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transcendendo.......

O silêncio fala mais que mil palavras. O silêncio enche o ar de vibrações que nenhum som é capaz de produzir. Quando nos quedamos diante de nós mesmos e deixamos que a nossa alma flua, não necessitamos de palavras. O silêncio, que a tudo imobiliza, inunda o coração e fala por nós. Por mais que as palavras sejam maravilhosas, as rimas por vezes se quebram e se transformam em soluços. Então, o silêncio pode ser a máxima expressão do nosso íntimo. (Lisieux)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Todos nós nascemos sem um ego. Quando uma criança nasce, ela é apenas consciência: flutuando, fluindo, lúcida, inocente, virgem, sem ego. Aos poucos, o ego é criado pelos outros. O ego é o efeito acumulado das opiniões dos outros sobre você.

Um vizinho chega e diz "Que criança bonita!", e olha para a criança com um olhar de apreciação. Então o ego começa a funcionar. Alguém sorri, uma outra pessoa não sorri. Algumas vezes a mãe é muito carinhosa, outras vezes está muito zangada.

E a criança vai aprendendo que não é aceita como ela é. Seu ser não é aceito de forma incondicional: há condições a serem satisfeitas. Se ela grita e chora e há visitas na casa, sua mãe se zanga. Se ela grita e chora, mas não há visitas na casa, sua mãe não se importa.

Se ela não grita, nem chora, sua mãe a recompensa sempre com beijos amorosos e com carinho. Quando há visitas, se a criança sabe ficar quieta, em silêncio, sua mãe fica muito feliz e a recompensa. A criança vai aprendendo as opiniões dos outros sobre si mesma olhando no espelho dos relacionamentos.

Você não pode ver a sua face diretamente. Você tem que olhar em um espelho, e no espelho você pode reconhecer sua face. Esse reflexo se torna sua ideia de sua face, e há milhares de espelhos a seu redor, todos eles refletindo algo. Alguém o ama, alguém o odeia, alguém é indiferente.

E então, aos poucos, a criança cresce e continua acumulando as opiniões de outras pessoas. A essência total dessas opiniões dos outros constitui o ego. A pessoa começa a olhar para si mesma da forma como os outros a veem. Começa a se olhar de fora: isso é o ego.

Se as pessoas gostam dela e a aplaudem, ela pensa ser bela, estar sendo aceita. Se as pessoas não a aplaudem e não gostam dela, rejeitando-a, ela se sente condenada. Ela está continuamente procurando formas e meios para ser apreciada, para ser repetidamente assegurada de que possui valor, que possui um mérito, um sentido e um significado. 

Então a pessoa passa a ter medo de ser ela mesma. É preciso encaixar-se na opinião dos outros.

Se você deixar de lado o ego, subitamente se tornará novamente uma criança. Você não estará mais preocupado com o que os outros pensam sobre você, não prestará mais atenção àquilo que os outros dizem de você.

Nesse momento, terá deixado cair o espelho. Ele não tem mais sentido: a face é sua, então por que perguntar ao espelho?

Osho, em "Osho de A a Z: Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"
Imagem por Sharon Drummond
Publicado no blog palavras de Osho
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 13:28 0 comentários


“Ficar em silêncio não é apenas deixar de falar, mas educar os ouvidos para escutar tudo que está a nossa volta. Mesmo no meio de um som estrondoso de uma orquestra, o bom maestro consegue reconhecer uma flauta que esteja desafinada; da mesma maneira, nós precisamos treinar nossa audição, até que ela seja capaz de ouvir a voz de Deus no meio do mercado.
“O homem moderno considera o silêncio algo muito aborrecido. Acha difícil ficar quieto - está sempre ansioso para fazer algo, dar um conselho, colocar um trabalho de pé; e termina escravo de sua compulsão para agir”.
“Quando você se acostumar à quietude, quando conseguir passar alguns minutos do seu dia em silêncio, então terá realmente liberdade para decidir sobre sua vida. Diz o poeta Gibran: “quando o seu pensamento não encontra raízes em seu coração, tende a ficar o tempo todo em sua boca”.
Anthony de Mello
Na natureza, a soberania pertence às forças silenciosas.
A lua não faz o menor ruído e, não obstante, arrasta milhões de toneladas de água do mar no vaivém obediente ao seu comando; não ouvimos o sol se levantar, nem as estrelas se ocultarem.
Assim, a aurora da nova vida surge silenciosamente no homem, sem que nada a anuncie ao mundo.
(Paul Brunton)
Muitos perguntam como começar a busca espiritual, mas na verdade essa procura não tem um começo definido: a certa altura da vida tomamos consciência de que ela existia.
Esse despertar para a busca está inserido na evolução do ser, que é contínua.
No princípio pensa-se que a vida é uma coisa e a busca espiritual outra.
Mas não é assim: tudo o que acontece em nossa vida nos leva gradualmente à união com a totalidade.
(Trigueirinho)
Quando o silêncio se fizer mais pesado ao redor de teus passos, aguça os ouvidos e escuta.
A voz do amor ressoará de novo na acústica de tua alma e as grandes palavras que os séculos não apagaram voltarão mais nítidas ao círculo de tua esperança, para que tuas feridas se convertam em rosas e para que o teu cansaço se transubstancie em triunfo.
(São Francisco de Assis)
É fácil ver os pontos fracos dos outros, mas para ver nossos próprios pontos fracos precisamos ir para dentro, em silêncio.
Através desse mergulho interno é possível perceber o que precisamos mudar. Quando fazemos essa mudança nos tornamos um espelho para os outros.
Ter realização é ter ‘olhos de verdade’ para ver o interior.
Em que medida nos internalizamos?
Até que ponto nos concentramos?
Poder do silêncio significa ser verdadeiro e tornar outros verdadeiros também.
O poder do silêncio tem grande influência no meio e pode nos ajudar em qualquer situação.
Quando acumulamos o poder do silêncio acumulamos estabilidade.
O silêncio termina com o desperdício que impede a alma de olhar para si e transformar-se.
(Dadi Janki)
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 10:34 0 comentários

domingo, 23 de outubro de 2011


Das Vantagens de Ser Bobo

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.
Clarice Lispector
Postado por Liliam Padilha Ferreira às 00:40 0 comentários

sexta-feira, 21 de outubro de 2011



Misticismo
Força do Pensamento 

O pensamento é a vibração da consciência. Energeticamente falando, esta vibração forma no campo etéreo da pessoa que está pensando, uma força magnética que atrai para a mesma aquilo que ela está pensando. Vocês já pensaram que é ai que entra o nosso "livre arbítrio"?

O Livre Arbítrio são escolhas que temos de fazer a cada instante de nossas vidas, e muitas vezes nós não lembramos que nós temos força suficiente para pensarmos o que quisermos a cada momento, a cada pensamento. Se tivermos força de vontade suficiente em todos os momentos, poderemos sempre construir nossos pensamentos.

O que eu quero dizer é que se estivermos pensando algo que não condiz com o que queremos para nós, para nosso presente e futuro, deveremos imediatamente mudar o pensamento para algo que queremos, mesmo que não acreditemos no pensamento naquele momento. Uma circunstancia e uma situação acontece de acordo com a natureza do pensamento. Se pensarmos sempre que conseguiremos algo que almejamos a probabilidade de alcançar a meta aumenta. O pensamento habitual de uma pessoa e a atitude mental predominante, é que determina os padrões de vida desta pessoa. Por exemplo, se a pessoa pensa desde menina quando toma banho com a janela do banheiro aberta o resultado é um resfriado, então ela criou um padrão de pensamento que a acompanhará para o resto de sua vida, criando assim seu próprio futuro. Ver como a mente funciona é ver como será o futuro da pessoa. É óbvio ver o que a pessoa está criando para ela, simplesmente vendo como ela pensa.

Cada pensamento radia uma vibração energética que é magnética por natureza, atraindo para si o objeto pensado. Dependendo da intensidade mental e grau de concentração da pessoa, o pensamento será vitalizado e materializado trazendo para a realidade física o objeto pensado. Uma pessoa que aprende corretamente a direcionar e utilizar os pensamentos selecionando-os constantemente, é capaz de criar e dissipar situações de acordo com a própria vontade. Mais uma vez o livre arbítrio.

Nós podemos controlar nossos próprios pensamentos. Vocês já prestaram atenção que quando queremos que alguém nos telefone, só precisamos começar a pensar nessa pessoa ? Ou se queremos encontrar uma vaga para nosso carro, é só dizermos que sempre encontramos vaga para parar o carro? Eu conheço uma pessoa que me disse que não gosta de ir a Manhattam de carro, porque nunca consegue encontrar uma vaga, que fica rodando horas e se estressa, e acaba brigando com o marido e a vida está sempre mal… você também conhece alguém assim? É aí que podemos ver que muitas pessoas são preguiçosas para disciplinar e controlar o que elas pensam. Muitas pessoas simplesmente não desejam praticar o bastante para desenvolver e manifestar a força natural, que possuímos dentro de nós. Existe um ditado que diz: "Podemos levar o cavalo até a água, mas nós não podemos fazê-lo beber a água." Você gostaria de começar a mudar seus pensamentos?

Uma pessoa disse que mesmo sabendo há muito tempo o valor do pensamento positivo, ainda assim ela não era capaz de pensar positivamente o tempo todo, e assim pensamentos e coisas indesejáveis continuarão acontecendo com ela.

Não é verdade que nós não somos capazes de pesar positivamente. É verdade no caso de uma criança ou no caso de uma pessoa afetada mentalmente, mas todos os outros seres humanos têm a capacidade de pensar positivamente se eles quiserem. A questão é QUERER - que é desenvolvido através de disciplina e prática persistente. A prática do pensamento positivo não poderá ser desenvolvida somente experimentado hoje ou amanhã. Ela acontece com a prática regular. Pensamento negativo é apenas um mal hábito. Através da Força de Vontade podemos substituir o hábito de pensar negativamente pelo hábito de pensar positivamente, e como resultado nossa vida se transforma. Podemos utilizar vários meios de nos lembrarmos disso, podemos colocar bilhetes para nós mesmos espalhados pela casa, no escritório, no carro. Podemos pedir aos amigos que nos corrijam se falarmos algo negativo, podemos criar uma homepage só para nós, e entrarmos on-line todos os dias e convidarmos amigos para falar sobre o assunto. Você teria alguma outra idéia? Gostaria de escrever para mim? Fazer a sua sugestão?

Outra coisa boa seria uma Terapia, para que você possa ouvir a sua própria voz pelo menos uma vez por semana. Quem sabe até um diário? Afinal de contas nós devemos desejar sempre sermos o mestre de nossa mente, mesmo quando nós não estamos com vontade ou se alguma preocupação ou medo nos deixam tão obcecados, que pensar positivamente simplesmente não parece relevante. Temos que estar atentos, para sempre "lembrarmos". Alguns padrões de negativismo tem raízes muito fortes.

Quando temos uma de nossas preocupações favoritas, nós gostamos de nos envolver realmente nela. Parece tão real e é tão natural nos preocuparmos com ela, que ao invés de simplesmente substituí-la por um pensamento positivo, damos tanta força para esta preocupação, que ela passa a ser parte de nós. E, se esta parte é forte o bastante nós damos prioridade a ela, ao invés de darmos prioridade em mantermos o pensamento positivo, nós simplesmente autorizamos a preocupação prevalecer. Nós temos o poder de dirigir nossa mente para outros pensamentos mais leves, mas poucos de nós temos disciplina o bastante para fazê-lo. Se deixarmos por conta de nossas mentes, elas farão inúmeros melodramas todos os dias. Mesmo assim nós temos a força de não pensarmos nada, e todavia tudo que pensamos será verdadeiro para nós.

Um EXERCÍCIO muito fácil que você poderá experimentar sozinho, é o seguinte:
Faça uma lista de pensamentos da área de sua vida que você gostaria de fortalecer. Use sempre o verbo no presente, como se já fosse um fato. Repita esta lista constantemente até conquistar o seu objetivo. Você poderá também gravar e ouvir a fita durante à noite enquanto estiver dormindo. A gravação deverá ser feita com a sua própria voz ou com a voz de uma pessoa que tenha muita influência sobre você, como por exemplo sua mãe ou seu pai.



Aqui vai uma lista de AFIRMAÇÕES para você, mas não deixe de criar a sua própria lista:

  • Eu sou o mestre de minha vida. 
  • Eu mereço o melhor na vida. 
  • Eu sou capaz. 
  • Eu sou a Divina manifestação de Deus. 
  • Eu tenho saúde. 
  • Eu sempre consigo o que almejo. 
  • Postado por Liliam Padilha Ferreira às 21:57 0 comentários

    quinta-feira, 20 de outubro de 2011

    senhor eu creio , mas aumenta minha fé...

    Postado por Liliam Padilha Ferreira às 23:30 0 comentários

    em aramaico - pai nosso

    Postado por Liliam Padilha Ferreira às 23:28 0 comentários

    A religião não é apenas uma, são centenas.
    A espiritualidade é apenas uma.
    A religião é para os que dormem.
    A espiritualidade é para os que estão despertos.



    A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer, querem ser guiados.
    A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
    A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
    A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.



    A religião ameaça e amedronta.
    A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
    A religião fala de pecado e de culpa.
    A espiritualidade lhe diz: "aprende com o erro".

    A religião reprime tudo, te faz falso.
    A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
    A religião não é Deus.
    A espiritualidade é Tudo e portanto é Deus.

    A religião inventa.
    A espiritualidade descobre.
    A religião não indaga nem questiona.
    A espiritualidade questiona tudo.

    A religião é humana, é uma organização com regras.
    A espiritualidade é Divina, sem regras.
    A religião é causa de divisões.
    A espiritualidade é causa de União.

    A religião lhe busca para que acredite.
    A espiritualidade você tem que buscá-la.
    A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
    A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.



    A religião se alimenta do medo.
    A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
    A religião faz viver no pensamento.
    A espiritualidade faz Viver na Consciência.

    A religião se ocupa com fazer.
    A espiritualidade se ocupa com Ser.
    A religião alimenta o ego.
    A espiritualide nos faz Transcender.

    A religião nos faz renunciar ao mundo.
    A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
    A religião é adoração.
    A espiritualidade é Meditação.

    A religião sonha com a glória e com o paraíso.
    A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

    A religião vive no passado e no futuro.

    A espiritualidade vive no presente.

    A religião enclausura nossa memória.

    A espiritualidade liberta nossa Consciência.

    A religião crê na vida eterna.

    A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.

    A religião promete para depois da morte.
    A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida. 

    Postado por Liliam Padilha Ferreira às 00:01 0 comentários

    sábado, 8 de outubro de 2011

    sos mãe sos terra

    Postado por Liliam Padilha Ferreira às 15:52 0 comentários

    terra nossa morada

    Postado por Liliam Padilha Ferreira às 15:48 0 comentários

    quarta-feira, 5 de outubro de 2011

    VIOLÊNCIA SIMBÓLICA - O QUE ISSO.......



    A CERVEJA E O ASSASSINATO DO FEMININO
    Berenice Bento - 
    Com raras exceções, a estrutura dos comerciais não muda: a mulher quase desnuda, a cerveja gelada e o homem ávido de sede.

    HÁ MUITAS formas de se assassinar uma mulher: revólveres, facas, espancamentos, cárcere privado, torturas contínuas. Mesmo com um ativismo feminista que tem pautado a violência contra as mulheres como uma das piores mazelas nacionais, a estrutura hierarquizada das relações entre os gêneros resiste, revelando-nos que há múltiplas fontes que alimentam o ódio ao feminino.

    Como não ficar estarrecida com a reiterada violência contra as mulheres nos comerciais de cerveja? Com raras exceções, a estrutura dos comerciais não muda: a mulher quase desnuda, a cerveja gelada e o homem ávido de sede. As campanhas são direcionadas para o homem, aquele que pode comprar. Alguns exemplos: uma mulher faz uma pequena dissertação sobre a cerveja para uma audiência masculina, incrédula de sua inteligência. Logo o mal-entendido se desfaz: claro, uma mulher não poderia saber tantas coisas se tivesse como mentor um homem; a mulher é engarrafada, transformada em cerveja; um mestre obsceno infantiliza e comete assédio moral contra uma discípula; ela é a BOA. Quem? O quê? A mulher ou a cerveja? Todos os comerciais são de cervejas diferentes e estão sendo exibidas simultaneamente. Nesses comerciais não há metáforas. A mulher não é "como se fosse a cerveja": é a cerveja. Está ali para ser consumida silenciosamente, passivamente, sem esboçar reação, pelo homem. Tão dispensável que pode, inclusive, ser substituída por uma boneca sirigaita de plástico, para o júbilo de jovens rapazes que estão ansiosos pela aventura do verão. Se já criminalizamos alguns discursos porque são violentos, não é possível continuarmos passivamente consumindo discursos misóginos a cada dia, como se o mundo da televisão não estivesse ligado ao mundo real, como se as violências ali transmitidas tivessem fim no click do controle remoto. Embora a matéria-prima para elaboração desses comerciais esteja nas próprias relações sociais, nas performances ali apresentadas há uma potencialização da violência. Não há uma disjunção radical entre violência simbólica e física. Há processos de retroalimentação. A força da lei já determinou que os insultos racistas conferem ao emissor a qualidade de racista. Também caminhamos para a criminalização da homofobia em suas múltiplas manifestações, inclusive dos insultos. Por que, então, devemos continuar repetidas vezes ao longo do dia a escutar "piadas" misóginas, alimentando a crença na superioridade masculina sem uma punição aos agressores?

    Sabemos da força da palavra para produzir o que nomeia, sabemos que uma piada homofóbica, racista, está amarrada a um conjunto de permissões sociais e culturais que autoriza o piadista a transformar o outro em motivo de seu riso. Agora, é incalculável o estrago que imagens reiteradas de mulheres quase desnudas, que não falam uma frase inteligente, que estão ali para servir a sede masculina, invisibilizadas em duas tragadas, provocam na luta pelo fim da violência contra as mulheres. Da mesma forma que o "piadista" racista e/ou homofóbico acha que tudo não passa de "brincadeira", o marqueteiro misógino supõe que sua "obra-prima" apenas retrata uma verdade aceita por todos, inclusive por mulheres: elas existem para servir aos homens. E como é uma verdade aceita por todos, por que não brincar com ela? Ou seja, nessa lógica, ele não estaria fazendo nada mais do que reafirmar algo posto. Será? Não é possível que defendam aquela sucessão de imagens violentas como "brincadeiras". Essa ingenuidade não cabe a alguém que sabe a força da imagem para criar desejos. O que pensam os formuladores dos comerciais? Que tipo de mulheres habita seus imaginários? Por que há essa obsessão pelos corpos femininos? Será que eles ainda pensam que as mulheres não consomem cerveja? Não se trata de negar a mulher-consumível, coisificada, pela mulher consumidora, mas de apontar os limites de uma estrutura de comercial que peca inclusive em termos mercadológicos. Tal qual o assassino que matou sua esposa acreditando que sua masculinidade está ligada necessariamente à subordinação feminina, a cada gole de mulher, o homem sente-se, como em um ritual, mais homem. Conforme ele a engole, ela desaparece de cena para surgir a imagem de um homem satisfeito, feliz; afinal, matou sua sede. É um massacre simbólico ao feminino. É uma violência que alimenta e se alimenta da violência presente no cotidiano contra as mulheres.

    BERENICE BENTO é doutora em sociologia, pesquisadora associada do Departamento de Sociologia da UnB e autora do livro "A Reinvenção do Corpo: sexualidade e gênero na experiência transexual".

    Postado por Liliam Padilha Ferreira às 19:32 0 comentários

    terça-feira, 4 de outubro de 2011



    Por que o homem é o lobo do homem?


    Em primeiro lugar, Hobbes caracteriza um estado natural, próprio ŕ humanidade como um todo. Sendo intrínseco a todo homem o instinto de autoconservaçăo, o homem é encarado como um ente eminentemente egoísta, que possui como objetivo último a satisfaçăo de suas necessidades pessoais. Assim, a convivęncia entre os homens processa-se ao modo de uma permanente disputa pelo melhor, marcada pelo desejo de alcançar sempre maior poder: o homem é o lobo do homem. Famosa é, ainda, outra expressăo de Hobbes, que caracteriza igualmente esta inclinaçăo: guerra de todos contra todos (bellum omnium contra omnes), e o homem é o lobo do homem. Faz-se necessário, para que a humanidade năo pereça em uma guerra incessante, passar a um estado social, onde se estabeleçam contratos que garantam os direitos do próximo. As leis mantenedoras deste contrato, que prescreve uma convivęncia pacífica com o próximo, provém da elaboraçăo racional como conclusőes de caráter universal.

    Contudo, para que se possa manter tais leis, é preciso um poder unificado, que paire acima dos diferentes grupos e interesses. Este poder é representado pelo absolutismo monárquico, uma vez que onde há mais que um indivíduo, há disputa e choques em funçăo do poder. Este regime absoluto, no entanto, năo se instaura por direito divino, mas segundo um pacto social, no qual a comunidade decide votar obedięncia a seu soberano. Este, contudo, somente se efetua entre os súditos; o soberano năo adere ao pacto, de modo que sua vontade é a única livre, capaz de legislar como melhor lhe aprouver. Desta forma, toda a autoridade, mesmo a religiosa, deve ser submetida ao poder temporal unificador. Esta, segundo Hobbes, é a única condiçăo de se manter um estado forte e centralizado.

    Tomás Hobbes nasceu em Westport, em 1588. Filho de clérigo, Hobbes, em 1608, sai da Universidade de Oxford e se torna preceptor do filho de Lord Cavendish. Durante toda sua vida, ele será o amigo devotado dos Stuarts. Antes mesmo da revolução de 1648, que vai suprimir o poder real, ele foge da Inglaterra, onde se sente ameaçado por causa de suas convicções monarquistas. Viajará por diversos países da Europa, notadamente pela Itália (encontrará Galileu em Florença) e sobretudo pela França (encontrará o padre Mersenne em Paris). Retornará à Inglaterra por ocasião da restauração de Carlos II em 1660.


    Em 1642, ele publica em Paris o De Cive e, em 1651, faz publicar em Londres o Leviatã ou matéria, forma e autoridade de uma comunidade eclesiástica e civil. O Leviatã será traduzido para o latim em 1688, em Amsterdam, mas nunca foi integralmente traduzido para o francês.


    Hobbes é um empirista inglês e nele encontramos os temas fundamentais que serão sempre os da escola. A origem de todo conhecimento é a sensação, princípio original do conhecimento dos próprios princípios: a imaginação é um agrupamento inédito de fragmentos de sensação e a memória nada mais é do que o reflexo de antigas sensações.


    Todavia, Hobbes crê na possibilidade de uma lógica pura, de um raciocínio demonstrativo muito rigoroso. Ao lado de uma indução empírica aproximativa, que da experiência passada conclui, sem prova decisiva, o que se passará amanhã (e que não tem outro fundamento além da associação de idéias, the trayan of imagination), Hobbes admite a existência de uma lógica pura, perfeitamente racional. Mas a essa lógica só concernem símbolos, palavras (Hobbes é nominalista). Se definirmos rigorosamente as palavras e as regras do emprego dos signos, podemos chegar a conclusões rigorosas, isto é, idênticas aos princípios de que partimos. Mas trata-se de um jogo do pensamento, estranho às realidades concretas.


    A filosofia de Hobbes é materialista e mecanicista. Assim como a percepção é explicada mecanicamente a partir das excitações transmitidas pelo cérebro, assim a moral se reduz ao interesse e à paixão. Na fonte de todos os nossos valores, há o que Hobbes denomina endeavour, em inglês, e conatus, em latim, isto é, o instinto de conservação ou, mais exatamente, de afirmação e de crescimento de si próprio; esforço próprio a todos os seres para unir-se ao que lhes agrada e fugir do que lhes desagrada (esse tema do conatus será reencontrado no spinozismo).


    É partindo de tais fundamentos psicológicos que Hobbes elabora sua justificação do despotismo. O absolutismo da época de Hobbes geralmente se apóia na teologia (Deus teria investido os reis de seu poder absoluto). Hobbes, ao justificar o poder absoluto do soberano, descobre-lhe uma origem natural.


    Para ele, o direito, em todos os casos, reduz-se à força; mas distingue dois momentos na história da humanidade: o estado natural e o estado político. No estado natural, o poder de cada um é medido por seu poder real; cada um tem exatamente tanto de direito quanto de força e todos só pensam na própria conservação e nos interesses pessoais. Para Hobbes, o homem se distingue dos insetos sociais, como as abelhas e as formigas; por isso, o homem não possui instinto social. Ele não é sociável por natureza e só o será por acidente.


    Para compreender como o homem se resolve a criar a instituição artificial do governo, basta descrever o que se passa no estado natural; o homem, por natureza, procura ultrapassar todos os seus semelhantes: ele não busca apenas a satisfação de suas necessidades naturais, mas sobretudo as alegrias da vaidade (pride). O maior sofrimento é ser desprezado. Assim sendo, o ofendido procura vingar-se, mas - observa Hobbes, antecipando aqui os temas hegelianos - comumente não deseja a morte de seu adversário e deseja seu cativeiro a fim de poder ler, em seu olhar atemorizado e submisso, o reconhecimento de sua própria superioridade.


    É claro que esse estado, em que cada um procura senão a morte, ao menos a sujeição do outro, é um estado extremamente infeliz. As expressões pelas quais Hobbes o descreve são célebres: "Homo homini lupus", o homem é o lobo do homem; "Bellum omnium contra omnes", é a guerra de todos contra todos. Não pensemos que mesmo os homens mais robustos desfrutem tranqüilamente as vitórias que sua força lhe assegura. Aquele que possui grande força muscular não está ao abrigo da astúcia do mais fraco. Este último - por maquinação secreta ou a partir de hábeis alianças - sempre é o suficientemente forte para vencer o mais forte. Por conseguinte, ao invés de uma desigualdade, é uma espécie de igualdade dos homens no estado natural que faz sua infelicidade. Pois, em definitivo, ninguém está protegido; o estado natural é, para todos, um estado de insegurança e de angústia.


    Assim sendo, o homem sempre tem medo de ser morto ou escravizado e esse temor, em última instância mais poderoso do que o orgulho, é a paixão que vai dar a palavra à razão. (Essa psicologia da vaidade e do medo é, em Hobbes, uma espécie de laicização da oposição teológica entre o orgulho espiritual e o temor a Deus ou humildade.) É o medo, portanto, que vai obrigar os homens a fundarem um estado social e a autoridade política.


    Os homens, portanto, vão se encarregar de estabelecer a paz e a segurança. Só haverá paz concretizável se cada um renunciar ao direito absoluto que tem sobre todas as coisas. Isto só será possível se cada um abdicar de seus direitos absolutos em favor de um soberano que, ao herdar os direitos de todos, terá um poder absoluto. Não existe aí a intervenção de uma exigência moral. Simplesmente o medo é maior do que a vaidade e os homens concordam em transmitir todos os seus poderes a um soberano. Quanto a este último, notemo-lo bem, ele é o senhor absoluto desde então, mas não possui o menor compromisso em relação a seus súditos.


    Seu direito não tem outro limite que seu poder e sua vontade. No estado de sociedade, como no de natureza, a força é a única medida do direito. No estado social, o monopólio da força pertence ao soberano. Houve, da parte de cada indivíduo, uma atemorizada renúncia do seu próprio poder. Mas não houve pacto nem contrato, o que houve, como diz Halbwachs, foi "uma alienação e não uma delegação de poderes". O efeito comum do poder consistirá, para todos, na segurança, uma vez que o soberano terá, de fato, o maior interesse em fazer reinar a ordem se quiser permanecer no poder. Apesar de tudo, esse poder absoluto permanece um poder de fato que encontrará seus limites no dia em que os súditos preferirem morrer do que obedecer. Em todo caso, esta á a origem psicológica que Hobbes atribui ao poder despótico. Ele chama de Leviatã ao seu estado totalitário em lembrança de uma passagem da Bíblia (Jó XLI) em que tal palavra designa um animal monstruoso, cruel e invencível que é o rei dos orgulhosos.


    Finalmente, o totalitarismo de Hobbes submete - apesar de prudentes reservas - o poder religioso ao poder político. Assim é que ele exclui o "papismo" e o "presbiterianismo" por causa "dessa autoridade que alguns concedem ao papa em reinos que não lhe pertencem ou que alguns bispos, em suas dioceses, querem usurpar".

    Fonte(s):

    http://putrefacao.vilabol.uol.com.br/Hob…
    http://www.mundodosfilosofos.com.br/hobb…






    Postado por Liliam Padilha Ferreira às 20:27 0 comentários

    sábado, 1 de outubro de 2011


    O PODER DO FEMININO


    Estamos no Tempo da "Rainha, do Poder Feminino. Eu particularmente torço para isso, pois o mundo em nossas mãos (masculinas) chegou nesse ponto que estamos vendo.É realmente necessária, para o bem do planeta, da entrada de uma força mais carinhosa, mais amorosa.O xamanismo é a prática do Sagrado Feminino. É trabalhar com as energias densas da Mãe Terra e sutilizá-las.
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    Na verdade todas as mulheres deveriam ser Sacerdotizas Da Lua. A Lua é a Virgem, a Anciã, a Mulher e a Rainha.É a Senhora dos nossos sonhos e das nossas emoções.
    Eu já há alguns anos me rendí a essa força. Tanto que há anos rendo homenagens para a Lua, nos momentos de Lua Cheia, onde todas as luas se encontram.
    No processo de afirmação da mulher nesses anos, ela teve que utilizar muito a força masculina para posicionar-se melhor no mercado de trabalho, para conseguir seus direitos políticos e etc. frminiono conquistou espaços, mas também foi perdendo um pouco o encanto.
    Sinto que a mulher deve saber relacionar-se com o mundo com sua energia feminina, estudando os arquétipos femininos, resgatando o poder sutíl, penetrante, encantador.
    A mulher deve saber usar o poder feminino para suas realizações e suas conquistas, ao invés de pegar o que o homem tem de ruim para disputar sua posição. Ou seja ao invés de enfrentar o homem como homem, deve aprender a seduzí-lo como mulher. Ou numa linguagem mágica : aprender a encantá-lo.
    E o homem não deve ficar atrás e trabalhar seu lado feminino no que diz respeito a sua intuição, seu lado criativo, seu lado mais sensível. Aprender a compartilhar mais as decisões com a mulher, usando " INTUIÇÃO FEMININA"
    Lembro também o conceito taoísta, que dentro do Yang existe um pequeno Yin, e dentro do Yin existe um pequeno Yang. Os opostos complementares.
    Eu creio que o momento de grande poder desse planeta será quando o " Rei e a Rainha " reinarem juntos. Assim como Sol se recolhe para o Lua reinar e vice-versa.
    Essa polaridade é fundamental vejamos o exemplo da Ayahuasca que em todo o seu poder concentra a Forca Masculina do Cipó e a Luz Feminina das Folhas.
    Assim cada um fortalecido na sua polaridade poderem fazer um matrimonio perfeito e se fortalecerem pela complementaridade, ao invés de se detonarem pelas suas diferençasimg
    A cumplicidade feminina com as fontes de vida voltam a confirmar-se quando a mulher empreende uma nova tarefa. As mulheres foram, no princípio, coletoras de plantas, e mais tarde, quando se descobriu que uma semente introduzida na terra se reproduzia, transformaram-se em cultivadoras. Os derivados dos vegetais, especialmente os cereais, chegaram para constituir-se uma parte fundamental da alimentação humana. O papel das cultivadoras se transformou num verdadeiro suporte para a vida. O sustento que provinha das mulheres não terminava com sua maternidade.
    Há muito tempo atrás, a imagem da Grande Mãe começou a experimentar certas modificações, já não era vista apenas como a extensão da terra. Na época de Ishtar, Isis e uma imensa lista, foram reverenciadas como Mães da Terra e no verdadeiro sentido de Deusas da Fertilidade.
    Com frequência as Deusas eram comparadas com a mãe, esposa e amante, algumas vezes nas três simultaneamente.
    Em relação às mulheres terrenas, devido a descoberta tardia de sua importância como cultivadoras, na terra invocava-se a Mãe-Terra para poder ter uma boa colheita.
    Como a mulher, a Terra nos nutre e nos sustenta, por isso é uma Grande Mãe. Alguns pesquisadores acrecitam que os primeiros xamãs foram mulheres.
    Em respeito a Mãe Terra, as mulheres mortais são tanto microcosmos como coadjuvantes. Daí deriva-se o sentimento místico que inspira o ciclo menstrual, e a ansiedade que o homem observa em qualquer alteração de fluxo.

    Rupert Sheldrake, em "Renascimento da Natureza, faz alguns relatos sobre "A Mãe de Deus " :
    A Virgem Maria é a forma predominante sob a qual a Mãe tem sido honrada e venerada pelos cristãos. Ela foi proclamada a Mãe de Deus no Concílio de Éfeso, no ano 431, e seu culto difundiu-se rapidamente por toda a cristandade.
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    Progressivamente, ela foi incorporando os títulos e os atributos de várias deusas pré-cristãs. Muitos de seus santuários foram erguidos em lugares antes consagrados a deusas, como em Éfeso, lugar onde ficava o templo de Ártemis. Esse processo teve lugar em toda a Europa, e continuou na América Latina e em outras areas evangelizadas pelos católicos romanos.
    Nossa Senhora de Guadalupe é uma Viirgem Negra, tanto na forma mexicana como espanhola. Temos aqui no Brasil, a Nossa Senhora da Aparecida, ou sejam "Madonas Negras". Ninguém sabe como surgiu a tradfição da Virgens Negras, mas sua importância simbólica deve depender, em parte, de sua associação com a Terra e com a morte. A Grande Mãe das religiões arcaicas era a fonte de vida e fertilidade, e o ventre para qual toda a vida retornava. A deusa negra Kali, é a Grande Mãe em seu aspecto de destruidora, mas é também a fonte de nova vida. E a Virgem Maria está associada com a morte, bem como a fertilidade e com a nutrição : " Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte"
    No decorrer de toda a década de 80, visões da Virgem Maria foram relatadas pesistentemente em várias partes do mundo, e foi anunciada como a "Rainha da Paz "Em 1988, o papa proclamou um ano mariano.A atitude do papa de honrar a Terra como Mãe é expressa pelo seu costume de beijar o solo quando descia do avião.
    O texto abaixo é de Rosane Volpatto:
    A negligência do aspecto interior tem levado, particularmente as mulheres, a certa falsificação de seus valores existenciais. Hoje em dia, o sucesso ou o fracasso da vida de uma mulher não é mais julgado como antigamente pelo critério exclusivo do casamento. À sua adaptação à vida agora, pode ser feita de diversas maneiras, cada uma das quais, oferecendo alguma oportunidade para resolver problemas, sejam de trabalho, de relações sociais ou necessidades emocionais.
    O maior problema, observado em nossos dias é que no mundo ocidental se dá ênfase especial à valores externos e isso tem a justa medida à natureza do homem e não da mulher. O espírito feminino é mais subjetivo, mais relacionado com sentimentos do que com leis ou princípios externos, o que acaba regando conflitos. E a resultante destes conflitos é usualmente mais devastadora para as mulheres do que para os homens.
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    O despertar das deusas interiores, se faz importante, particularmente para as mulheres, mas não esqueçam os homens que este caráter feminino também lhes é peculiar(anima). A maior razão da seriedade deste tema, refere-se ao recente desenvolvimento do lado masculino da mulher (animus), que tem sido uma característica marcante nestes últimos anos. Este desenvolvimento masculino, está associado às exigências do mundo dos negócios e é até considerado pré-requisito para se ganhar a vida neste mercado tão competitivo. Mas esta mudança, de caráter benéfico na vida profissional das mulheres têm causado alterações profundas na sua relação consigo mesma e com os outros. Este conflito interno estabelecido entre a necessidade de expressa-se através do trabalho como o homem faz e a necessidade interior de viver de acordo com a sua natureza feminina, entraram em "xeque-mate".
    Se as mulheres (homens também) pretendem ter contato com seu lado feminino perdido, precisa escolher um caminho que as fará despertar estas deusas adormecidas. Estes mitos e rituais de religiões antigas representam a projeção ingênua de realidades psicológicas. Não são deturpadas pela racionalização, porque em assuntos ligados ao reino do espírito, os povos primitivos e da antiguidade não pensavam, eles somente percebiam, sentiam e intuíam, como de fato ainda fazemos hoje. Conseqüentemente, estes produtos do inconsciente contêm um material psicológico dos mais puros e que pode ser reunido como formas de conhecimento acerca da realidade subjacente à vida do grupo, tornando-se assim, acessíveis a nós. Pois saibam todos, que quer queiram o não, nós somos geneticamente iguaiszinhos aos nossos antepassados.
    Jung já no demonstrou que deuses e rituais representavam a fantasia do grupo e que esse material é interpretado psicologicamente por um método similar ao empregado no estudo dos produtos inconscientes de homens e mulheres a nível individual. E o que se constata, através da história é que mitos e rituais é que mitos e rituais se equivalem até em detalhes em culturas de povos bastante separados, nos levando a concluir, que temas psicológicos gerais são verdadeiros para humanidade como um todo. E, de fato, hoje em dia os sonhos e fantasias das pessoas mostram um caráter generalizado similar, lembrando mitos antigos e primitivos Essa semelhança entre o sonho e algum mito antigo pode ocorrer em casos onde não há nenhum conhecimento da existência de tal mito, de maneira que o sonho não pode ser explicado como "empréstimo". É, com certeza, uma criação espontânea do inconsciente, proveniente da carga hereditária contida naquela célula que é geneticamente igual à daquele nosso antigo ancestral, que nem sequer temos conhecimento de sua existência. Deu para entender? Pois é, mais uma vez, a pedra que os construtores humanos tentam continuamente rejeitar, está se tornando a pedra angular. Tirem suas próprias conclusões, pois eu já tenho a minha opinião formada, graças as minhas DEUSAS!
    Abaixo, palavras de um Grande Xamã Brasileiro Sebastião Mota, o Padrinho Sebastião, o patriarca de uma comunidade daimista, o Céu do Mapiá, por ele fundado, no coração da Selva Amazônica. (Material extraído do Evangelho Segundo Sebastião Mota - Alex Polari) :
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    " As mulheres, se quiserem avistar sua própria Mãe Espiritual, devem se considerar iguais a ela. Poque não é com chafurdo (sujeira), não é com aquilo e aquilo outro, que o sujeiro pode chegar a ver uma Virgem Soberana ! Com rancor, com inveja, com ciúme, conquistando, fazzendo tudo isto não se chega a Ela ! "
    " Todas as coisas vem da flor. A abelha, faz o mel da flor. Toda flor tem que dar uma semente qualquer. Não é ? Só a mulher é que não pode ser uma flor ? Vem o fruto, não é da flor ? Então eu considero. Eu examino tudo, pra depois, quando for conversar, ter realidade. Porque a voz do deserto quando falou para mim que toda mulher ia ser libertada, porque nunca tiveram liberdade e toda a vida foram sujeitas ao homem, mas que de agora pra frente elas iam ser libertas. E dai, rapaz, foi se vendo diretamente as coisas como estão ! A posição das mulheres era muito baixa ! Muito embaixo da ordem, desde a casa dos pais. Casada tava pior. Muito mais ! E além de tudo, presa aos filhos !
    Não é a hsitória que eu tô contando que tudo no mundo é flçor ? Dá o fruto ? Então a mulher não pode ser uma flor ? O ffruto também não vem dela ? Da mesma flor ? Agora, quem não conhece....vai conhecer ! "
    " Meus irmãos, outra coisa, que eu tenho para avisar a todos. Todo irmão, seja casado, seja solteiro, se volte às suas mamãezinhas. Todo aquele que não voltar à sua mamãezinha e pedir o seu perdão, não vai ter vida eterna. Porque o homem cresceu tanto, chegou a um ponto de conhecimento que abafou a pobre da mulher, deixou ela como uma escrava, como uma escrava daquelas. E coitada, o seu valor foi tiurado totalmente.
    Mas agora quem tá dando valor delas é Deus. Deus dá o valor de todas as senhoras, para que o homem volte a reconhecer o que o seu próprio Filho conheceu, na minha Virgem Soberana Mãe, minha e todos nós.
    Voltem ! Podem voltar às mamãezinhas. Quem tiver a sua mulher, tenha consciência. Porque a tua mulher também pode ter a consciência de que você é um Deus. Se ela é uma Virgem Soberana Mãe, é apenas uma semelhança. Está aí. Não é uma estátua não. É uma semelhança, para provar. Aquela que quer viver do mundo, torna-se do mundo."
    Postado por Liliam Padilha Ferreira às 18:17 0 comentários

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    Tudo o que o ego quer é ESTAR CERTO. Ele abomina qualquer possibilidade de estar "errado" e luta muito contra tudo o que for contrário às suas pseudo-verdades. Em algumas situações acaba se desesperando, por se sentir aprisionado sem encontrar uma saída, mesmo usando todos os seus (nada) sábios recursos. Algumas vezes, este desespero o leva a buscar ajuda, mas encontra verdades que apontam sua responsabilidade que rejeita,bmantendo-se preso na situação. Isso nos traz desequilíbrio. Se estamos mais despertos em nossa consciência, passaremos por esse tipo de situação e teremos a chance de usá-la em nosso benefício, para aprendermos a sair das armadilhas do ego, encontrando as soluções que nosso coração carrega. Por mais que estejamos desesperados na tentativa de sairmos de situações "sem" saída, incapazes de sermos humildes em reconhecermos que estamos "errados", não teremos outra saída a não ser aceitar que existem outras verdades por trás da situação em que estamos. Então entenderemos que tudo nos acontece a partir de nossas crenças e projetamos isso para o mundo, num fluxo energético negativo que promove uma "estrutura energética", onde qualquer pessoa que entrar e que contenha potencial (negativo) latente, para agir e reagir negativamente a nós em uma interação, logicamente, ao estar nessa energia, o potencial negativo que ela contém, se manifestará e agirá exatamente da forma negativa que esperamos que aja, ela irá se manifestar com as atitudes que mais tememos..

    Assim, podemos entender que o ego está com a "razão" quando diz que "a tal pessoa" o agrediu/roubou/traiu/usou, pois a pessoa tem sim essa tendência de "roubar o outro" - vou usar o exemplo de "roubo" -, mas só deixa essa tendência vir à tona quando está dentro da estrutura energética de pessoas que acreditam que serão roubadas. Então, é "verdade" que a pessoa nos "roubou". Mas o ego está "errado" em colocar toda a responsabilidade disso no outro. Se o ego não acreditar mais que será roubado, a estrutura energética se desfará e a pessoa que tem potencial latente para roubar, ao interagir conosco, não irá mais nos roubar, pois não acreditaremos mais nisso e não estaremos projetando essa energia e nem estaremos abertos disponibilizando para o saqueador, tudo o que é nosso.

    Mas o ego que estar 100% certo e não consegue admitir que ele quer ser roubado, não quer reconhecer que o outro só faz aquilo porque ele quer que seja assim, só para ter a quem culpar, ao invés de olhar para dentro de si e reconhecer que, nas profundezas de nosso inconsciente, existe uma verdade que o ego odeia: parte de nós, não quer aquilo que acreditamos querer... Nossa alma (em alguns casos) quer de verdade, mas em nosso inconsciente existem memórias de situações passadas em que ao fazer e ter justamente aquilo que desejávamos, fomos levamos à dor, ao fracasso, à injustiça, ao sofrimento, ao erro. Por isso, alguma subpersonalidade oculta em nós, não quer esse/isso que o ego tanto acredita querer. Por ser impulsionado por nossa alma, pelo anseio que ela abriga, o ego se agrada disso e vai em busca de seu objeto de desejo. mas quando o alcança, a alma se encanta e quer ir além, mas ir além, dentro da trilha do coração não é o que o ego quer... isso faz com que, então, o ego queira "despachar" o "objeto/ recurso/condição energética" que ele alcançou.

    Se ele quer se livrar daquilo que o levará à aniquilação - é o que ele acredita que acontecerá se e quando deixar o coração o guiar -, ele fará de tudo para não ser o responsável pelo despacho do tal pacote precioso para a alma, e precisará se fazer de vítima de algum saqueador oportunista. Ele então faz essa necessidade vibrar em nosso campo e projeta em nossa estrutura energética para atrair e fisgar o oportunista que estiver mais próximo. Assim, o ego atrai essa pessoa que, com certeza, irá "roubá-lo". Aqui, o ego se torna mais responsável pelo erro do outro, pois o outro tem dentro de si, oculto, o potencial para roubar aquilo que há de melhor no outro, mas se essa pessoa estiver diante de alguém que não se deixa roubar, ela não encontrará possibilidade de roubá-la e isso a ajudará, pois não roubando ela não se sentirá mal e culpada, e isso a ajudará a se curar dessa compulsão por roubar o que o outro criou. Quando interditamos uma pessoa nas suas atitudes mais destrutivas, não permitindo que ela aja de forma errônea conosco, a ajudamos a encontrar o equilíbrio e a libertação, mas ao contrário, quando oferecemos à pessoa que gosta de roubar, todas as condições favoráveis a que ela nos roube, somos também responsáveis por suas atitudes.

    São estas verdades que o ego não quer enfrentar, ele quer apenas, ao ser roubado, provar que é a vitima e que ficou sem aquilo que tanto desejava. E o ego acredita mesmo que foi injustiçado e, quando isso ultrapassa determinados limites, o ego acaba se desequilibrando a ponto de necessitar de ajuda externa. Neste ponto, a ajuda externa verdadeiramente eficaz, será aquela que levará o ego a compreender que ele está "correto" em dizer que "foi roubado", mas incorreto quando quer encerrar aí todas as verdades sem ir além, para constatar e reconhecer que ele é responsável por tudo o que lhe aconteceu e que é ele que não quer assumir e sustentar aquilo que conquistou, porque essa conquista será entregue ao coração que fará uso disso no sentido de nos direcionar ao caminho do nosso propósito de vida.

    Não é fácil para o ego aceitar essa realidade e ele se debaterá contra. E precisamos deixar isso acontecer, para que as energias contidas dentro disso, de todas as emoções e sentimentos que abrigamos ocultos dentro de nós, por todas as vezes em nossa vida em que nos sentimos exatamente dessa mesma forma, quando fomos "roubados" é muito antiga em nós, pois desde a infância, por herança de vidas passadas, desenvolvemos esse mesmo mecanismo de conquistar algo que tanto desejávamos, e imediatamente, entregarmos ao outro o que era nosso, dentro de uma situação de aparente roubo. Este medo de obter e sustentar algo que tanto desejamos, apesar de parecer absurdo, é nosso velho companheiro.

    Precisaremos respeitar essa parte de nós que teme o que nossa alma almeja. Se chegarmos ao ponto de compreensão, autocompaixão e aceitação, iremos relaxar, mesmo que diante de um momento em que novamente perdemos algo que queríamos tanto. Esta aceitação promoverá a ausência de luta e o desespero cessará, e deixaremos fluir. A lucidez se manifestará e poderemos olhar para a mesma questão, agora com tranqüilidade e paz e nos diremos: é, mais uma vez perdemos o que conquistamos, mas está tudo bem, pois agora reconheço essa tendência em mim e sei que sou eu que não quero o que tanto desejo. Mas sei que se esse é o desejo de minha alma, agora estarei presente, me dando o apoio que preciso para ir novamente em busca dessa conquista e, ao tê-la novamente em meu poder, mesmo com medo, saberei sustentá-la, saberei assumir meu compromisso com minha alma e não terei pressa em avançar, poderei ficar parado um pouco, no ponto entre a conquista com o medo e o próximo passo, para poder respirar, me fortalecer, para só então deixar a tal conquista me favorecer e se manifestar de forma a ir além, para os próximos patamares.


    Fonte- www.stum.com.
    Postado por Liliam Padilha Ferreira às 17:37 0 comentários
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