
Muitos poderiam dizer: “tudo isso não passa de um desejo narcísico de reestabelecer o vínculo simbiótico com a mãe nos primeiros meses de vida”. Eu concordo com esta possibilidade. Mas não podemos nos esquecer que a natureza também é nossa mãe. E reconhecer que tudo no universo se conecta e interage, numa grande teia de relações, é também reconhecer a importância da compaixão e do amor por tudo que nos cerca. O amor é a vivência desta unidade na multiplicidade, da união no meio das diferenças. Somos seres de natureza não-local. Somos o universo nas profundezas do nosso ser. Não precisamos de naves ou foguetes, mas sim, de mais humildade e mais amor, para iniciarmos a grande viagem em direção ao “Caribe” interior.
Psicoterapeuta
PAI DA FISICA QUÃNTICA
Ao encerrar o nível médio, aos 16 anos, perguntou ao físico Johann von Jolly se deveria abraçar a carreira de cientista. O amigo da família o desencorajou: na realidade, não havia mais nada de relevante a ser pesquisado. Que tal música? Afinal, ele brilhara como soprano no coro infantil, tocava bem piano e órgão.
Felizmente para a ciência e a técnica, o senso prático o impediu de seguir o conselho de Jolly, e o jovem se matriculou em Matemática e Física na Universidade de Munique. Sem Planck, muitas realidades do dia-a-dia do século 21 não teriam se tornado realidade, da energia nuclear à nanotecnologia, do computador ao aparelho de tocar DVDs.
Física fora da lei
A termodinâmica ocupou o jovem cientista desde cedo. Sua tese de formatura, que publicou aos 21 anos, se intitulava Sobre a Segunda Lei da Teoria Mecânica do Calor. Em 1894, ano em que ingressou na Academia Prussiana de Ciências, voltou a atenção para uma questão aparentemente simples: por que, ao ser aquecido, um ferro primeiro irradia luz vermelha, depois amarela e finalmente branca?
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Planck procurou explicação para mudança de cor em ferro aquecidoDois obstáculos se interpunham à compreensão do fenômeno. Por um lado, a imagem do mundo físico vigente se baseava na certeza de que todas as mudanças de estado ocorrem de forma absolutamente gradativa. Uma noção sintetizada em 1751 na frase Natura non facit saltus – A natureza não dá saltos –, do botânico sueco Carl von Linné, porém já presente nas formulações de Aristóteles ou na Lei da Continuidade de Gottfried Leibniz (1646-1716), considerada inabalável.
Por outro lado, para descrever a distribuição de energia no exemplo do ferro em brasa, eram necessárias duas fórmulas, uma para as ondas longas, no extremo vermelho do espectro, outra para as ondas curtas, na região ultravioleta.
Salto quântico
Em outubro de 1900, Planck conseguiu superar este obstáculo. Através de interpolação matemática, ele derivou uma terceira equação, que explica perfeitamente os dados observados experimentalmente. Mais tarde, contrariado, atribuiria essa nova fórmula da radiação a um golpe de sorte, uma "suposição afortunada". Pior ainda, a conclusão lógica de suas descobertas foi a suspensão da Lei da Continuidade.
Durante uma sessão da Sociedade Alemã de Física, em 14 de dezembro do mesmo ano, Planck apresentou o resultado de suas pesquisas. A irradiação de calor não ocorreria na forma de um fluxo constante de energia, mas sim em pequenas porções, chamadas "quanta" (plural de quantum). Os espaços mínimos entre estas unidades são os "saltos quânticos" – termo em breve incorporado à linguagem do dia-a-dia.
Os colegas de Planck reconheceram com cortesia esta noção revolucionária, mas, na verdade, àquela altura ninguém o levou realmente a sério. Contudo, os anos seguintes mostrariam que a "teoria quântica" permitia explicar resultados experimentais até então enigmáticos.
A teoria na prática
Segundo Michael Bonitz, diretor do Instituto de Física Teórica da Universidade de Kiel, "sem as idéias de Planck, seriam impensáveis o desenvolvimento dos transistores, lasers e os avanços da moderna tecnologia informática".
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Raios laser: aplicação prática da física quânticaUm exemplo de como Planck inspirou a comunidade científica é o "efeito fotoelétrico". Sabia-se que uma superfície metálica emite um fluxo de energia (elétrons) sob a influência da luz, sem que se pudesse explicar por quê. Em 1905 Albert Einstein aplicou com sucesso a hipótese quântica ao fenômeno, atribuindo-o à ação dos "fótons" – quanta de luz.
Foi graças à intervenção de Max Planck que Einstein se mudou em 1914 de Zurique para Berlim. Pouco depois, irrompeu a Primeira Guerra Mundial. Assim como muitos de seus colegas, o conservador Planck assinou um nacionalista "Apelo ao mundo cultural", fato que mais tarde lamentaria.
Em 1919, recebeu retroativamente o Prêmio Nobel de Física de 1918 e atuou como um dos principais organizadores da ciência na República de Weimar. A partir de 1930, encabeçou o Instituto Kaiser Wilhelm.
Política, Einstein, Padre Nosso e um gato
Sua postura durante o regime nazista (1933-1945) foi ambivalente. Ao mesmo tempo em que lamentou a saída de Einstein da Academia Prussiana, Planck o acusou de, através de seu comportamento político, haver tornado impossível a própria permanência. O cientista judeu, refugiado desde 1933 nos Estados Unidos, perdoaria mais tarde o colega, que entenderia "tanto de política quanto um gato do Pai-Nosso".
Apesar das glórias e do reconhecimento profissional, a vida de Max Planck foi marcada por tragédias pessoais. Sua primeira esposa sucumbiu ainda jovem à tuberculose, o filho primogênito caiu em 1916 na batalha de Verdun; as gêmeas Emma e Grete morreram ao dar à luz em 1917 e 1919, respectivamente.
Apesar dos pedidos pessoais de misericórdia do conceituado cientista, seu filho mais novo, Erwin, foi executado em janeiro de 1945 por envolvimento na tentativa de atentado contra Adolf Hitler. O cientista morreu em 4 de outubro de 1947 em Göttingen, aos 89 anos, em conseqüência de uma queda e de diversos derrames. Sob pressão dos Aliados, o Instituto Kaiser Wilhelm – cujo nome estava comprometido com a ideologia nazista – foi rebatizado em fevereiro de 1948 como Instituto Max Planck.
Felizmente para a ciência e a técnica, o senso prático o impediu de seguir o conselho de Jolly, e o jovem se matriculou em Matemática e Física na Universidade de Munique. Sem Planck, muitas realidades do dia-a-dia do século 21 não teriam se tornado realidade, da energia nuclear à nanotecnologia, do computador ao aparelho de tocar DVDs.
Física fora da lei
A termodinâmica ocupou o jovem cientista desde cedo. Sua tese de formatura, que publicou aos 21 anos, se intitulava Sobre a Segunda Lei da Teoria Mecânica do Calor. Em 1894, ano em que ingressou na Academia Prussiana de Ciências, voltou a atenção para uma questão aparentemente simples: por que, ao ser aquecido, um ferro primeiro irradia luz vermelha, depois amarela e finalmente branca?
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Planck procurou explicação para mudança de cor em ferro aquecidoDois obstáculos se interpunham à compreensão do fenômeno. Por um lado, a imagem do mundo físico vigente se baseava na certeza de que todas as mudanças de estado ocorrem de forma absolutamente gradativa. Uma noção sintetizada em 1751 na frase Natura non facit saltus – A natureza não dá saltos –, do botânico sueco Carl von Linné, porém já presente nas formulações de Aristóteles ou na Lei da Continuidade de Gottfried Leibniz (1646-1716), considerada inabalável.
Por outro lado, para descrever a distribuição de energia no exemplo do ferro em brasa, eram necessárias duas fórmulas, uma para as ondas longas, no extremo vermelho do espectro, outra para as ondas curtas, na região ultravioleta.
Salto quântico
Em outubro de 1900, Planck conseguiu superar este obstáculo. Através de interpolação matemática, ele derivou uma terceira equação, que explica perfeitamente os dados observados experimentalmente. Mais tarde, contrariado, atribuiria essa nova fórmula da radiação a um golpe de sorte, uma "suposição afortunada". Pior ainda, a conclusão lógica de suas descobertas foi a suspensão da Lei da Continuidade.
Durante uma sessão da Sociedade Alemã de Física, em 14 de dezembro do mesmo ano, Planck apresentou o resultado de suas pesquisas. A irradiação de calor não ocorreria na forma de um fluxo constante de energia, mas sim em pequenas porções, chamadas "quanta" (plural de quantum). Os espaços mínimos entre estas unidades são os "saltos quânticos" – termo em breve incorporado à linguagem do dia-a-dia.
Os colegas de Planck reconheceram com cortesia esta noção revolucionária, mas, na verdade, àquela altura ninguém o levou realmente a sério. Contudo, os anos seguintes mostrariam que a "teoria quântica" permitia explicar resultados experimentais até então enigmáticos.
A teoria na prática
Segundo Michael Bonitz, diretor do Instituto de Física Teórica da Universidade de Kiel, "sem as idéias de Planck, seriam impensáveis o desenvolvimento dos transistores, lasers e os avanços da moderna tecnologia informática".
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Raios laser: aplicação prática da física quânticaUm exemplo de como Planck inspirou a comunidade científica é o "efeito fotoelétrico". Sabia-se que uma superfície metálica emite um fluxo de energia (elétrons) sob a influência da luz, sem que se pudesse explicar por quê. Em 1905 Albert Einstein aplicou com sucesso a hipótese quântica ao fenômeno, atribuindo-o à ação dos "fótons" – quanta de luz.
Foi graças à intervenção de Max Planck que Einstein se mudou em 1914 de Zurique para Berlim. Pouco depois, irrompeu a Primeira Guerra Mundial. Assim como muitos de seus colegas, o conservador Planck assinou um nacionalista "Apelo ao mundo cultural", fato que mais tarde lamentaria.
Em 1919, recebeu retroativamente o Prêmio Nobel de Física de 1918 e atuou como um dos principais organizadores da ciência na República de Weimar. A partir de 1930, encabeçou o Instituto Kaiser Wilhelm.
Política, Einstein, Padre Nosso e um gato
Sua postura durante o regime nazista (1933-1945) foi ambivalente. Ao mesmo tempo em que lamentou a saída de Einstein da Academia Prussiana, Planck o acusou de, através de seu comportamento político, haver tornado impossível a própria permanência. O cientista judeu, refugiado desde 1933 nos Estados Unidos, perdoaria mais tarde o colega, que entenderia "tanto de política quanto um gato do Pai-Nosso".
Apesar das glórias e do reconhecimento profissional, a vida de Max Planck foi marcada por tragédias pessoais. Sua primeira esposa sucumbiu ainda jovem à tuberculose, o filho primogênito caiu em 1916 na batalha de Verdun; as gêmeas Emma e Grete morreram ao dar à luz em 1917 e 1919, respectivamente.
Apesar dos pedidos pessoais de misericórdia do conceituado cientista, seu filho mais novo, Erwin, foi executado em janeiro de 1945 por envolvimento na tentativa de atentado contra Adolf Hitler. O cientista morreu em 4 de outubro de 1947 em Göttingen, aos 89 anos, em conseqüência de uma queda e de diversos derrames. Sob pressão dos Aliados, o Instituto Kaiser Wilhelm – cujo nome estava comprometido com a ideologia nazista – foi rebatizado em fevereiro de 1948 como Instituto Max Planck.
AFETO E SABEDORIA
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
FELICIDADE REALISTA
A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio. Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade. Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá d entro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade
E DEUS CRIOU A MULHER
Estrela perigosa - Clarice Lispector
Estrela perigosa
Rosto ao vento
Marulho e silêncio
leve porcelana
templo submerso
trigo e vinho
tristeza de coisa vivida
árvores já floresceram
o sal trazido pelo vento
conhecimento por encantação
esqueleto de idéias
ora pro nobis
Decompor a luz
mistério de estrelas
paixão pela exatidão
caça aos vagalumes.
Vagalume é como orvalho
Diálogos que disfarçam conflitos por explodir
Ela pode ser venenosa como às vezes o cogumelo é.
No obscuro erotismo de vida cheia
nodosas raízes.
Missa negra, feiticeiros.
Na proximidade de fontes,
lagos e cachoeiras
braços e pernas e olhos,
todos mortos se misturam e clamam por vida.
Sinto a falta dele
como se me faltasse um dente na frente:
excrucitante.
Que medo alegre,
o de te esperar
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
NÓS E NOSSAS MÁSCARAS.....
Khalil Gibran :" O Louco ".Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim: Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!” Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim. E quando cheguei à praça do mercado, um rapaz no cimo do telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez a minha face nua. Pela primeira vez, o sol beijava a minha face nua, e a minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais as minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram as minhas máscaras!” Assim tornei-me louco. E encontrei tanta liberdade como segurança na minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.
MEDITAÇÃO
A meditação é simplesmente um artifício para torná-lo consciente do seu verdadeiro eu - que não é criado por si, que não precisa ser criado por si, porque você já é. Você nasceu com ele. Você é ele! Ele precisa ser descoberto. Se isso não é possível, ou se a sociedade não permite que isso aconteça - e nenhuma sociedade permite que aconteça, porque o eu verdadeiro é perigoso: perigoso para a igreja estabelecida, perigoso para o estado, perigoso para a multidão, perigoso para a tradição, porque quando um homem conhece o seu eu verdadeiro, ele torna-se um indivíduo. Ele não faz mais parte da psicologia das massas; ele não será supersticioso, e não poderá ser explorado e guiado como gado, ele não poderá ser ordenado e comandado
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