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transcendendo.......

O silêncio fala mais que mil palavras. O silêncio enche o ar de vibrações que nenhum som é capaz de produzir. Quando nos quedamos diante de nós mesmos e deixamos que a nossa alma flua, não necessitamos de palavras. O silêncio, que a tudo imobiliza, inunda o coração e fala por nós. Por mais que as palavras sejam maravilhosas, as rimas por vezes se quebram e se transformam em soluços. Então, o silêncio pode ser a máxima expressão do nosso íntimo. (Lisieux)

sexta-feira, 25 de maio de 2012



O Que Quase Todos Somos e o Que Podemos Ser




Autor: Arthur Buchsbaum[1]




A busca é um estado, não um caminho...
Quase todos nós temos opiniões, ou acreditamos tê-las, mas, essencialmente, não as temos, simplesmente porque quase nunca as mesmas vieram, dentro de nós, como um produto de elaborada reflexão, mas sim como uma repetição de idéias vindas de outrem.

Todo ser humano nasce dentro de uma dada comunidade, com todas as suas idiossincrasias específicas, com sua etnia ou etnias predominantes, seu corpo de idéias de origem religiosa, seus valores morais, e seus hábitos em geral. Após chegar à idade adulta, e por toda a sua breve vida, este ser humano irá preservar, em geral, quase todas estas idiossincrasias, continuará adotando as mesmas crenças religiosas, os mesmos valores morais e os mesmos hábitos que adquiriu ao longo de sua infância e adolescência através de sua comunidade de origem. Na melhor das hipóteses, se tiver o privilégio de freqüentar uma universidade ou alguma instituição afim, terá alguns arremedos de reflexão, fará algumas superficiais elucubrações "filosóficas", mas a sua idiossincrasia ideológica, adquirida no começo de sua vida, ficará quase intacta.

Poderá “filosofar”, assim como as crianças brincam com joguinhos de montagem, combinará certas idéias pré-fabricadas e poderá montá-las, dentro de resultados previamente determinados pelos seus fabricantes.



Na verdade a vida de cada ser humano já está previamente programada desde o seu nascimento. Quais serão as suas opiniões, os seus hábitos, as suas respostas diante de determinados estímulos, as suas “opiniões”, as suas crenças, inclusive as de origem religiosa. A sua eventual rebeldia. Se não irá se casar, ou com quem se casará. Como será pai ou mãe. Que tipo de família irá constituir, ou se permanecerá sozinho. As suas atitudes morais. A sua atitude política. Os seus arremedos “filosóficos”.

Poucos, muito poucos, conseguem romper esta forte crisálida, e tornarem-se verdadeiros homens ou mulheres, enfim verdadeiros filósofos. Bem poucos deixam de ser “pinóquios” ou “pinóquias”, isto é, homens e mulheres de mentira, e conseguem tornarem-se verdadeiros seres humanos, isto é, aqueles capazes de exercer reflexão própria.

Existem muitos “filósofos”, bem como professores de “filosofia” com habilidades intelectuais e loquacidade, capazes de escrever “bons” artigos e até livros, mas que ainda não conseguiram superar a essencial mentira que constitui as suas breves vidas, pois não possuem, além dos seus hábeis arremedos, algo que possa ser considerado reflexão genuína. Agem essencialmente segundo o senso comum da maioria, conforme o condicionamento adquirido comum a todos os seus colegas “pinóquios” e “pinóquias”.

Se tal “filósofo” for brasileiro, ele(a) geralmente apreciará torcer pelos seus timinhos de futebol, irá a barzinhos onde poderá excitar as suas emoções com shows musicais, e onde poderá degustar os seus alcoólicos drinques. Terá as mesmas opiniões políticas da maioria, mas certamente enfeitadas com a sua intelectual loquacidade, adquirida em seus anos de “superior” educação. Eventualmente irá buscar outras formas de excitação com mulatas(os) e escolas de samba. Será o maior prazer que poderá gozar em suas falsas vidas, a eventual excitação de suas emoções, de seu sexo, ou até de seu intelectozinho. Tal excitação irá encobrir a sua sempre presente pobreza de espírito, a mentira em que se tornou sua vida. Pois jamais conseguiu conhecer a si mesmo(a), embora possa até ter lecionado as idéias de Sócrates e Platão, em suas “bem” elaboradas aulas. Jamais soube o que é realmente a sua alma. Limitou toda a sua vida a imitar o que aprendeu desde criança, eventualmente enfeitando isto com os seus arremedos intelectuais e sua loquacidade. Poderá emitir opiniões acreditando serem as suas próprias; quanto maior for a sua loquacidade, melhor será o embuste.

Quase ninguém o sabe, mas todos nós somos essencialmente robôs, somos “pinóquios” e “pinóquias”, bonequinhos de corda que cumprem zelosamente a programação que recebemos da sociedade circundante ao longo de nossas infâncias e adolescências. Até eventuais formas de rebeldia estão incluídas nesta quase sempre sutil programação, pois tanto a adesão como a rebeldia são duas faces da mesma moeda, ambas são movimentos condicionados, e, portanto, não livres.

A Verdade só pode ser alcançada pela Liberdade, pela emancipação de todas as idéias e hábitos adquiridos sem reflexão. A Liberdade só pode ser atingida pela superação de toda alienação, de toda cegueira. Todo este entulho, todas estas falsas idéias, só pode ser removido pelo verdadeiro espírito científico, pelo inabalável compromisso com a Verdade, pela férrea determinação de trespassar todo o condicionamento. Pelo questionamento, pela indagação de quem verdadeiramente ele ou ela é. Pelo desprender-se de todas as ilusões, por mais bonitas que as mesmas possam ser. Pelo conhecimento de si próprio.

Uma possível ferramenta para sermos capazes de superar todo o condicionamento limitante, para adquirirmos uma capacidade de reflexão aguda e forte, para desenvolvermos em nós o espírito científico, está no estudo da Lógica, especialmente da Lógica Formal. O espírito científico é necessário para a libertação, mas não é suficiente, pois só uma inabalável vontade, uma conscientização da mentira de todo condicionamento, um autêntico espírito religioso, é que pode dar a nós a força motriz inicial para esta jornada sem fim que é a descoberta da Verdade.

O espírito religioso é a vontade inabalável de alcançar a essência de tudo, e o espírito científico é o discernimento, a capacidade de distinguir o que é verdadeiro do que é falso. O primeiro pode conter o segundo, mas a recíproca não é verdadeira.





Autor: Arthur Buchsbaum
email: arthurrovabu-pub@yahoo.com.br
Veja mais detalhes sobre o autor nas notas abaixo.



Notas:

[1] O autor é professor universitário, e suas áreas de interesse abrangem Matemática, Lógica, Filosofia e Teosofia, entre outros assuntos.


Postado por Liliam Padilha Ferreira às 23:14 0 comentários


O CÍRCULO MÁGICO


“Quem quer colher rosas
deve suportar os espinhos."
Provérbio Chinês


Autor: José Laércio do Egito



Em quase todas as tradições mágicas, traçar o círculo é uma das primeiras tarefas que se deve aprender.

Traçar o círculo precede qualquer ritual mágico, consiste em um meio de estabelecer uma ponte entre o mundo físico e o mundo dos deuses, entre o visível e o invisível, de facilitar a conexão com outros planos. Tem por objetivo manter a energia coesa evitando que forças espúrias perturbem de alguma forma o ritual e os participantes.



O Círculo também é o melhor meio de preservar e conter a energia criada durante um ritual, por isso é imprescindível em qualquer prática ritualística. Ele pode ser estabelecido em qualquer lugar, em especial onde algum ritual, ou celebração vai ser realizada, em reuniões de pessoas, ou mesmo individualmente; no exterior ou no interior da casa, em especial em torno no quarto de dormir, em volta da cama. Importante que à noite seja feito em torno da cama do casal (evita a ação dos sugadores de energia), e do leito das crianças.



Toda a área que for escolhida para algum procedimento mágico deve ser limpo, consagrado, e delimitado, neste caso pela efetivação de um círculo mágico, que compreende o primeiro passo para uma cerimônia mágica.

O Círculo mágico tem 2 funções básicas:
Proteção contra influências hostis, distrações externas, e das influências psíquicas.


Contenção e fortalecimento as energias “criadas” e invocadas no ritual.O círculo mágico – círculo de poder – tem a função não deixar que energias contrárias perturbem, ou causem algum problema no decorrer de um ritual. Ele define o espaço do ritual; o perímetro do círculo que marca a delimitação onde a atenção é focalizada. A função protetora do círculo é criar um espaço sagrado para os participantes especialmente os que estejam com algum distúrbio energético. O círculo mágico está posicionado entre os mundos da realidade concreta e o mundo dos Deuses. Dentro dele o Bruxo fica além de tempo, limite, e espaço.

Uma das finalidades do circulo mágico – também chamado de círculo de poder – visa fortalecer, intensificar a ação das energias, assim como reter modelos energéticos criados e invocados no ritual, e ainda mais, defender os presentes de influências hostis.

O círculo mágico posiciona os integrantes entre o mundo da realidade concerta e o mundo mágico, mundo dos deuses. É um meio de defesa contra entidades tenebrosas, habitantes dos palácios da impureza, seres sugadores (vampiros energéticos), pois quando é traçado e fechado não pode ser rompido e nem transposto por nenhuma não física.

O emprego do circulo mágico não se restringe a ambientes ritualísticos, podem ser de grande utilidade em muitos lugares, por exemplo, em torno do quarto de dormir, ou do leito, toda noite antes, como meio de proteção astral, e em qualquer lugar de meditação, concentração, etc. Com ele evita-se influencias negativas de seres espúrios. Pode ser feito ao redor da cama e mesmo ao redor do quarto,

Nos rituais mágicos precisamos do “circulo de poder” para garantir nossa proteção durante nossos rituais, pois, quando ele feito, nada pode os atacar, além do mais, nada sai e nada entra nele.

O circulo mágico pela forma circular não tem começo e nem fim; deve ser visualizado no momento de sua abertura, como uma espécie de bolha que penetra no solo e vai até o alto, acima da cabeça. A energia ficará contida dentro dele cuja presença poderá ser facilmente constatada. Conforme o grau de sensibilidade pessoal, pode ser vista uma cetra coloração, algo tremeluzindo, ou mesmo certa temperatura dentro dele.

Sempre é dentro do circulo que devem ser procedidas às cerimônias ritualísticas, por ser um lugar sagrado e defendido energeticamente.

O Iniciado tem como sua melhor arma o Círculo mágico, que em todo momento ele vive construindo, pela sua imensa utilidade não apenas em rituais, mas em vários momentos. Quando a pessoa se sente ameaçada, a sua primeira iniciativa deve ser a de construir um circulo e se posicionar dentro dele (neste caso por razões óbvias deve ser elaborado mentalmente). A razão é pela impraticidade de ser laborado fisicamente em muitos lugares e algumas vezes sucessivamente se a ameaça estiver se deslocando. O “mago” constrói mentalmente e se visualiza deslocando-se conjuntamente com o circulo.

Quando se viaja é sempre bom construir um circulo mágico envolvendo o veiculo, isso pode evitar muitos imprevistos e se acontecer às pessoas já estão devidamente sob a proteção contra seres indesejáveis. Também de grande significação é construí-lo em volta de uma pessoa muito doente, pois isso afasta os “vampiros energéticos”. Também quando vai ser efetuada uma cirurgia, ou qualquer procedimento que envolva sangue. Há dele em torno do leito de morte, por ser um momento em que a pessoa está quase totalmente indefesa contra ataques energéticos promovido por sugadores de energia.

Assim que o óbito é constatado a primeira iniciativa deve ser elaborar o circulo mágico, se ele ainda não houver sido feito. Assim se evita a invasão de “sugadores de energia” que tentam sugar para si a energia vital emanada. O não iniciado se entrega a lamentações, vezes ao desespero, e muitas manifestações histéricas. Mas o Iniciado não age assim porque ele sabe que não tais exteriorizações sentimentais não defendem contra vampiros energéticos, e nem trazem a vida de volta, portanto para nada serve, a não ser para descarregar a tensão retida. Assim sendo, em vez de lamentações histéricas, é muito mais efetivo por em execução alguns procedimentos mágicos, entres eles a constituição de um circulo mágico protetor.

Na ritualística cristã, os momentos finais da pessoa, e até o seu sepultamente usam-se velas (elemento fogo), mas o mago sabiamente com discreção faz uso não apenas do elemento fogo, mas discretamente também dos demais. Para isso ele pode usar uma vasilha com água, para o elemento água. Se por algum motivo for inconveniente a presença de um recipiente com água, esta pode se fazer presente numa gota em uma pétala de flor, numa esponja, ou algo assim. O ar pode ser assinalado com a fumaça de um incenso (incenso por ele mesmo já encerra o elementos fogo e a fumaça – ar – além da vibração positiva que ele pode imprimir ao ambiente). Se houver indagações do porquê do incenso diga que é para perfumar o ambiente na eventualidade da exalação de algum odor desagradável. Na verdade isso é verdade, porque a par do ladgo vibratório ele perfuma o ambiente. Para o elemento terra é fácil no ambiente se colocar uma pedra sob algum pretexto, ou mesmo colocar um pequeno cristal discretamente em torno da cabeça. Um minúsculo cristal passa totalmente despercebido.













Autor: José Laércio do Egito - F.R.C.
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 23:11 0 comentários
Recolhimento Sagrado Feminino




“O ciclo feminino é como a teia da vida e seu sangue está para seu corpo
assim como a água está para a Terra."





Autora: Tatiana Menkaiká[1]






Observando os ciclos de nosso corpo, entramos em sintonia com o corpo maior e organismo vivo e pulsante que é a Mãe Terra.

Nós, mulheres, carregamos em nosso corpo todas as Luas, todos os ciclos, o poder do renascimento e da morte.

Aprendemos com nossas ancestrais que temos nosso tempo de contemplação interior quando, como a Lua Nova, nos recolhemos em busca de nossos sonhos e sentimentos mais profundos. As emoções, o corpo, a natureza são alterados conforme a Lua. 




Nas tradições antigas, o Tempo da Lua era o momento em que a mulher não estava apta a conceber, era um período de descanço, onde se recolhiam de seus afazeres cotidianos para poderem se renovar. "É o tempo sagrado da mulher", o período menstrual, conforme nos conta Jamie Sams, "durante o qual ela é honrada como sendo a Mãe da Energia Criativa". O ciclo feminino é como a teia da vida e seu sangue está para seu corpo assim como a água está para a Terra. A mulher, através dos tempos, é o símbolo da abundância, fertilidade e nutrição. Ela é a tecelã, é a sonhadora.

Nas tradições nativas norte-americanas há as "Tendas Negras", ou "Tendas da Lua", momento em que as mulheres da tribo recolhem-se em seu período menstrual. É o momento do recolhimento sagrado de comtemplação onde honram os dons recebidos, compartem visões, sonhos, sentimentos, conectam-se com suas ancestrais e sábias da tribo. São elas que sonham por toda a tribo, devido ao poder visionário despertado nesse período. O negro é a cor relacionada à mulher na Roda da Cura. Também são recebidas nas tendas as meninas em seu primeiro ciclo menstrual para que conheçam o significado de ser mulher. Esse recolhimento não é observado somente entre as nativas norte-americanas, mas também entre várias outras culturas.

Diversos ritos de passagem marcam a vida de meninas nativas no seu primeiro ciclo menstrual. Entre os Juruna, quando a Lua Nova aponta no céu, é momento de as meninas se recolherem para suas casas. As meninas kanamari, do Amazonas, também ficam reclusas enquanto dura seu primeiro sangramento, sendo alimentadas somente pela mãe. Assim ocorrem com as meninas tukúna que nesse período de reclusão aprendem os afazeres e a essência do que é ser uma mulher adulta. Observa-se, em alguns casos, como parte do rito, cortar o cabelo e pintar o corpo de negro. São ritos de honra à mulher, e não o afastamento das mesmas pela impureza, como foi mal-interpretado por muitas outras culturas, principalmente a nossa ocidental extremamente influenciada pelos valores cristãos.

Nossos corpos mudam nesse período, fluem nossas emoções e estamos mais abertas a compartilhar com outras mulheres, como uma conexão fraternal. Ao observarmos nossos ciclos em relação à Lua , veremos que a maioria das mulheres que não adotam métodos artificiais de contracepção e que fluem integradas ao ciclo lunar, têm seu Tempo de Lua durante a Lua Nova. É importante observarmos como fluímos com a energia da Lua e seus ciclos, e em que período do ciclo lunar menstruamos. A menstruação é um chamado do nosso corpo ao recolhimento, assim como a Lua Nova é um período de introspecção, propício ao retiro e à reflexão. A Lua Cheia proporciona expansão e, se nossos corpos estão em sintonia com as energias naturais, é o período em que estaremos férteis.

Quantas mulheres atualmente deixaram de observar os ciclos do próprio corpo? Quantas deixaram de conectar-se com as forças da natureza, deixaram de lado a riqueza desse período de introspecção, recolhimento e contemplação de si mesmas? No nosso Tempo de Lua sonhamos mais, estamos mais abertas à sabedoria que carregamos de nossas ancestrais. Aproveite esse período para conhecer e explorar seu interior, agradecendo os dons e habilidades que possui. Compartilhe com outras mulheres esses momentos sagrados de respeito e fraternidade. Ouse sonhar e exercer seu lado visionária. Note que ao estar em conexão com todas as mulheres e com a própria Mãe Terra, muitos sintomas tidos como incômodos vão desaparecendo. Muitos destes sintomas são a rejeição desse período. Com a competição resultante dos valores da sociedade moderna, muitas de nós esqueceram de ouvir a si mesmas, de sentir a necessidade de seus próprios corpos e corações.

Para finalizar, segue um trecho sobre a Tenda da Lua, de Jamie Sams, falando-nos sobre a importância desse ciclo de religação com a Terra e a Lua:

"O verdadeiro sentido dessa conexão ficou perdido em nosso mundo moderno. Na minha opinião, muitos dos problemas que as mulheres enfrentam, relacionados aos órgãos sexuais, poderiam ser aliviados se elas voltassem a respeitar a necessidade de retiro e de religação com a sua verdadeira Mãe e Avó, que vêm a ser respectivamente a Terra e a Lua. As mulheres honram o seu Caminho Sagrado quando se dão conta do conhecimento intuitivo inerente a sua natureza receptiva. Ao confiar nos ciclos dos seus corpos e permitir que as sensações venham à tona dentro deles, as mulheres vêm sendo videntes e oráculos de suas tribos há séculos. As mulheres precisam aprender a amar, compreender, e, desta forma, curar umas às outras. Cada uma delas pode penetrar no silêncio do próprio coração para que lhe seja revelada a beleza do recolhimento e da receptividade".

Publicado na Revista Viva Melhor, especial sobre Xamanismo.






Autora: Tatiana Menkaiká
Site da autora: http://www.xamanismo.org


Postado por Liliam Padilha Ferreira às 23:06 0 comentários

domingo, 6 de maio de 2012



Fotos do mural
A lua tá linda hoje! Quem viu ela, curte.
De: Sem !deia


    • Liliam Padilha A mulher e a Lua

      A palavra “menstruação” vem do latim mens e significa “lua” e “mês”. A primeira forma de medir o tempo foi pelo ciclo menstrual das mulheres. A sincronia entre o ciclo lunar e o menstrual refletia o vínculo entre as mulheres, a Lua e as deusas da fertilidade. O poder da mulher vem de seu sangue, e por isso ela não deve desprezá-lo, mas considerá-lo sagrado. O sangue menstrual liga a mulher ao poder da Criação.

      Com o advento das sociedades patriarcais, o sangue menstrual passou a ser visto como sujo e maligno, o que não deixa de ser irônico, visto que o sangue menstrual é o maior indicativo da fertilidade de uma mulher.

      A escritora Mirella Faür diz: “Enquanto que nas sociedades matrifocais as sacerdotisas ofereciam seu sangue menstrual à Deusa e faziam suas profecias durante os estados de extrema sensibilidade psíquica da fase menstrual, a Inquisição atribuía a esse poder oracular a prova da ligação da mulher com o Diabo, punindo e perseguindo as mulheres ‘videntes’. E assim originaram-se os tabus, as proibições, as crendices e as superstições referentes ao sangue menstrual”.

      E continua: “Infelizmente, milênios de supremacia e domínio patriarcal despojaram as mulheres de seu poder inato e negaram-lhe até mesmo seu valor como criadoras e nutridoras da própria vida. reduzidas a meras reprodutoras, fornecedoras de prazer ou de mão-de-obra barata, as mulheres foram consideradas incompetentes, incapazes, desprovidas de qualquer valor e até mesmo de uma alma!”.

      “Em vez dos antigos rituais de renovação e purificação (…), a mulher moderna deveria disfarçar, esforçando-se para continuar com suas atribuições cotidianas, perdendo o contato e sintonia com seu corpo e com a energia da Lua. O resultado é a tensão pré-menstrual, as cólicas, o ciclo desordenado, o desconhecimento dos ritos de passagem e dos mistérios da mulher”.

      É complicado para as mulheres que moram em grande cidades se adaptar a esse ritmo. Nos afastamos tanto da Natureza que acabamos até mesmo ficando confusas com relação ao nosso corpo. Não deveríamos temer o natural, mas o que nos é imposto artificialmente.

      Preocupamo-nos demais com consumismos e modismos e nos esquecemos de nosso poder como mulheres. Devemos retomar os antigos conhecimentos, estudar os antigos mitos lunares e reconhecer o poder mágico de nosso ventre. Desta forma, podemos nos reconectar à essência primordial de nossas vidas naturais.

      Culminam a semente e o potencial inaugurado na Lua Nova. Se tiver sido desenvolvida uma atitude positiva de crescimento e as etapas tiverem sido superadas durante o quatro crescente, então a Lua Cheia trará a realização e a satisfação. Caso contrário, pode trazer conflitos, problemas, aparecimento de uma situação de ansiedade e até afetar a saúde física. A Lua Cheia é um transbordamento. Neste período, deve se atingir o ápice daquilo que vinha sendo desenvolvendo nas fases iniciais para melhor ou para pior, para o sucesso ou o fracasso. Se o nosso trabalho anterior tiver sido bem sucedido, então a Lua Cheia iniciará um processo de usar, ampliar, partilhar e assimilar essas experiências. Se, por outro lado, nossos esforços não tenham sido proveitosos (durante a fase crescente) as coisas não irão acontecer do jeito que esperávamos, porque tinham apenas valor temporário. A Lua Cheia pode nos estimular a abandonar essas situações, relacionamento ou coisa que eram incapazes de preencher uma função positiva em nossas vidas e se soubermos deixá-las, estaremos abrindo espaço para um crescimento futuro no próximo ciclo que se aproxima.

      Trecho da apostila "A Lua: seus múltiplos significados e atributos", da astróloga Márcia Mattos.






      A MULHER LUA CHEIA

      O aspecto de Mãe da Deusa sempre foi o mais acessível para que a humanidade o reconhecesse, invocasse e o identificasse. A Lua Cheia está associada à imagem maternal da Deusa, à mulher em toda a sua plenitude, ao potencial pleno da força vital. Ela corresponde ao crescimento e amadurecimento de todas as coisas, ao ponto culminante de todos os ciclos, à semente germinada e à plenitude do caldeirão.
      Na Lua Cheia entramos em outra dimensão do feminino, aqui o instinto se coloca a serviço da criação e da humanização. Esta é a fase lunar que é iluminada pelo Sol em sua totalidade, indicando mais clareza de consciência e um melhor relacionamento entre masculino e feminino, o que propicia a criação.
      A Lua Cheia é a Lua Grávida de criatividade, de riqueza e da realização do próprio crescimento. É a imagem da Mãe, com o poder divino de carregar uma nova vida em seu ventre. É ela que gera, promove o crescimento e dá o nascimento. Ela é a deusa da maternidade, que traz consigo a fertilidade para a terra e para os homens.
      A Lua Cheia nos conecta com a terra, nos coloca em contato com os valores terrenos, é o próprio amor realizado. Esta Lua-Mãe, foi expressa mitológicamente pelos gregos como Deméter com sua prodigiosa energia para nutrir e acalentar e sua dedicação desinteressada para com os filhos e a família. Esta deusa-mãe também é visualizada em Cibele, Ísis, em Astarte e na Virgem Maria. Todas aparecem sempre com o filho, o que pressupõe uma capacidade de relacionamento e reprodução realizada. O filho representa o nascimento, o Logos no feminino. A Lua, deste modo, relaciona-se com o mundo de maneira mais humana, através de seu filho. Estabelece-se assim, um contato mais íntimo entre o mundo interno e o externo, do divino com o terreno e do espiritual com o material.
      A maternidade em si já é uma doação, mas também associa-se à capacidade de sacrifício. Todas as deusas citadas, têm em comum o fato de terem um filho que morre e depois ressuscita. O filho seria a semente que morre, se decompõe na terra, para trazer em seguida a renovação da vida. Mas, enquanto não chega a hora do sacrifício, o filho reina junto com a Mãe-Lua e é controlado por ela.
      A mulher regida pela Lua Cheia é mais confiável, pois se assemelha à Mãe. Ela é acolhedora, mais domesticada e sempre se coloca à disposição e proteção do outro. Esta mulher tem os pés no chão e seus mistérios não são tão ocultos, pois ela se revela mais claramente. Ela acolhe a criação, que é a união do masculino com o feminino. Mas esta mulher tem uma preocupação exagerada com a segurança, o que impede o seu aprofundamento em seus relacionamentos, pois o contato mais íntimo, pode constituir-se em uma ameaça. Desenvolve então, um controle fora do comum e nada pode pegá-la desprevenida. Aqui desenvolve-se um impedimento a sua criatividade, pois seus passos são calculados, evitando confrontar-se com o desconhecido, que podem lhe proporcionar surpresas desagradáveis.
      A mulher-lua-cheia é a esposa e mãe perfeita, desfaz-se em eficiência e cuidados, mas falta-lhe a paixão e a inquietação.



Postado por Liliam Padilha Ferreira às 09:32 0 comentários
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