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transcendendo.......

O silêncio fala mais que mil palavras. O silêncio enche o ar de vibrações que nenhum som é capaz de produzir. Quando nos quedamos diante de nós mesmos e deixamos que a nossa alma flua, não necessitamos de palavras. O silêncio, que a tudo imobiliza, inunda o coração e fala por nós. Por mais que as palavras sejam maravilhosas, as rimas por vezes se quebram e se transformam em soluços. Então, o silêncio pode ser a máxima expressão do nosso íntimo. (Lisieux)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Bule de Chá de Russell


O Bule de Chá de Russell, eventualmente chamado de Bule Celestial, é uma analogia criada pelo filósofo Bertrand Russell (1872–1970) que tem por finalidade mostrar que a dificuldade de desmentir uma hipótese não torna esta verdadeira, e que não compete a quem duvida desmenti-la, mas quem acredita nela é que deve provar sua veracidade. Num artigo chamado "Existe um Deus?",[1] Russell escreveu:


"Muitos indivíduos ortodoxos dão a entender que é papel dos céticos refutar os dogmas apresentados – em vez dos dogmáticos terem de prová-los. Essa ideia, obviamente, é um erro. De minha parte, poderia sugerir que entre a Terra e Marte há um pote de chá de porcelana girando em torno do Sol em uma órbita elíptica, e ninguém seria capaz de refutar minha asserção, tendo em vista que teria o cuidado de acrescentar que o pote de chá é pequeno demais para ser observado mesmo pelos nossos telescópios mais poderosos. Mas se afirmasse que, devido à minha asserção não poder ser refutada, seria uma presunção intolerável da razão humana duvidar dela, com razão pensariam que estou falando uma tolice. Entretanto, se a existência de tal pote de chá fosse afirmada em livros antigos, ensinada como a verdade sagrada todo domingo e instilada nas mentes das crianças na escola, a hesitação de crer em sua existência seria sinal de excentricidade e levaria o cético às atenções de um psiquiatra, numa época esclarecida, ou às atenções de um inquisidor, numa época passada."


 O livro O Capelão do Diabo, Richard Dawkins desenvolveu esta analogia do bule de chá celestial:
"A razão da religião reagir contra esta ideia, ao contrário da crença no Bule de Chá de Russell, é porque a religião é poderosa, influente, se autoexime e sistematicamente é passada para crianças que são jovens demais para se defenderem sozinhas. Crianças não são compelidas a passar seus anos de alfabetização lendo livros insanos sobre bules de chá. Escolas públicas não excluem crianças cujo pais preferem formatos diferentes de bule. Os crentes no bule de chá não ameaçam com a morte quem não crê no bule, quem duvida do bule ou quem blasfema contra o bule. Mães não aconselham seus filhos a se casarem com mulheres que creem no bule de chá celestial, tal como todos os seus parentes se casaram. Pessoas que misturam leite no chá não têm suas pernas quebradas por quem prefere o chá puro."
Em seus livros O Capelão do Diabo e Deus um Delírio, Dawkins usa o bule de chá como uma analogia de um argumento contra o que ele chamou de "conciliação agnóstica". Se a ciência não tem nenhuma maneira de estabelecer a existência ou a não-existência de Deus, acreditar ou não acreditar é um questão de gosto para o conciliador agnóstico. Então, acreditar ou não acreditar merece o mesmo respeito. Dawkins apresenta o bule de chá como uma redução ao absurdo dessa posição: se agnosticismo respeita igualmente a crença e a não crença num ser supremo, então deve respeitar igualmente a crença no bule de chá celestial, já que a existência do bule é cientificamente tão plausível quanto a existência de um ser supremo [2].
Peter Atkins disse que o ponto principal do Bule de Chá de Russel é mostrar que um cientista não pode provar a negação, e então a Navalha de Occam demanda que a teoria mais simples (nao qual não há ser supremo) deve prevalecer à teoria mais complexa (que há um ser supremo).
O conceito do Bule de Chá de Russell tem sido explorado com humor, mais explicitamente do que paródias como a do Unicórnio Cor-de-rosa Invisível ou do Monstro do Espaguete Voador.



Postado por Liliam Padilha Ferreira às 22:58 0 comentários

terça-feira, 21 de junho de 2011

JUNG SIMPLESMENTE





Os símbolos e arquétipos de Jung



Para que possamos falar de símbolos e arquétipos, é necessário explicar o conceito de inconsciente coletivo. De maneira simples, inconsciente coletivo é a parte do inconsciente individual que resulta da experiência ancestral da espécie, ou seja, ele contêm material psíquico que não provêm da experiência pessoal.
Jung compara o inconsciente coletivo ao ar, que é o mesmo em todo o lugar, é respirado por todos e não pertence a ninguém.

O conteúdo psíquico do inconsciente coletivo são os arquétipos. Que são uma forma de pensamento universal com carga afetiva, que é herdada. Os arquétipos são como diferentes “formas de bolo”, que dão características ao bolo. Eles dão origem as fantasias individuais e também às mitologias de todas as épocas. Por exemplo, todo mundo quer encontrar seu “par perfeito” ou alma gêmea, pode-se dizer que isto se resulta de um arquétipo, da figura de Adão e Eva, ou de outra, pois em todas as religiões existe uma história que ilustra a união entre “as polaridades”.

Este conceito se propaga e por mais que qualquer pessoa negue, sempre existe um desejo ainda que inconsciente de se encontrar alguém muito especial que corresponda ao que esperamos. Esta é uma fantasia individual resultante de um mito. Jung nos diz que o conceito de arquétipo é muito mal compreendido, pois este não expressa uma imagem ou conteúdo definido, mas sim uma variação de detalhes e um motivo, mas nunca perdendo a configuração original.

Seguindo o mesmo exemplo anterior das almas gêmeas, existe o desejo de encontrar alguém que seja o mais próximo possível da perfeição (talvez você esteja negando isto bem agora, mas lembre-se que isto é inconsciente!), mas o que é ser perfeito? Para cada pessoa existe um conceito. Entendeu agora?!

Todo arquétipo traz características positivas e negativas, por exemplo, você pode querer ser o príncipe da Branca de Neve, com o cavalo branco e tudo, mas também existe uma imagem e um medo de que este vire um sapo, ou que o romance acabe como o de Romeu e Julieta.

Estes arquétipos e muitos outros presentes em nós, como a figura materna, a figura do irmão ou da irmã, entre outros, não podem ser destruídos e permaneceram em nós por toda a nossa existência, mas necessitam ser constantemente trabalhados. As principais estruturas formadoras de nossa personalidade são arquétipos.

Bom, agora vamos falar um pouco sobre os símbolos, estes não podem ser comparados aos arquétipos, já que os arquétipos não tem um conteúdo definido. Nosso inconsciente se expressa basicamente pelos símbolos.

Os símbolos podem ser individuais ou coletivos. Jung se interessou mais pelos coletivos ou universais como: a estrela de Davi, a Cruz entre outros, em sua grande maioria religiosos. Um dos mais famosos símbolos é o Martelo de Thor, adotado por Hitler como Suástica. O Martelo de Thor (Deus do Trovão), é do tempo dos Víkings e simboliza a proteção divina contra o perigo. Mas como foi mal usado por Hitler, hoje vemos esse símbolo com medo e desaprovação. Para conseguir desprogramar esse estado, não basta saber a verdade, mas sim repeti-la várias e várias vezes até se reprogramar a mente.

Os símbolos podem ser nomes, imagens familiares entre outros, eles possuem um significado obvio, mas também trazem conotações específicas. A imagem, o nome ou outra coisa, só pode ser considerada símbolo quando evoca algo mais que seu simples significado.
Por exemplo, o nome de Jesus, não é apenas um nome, tornou-se símbolo, porque traz consigo muitas outras coisas, mesmo para quem não é um cristão. O nome Jesus traz um aspecto inconsciente, que não pode ser definido ou explicado plenamente. Assim são os símbolos.

O símbolo é algo dinâmico e vivo, que vai além do consciente. Eles podem ser encontrados nos sonhos com uma representação individual ou coletiva. Por isso, quando aparecerem símbolos em seus sonhos, procure saber o que eles representam para você, fazendo uma ponte para com a sua situação de vida. Jung dizia que como uma planta produz flores, assim também a psique cria os símbolos.

Toda essa história de símbolos, arquétipos e inconsciente coletivo, nos deixa várias portas abertas à diferentes interpretações. Um médico poderia dizer que tudo isto é transmitido geneticamente, um sociólogo, poderia dizer que é pelo meio-ambiente e a cultura que impõe esses conceitos desde cedo, ou ainda um espiritualista pode compreender isto como uma referência à imortalidade do espirito e à bagagem da alma em suas muitas viagens pelo planeta.
Escolha sua!

Rodrigo De Souza
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 22:47 0 comentários

domingo, 19 de junho de 2011

O QUE DEUS FAZIA ANTES DO BIG BANG









EVENTOS ANTERIORES AO BIG BANG CONTINUAM UM MISTÉRIO


Por Dennis Overbye

O que fazia Deus antes da criação do mundo? O filósofo e escritor ( e, mais tarde, santo) Agostinho levantou essa questão nas suas "Confissões", no século quatro, e encontrou uma resposta surpreendentemente moderna: antes de Deus ter criado o mundo não havia tempo e, portanto, nenhum "antes". Parafraseando Gertrude Stein, não havia "então".


Até recentemente ninguém seria capaz de, ao assistir a uma palestra sobre astronomia, formular a versão moderna da questão de Agostinho - o que aconteceu antes do Big Bang? -, sem receber a mesma resposta frustrante, uma cortesia da teoria da relatividade geral de Albert Einstein, que descreve como a matéria e a energia distorcem o espaço e o tempo.


Se imaginarmos que o universo está encolhendo de volta no tempo, como se fosse um filme rodado ao contrário, a densidade da matéria e da energia aumentaria até o infinito conforme nos aproximássemos do momento da sua origem. Os computadores soltariam fumaça e o espaço e o tempo se dissolveriam em uma "espuma quântica". "Os nossos relógios e réguas se quebrariam", explica Andrei Linde, cosmologista da Universidade de Stanford. "Perguntar o que havia antes desse momento seria uma contradição".


Mais tarde, porém, encorajado pelo progresso feito em novas teorias que procuram unificar o reino altaneiro de Einstein com as imprevisíveis leis quânticas que governam a física subatômica - a chamada gravidade quântica - Linde e os seus colegas começaram a refinar as suas especulações, chegando cada vez mais perto do momento da criação e, em certos casos, indo além dele.


Alguns teóricos sugerem que o Big Bang não foi exatamente um nascimento, mas sim uma transição, um "salto quântico" a partir de uma era informe de tempo imaginário. Ou mesmo que esse salto se deu a partir do nada. Outros cientistas estão investigando modelos nos quais a história cósmica começa a partir de uma colisão com um universo de outra dimensão.


Toda essa especulação teórica ganhou fôlego devido a notícias recentes sobre a ocorrência de ondas em uma difusa radiação existente no espaço, que se acredita que sejam remanescentes da bola de fogo primordial do Big Bang. Essas ondas são consistentes com uma teoria popular, conhecida como inflação cósmica, segundo a qual o universo sofreu uma aceleração súbita da sua expansão sob a influência de uma violenta força antigravitacional, quando tinha a idade de apenas frações de frações de um nanosegundo. Essas ondas fornecem, portanto, uma baliza útil para a imaginação dos teóricos. Segundo os cosmologistas, qualquer teoria sobre as origens cósmicas que não explique esse fenômeno tem poucas chances de ser correta.


Felizmente (ou infelizmente), isso ainda deixa espaço para várias outras possibilidades.


"Se a inflação foi a dinamite que causou o Big Bang, ainda estamos procurando pelo palito de fósforo", diz Michael Turner, cosmologista da Universidade de Chicago. O único ponto com que todos os especialistas concordam é com o fato de que nenhuma idéia relativa à origem do Big Bang funcionou - pelo menos até o momento.Turner compara os cosmologistas a músicos de jazz coletando temas que parecem soar bem para um trabalho em andamento: "Você ouve algo e diz, 'Ah, sim, quero que isso faça parte do trabalho final'".


Uma resposta para aqueles que perguntam o que ocorreu antes do Big Bang é a afirmação de que isso não importa, já que trata-se de algo que não afeta o estado atual do universo. De acordo com a teoria conhecida como "inflação eterna", lançada por Linde em 1986, aquilo que sabemos sobre o Big Bang é apenas uma parte, dentre várias, que formam uma reação em cadeia de big bangs, por meio da qual o universo se reproduz e se reinventa eternamente. "Qualquer ponto particular do universo pode morrer, e provavelmente morrerá, mas o universo, tomado como um todo, é imortal", afirma Linde.


A teoria de Linde é uma modificação da teoria da inflação proposta em 1980 pelo físico Alan Guth. Ele considerou o que aconteceria se, quando o universo estivesse esfriando durante os seus primeiros momentos, marcados por um calor violento, um campo de energia, conhecido como Campo de Higgs, que interage com as partículas para lhes conferir massa, fosse, de alguma forma, incapaz de liberar a sua energia por um breve momento.


O físico concluiu que o espaço seria tomado por uma espécie de energia latente que empurraria o universo violentamente para todas as direções, dilacerando-o. Em um espaço de tempo infinitesimal, o universo dobraria de tamanho por cerca de sessenta vezes, até que o Campo de Higgs liberasse a sua energia e preenchesse o universo super-acelerado com partículas quentes. A partir daí começaria a história do Cosmo.


Os cosmologistas apreciam a teoria da inflação porque tal aceleração teria suavizado qualquer irregularidade gritante proveniente do cosmo primordial, deixando-o homogêneo e geometricamente achatado. Além do mais, a inflação teria permitido que o cosmo se expandisse a partir de uma quase nulidade, o que fez com que Guth apelidasse o universo de "a maior das bocas livres".


Cálculos subseqüentes descartaram o Campo de Higgs como agente causador da inflação, mas existem outros candidatos que causariam o mesmo efeito. E o mais importante é que, de uma perspectiva "pré-Big Bang", uma bolha inflacionária poderia ter criado outra, que por sua vez formaria uma outra. Na verdade, cada bolha seria um novo big bang, um novo universo com diferentes características e talvez até mesmo com diferentes dimensões. O nosso universo seria meramente um dentre vários.


"Caso se inicie, esse processo pode prosseguir para sempre", explica Linde


O maior dos universos concebidos pela inflação eterna é tão inimaginavelmente grande, caótico e variado que a questão da sua origem se torna quase que irrelevante. Para cosmólogos como Guth e Linde, é isso exatamente que a teoria possui de mais atraente.


"A inflação caótica nos permite explicar o nosso mundo sem ter que assumir por exemplo que houve uma criação simultânea de todo o universo a partir do nada", afirma Linde.


A despeito disso, a maior parte dos cosmologistas, incluindo Guth e Linde, concorda com a idéia de que o universo tenha se originado de algo, e que o nada não é o candidato principal para ser o ponto de partida do cosmo.


Como resultado, uma outra proposta popular entre os cosmologistas é a da teoria quântica. Segundo o princípio da incerteza de Heisenberg, um dos pilares desse mundo paradoxal, o espaço vazio nunca pode ser considerado como sendo realmente vazio. Partículas subatômicas são capazes de surgir e desaparecer a partir de campos energéticos. Por mais estranha que essa idéia possa parecer, os efeitos dessas flutuações quânticas foram observados em átomos. E flutuações similares ocorridas durante a inflação devem ter produzido as sementes em torno das quais as galáxias de hoje se formaram.


Poderia o universo, da mesma forma, ser o resultado de uma flutuação quântica ocorrida em alguma forma de "nada" primordial ou eterno? Talvez, como sugere Turner, "O nada seja instável".


Os problemas filosóficos que afligem a mecânica quântica comum são amplificados pela chamada cosmologia quântica. Por exemplo, Linde aponta o problema do ovo e da galinha. O que surgiu primeiro: o universo ou a lei que o governa? Ou, conforme ele coloca a questão, "Se não havia uma lei, como foi que o universo surgiu?".


Uma das primeiras tentativas para se imaginar o nada como a fonte de tudo ocorreu em 1965, quando John Wheeler e Bryce De Witt, que hoje trabalham na Universidade do Texas, escreveram uma equação que combinava a teoria da relatividade geral e a teoria quântica. Desde então, os cientistas teóricos têm discutido incessantemente essa equação.


A equação Wheeler-De Witt parece se referir àquilo que os físicos costumam chamar de "super-espaço", uma espécie de agrupamento matemático de todos os universos possíveis. Aqueles que existem por apenas cinco minutos, antes de entrarem em colapso, formando buracos negros; os que são repletos de estrelas vermelhas, e que existem por toda a eternidade; aqueles cheios de vida; os que são completamente desertos; e aqueles nos quais as constantes físicas e talvez até o número de dimensões sejam diferentes daqueles do nosso universo.


Segundo a mecânica quântica comum, um elétron pode ser imaginado como estando distribuído por todo o espaço, até o momento em que é mensurado e observado, quando fica determinada a sua localização específica. Da mesma forma, o nosso universo também se distribuiria por todo o super-espaço, até que, de alguma forma, pudesse ser observado um sistema de qualidades e de leis. Isso dá margem a mais uma das grandes questões. Já que ninguém pode sair do universo, quem o estaria observando?


Wheeler sugere que uma resposta para essa questão seria afirmar que os observadores seríamos nós mesmos, agindo por meio de uma observação mecânica-quântica. Ele denomina esse processo de "gênese pela observação".


"O passado é teoria", escreveu o cientista. "Ele não possui existência, exceto nos registros do presente. Nós somos participantes, no nível microscópico, da confecção do passado, bem como do presente e do futuro". De fato, a resposta de Wheeler para Santo Agostinho é que nós, coletivamente, somos Deus, e estamos incessantemente criando o universo.


Uma outra opção, que possui muitos adeptos entre os cosmologistas, é a chamada "interpretação dos vários mundos", que afirma que todos esses possíveis universos realmente existem. Por acaso nós estaríamos vivendo em um universo cujos atributos seriam favoráveis à nossa existência.


Mas um outro mistério embutido na equação Wheeler-De Witt é o fato de ela não fazer menção ao tempo. No super-espaço, tudo ocorre uma vez e definitivamente, o que leva alguns físicos a questionar o papel do tempo nas leis fundamentais da natureza. No seu livro, "The End of Time" (O Fim do Tempo), cuja publicação foi feita de forma a coincidir com a passagem do milênio, Julian Barbour, um físico independente que foi aluno de Einstein na Inglaterra, argumenta que o universo consiste de uma pilha de momentos, como cartas de um baralho, que podem ser embaralhados e reembaralhados de forma arbitrária, de forma a fornecer a ilusão de que existe tempo e história.


O Big Bang seria apenas uma outra carta no baralho, juntamente com todos os outros momentos. Um passado eterno do universo. "A imortalidade está aqui", escreve ele no livro. "A nossa tarefa é reconhece-la".


Carlo Rovelli, um teórico especializado em gravidade quântica, da Universidade de Pittsburgh, afirma que a equação Wheeler-De Witt também não menciona o espaço, sugerindo que, tanto o espaço quanto o tempo podem ser os artefatos de algo mais profundo. "Se levarmos a sério a teoria da relatividade", diz ele, "temos que aprender a fazer a abordagem da física sem espaço e sem tempo, na teoria fundamental".


Embora admitindo que não são capazes de responder a essas questões filosóficas, alguns teóricos se comprometeram a tentar imaginar a criação quântica com um rigor matemático.


Alexander Vilenkin, físico da Universidade Tufts, em Somerville, Massachusetts, comparou o universo a uma panela de água fervente. Assim como acontece na água, somente bolhas de um determinado tamanho perduram e se expandem. As menores desaparecem. Assim, ao ser criado, o universo tem que saltar de um estado onde não há dimensão - um espaço de raio zero, "sem espaço e tempo" - para um outro onde o raio seja suficiente para que a inflação controle os acontecimentos, sem no entanto passar por estágios intermediários de tamanho. Um processo mecânico quântico conhecido como "tunneling".


Stephen Hawking, o cosmologista da Universidade de Cambridge e autor de best-sellers, descartaria completamente a teoria do salto quântico. Nos últimos vinte anos, ele e os seus colaboradores têm trabalhado no que Hawking chama de "proposta sem limites". "O limite do universo é o fato de ele não ter limites", gosta de dizer o cosmologista.


Uma das chaves para a abordagem de Hawking é a substituição do tempo, nas suas equações, por um conceito matemático chamado de tempo imaginário. Essa técnica é normalmente utilizada nos cálculos relativos aos buracos negros e em certos campos da física de partículas, mas a sua aplicação à cosmologia é controversa.


O universo, até o momento da sua origem, é representado por um objeto matemático de forma cônica, conhecido como "instanton", que possui quatro dimensões espaciais (com o formato aproximado de uma esfera amassada) ao final do Big Bang e que, a seguir, passa a existir no tempo real e começa a se inflacionar. "Na verdade, ele sofre uma espécie de explosão, formando um universo infinito", diz Neil Turok, que também trabalha na Universidade de Cambridge. "Todos os eventos do futuro estão determinados. Tudo está implícito no instanton".


Infelizmente, o significado físico do tempo imaginário não é claro. Além disso, essa abordagem termina por levar a um universo que é muito menos denso do que o real.


Mas qualquer progresso real em se discernir os detalhes do salto da eternidade para o tempo, segundo os cosmologistas, terá que esperar pela formulação de uma teoria unificada da gravidade quântica que obtenha êxito em conjugar a relatividade geral einsteiniana com a mecânica quântica. Duas visões do mundo, uma descrevendo o espaço-tempo, curvo e contínuo, e a outra um mundo descontínuo e aleatório. Essas duas escolas travam uma guerra matemática e filosófica há quase um século. Tal teoria seria capaz de lidar com o universo durante a fúria do Big Bang, quando até mesmo o espaço e o tempo teriam que se submeter ao princípio da incerteza, tornando-se aleatórios e descontínuos.


Nos últimos anos, vários físicos tem depositado as suas esperanças com relação à gravidade quântica na teoria das cordas, um esforço matemático em andamento que se constitui em um verdadeiro labirinto de idéias, tentando representar a natureza como sendo formada de pequenas cordas onduladas ou membranas vibrando em 10 ou 11 dimensões.


A princípio, a teoria das cordas poderia explicar todas as forças conhecidas (e desconhecidas) da natureza. Na prática, os adeptos da teoria das cordas admitem que até mesmo as suas equações são apenas aproximações. Os físicos que não são especialistas dessa área reclamam de que os efeitos da "física das cordas" ocorreriam em níveis de energia tão elevados que não há a menor esperanças de que se possa testa-los nos aceleradores de partículas atuais. Portanto, os teóricos estão se aventurando pelos campos da cosmologia, em parte porque esperam descobrir algum efeito observável.


O Big Bang é um alvo óbvio. Um mundo feito de pequenas voltas possui um tamanho mínimo. Ele não pode encolher de forma a ficar menor do que as voltas das cordas. Essa idéia foi proposta por Robert Brandenberger, em 1989. Segundo o cientista da Brown University, ao se usar equações de cordas para imaginar o espaço encolhendo e ficando menor do que determinada dimensão, o universo se comportaria como se estivesse aumentando de tamanho. "É como se ele estivesse saltitando, após um período de colapso".


Segundo essa visão, o Big Bang estaria mais para uma transformação, como o gelo que se derrete, formando a água, do que para um nascimento. Linde afirma que "essa é uma idéia interessante, que deve ser explorada". "Talvez houvesse espécies diferentes de espaço e de tempo antes do Big Bang. Talvez o universo seja eterno", diz Linde. "Talvez ele apenas mude de fase. Será que ele é formado do Nada? Ou seria uma transição de fase? Essas perguntas se aproximam muito das questões religiosas".


O trabalho do Brandenberger e Vafa também explica porque vemos apenas três das nove ou dez dimensões espaciais existentes, segundo a teoria das cordas. No início dos tempos as cordas poderiam se enrolar em volta do espaço e estrangular a maior parte das dimensões espaciais, impedindo-as de crescer.


Nos últimos anos, os estudiosos da teoria das cordas ficaram eufóricos devido à descoberta de que a teoria admite a existência de membranas de várias dimensões. Além do mais eles começaram a explorar a possibilidade de que pelo menos uma dessas dimensões extras exista em uma escala de pelo menos um milímetro, o que é uma enormidade em se tratando de física de cordas. Nessa nova cosmologia, o nosso mundo seria uma ilha tridimensional, ou uma membrana flutuando em um espaço de cinco dimensões, como se fosse uma folha de árvore boiando em um tanque de peixes. Outras membranas poderiam estar flutuando ao lado. Partículas como quarks e elétrons e forças como o eletromagnetismo estariam aprisionadas na membrana, mas a gravidade não. Portanto, esses mundos-membranas exerceriam atração gravitacional uns sobre os outros.


"A uma fração de milímetro de nós está um outro universo", diz Linde. "Ele pode estar lá. Isso pode ser o fator determinante do universo em que vivemos".


Esse outro universo poderia ocasionar, ele próprio, a criação, segundo várias teorias recentes. Uma delas, chamada de "Branefall", foi desenvolvida em 1998 por Georgi Dvali, da Universidade de Nova York, e por Henry Tye, de Cornell. Nessa teoria, o universo emerge do seu estado quanticamente informe como um emaranhado de cordas e membranas frias e vazias. Se, no entanto, existir uma lacuna entre as membranas em algum ponto, elas começam a despencar em conjunto.


Segundo Dvali, cada membrana experimentaria o envolvente campo gravitacional das outras membranas como se fosse um campo energético do seu próprio espaço tridimensional e começaria a se inflacionar rapidamente, dobrando de tamanho por mais de mil vezes durante o período decorrido para que as membranas caíssem em conjunto. "Se houvesse pelo menos uma região na qual as membranas fossem paralelas, essas regiões iniciariam um enorme processo de expansão, enquanto que outras regiões iriam encolher e entrar em colapso", afirma Dvali.


Quando as membranas finalmente colidissem, a sua energia seria liberada e o universo se aqueceria, enchendo-se de matéria e de calor, como ocorre com o Big Bang tradicional.


Nesta primavera, quatro físicos propuseram um tipo diferente de choque de membranas que, segundo eles, poderia eliminar a necessidade da inflação, a peça fundamental da teoria do Big Bang, há 20 anos. Paul Steinhardt, um dos pais da teoria da inflação, e o seu aluno, Justin Khoury, ambos de Princeton, Burt Ovrut, da Universidade da Pensilvânia e Turok, chamam isso de "universo ekpyrótico", um termo derivado da palavra grega "ekpyrosis", que denota a morte violenta e o renascimento do mundo, segundo a filosofia estóica.


O processo ekpirótico teria começado nas profundezas de um passado indefinido, com um par de membranas achatadas e vazias, paralelas, e localizadas em um espaço destorcido pentadimensional. Uma situação que, segundo eles, representa a solução mais simples para as equações de Einstein em uma versão avançada da teoria das cordas. Os autores acham que o fato de não terem assumido nenhum efeito extra, que já não exista na teoria, é um ponto que conta a seu favor. "Portanto, estamos propondo um modelo potencialmente realista de cosmologia", escreveram eles em um trabalho.


As duas membranas, que formam paredes da quinta dimensão, poderiam surgir do nada, como uma flutuação quântica em um passado ainda mais distante, e depois se separarem.


Em determinado momento, talvez quando as membranas tivessem atingido uma distância crítica, uma terceira membrana poderia ter se destacado de outra e começado a cair em direção à nossa. Durante a sua longa jornada, as flutuações quânticas causariam ondulações na superfície da membrana, e essas ondas imprimiriam as sementes das futuras galáxias por toda a nossa membrana no momento da colisão. Steinhardt expôs essa teoria em uma conferência astronômica em Baltimore, em abril.


Nas semanas subseqüentes o universo ekpyrótico foi bastante discutido. Alguns cosmologistas, especialmente Linde, argumentaram que ao exigir membranas perfeitamente achatadas e paralelas, o universo ekpyrótico requer uma calibragem excessiva.


Em uma crítica, Linde e os seus colegas sugeriram uma modificação que chamaram de "universo pirotécnico".


Steinhardt admite que o modelo ekpirótico começou a partir de uma condição muito específica, porém lógica. O importante, segundo ele, foi verificar se o universo poderia ter surgido a partir de um estado muito antigo e quase estável, "extremamente diferente do modelo inflacionário". A resposta foi positiva. O seu colaborador, Turok, afirmou, além disso, que a inflação também requer uma calibragem para que possa ter produzido o universo moderno, e os físicos ainda não sabem qual foi o campo que realmente o criou.


"Até que tenhamos solucionado o problema da gravidade quântica e conectado a teoria das cordas com a física de partículas, nenhum de nós poderá cantar vitória", afirma Turok.


Enquanto isso, Santo Agostinho dorme em paz.
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 22:59 2 comentários

SENSUALIDADE


« Vandalismo infantil na Internet criticado
Pais devem atentar para armadilhas na web »

Sexualizar muito cedo é arriscado

julho 31, 2007 por Ana
Ansiedade, anorexia, bulimia e depressão, entre outros distúrbios físicos e psíquicos, pode ser o preço a pagar pela erotização precoce das menores.
Não são poucos os perigos da actual tendência para sexualizar a infância.
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Actualmente as meninas não se divertem a brincar com plasticina, colorir desenhos ou aprender a andar de bicicleta. Empenham-se em ter o aspecto de Beyoncé, dançar como Shakira, vestir tops e minissaias que deixem à mostra o umbigo e preocupam-se em saber quando os pais lhes darão autorização para fazer uma tatuagem, colocar um piercing ou implantes de silicone no peito que deixem os rapazes loucos.
Atentos a isto, os especialistas fizeram soar o alarme para o que chamam de sexualização precoce da infância, mais concretamente das meninas. O problema não reside apenas no facto de esta tendência lhes estar a roubar uma etapa necessária como a infância. A erotização infantil eleva o risco de problemas físicos e psicológicos a médio e longo prazos.
Os problemas de conduta alimentar e os complexos estéticos começam antes. Doenças de transmissão sexual e problemas indesejados estão a ser imputados à imaturidade. Os psiquiatras e psicólogos infantis têm salas de espera repletas de raparigas deprimidas pelo tamanho do peito ou porque os rapazes não as convidam para sair.
Tudo isto contribui para perpetuar a situação de inferioridade da mulher em relação ao homem e para que acreditem que só através do sexo serão válidas enquanto pessoas.
SONHO DE CRIANÇA
Olive é uma menina de seis anos, gorduchinha, com óculos e dentes separados. Um golpe de sorte empurra-a para a final do concurso de beleza mais prestigiado do país. Toda a família se amontoa numa furgoneta velha e ruma à grande cidade, onde a pequena e sobretudo o pai depositam todas as esperanças.
“Sou gira?”, pergunta a pequena ao avô, que lhe responde ser tão bonita por dentro como por fora.
Cenas antes, Olive chegou a recusar comer um gelado pelos estragos que poderiam causar na sua figura, que se prepara para converter numa rainha de beleza infantil.
Muitos já se terão apercebido tratar-se do enredo de ‘Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos’, mas talvez poucos dêem conta que o panorama descrito com tanto sarcasmo no filme americano é assombrosamente real e não se passa unicamente no outro lado do Atlântico.
De facto, as televisões europeias estão repletas de musicais em que os miúdos dançam, cantam e se expressam como se fossem estrelas em miniatura.
TURISMO SEXUAL
A Associação de Psicologia Americana publicou recentemente um documento no qual denuncia a tendência sexualizadora que domina na sociedade.
Concretamente manifesta preocupação pelo facto de a roupa, brinquedos, cosméticos, videojogos, filmes, desenhos animados e meios de comunicação dirigidos aos mais pequenos (para quatro anos) começarem a dar ênfase aos atributos eróticos, fundamentalmente das meninas, e ao benefício pessoal que se pode tirar do grau de atractividade sexual.
A polémica quanto à erotização da infância aumentou devido a uma campanha publicitária da Armani, destinada a promover uma linha de roupa juvenil, na qual surgem duas meninas maquilhadas e vestidas de biquíni. A empresa foi acusada de fomentar o turismo sexual.
O RISCO DE CRESCER SEM VALORES
O cirurgião pediátrico e plástico Gentil Martins chama a atenção para os riscos que correm as crianças ao não existir acompanhamento permanente dos pais na educação dos filhos. “A formação da personalidade das crianças ocorre entre os seis e os dez anos, uma fase crucial no seu crescimento. É fundamental que os pais dêem educação aos filhos, transmitindo-lhes os valores. Se não for feita essa educação, as crianças crescem sem valores porque têm tendência para imitar o que vêem na televisão e as imagens pop.”
O especialista admite que não é possível impedir que as crianças vejam televisão e fiquem sujeitas às imagens de sexo. Contudo, Gentil Martins sublinha que os pais “devem estar presentes nesses momentos para lhes descodificar as imagens e contrabalançar a mensagem televisiva, explicando aos filhos o que significa o sexo e a importância da afectividade”.
ALTERAÇÕES
A tendência para a sexualização dos mais novos provoca alterações físicas e psíquicas a médio e longo prazos.
DEPRESSÃO
Nos últimos vinte anos as preocupações das raparigas giram, não em torno dos estudos, mas do aspecto físico. Não alcançar os objectivos provoca insatisfação, ansiedade e depressão.
ANOREXIA
É o problema mais sensível na hora de avaliar as consequências da erotização das meninas. Os especialistas denunciam o ideal de beleza caracterizado pela magreza extrema e medidas impossíveis.
DISTÚRBIOS
Perseguir ideais de beleza tem arrastado adolescentes para a anorexia e bulimia. A idade média dos primeiros distúrbios alimentares é nove anos.
ABUSOS
A imaturidade psicossexual leva à adopção de condutas sexuais de risco (promiscuidade, descuido com anticonceptivos) que repercutem no aumento das doenças (sida, outras), gravidezes e traumas (violação).
INSATISFAÇÃO
Uma rapariga que faz uma cirurgia para disfarçar uma suposta imperfeição estética corre riscos psicológicos, pois estas condutas são viciantes e fomentam insatisfação perpétua e riscos físicos, já que o corpo não concluiu a formação.

Fonte: Correio da Manhã, de Portugal
Leia mais artigos como esse clicando na categoria ao lado “Erotização Precoce”
http://diganaoaerotizacaoinfantil.wordpress.com/tag/erotizacao-precoce/

Postado por Liliam Padilha Ferreira às 08:47 0 comentários

Metade - Oswaldo Montenegro

Postado por Liliam Padilha Ferreira às 01:25 0 comentários

sábado, 18 de junho de 2011

SABEDORIA INTERIOR



“O amor tem as suas próprias qualidades e uma das qualidades é que o amor compreende. A sua compreensão não está em palavras, nem em pensamento, mas compreende interiormente. Ele pode sentir interiormente, o que é muito importante. Esta é a parte mais importante que alguém tem que compreender: esse amor, você pode somente senti-lo. Você não consegue falar sobre ele, você não consegue torná-lo visível, mas ele está dentro e você pode senti-lo.”
S.S. Shri Mataji Nirmala Devi, Itália, 04.07.2004
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 15:22 0 comentários

terça-feira, 14 de junho de 2011


Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado.
Provérbio árabe

Sindrome de Otélo - O Cíume Patológico

Por Marcelo Souza
Otelo, o mouro de Veneza, é personagem principal do romance do famoso britânico Willian Shakespeare, que conta a história de um homem que ama demais a esposa e que, convencido de sua infidelidade, acaba a matando para logo após descobrir a inocência dela.

O conto de Shakespeare traça muitos paralelos com a nossa vida cotidiana. Nenhum relacionamento está livre das desconfianças e das tentações que o mundo oferece, ainda mais nos dias de hoje em que o apelo sexual está em cada esquina. Porem existe pessoas que passam dos limites nas desconfianças e qualquer indicio, por mais absurdo que seja, é uma prova cabal da traição do parceiro. 

De fato, não são todos os relacionamentos que terminam em morte como o caso de Otelo, mas o crime passional tem aumentado; vemos na TV vários casos de assassinatos ligados a términos de relacionamentos e traições.

Vamos falar um pouco do ciúme patológico, algo que movimenta grande parte dos casos de procura por terapia.

O ciúme patológico é definido como a persistente ideia de que o parceiro(a) possui outros relacionamentos, não importando qual seja a realidade da relação amorosa, pois a sensação é que a relação afetiva está em constante ataque por parte de outras pessoas. Nesse sentido, a pessoa com ciúme patológico interpreta tudo no ambiente como uma prova da infidelidade do parceiro, já que a todo o momento o sentimento é de que o relacionamento corre perigo.

Dizem que o ciúme é algo natural e esperado de qualquer relacionamento, afinal, quem gosta cuida e quer proteger o relacionamento e a pessoa amada. 

Não existe uma escala que nos diz quando o ciúme passa de “normal” para patológico, mas podemos perceber que o ciúme patológico causa intenso sofrimento para o ciumento e para o parceiro, que precisa se submeter a questionários, brigas, controles de todas as formas e, em alguns casos, pode ter sua integridade física ameaçada.

A Síndrome de Otelo é diagnosticada quando existem sintomas e sinais específicos e em conjunto. Podemos dizer que as principais características dessa síndrome incluem: ter o controle da pessoa amada, checar contas de telefone, ler e-mails particulares, vasculhar bolsos, agendas, contas de cartão de crédito, contratar detetives, seguir a pessoa, dar fonemas constantes, implicar com roupas que o outro usa, implicar com amigos(as) e até mesmo parentes, não permitir que o parceiro saia desacompanhado, entre outros.

É importante ressaltar que a pessoa que sofre do ciúme patológico fundamenta suas ações em distorções e falsas interpretações da realidade. Quando o ciúme ameaça a integridade do relacionamento e qualquer estímulo é interpretado como uma prova de traição, por mais irracional e absurdo que sejam os argumentos usados pelo ciumento, então é preciso ficar atento.

Quando existe agressão física e ameaças de diversas ordens, o relacionamento não tem mais chances de se tornar saudável sem a ajuda profissional de um terapeuta treinado para tal.

Quem se envolve com um ciumento patológico vive em constante ameaça, cobranças, brigas e precisa se justificar de tudo que faz a todo o momento. É um tipo de relacionamento penoso e desgastante, e transtornos de ansiedade e depressão costumam se instalar na vítima do ciumento.

A vítima perde a identidade e a paz e, como no caso de Eloá Pimentel, que foi mantida como refém por 68 horas por Lindenberg Alves em 2008, pode também perder a vida.

As terapias de abordagem comportamental (Analise do Comportamento) e Cognitivo Comportamental (TCC) são as mais indicadas para o tratamento desse tipo de caso, possuindo estudos e pesquisas de alto grau de evidência científica, atestando que de fato funcionam.

O ciúme patológico ou Síndrome de Otelo é um problema que existe há séculos e que afeta milhões de pessoas no mundo todo, sendo contudo um problema tratável e com grandes possibilidades de melhora quando realizado por um profissional qualificado e devidamente treinado.

Postado por Liliam Padilha Ferreira às 23:44 0 comentários


SEU ANJO SABE
Quando você está cansado e desencorajado
Por esforços que não deram frutos
Seu Anjo sabe o quanto você tentou..

Quando você chorou por longo tempo
Com o coração cheio de angústia
Ele contou suas lágrimas...

Se você sente que sua vida está perdida
E que muito tempo também se perdeu,
Ele está confortando você...

Quando você está solitário
E seus amigos estão muito ocupados
Para um simples telefonema,
Ele acompanha você..

Quando você sente que já tentou de tudo
E não sabe por onde recomeçar,
Ele tem a solução...

Quando nada mais faz sentido
E você se sente frustrado e deprimido,
Ele tenta lhe mostrar respostas...

Se de repente Tudo lhe parece mais brilhante
E você percebe uma luz de esperança,
Nesse momento,
Ele soprou nos seus ouvidos...

Quando as coisas vão bem
E você tem muito para agradecer,
Ele está festejando com você..

Quando algo lhe traz muita alegria
E você se sente refortalecido,
Ele está sorrindo para você...

Quando você tem um propósito a cumprir
E um sonho para seguir,
Ele abre seus olhos e o chama pelo nome...










         
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 23:37 0 comentários

["Comporte-se"]: Psicologia Científica: Sindrome de Otélo - O Cíume Patológico

["Comporte-se"]: Psicologia Científica: Sindrome de Otélo - O Cíume Patológico: "Otelo, o mouro de Veneza, é personagem principal do romance do famoso britânico Willian Shakespeare, que conta a história de um homem que am..."
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 21:49 0 comentários

terça-feira, 7 de junho de 2011

Confira este vídeo incrível do MSN: Homem com paralisia cerebral completa Maratona de Londres após 51 dias

Confira este vídeo incrível do MSN: Homem com paralisia cerebral completa Maratona de Londres após 51 dias
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 12:47 0 comentários

VEM ESPÍRITO , VEM ESPÍRITO ..........



Terça-feira, dia 07 de Junho de 2011
Terça-feira da 7ª semana da Páscoa

Beata Ana de São Bartolomeu, virgem, religiosa, +1626,  Santo António Maria Gianelli, bispo, fundador, +1846



Comentário ao Evangelho do dia feito por 
São Justino : «Esta é a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro»

Leituras

Actos 20,17-27.


De Mileto, Paulo mandou chamar os anciãos da igreja de Éfeso. 
Quando chegaram junto dele, disse-lhes: «Sabeis como, desde o primeiro dia em que cheguei à Ásia, procedi sempre convosco. 
Tenho servido o Senhor com toda a humildade e com lágrimas, no meio das provações, que as ciladas dos judeus me acarretaram. 
Jamais recuei perante qualquer coisa que vos pudesse ser útil. Preguei e instruí-vos, tanto publicamente como nas vossas casas, 
afirmando a judeus e gregos a necessidade de se converterem a Deus e de acreditarem em Nosso Senhor Jesus. 
E agora, obedecendo ao Espírito, vou a Jerusalém, sem saber o que lá me espera; 
só sei que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me avisa de que me aguardam cadeias e tribulações. 
Mas, a meus olhos, a vida não tem valor algum; basta-me poder concluir a minha carreira e cumprir a missão que recebi do Senhor Jesus, dando testemunho do Evangelho da graça de Deus. 
Agora sei que não vereis mais o meu rosto, todos vós, no meio de quem passei, proclamando o Reino. 
Por isso, tomo-vos hoje por testemunhas de que estou limpo do sangue de todos, 
pois jamais recuei, quando era preciso anunciar-vos todos os desígnios de Deus. 


João 17,1-11a.


Assim falou Jesus. Depois, levantando os olhos ao céu, exclamou: «Pai, chegou a hora! Manifesta a glória do teu Filho, de modo que o Filho manifeste a tua glória, 
segundo o poder que lhe deste sobre toda a Humanidade, a fim de que dê a vida eterna a todos os que lhe entregaste. 
Esta é a vida eterna: que te conheçam a ti, único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem Tu enviaste. 
Eu manifestei a tua glória na Terra, levando a cabo a obra que me deste a realizar. 
E agora Tu, ó Pai, manifesta a minha glória junto de ti, aquela glória que Eu tinha junto de ti, antes de o mundo existir. 
Dei-te a conhecer aos homens que, do meio do mundo, me deste. Eles eram teus e Tu mos entregaste e têm guardado a tua palavra. 
Agora ficaram a saber que tudo quanto me deste vem de ti, 
pois as palavras que me transmitiste Eu lhas tenho transmitido. Eles receberam-nas e reconheceram verdadeiramente que Eu vim de ti, e creram que Tu me enviaste. 
É por eles que Eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me confiaste, porque são teus. 
Tudo o que é meu é teu e o que é teu é meu; e neles se manifesta a minha glória. 
Doravante já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, e Eu vou para ti. Pai santo, Tu que a mim te deste, guarda-os em ti, para serem um só, como Nós somos! 


Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por 

São Justino (c. 100-160), filósofo e mártir
Diálogo com Trifão, 2-4,7-8; PG 6, 478-482,491

«Esta é a vida eterna: que Te conheçam a Ti, único Deus verdadeiro»

A minha alma estava impaciente por aprender aquilo que é o princípio e a
essência da filosofia. [...] A inteligência das coisas incorpóreas
cativava-me inteiramente; a contemplação das ideias dava asas ao meu
pensamento. Imaginei-me sábio em pouco tempo e até fui suficientemente tolo
para esperar ver a Deus de imediato, pois tal é o objectivo da filosofia de
Platão. Nesse estado de espírito, [...] dirigi-me a um sítio isolado junto
ao mar, onde esperava ficar só, quando um velhinho começou a seguir-me.
[...]


─ O que te trouxe aqui? ─ perguntou-me. 
─ Gosto deste género de caminhadas [...], são muito favoráveis à
meditação filosófica. [...] 
─ A filosofia traz, portanto, a felicidade? ─ quis ele saber. 
─ Certamente ─ respondi ─, e apenas ela. [...] 
─ Então a que é que tu chamas Deus? 
─ Deus é Aquele que é sempre idêntico a Si próprio e dá o ser a tudo
o resto. 
─ E como é que os filósofos podem ter uma ideia concreta de Deus, se
não O conhecem, visto que nunca O viram, nem escutaram? 
─ Mas ─ respondi ─, a divindade não é visível aos nossos
olhos como o são os outros seres; não é acessível senão à inteligência,
como diz Platão; e eu concordo com ele. [...]


─ Houve, já há muito tempo ─ disse o velho ─, homens
anteriores a todos esses pretensos filósofos, homens felizes, justos e
amigos de Deus. Falavam inspirados pelo Espírito de Deus e prediziam um
futuro agora realizado: chamamos-lhes profetas. Só eles viram a verdade e a
anunciaram aos homens. [...] Os que os lêem podem, se tiverem fé neles,
tirar grande proveito dessa leitura. [...] Eles eram testemunhas fiéis da
verdade. [...] Glorificaram o criador do universo, Deus e Pai, e anunciaram
Aquele que Ele enviou, Cristo, Seu Filho. [...] E tu, antes de mais, reza
para que as portas da luz te sejam abertas, pois ninguém pode ver nem
entender, se Deus ou o Seu Cristo não lhe derem o dom de compreender. [...]


Nunca mais o vi mas, subitamente, acendeu-se um fogo na minha alma; fiquei
cheio de amor pelos profetas, por esses homens que são amigos de Cristo.
Reflectindo nas palavras do ancião, reconheci que essa era a única
filosofia segura e proveitosa.




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Postado por Liliam Padilha Ferreira às 09:03 0 comentários
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